A New Someone escrita por Lady, Belune


Capítulo 2
Capítulo 1 - Pain.


Notas iniciais do capítulo

Minna-san ^^
eu sei q tinha dito que postaria o capitulo só amanha, maaaass amanha eu terei curso e nao poderei postar de tarde, e pela manha eu vou para o colegio.... entao... resolvi q postarei os capitulos todas as quartas =3
boa leitura



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Capitulo 1 – Pain

“Dor é apenas uma palavra, até que alguém lhe ensine o verdadeiro significado dela.”

A loira suspirou enquanto rumava para seu apartamento ignorando o frio, que há tempos não a incomodava mais.

Faltavam três dias para o Ano Novo e Lucy não estava nem um pouco animada, o que chegava a ser estranho já que tal época do ano é sempre uma das mais felizes, ainda mais se você fizer parte de uma das guildas mais festeiras de toda Fiore.

A maga envolveu os braços no próprio corpo buscando conforto enquanto continuava seu percurso em direção a sua residência. Esta não queria ter que fingir que estava feliz, assim como fez no natal.

Tudo o que ela queria naquele momento era ficar sozinha e longe de sua família, mais especificadamente Natsu. O que não havia sido possível há alguns dias atrás já que o rosado fizera questão de ir com Lisanna a sua casa para poderem ir para a guilda.

Não que Lucy possuísse algo contra a maga take over mais jovem, ela apenas não queria ficar próxima do rosado já que as lembranças dos acontecimentos dos jogos mágicos ainda fervilhavam em sua mente.

Provavelmente Lucy jamais esqueceria o que aconteceu.

Suspirou, subindo as escadas para o andar superior do prédio.

Adentrou devagar em seu apartamento fechando a porta atrás de si e retirando sua jaqueta.

Estava ficando cada vez mais frio, não que isso fosse muito importante para a loira... mas o frio apenas a fazia relembrar tempos os quais ela preferia esquecer.

Lentamente a jovem seguiu para a janela de seu apartamento e a abriu deixando a brisa fria adentrar no cômodo.

Suspirou novamente já seguindo para o banheiro. Adentrou no mesmo e despiu-se rapidamente, claro que também retirando as ataduras que esta possuía nos braços. Foi-se para debaixo do chuveiro e ligou-o, pouco ligando se a água estava quente ou fria.

Permaneceu parada imóvel enquanto a água gelada escorria por sua pele fria, tornando-a mais fria. Sua cabeça mantinha-se abaixada enquanto seus olhos fechados deixavam apenas algumas poucas lágrimas escaparem.

Era sempre assim. Desde o dia em que terminara seu namoro com o Dragon Slayer do Fogo.

De manha era uma garota forte e com um belo sorriso no rosto, enquanto a noite sozinha em sua casa ela permitia-se chorar por longas horas até que o sono viesse, ou então submeter-se a pequenos machucados no próprio corpo a fim de esquecer-se da dor no coração.

Lucy já perdera as contas de quantas mentiras contara a Mira – e até mesmo a Laxus - sobre algumas olheiras que apareciam em baixo de seus olhos ou sobre o fato de seu vestuário ter mudado um pouco para esconder alguns curativos. Sem contar o fato de que diversas vezes a Heartphilia deixara de ir à guilda, ou por estar chorando, ou por simplesmente não querer ver o rosado e o restante de sua equipe. Seu único problema era que nesses dias Natsu resolvia invadir o apartamento dela a fim de saber o porquê desta não ter ido ao bar.

Há meses essa era a rotina da maga. Nas poucas vezes em que ela saia da cidade era apenas para uma missão para pagar seu aluguel ou para comprar comida para sua casa. E sempre que fazia isso, ia a alguma missão solo.

O pior é que a dor e apenas aumentava toda vez que alguém do time vinha lhe chamar para alguma missão, o que ela prontamente recusava - apesar de doer-lhe muito. Não queria correr o risco de que eles a vissem chorando, principalmente Erza que poderia acabar, realmente, matando o rosado.

