A New Someone escrita por Lady, Belune


Capítulo 21
Capítulo 20 - Anguish.


Notas iniciais do capítulo

Yoooo, =w=não ha muito a se dizer na verdade =oso quero agradecer a todos que comentaram no cap anterior o7boa leitura



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Capitulo 20 – Anguish.

“Solidariedade é enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angustias nunca verbalizadas.”

- Vamos, por favor – pediu a loira chorosa.

Já fazia dois dias desde que esta fora para a casa do moreno assim como também já fazia pouco mais de cinco dias desde que aquilo aconteceu.

E apesar dos dias terem se passado de forma calma, tanto o moreno quanto o loiro ainda mantinham-se preocupados com Lucy. Estes, assim como os exceeds e o mestre dos tigres, faziam o possível – e o impossível – para não deixar a loira sozinha. Afinal, ninguém quer que aquilo se repita.

- Por favor, Alex-kun – chorou Lucy. Fazia horas que tentava persuadir Alexander a deixá-la ir a alguma missão. Mas o mesmo não cedia um minuto se quer.

- Não Lucy. Você anda não esta recuperada. – informou-o.

- Mas... – tentou por mais uma vez.

- Sem mais – afirmou-o, fazendo-a bufar e cruzar os braços como uma criança mimada. – Isso é para o seu bem Lu – murmurou-o carinhosamente dando um passo em direção a loira.

A maga estelar apenas girou sobre os calcanhares e deu as costas ao homem, cujo suspiro ecoou alto pelo escritório. Seguido a este pode-se ouvir apenas o som da porta do aposento batendo fortemente.

Assim que chegou ao andar inferior esta permitiu-se deixar-se cair sobre um dos bancos onde jogou os braços sobre a mesa, apoiando a cabeça sobre as mãos.

- Eu quero ir a alguma missão... – chorou.

- Oe, blonde – chamou Sting sentando-se próximo a maga. – Queria falar com você – e assim um largo sorriso abriu-se nos lábios do loiro.

- Então fale – pediu-a indiferente erguendo, vagamente, o olhar para o loiro.

O rapaz aproximou-se da jovem, logo jogando o braço sobre os ombros da mesma. Ato que não passou despercebido por Rogue cujo encontrava-se sentado frente ao balcão.

- Blonde – murmurou-o ao ouvido da maga. – Você percebeu que o Rogue anda bem estressado esses dias?

A maga franziu a testa perante tal comentário. E então logo se pôs a pensar.

- Bom...

- Não fale tão alto, ele pode nos ouvir – pediu Sting.

- Bom... – recomeçou-a, agora em um murmúrio miseravelmente baixo. – Eu havia percebido sim, até tentei descobrir o por que, mas fracassei...

- Eu posso te dizer o por que – respondeu o Dragon Slayer da Luz. E assim a loira olhou-o com certo brilho de esperança no olhar. – Você quer saber? – a maga apenas balançou a cabeça freneticamente em um sim.

O sorriso do rapaz apenas alargou-se enquanto ao longe um moreno de olhos carmim cerrava olhares em direção a dupla de loiros, afinal não estava conseguindo ouvir o que diziam.

- Vocês já estão juntos há quase quatro meses, certo? – começou-o. Ela acenou em resposta. – E pelo que eu pude perceber ele anda não marcou você não é? – e mais uma vez ele confirmou.

O sorriso do loiro tornou-se um tanto mais largo quando voltava o olhar para o moreno – claro que Lucy imitou o ato do mesmo. Logo as orbes claras do Eucliffe voltaram-se para a figura do mestre que aparecera no andar superior, e mais uma vez o olhar da loira seguiu o mesmo percurso, assim como o do Cheney.

- Não entendo aonde quer chegar... – murmurou-a baixo voltando o olhar para o rapaz ao seu lado.

- É obvio Lucy – murmurou-o em resposta voltando a observar o Dragon Slayer das Sombras que encarava fixamente Alexander, cujo tinha olhos apenas para a loira. – Ele esta puto de ciúme por que pode perder você para o mestre... – e então o olhar do loiro voltou-se para a maga, logo encontrando as orbes achocolatadas da mesma. – E Hikaru-sama sabe que ele ainda não te levou para a cama e te marcou como dele... ou seja... ele esta pensando em algo para te... – interrompido, pois fora acertado por algo um tanto... frio. Melhor dizendo, as palavras não puderam ter sido completas já que agora Sting Eucliffe encontrava-se caído com os cabelos sujos de uma bebida, que presumia-se ser vinho, enquanto a garrafa quebrada jazia caída ao lado do corpo inconsciente do mago.

E tudo o que se podia ver quando seguia o caminho oposto ao qual a garrafa veio fora um mago de cabelos negros e olhos vermelhos, extremamente irritado caminhando em direção aonde o corpo do mago loiro estava caído.

Ainda surpresa pelo que havia ouvido Lucy apenas ficou pensativa enquanto mantinha-se quieta em seu lugar, já que risos e mais risos ecoavam pela guilda devido ao que acontecera com o loiro. Não era comum ver o moreno agindo daquela forma, mas pouco ligavam para isso, afinal, era sempre engraçado ver o Eucliffe se “ferrando”.

Após alguns segundos o olhar da maga voltou-se para o Cheney.

