Acordo no meu quarto, deitado na grande cama de casal que o decora. Levanto-me e abro as cortinas que cobrem uma grande porta espelhada que dá para minha varanda. Olho ao redor, admirando a linda imagem a minha frente. Depois de um tempo vou em direção ao meu banheiro, lavando meu rosto. Saio do meu quarto e desço as escadas chegando à sala de estar onde Greg se encontra vendo TV.

- Bom dia Gregory. – Falo parando no ultimo degrau da escada.

- Eai. – Ele responde dando uma pequena olhada para a minha direção.

- Você já tomou o café?

- Ainda não. Tava esperando o senhor.

- Então vamos?

- Bora. – Ele responde se levantando e desligando a televisão, indo em direção a sala de jantar.

- Bom dia Scott.

- Bom dia senhor... Quer dizer, Brian. O café da manhã já está pronto.

- Ótimo. Obrigado.

- De nada.

Vou até a sala de jantar e sento-me à frente de Greg, começando a conversar com este, enquanto esperamos uma das empregadas da casa arrumarem o café em cima da mesa.

Após o café, pego um dos carros – o que normalmente uso para ir trabalhar. – e levo Gregory para a escola.

- Pai, porque o senhor não usa o Camaro?

- Não devemos chamar atenção... Alias, eu não preciso dele para ir com você até a escola. Certo?

- Certo...

Após levá-lo para escola, volto para casa e faço o habitual. O tempo passa rápido e logo Greg já havia voltado da escola. Saímos para comprar a roupa para Greg usar hoje a noite e logo o dia já vira noite. Voltamos para casa e vou trabalhar enquanto Gregory fica em casa falando com seus amigos por Skype para combinar tudo certinho.

O trabalho é como sempre e logo volto para casa, afinal, tinha que voltar com o carro para Gregory poder ir para a festa – já que ele tem carta.

- Greg, você já está pronto? – Pergunto, ao bater na porta de seu quarto quando cheguei a casa.

- Sim... Brian. – Ouço uma risada baixa vindo de seu quarto.

- Haha, muito engraçado. Não chegue muito tarde, ouviu?

- Sobre isso...

- Lá vem... – Falo baixo balançando a cabeça negativamente

A porta se abre, e dela sai um homem com seus cabelos castanhos arrumados com um pouco de gel, vestindo um terno preto, e usando uma gravata marrom chamativa que combina com seus olhos da mesma cor. Ele cresceu...

- Pensei que fosse uma festa... – Comento ao ver seu visual.

- É uma festa, mas tem que ir com roupa formal.

- Mas o que você queria me falar?

- Eu queria saber se o senhor me deixa dormir na casa de um amigo depois da festa.

- Que amigo?

- O Robert.

- Eu deixo, mas quero vê-lo quando eu voltar para casa amanhã. Ok?

- Pode deixar pai!

- Divirta-se. – Digo-lhe entregando a chave do meu carro.

- Valeu! – Ele desce as escadas rapidamente e logo ouço a porta da frente bater.

Olho pela janela e vejo um pequeno bilhete grudado nesta:

          

           

Olho para o portão e o vejo saindo com o camaro. Bom... Ele não cresceu tanto assim.

Um sorriso escapa pelos meus lábios... Era para eu estar bravo, mas eu sei que ele é cuidadoso... Ele nunca me deu problema, mas seus amigos o punham em problema. Mas eu sei que ele os defendia e dizia que ele que fez a bagunça e blábláblá.

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Levanto-me da minha cama após uma boa noite de reflexão sobre muitas coisas. Essa é uma das partes chatas. Mas até que às vezes é bom. Hoje eu levantei mais tarde, alias não precisei levar Greg para a escola já que hoje seria feriado na escola, mas para mim, não. Nós não faltamos em feriados e isso é bom pra mim, já que desse jeito eu ocupo minha cabeça e faço algo, mas nós também temos férias assim como qualquer pessoa! Tento tirar minhas férias no mesmo período que Gregory fica de férias, pois assim podemos viajar, mas as vezes eu não consigo.