A maga celestial estava evitando qualquer possibilidade de descobrirem sobre a ferida que Natsu colocara no peito dela, ela sabia que se alguém descobrisse, ou ao menos desconfiasse, culpariam Natsu – não que a culpa não fosse dele, o que era obvio que era –, mas a maga loira apenas não queria piorar tudo e acabar tendo que sair da Fairy Tail.

Suspirou mais uma vez já desligando o chuveiro e puxando uma toalha próxima para secar-se.

Envolveu o próprio corpo com a toalha e saiu do banheiro.

Assim que o ar frio tocou-lhe a pele ela não estremeceu, muito pelo contrario, já havia algum tempo que ela achava aquilo reconfortante. Ao menos a noite fria dava-lhe algum conforto, mesmo que este seja gelado.

Devagar a loira caminhou para o seu guarda roupa e pegou algumas peças de roupa enquanto podia sentir o olhar do moreno em suas costas.

- Olá Rogue-kun – murmurou-a virando-se e seguindo para o banheiro. Após alguns minutos voltou trajando apenas uma camiseta simples de cor rosa e um short jeans. – Aceita algo para beber? – indagou-a monotonamente.

O rapaz acenou em resposta e esta apenas seguiu para a cozinha, voltando alguns minutos depois com uma xícara de chá preto para o Dragon Slayer e um chá gelado, para si própria.

- Chá gelado? – indagou-o de sobrancelha erguida. A loira deu de ombros.

Havia tempos em que Lucy e o moreno da Sabertooth mantinham certo contato. Mais especificadamente desde os jogos mágicos há alguns meses atrás.

Tudo havia começado no penúltimo dia dos jogos quando ele havia visto-a nas redondezas da cidade, sobre uma ponte que era normalmente usada por agricultores, ela estava chorando por saber que Natsu a traiu em frente de diversas pessoas. Onde estava o amor que ele dizia ter por ela? Era o que a jovem se perguntou por diversas vezes.

Mas tudo não passou de uma ilusão. Quem ele amava de verdade era Lisanna. O próprio rapaz havia dito a ela após o incidente do beijo, mas depois ainda tentou manter amizade com a loira, já que – como o rosado gostava sempre de dizer – ela era sua melhor amiga, sua irmã, e jamais havia sido mais que isso.

Talvez o pior para a maga celestial não tenha nem sido ser traída, talvez a pior parte de tudo seja saber que o rosado jamais a havia considerado mais do que apenas uma amiga.

E agora era por isso que ela estava chorando.

Se no momento em que ela viu eles se beijando seu coração quebrou. No presente momento ela apenas sentia-se ser puxada para um mar de tristeza onde ela só fazia afundar e afundar. Talvez só não tenha chegado ao fundo ainda, pois Rogue aparentava sempre estar perto de si quando ela mais necessitava...

Bebericou sua bebida enquanto o silencio prevalecia. Ambos apenas observando a neve cair através da janela.

- Não esta com frio? – ele quebrou o silencio. Ela negou. O rapaz apenas pôs-se de pé e curvou-se sobre a mesa a fim de tocar a testa da loira com a palma da mão, e era como o mesmo imaginava. – Você esta gelada.

- O frio não é tão incomodo assim – murmurou com a voz embargada. Quando fora a ultima vez que falara algo?

O moreno suspirou. E sentou-se novamente.

E assim os minutos passaram...

- Rogue... eu... – suspiro. – Eu estava pensando em ir passar a virada de ano fora da cidade... em algum lugar... distante... – murmurou. – O que acha?

O moreno deu de ombros lembrando-se de que no dia e Natal quando ele fora encontrar com ela viu-a caída desacordada com uma poça de sangue se formando abaixo de seus ante-braços que possuíam diversos cortes. E ela teve sorte de o moreno ter chegado naquele dia, pois sua magia estava tão baixa que nem mesmo o espírito do Leão – ou a própria Virgo - conseguiu atravessar o portal para ajudá-la.

