“Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arrependimento irreversível, um sonho inalcançável e um amor inesquecível.”

Na manha seguinte a loira comunicou ao mestre dos Tigres sua decisão. Apesar de relutante este concordou, assim como Sting e Minerva – isso depois de muito jurar matarem o Cheney.

- Minna-san vemo-nos em dois meses – dito isso a maga deu as costas, claro que não sem antes acenar para todos e também para os Exceeds que a esse momento choravam rios de lágrimas, e assim seguiu em direção a estação de trem.

Iria nesse mesmo dia a Fairy Tail informar a Makarov, Mira e Laxus sobre sua decisão.

...

Já fazia pouco mais de uma semana desde que a Heartphilia partira. Nesse meio tempo os Sabers encontravam-se um tanto... tristes. Afinal era ninguém menos que a maga celestial quem trazia alegria para tal Guilda.

Dentro desses sete dias Orga também havia retornado de sua missão e ficou bastante... decepcionado, por não ter tido chance de despedir-se de sua querida “irmãzinha”.

Nesse pequeno período o Cheney também havia retornado do trabalho que pegara. Estava mais calma, na verdade pretendia se desculpar com a ‘namorada’ – ou enrolada – mas decepcionou-se quando não a encontrou em casa.

Rumou para a guilda em seu típico humor, mas assim que adentrou no local olhares nada convidativos – estes vindos de Orga e Minerva – voltaram-se para si.

Seguiu em direção a mesa onde o grupo – Sting, Rufus, Orga e Minerva – encontravam-se e logo indagou sobre onde estaria a Heartphilia.

Mas no momento em que fora dito que a maga partira sozinha para treinar... sem data especifica para retorno, o Dragon Slayer das sombras teve como única reação arregalar os olhos e correr em direção a sala do mestre.

- Como você permitiu essa loucura? – indagou-o bravo, socando a mesa de seu superior. Alexander já fazia uma breve idéia do que o moreno estava falando.

- Simplesmente permiti. – afirmou. - Depois da briga de vocês permitir que ela permanecesse aqui só pioraria o estado dela, e mandá-la para a Fairy Tail estava fora de questão. Fazê-la ir a alguma missão também não era aceitável. Minha única alternativa foi desejar a ela um bom treinamento – e assim o mago suspirou.

Ele só permitiu por que não queria ver sua amada loira fazendo nenhuma besteira... uma besteira bem terrível ao ver dele. Tinha certeza que não se controlaria caso algo viesse a acontecer à maga...

Talvez para impedir um assassinato, ou um suicídio, essa tenha sido a melhor decisão.

- Não há mal algum deixá-la ir treinar, ela precisa se tornar forte também – completou. – E aquelas chaves podem ajudá-la.

- Você esta louco!? – berrou o Cheney. Há essa hora já podia-se ver seis silhuetas frente à porta enquanto no andar inferior o silencio reinava permitindo assim que a voz do Dragon Slaer ecoasse pela guilda. – Quer que ela se mate? É isso?

E mais uma vez este tornara a socar a mesa, fazendo-a rachar-se no meio. Tal ação apenas fez o pequeno Frosch encolher-se. Jamais vira o parceiro – ou pai - irritado daquela forma. E isso estava assustando-o.

- Se acalme. – alertou o mestre. – Isso foi para o bem dela...

- Bem dela? – indagou o moreno de certo modo, irritado. – Que bem a nisso? Ela esta lá fora sozinha! Sabe-se lá o que pode acontecer com ela! Ou o que ela pode fazer consigo própria caso fique deprimida! Você não sabe do que eu sei! Quando ela esta sozinha nada a impede de fazer besteira! – berrou-o.

- Ora, cale-se! – e assim o mestre ergueu-se de forma brusca. – Senão houvesse discutido com ela por tolices e ido fazer aquela missão sozinho, nada disso estaria acontecendo! Acha mesmo que não sei os riscos? Acha mesmo que quis deixá-la ir sozinha? – indagou-o com raiva. – Pedi para que ela levasse Minerva, Sting ou qualquer outra pessoa com ela, mas não... Ela quis ir só. Disse que precisava ficar só para pensar. – O moreno apenas abaixou a cabeça. O coração batia rápido, as mãos suavam. O medo, a irritação e o arrependimento batalhavam bravamente em seu interior. Nenhum querendo ceder lugar para apenas uma emoção reinar. – Cheguei a, até mesmo, me oferecer para treiná-la, mas ela negou. – continuou mais calmo. – Sei como esta se sentindo, mas tudo o que podemos fazer agora é esperar que ela volte bem.

E antes que algo mais pudesse ser dito o moreno deu as costas e saiu.

Rumou para fora da guilda ignorando qualquer palavra dirigida a si. Tudo o que precisava naquele momento era de um tempo só... para pensar... para refletir sobre tudo.

Para rezar que ela voltasse com vida.