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Chego no trabalho e entro na minha sala para guardar a minhas coisas ali e pegar os casos que terei que distribuir hoje, assim como nos outros dias, até que alguém bate na porta.

- Entre.

- Bom dia. – Ela diz adentrando a sala, fazendo com que seu cheiro aromatize o local, pelo menos pelo meu olfato aguçado.

Olho para Catherine, parando o que estava fazendo... Linda mulher. Sempre tão charmosa e tão cheirosa sem ao menos usar um perfume sequer. Sorrio ao vê-la. Bela como sempre.

- Bom dia Cath! – Digo amigável.

- Acabou de chegar?

- Sim... O que houve?

- Nada, apenas queria saber se você não quer sair com o pessoal pra um barzinho hoje a noite...

- Acho que eu posso ir sim, mas precisarei primeiro passar em casa, não poderei ir direto.

- Ok então. – Ela abre um lindo sorriso e percebo seus olhos tão penetrantes brilhando.

- O que aconteceu? – Pergunto novamente a fazendo ficar confusa. Ela fica tão linda confusa. – Você está radiante.

- Eu?

- É!

- Eu já sou radiante! – Ela diz se gabando, me fazendo rir. – É sério Griss. – Adoro quando ela me chama assim... – Você não acha?

- Claro! – Digo a admirando com um sorriso no rosto.

O silencio se instala na sala. Então eu pego uns papéis de cima da minha mesa e a olho novamente.

- Vamos? Vou entregar os casos... – Digo olhando para os papéis em minhas mãos e logo volto meu olhar para ela.

- Claro.

- Você primeiro. – Digo abrindo a porta e esticando o braço, dando-lhe passagem.

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- Bom dia a todos! – Digo chegando à “sala de descanso”.

- Bom dia. – Todos respondem prestando atenção em mim.

- Warrick. Hoje você vai sozinho. – Estico meu braço com um papel em minhas mãos, entregando-lhes. – Sara e Nick – Entrego outro papel para os dois. – Catherine, você vem comigo.

- Qual é o caso? – Ela me pergunta me acompanhando em direção ao carro.

- Houve um tiroteio durante uma festa e... Bem, você já deve saber como terminou, né?

 - Sei. – Sinto uma tristeza em sua voz.

Adentrando o local, vemos vários corpos caídos no chão com muitos respingos de sangue nas paredes.

- Tão jovens. – Digo sentindo um aperto no meu coração. Eles tinham a idade do meu “filho”.

- É... – Ela diz e nós ficamos observando por um tempo, em silencio.

- E vou tirando as fotos.

Eu começo a colocar os números em cada evidencia no local do crime e tirando as fotos.

- Ei! Griss! – Ela me chama lá de dentro.

- Sim?

- Aonde você está indo? – Ela pergunta vendo que eu ia em direção ao outro lado da rua.

Nem respondo, já que sua voz estava tão baixa, deduzi que ela não poderia me ouvir mais, mas mesmo assim, não parei de seguir as gotas de sangue.

Acabo entrando em um beco, e então vejo um corpo um pouco distante de mim, caído no chão.

Começo a correr em direção ao corpo, mas antes de chegar, ouço passos rápidos atrás de mim. Era Cath que quer saber aonde vou.

Chegando até o corpo eu congelo. É Gregory. Meu coração começa a bater desesperadamente e minha respiração fica ofegante, procurando se acalmar – Mesmo que nós possamos optar por respirar ou não já que nós necessitamos apenas do sangue para sobreviver. -. Lagrimas escorrem de meus olhos. Há quanto tempo eu não choro? Há quanto tempo eu não tenho esse sentimento de que não existe mais o sentido da vida.

Caio de joelhos no chão daquele beco e sinto seu coração, deixando as lagrimas rolarem enquanto me perco em lembranças antigas e preciosas Ele ainda está vivo! Sinto seu pulso

- Grissom? O que houve? – Catherine pergunta preocupada enquanto se aproxima a vê a cena.

- Chame uma ambulância! Rápido! – Grito com o máximo de forças que tenho.