- Me parece uma boa idéia. Mas vai ficar sozinha? – indagou-o de sobrancelha erguida, mas ainda desconfiando sobre o que ela poderia fazer consigo própria caso ficasse só por um longo período.

A loira apenas se remexeu inquieta e abaixou a cabeça fixando o olhar nos ferimentos que se mostravam em ambos os ante-braços – acabara esquecendo de enfaixá-los.

- Você sabe que eu não quero passar a virada do ano olhando para eles... e me lembrando... daquilo – murmurou-a.

O Dragon Slayer acenou em compreensão, mas ainda sim sentia que não deveria deixá-la só já que as possibilidades de ela fazer algo idiota eram imensas.

- Então, se quiser, pode ir comigo passar a virada de ano em uma casa que tenho nas montanhas – informou-o suavemente, mesmo não sendo sua obrigação, ele sentia que deveria cuidar dela. Talvez seja apenas um sentimento fraternal, ou talvez seja algo mais. – Não gosto de passar essas épocas festivas na guilda, pois todos ficam se embriagando e brigando... principalmente Sting. - O moreno ainda não sabia o que sentia, mas ele não se importava muito com isso. Tudo o que queria era cuidar dela.

A garota sorriu. Um sorriso pequeno e triste.

- Entendo bem isso – sussurrou. – Amanhã pela manhã irei à guilda e falarei com o mestre. – informou. - Quando partimos?

- Depois de amanhã, pela manhã – disse-o. – Se não for incomodo para você seria melhor dormir na minha casa amanhã, ficaria mais perto para nós.

A loira acenou e logo após ergueu-se levando ambas as xícaras de volta para a cozinha.

Assim que se voltou para o aposento onde o moreno estava viu apenas o mesmo ergueu-se de seu lugar.

- Vou voltar para o hotel em que estou com Sting, antes que ele dê por minha falta – afirmou seguindo para a porta, mas antes que alcançasse a mesma pode sentir os braços da loira em volta de si enquanto esta murmurava um leve “obrigado”. Antes que se desse conta ele já se encontrava fora do apartamento seguindo para o hotel.

Após o abraço que dera em Rogue a loira apenas seguiu para sua cama e jogou-se sobre a mesma – claro que antes fechando a janela para não haver nenhuma invasão de Natsu questionando-a sobre o por quê de ter ido cedo para casa.

Por breves segundos perguntou-se o porquê de tê-lo abraçado, mas não havia explicação palpável.

Era um abraço que significava muitas coisas, assim como o “obrigado” que ela dissera.

Aquilo era apenas um pequeno agradecimento por tudo o que ele fizera por ela. Desde estar do lado dela – mesmo que sem dizer nada – até agora quando a convidara para passar o ano novo consigo, longe de qualquer sofrimento e qualquer dor.

- Eu bem que poderia... me apaixonar por ele... – murmurou enquanto encarava o teto.

Virou-se voltando o olhar para o lugar onde o moreno estava sentado minutos antes, mas logo a breve lembrança do rosado invadiu sua mente e rapidamente lágrimas vieram aos seus olhos.

Era sempre assim. Nas raras noites em que Rogue a visitava ela conseguia se senti feliz por alguns minutos. Como se o fundo do lago de tristeza não existisse e ela pudesse emergir para ver o lindo céu estrelado a noite. Mas todas as vezes que ele ia embora as vinhas negras puxavam-na para o fundo novamente onde ela apenas sofria entre soluços e lágrimas.


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Notas finais do capítulo

oh, sim... eu sei que o capitulo ficou grandinho e tals.... mas nem todos os capitulos serao assim... haverá uns que serao pequenos mesmo xD
nao esqueçam de comentar
beijinhuss
Ree