A New Someone escrita por Lady, Belune


Capítulo 45
Capítulo 44 - Key.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura. ~♥



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“As três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo.” – Benjamim Franklin


Subitamente abriu os olhos sentindo uma onda de medo percorrer todo seu ser.


Levou o olhar as próprias mãos constatando que estas tremiam de forma incessante. O coração batia rápido no peito. E sua respiração parecia faltar tamanha velocidade com que adentrava nos pulmões, às vezes sufocando, às vezes afogando-o.


Não sabia o que estava acontecendo, ou se quer onde estava.


Não reconhecia aquele lugar escuro, tampouco os moveis que enfeitavam o mesmo.


Apesar da tremedeira este se permitiu ficar de pé. Em passos lentos caminhou até a porta, mas algo chamara sua atenção.


Ao lado de um guarda roupa rústico havia uma penteadeira contendo alguns poucos materiais femininos.


Franziu a testa logo voltando seu olhar para a porta entreaberta do aposento. Era possível perceber que era da pequena abertura na porta que provinha a pouca – quase nula – iluminação do local.


E assim permitiu-se voltar a observar as próprias mãos contatando que as mesmas ainda tremiam. Mas ele percebeu algo mais.


Dedos finos e, aparentemente, delicados estes possuindo alguns leves ferimentos. Baixando mais o olhar constatou que o frio que sentia era devido ao fato de usar nada mais que uma camisola feminina frouxa.


Seus olhos arregalaram-se ainda mais quando se pôs frente ao espelho da penteadeira. Não conseguia acreditar no que via.


Cabelos loiros. Olhos achocolatados. Pele branca pouco corada com algumas marcas pelo pescoço.


Ele estava no corpo de Lucy. De sua amada Lucy Heartphilia, claro que esta aparentava dez ou onze anos.


Mas não era apenas isso que havia de errado. Ele podia sentir dor em algumas partes de seu corpo – este sendo pequeno e frágil já que estava em um corpo feminino.


Antes que pudesse fazer qualquer movimento ouviu-se o som brusco da porta ser empurrada com brutalidade.


Erguendo o olhar pode ver uma figura masculina uma tanto assustadora a entrada do recinto.


Arregalou ainda mais os olhos recuando passos e tropeçando aos próprios pés, assim indo de encontro ao chão.


O medo causava espasmos em seu corpo – que não era seu na verdade. Sentia que algo ruim aconteceria, tal como sentia que deveria fugir naquele exato momento dali, mas não tinha forças para mover-se ante o medo que se apossara de si.


Tudo pelo qual pode fazer fora fechar os olhos e esperar o pior.


...


Subitamente o moreno despertou de seu sonho, ou melhor, pesadelo.


Sentou-se sobre o leito macio e suspirou, para logo passar a mão sobre os cabelos bagunçados. E só então ele deu pela falta da loira.


Franziu o cenho por alguns segundos, mas rapidamente desfez a carranca ao lembrar-se de que a mesma poderia estar no andar inferior da casa.


Jogou o lençol que cobria a si para o lado e ergueu-se de seu lugar a cama. Soltou um pequeno bocejo enquanto rumava para o banheiro a fim de tomar um banho relaxante.


Adentrou no pequeno cômodo – fechando a porta atrás de si é claro – e parou frente ao espelho que havia acima da bancada.


Fitou-se por alguns longos minutos antes de soprar parte da franja que lhe atrapalhava a visão.


Suspirou alto constatando que em breve teria de cortar o cabelo.


Passou as mãos pelos fios negros puxando-os para trás, os mesmo pareciam negar-se a ficarem na posição em que colocara, assim decaiam – novamente – pelas laterais da face do Dragon Slayer.


Rodou os olhos. É teria mesmo de cortar o cabelo.


Com esse pensamento o Cheney despiu-se e adentrou no box. Ligou o chuveiro logo sentindo a água quente tocar-lhe a pele relaxando os músculos.


Fechou os olhos e pendeu a cabeça para trás relembrando do pesadelo que tivera há pouco.


Soltou um gemido dolorido ao recordar da dor que sentira. Parecia real demais.


Ao menos aquilo fora apenas um pesadelo... Certo?


...


A loira seguia em passos pesados e calculados em direção a parte mais afastada de Crocus. Ali fora onde Lucy pegara no sono mais cedo, e seria ali que ocorreria o inicio de uma prospera e fiel amizade.


A maga adentrou na floresta notando que a mesma tornava-se mais densa a cada metro avançado.


Parou subitamente assim que sentiu a presença de magia negra por entre as árvores. Sorriu da forma singela logo que a figura mostrou-se.


– Tudo ocorreu com perfeição – alegou-a retirando o molho de chaves negras do bolso da calça que vestia e estendendo-o para seu acompanhante.


– Você é mesmo incrível – comentou o desconhecido saindo das sombras e tomando as chaves em mãos. – Dante foi contra?


– Ele não deu um pio contra mim – concluiu-a com certa apreensão. – Mas acho que ele vai brigar com você...


– Tudo bem – riu-a calmamente. – Eu agüento, além do mais, isso tinha mesmo de ser feito, eu já não suportava mais tudo aquilo...


Ambas sorriram cúmplices.