Nos últimos dias ele passara bastante tempo consigo, não que ele não passasse tempo o suficiente com ela, mas ele realmente estava mais próximo dela, assim como Alexander que parecia espreitar qualquer movimento dela quando se encontrava dentro da guilda. E também Sting... o loiro aparentava estar mais próximo de si. Até mesmo Lector parara com suas brincadeiras rotineiras para com a maga.

Franzindo a testa a loira desviou o olhar para o Eucliffe. E pôs-se a pensar mais ainda. Fazia mais ou menos cinco ou seis dias que eles agiam assim.

Arregalando os olhos ela enfim teve consciência de uma das possibilidades – ou da única possibilidade – do por que de tudo isso.

Relembrando bem de tudo, Lucy recordou que isso já estava acontecendo com ela quando estava internada e só piorara quando recebeu alta.

Eles estavam preocupados... mas não qualquer tipo de preocupação. Eles tinham medo que ela fizesse aquilo de novo. Eles achavam-na instável. Por isso não era permitido a ela ir a missões ainda... e a maga celestial suspeitava que jamais seria capaz de ir em alguma missão sozinha novamente.

Baixando o olhar a Lucy pode sentir certa queimação em seu rosto, talvez se não se controlasse, acabaria por chorar ali mesmo. Voltou seu olhar para onde as ataduras mantinham-se cobertas pelas mangas longas de um casaco negro.

Uma pontada em seu peito entregou tudo o que sentia. Ela queria chorar. Queria pedir perdão, ou então isolar-se para se punir por deixar a todos preocupados consigo. Ela se odiava por ser fraca. Odiava-se por ter de que recorrer a tais meios para poder não acabar descontando nos outros as próprias frustrações.

E, acima de tudo, ela se odiava por não ser forte o suficiente para agüentar o peso do próprio passado e das próprias dores sem que acabe preocupando, ou machucando, aqueles que ela ama.

Erguendo-se devagar a Heartphilia permitiu-se seguir para a entrada da guilda. Queria ficar um pouco sozinha. Queria pensar.

- Miss Lucy, aonde vai? – fora tirada de seus pensamentos pela voz do loiro, Rufus. Este havia notado a diferença na expressão da maga, assim como o namorado da mesma também o fizera.

- Ah, eu... estava indo para casa – e assim ela deu um breve e falso sorriso. – Não estou me sentindo bem – murmurou.

O mago pareceu pender a cabeça para o lado. Ele notara que o sorriso que lhe fora dado era falso. E ele percebera que havia algo errado, e esse algo não era tão simples como a maga dizia ser.

- Tem certeza? Não quer que eu vá com você? – indagou-o notando que a loira apenas encolhera os ombros e desviou o olhar.

- E-Eu... – gaguejou-a. – Eu estou b-bem... – murmurou. – Me desculpe Rufus-kun, eu preciso ir – e assim deu as costas e saiu da guilda.

Pode ouvir Rogue chamando-a, mas não parou. Seguiu em passos rápidos em uma direção qualquer. Queria um momento para pensar... queria um momento para afastar certas lembras que certos membros da Saber – mesmo que não seja proposital – faziam-na relembrar.

A esse ponto seu rosto já mostrava-se banhado pelas lagrimas assim como seu coração parecia que havia voltado para o fundo daquele lago gelado.

Parou apenas quando sentiu as pernas doer de forma insuportável. Logo deixou-se cair tendo os joelhos de encontro com a areia fofa da praia.

Não havia notado o rumo que tinha pego, apenas estava caminhando, e hei de que seus pés a levaram até o local onde se podia apreciar um dos mais belos – e românticos – momentos da natureza. O pôr-do-sol.

Sentou-se abraçando os próprios joelhos sujos de areia e pôs-se a chorar verdadeiramente, tentando ao máximo por todas suas angustias para fora em forma de lágrimas.

Sabia que não deveria chorar naquele momento. Ainda mais frente aquela beleza de céu azulado/alaranjado... talvez se ela erguesse o olhar e permitisse-se apreciar aquele momento, as lágrimas cessassem dando lugar há um majestoso sorriso. Mais as lágrimas não permitiam... elas, praticamente, obrigavam-na a manter os olhos fechados e a cabeça baixa enquanto afogava-se nas próprias dores.

Soluços e mais soluços se mostravam, e apesar disso nenhuma palavra era proferida. Os únicos sons presentes, além dos soluços, eram os sons das ondas do mar ao chocarem-se contra a areia e também o assobiar do vento em seus ouvidos.

Logo os soluços tornaram-se meros fungados. O rastro das lagrimas ainda mostrava-se em seu rosto.

Talvez a maga estivesse deixando para chorar mais outra hora, enquanto erguia o olhar para o sol quase escondido totalmente.

Ou talvez a maga não possuísse mais lágrimas.

Por que diante de tudo aquilo pelo que a loira passou - durante toda a sua curta vida – e mediante o quanto já havia chorado durante os anos, havia apenas uma única certeza.

Eram angustias e dores demais... para lágrimas de menos.


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Notas finais do capítulo

enfim, comentem, recomendam, favoritem... é axo q só da pra fazer isso =o=3e o que acharam da garrafada que o Sting levou? XDbjossss ;*