Capitulo 17 – Hate.

“O ódio tem melhor memória que o amor.”

Era por volta de três da tarde. A Fairy Tail mantinha-se em festa. Copos, cadeiras e mesas voavam. Pessoas brigavam e eram jogas sobre outras pessoas. E tudo aquilo não passava despercebido pelo olhar lascivo de Laxus.

Mas logo sua atenção voltou-se completamente para a figura que acabara de chutar as portas de entrada da guilda fazendo – assim – com que as lutas cessassem.

Quando a poeira baixou tudo o que se pode ver foi Mirajane parada em pé com as mãos fechadas em punhos. Seus olhos transmitiam algo alem de ódio.

E em passos pesados a albina seguiu em direção onde o rosado podia-se ser visto discutindo com o mago de gelo. Sem pronunciar qualquer palavra esta pegou o mago de fogo pelo cachecol e arremessou-o contra uma parede surpreendendo a todos.

Subitamente seu corpo foi envolvido pela própria magia e antes da mesma desfazer-se a albina pulou sobre o rosado – ainda caído.

- Oe... M-Mira... – chamou o mago de gelo temeroso. Nada obteve em resposta.

E assim quando a magia da mesma se desfez todos puderam vê-la com seu Satan-Soul principal.

Logo o primeiro soco fora desferido no rosado fazendo com que o chão abaixo do mesmo afundasse.

- Mir-ra... – tentou chama-la, Natsu.

- Seu idiota! – gritou-a chutando-o em direção ao balcão que acabara por ser destruído completamente. – Como você pode fazer isso com ela? Eu estou decepcionada com você Dragneel, estou decepcionada com todos vocês! – gritou-a para aqueles que pertenciam ao time do rosado. – Como puderam fazer isso como a Lucy? Como puderam agir como se o que esse idiota fez não fosse nada? Como não perceberam que ela estava sofrendo? Como puderam simplesmente deixar uma nakama importante sofrer? Como puderam traí-la? Logo Lucy que sempre confiou em vocês! – e mais uma vez a albina partiu para cima do rosado.

Chutou e socou-o sem o mínimo de pena.

- E você ainda é hipócrita o suficiente para odiar aqueles que ficaram do lado dela, e cuidaram da Lucy quando ela mais precisou! - berrou-a.

- Mira-nee... – choramingou a albina intervindo entre a irmã e o namorado.

- Você... – rosnou Mirajane. – É culpa sua também! – e então ergueu Lisanna pelo pescoço logo jogando-a no chão e prensando a mesma com força. Esta, por sua vez, apenas debatia-se diante da dor que sentia.

E por mais uma vez seu corpo fora envolto por magia, mas ao contrario do que muitos pensaram, a maga agora estava em sua forma Sitri.

- Mira o que você... – agora foi à voz de Erza.

O fogo que escapava dos pés da albina já queimava parcialmente as roupas da Strauss mais nova, assim como também queimavam sua pele de forma superficial.

- Mira-nee... – chorou-a.

- Não me chame mais assim – ordenou Mira. – Você não tem o direito para isso. Você não tem direito de chamar-se nem mesmo de nakama, não depois do que fez a Lucy, sua amiga, por culpa sua eles terminaram. Por culpa sua a Lucy se machucou. Por culpa sua ela sofreu. Você é apenas uma vadia. Uma traidora! - e assim a maga fechou o punho pronta para desferir um soco na albina mais nova. - Eu preferiria que estivesse morta!

- Mira-nee... - chorou-a mais e mais. - Me desculpe... me desculpe... - Jamais imaginara ouvir isso vindo da própria irmã. Mas ninguém pronunciou nada para consternar ou intervir Mirajane. Estavam todos em choque pelo que foi dito.

- Não é para mim que deve dizer isso! - rosnou a albina. - Mas desculpas não serão suficientes diante de toda sua falsidade.

- Mira, já chega. – então a voz de Laxus chegou até ela. – Já fez o suficiente, não acha? - e apesar de ter leves sensações de que ambos, Natsu e Lisanna, mereciam aquilo, o loiro preferiu intervir. Não seria nada agradável ver a Strauss mais velha fazer o que planejava.

- Não. Eu nem comecei... – afirmou-a olhando enraivecida da garota abaixo de si, para o rosado que se erguia com dificuldade. – Nem mesmo se eu matá-los será o suficiente!

- Mas você acha que a Lucy ficaria feliz com isso? – indagou-o.

Após alguns segundos pensando sobre o que lhe fora dito pode-se ver apenas a maga colocar-se de pé enquanto sua magia desfazia-se, mas antes de ser completamente desfeita Mira ainda chutou o corpo pequeno da garota, lançando o mesmo contra uma parede onde logo se chocou e foi de encontro ao chão, imóvel. E assim Mira deu as costas e seguiu para a entrada da guilda, claro que parando na porta e virando-se para os magos ali presentes.

- A partir de hoje eu não sou mais Mirajane Strauss, sou apenas A Demônio Mirajane maga classe S do time Meia Lua – afirmou-a erguendo uma das mãos e apontando para todos. – E estou avisando, se algum de vocês fizer algo para machucar, magoar ou, até mesmo, se pensar na minha Lucy de forma errada, eu tomarei a iniciativa de apagar a existência de tal pessoa para sempre... – dito isso a maga deu as costas e partiu.

...

O silencio se instalava pelo corredor vazio do hospital. Tal silencio foi cortado apenas pelo som do salto agulha da bota de uma mulher que ecoou pelo chão frio. Esta apenas parou frente ao quarto da Heartphilia.

Logo três batidas foram dadas na porta e por detrás desta pode-se ouvir apenas um rouco “entre”. E devagar a porta fora aberta revelando ninguém mais que Minerva.

A morena adentrou seria no recinto e rapidamente seu olhar decaiu sobre a figura inerte da loira. Franziu atesta por alguns segundos. Havia muito o que se explicar por parte dos Dragões Gêmeos.

- Mestre Hikaru quer saber o que aconteceu - informou-a para os Dragon Slayers e nekos ali presentes. E então seu olhar decaiu novamente sobre a garota. - E pelo que vejo há muito que ser dito.