– Está na hora de eu voltar – alegou à loira, ou melhor, albina. Já que seus cabelos tornavam-se longos e esbranquiçados a aquele ponto. – Mas antes... – pode-se ver esta retirar uma chave acobreada com pequenos detalhes em vermelho. Esta era cedilhada e possuía uma rosa no punho. – Você não pode ficar com ela muito tempo. – afirmou-a. – Entregue-a a alguém a quem você confie à vida, mas não faça isso a Rogue, ele é bem esperto e pode tentar descobrir sobre o que ela guarda e, bom, você sabe qual pode ser a reação dele...


A loira acenou assim que a chave fora depositada sobre sua mão, e logo a albina desfez-se em sombras – estas que rodearam a maga de chaves.


– Até outro dia Miranda...


– Até breve Lucy-sama. – ao soar da voz as sombras desapareceram enquanto a Heartphilia ficava a fitar as chaves em sua mão.


– Me perdoe Rogue – murmurou-a fechando os dedos sobre a chave. – Me perdoe... – logo se pode ver a figura da jovem cair de joelhos enquanto lágrimas começavam a escorrer por sua face.


Antes que a maga pudesse fazer algo braços envolveram seu corpo e puxaram-na para um abraço confortável.


– Shii... – sussurrou o espírito Leão aconchegando melhor a dona em seus braços. – Calma Lucy...


Soluços e mais soluços eram dados pela Heartphilia enquanto agarrava-se firmemente a chave acobreada, cuja era posta rente ao peito.


Loki, ou Leo, melhor do que qualquer outro espírito – ou pessoa – entendia o porquê de aquela chave ter sido criada.


Ele sabia que, uma hora ou outra, seria necessário fazer o que foi feito. E agradecia por isso ter sido feito o mais breve possível. Afinal o ruivo amava Lucy, e temia que os velhos tormentos da loira retornassem caso ela mantivesse tudo aquilo em mente ainda.


Um pouco afastado de onde a maga e o espírito se encontravam, escondido por trás de um velho carvalho, havia uma figura um tanto quanto sombria – apesar de que de certa forma tal pessoa possuía certa familiaridade para com a loira.


Sua presença mantinha-se escondida para não afugentar a linda maga ao qual este mantinha os olhos avermelhados fixos. Havia certo desconforto em si ao vê-la chorando, mas não podia arriscar denunciar sua presença, ao menos não naquele momento.


Baixando o olhar o rapaz de cabelos prateados murmurou um singelo “fique bem” antes de dar as costas e caminhar para mais adentro da floresta escura.


...


– Rogue! – a loira chamou o namorando enquanto corria em direção ao mesmo.


Tinha um sorriso largo estampado nos lábios pintados de negro. Esta trajava nada mais que um simples vestido tomara que caia negro com bordas rendadas de vermelho. Este não possuía decote e abraçava perfeitamente as curas da Heartphilia. A maga calçava botinhas de cano curto e salto agulha, negras. Usava luvas rendadas e uma gargantinha de couro no pescoço, esta que possuía um pingente de ônix negro.


Jogou-se nos braços do moreno levando-o ao chão consigo junto.


– Desculpe. – riu-a enquanto se erguia e ajudava o moreno a fazer o mesmo.


– Tudo bem. – murmurou-o.


– Parece que teve um passeio interessante Blonde. – comentou Sting com um sorriso sapeca. – O que andou fazendo em? – podia-se ver o Dragon Slayer mexer as sobrancelhas como se afirmasse algo nas entrelinhas.


– Sting-kun, quer outro chute? – indagou a loira diretamente enquanto um sorriso doce estampava seus lábios. E apesar de que não fora Lucy quem participara de tudo aquela manha, a loira sabia de cada ação que a albina havia feito quando passava-se por si.


O loiro limitou-se a fazer uma careta enquanto Mira dava gargalhadas e Laxus ria de forma leve, tal como Rogue.


Entre brincadeiras e brigas o time seguiu seu curso para o estádio onde ocorreriam as lutas do segundo dia.


Em nenhum momento do percurso o sorriso desfez-se dos lábios de Lucy e isso fora um alivio para o Cheney já que esta parecia um pouco deslocada mais cedo. Ou talvez isso fosse apenas sua impressão.


A todo o momento manteve sua mãos entrelaçada com a da loira. Vez ou outra acenava em concordância perante as afirmações gritadas da namorada, mas em nenhum momento proferiu nada. Ainda estava abalado pelo pesadelo. Não conseguia acreditar que algo daquele tipo houvesse acontecido com a sua Lucy.


Não, nem poderia. Afinal, Lucy teria contado a ele sobre isso.


É ela com certeza teria contado a ele. Estava sendo idiota ao desconfiar da maga.


Permitiu-se um mínimo sorriso enquanto observava de canto de olho a amada largar sua mão e sair correndo em disparada em uma corrida contra Sting e Mira.


Mal sabia Rogue que tal pesadelo fora apenas o primeiro de muitos que ainda o atormentaram...


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Notas finais do capítulo

Minna nao tenho muito o que falar e nem tempo para isso também.

Só peço que comentem, favoritem e recomendem - caso eu mereça.

Desculpe nao ter respondido os comentarios do capitulo anterior =x

Estou com o horario um pouco corrido D;

Ja'ne, Ree ♥