Secret escrita por Rocker


Capítulo 44
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Eu nem sei o que dizer. Sério gente, essa fic faz parte de mim desde a primeira palavra escrita. O melhor de tudo foi ter crescido com vocês. Crescido na escrita, crescido como pessoa, e eu agradeço muito. Eu tinha quatorze anos quando comecei essa fanfic e nunca pensei que tomaria proporções desse tamanho. Eu criei Lena como meu próprio espelho, e por isso eu sempre me envolvia tanto com essa personagem. Por isso cada fanfic de Nárnia minha tem uma Lena, isso a maioria já deve ter percebido. Lena sou eu, e sempre será. O nome não importa, o que importa é o que ela é e o que ela representa. Ela representa meus medos, minhas experiências e minhas inseguranças. Não sei se perceberam ao longo do tempo, mas a Lena sempre superava um obstáculo novo. E eu também. Mas não por causa de um Edmundo da vida (não que eu ia reclamar se tivesse, claro kkkk), mas por causa de vocês. Mesmo que a fanfic crescesse, não eram todos que comentavam. Isso me magoou bastante, mas o que eu podia fazer, né?! Mas, ainda assim, havia aquelas leitoras persistentes, que não me deixaram desistir. Não importa se estiveram aqui desde o início ou entraram depois, se escreviam comentários quilométricos ou um simples "continua"! Vocês foram a razão dessa fanfic ser o que é hoje, vocês me deram forças pra continuar, então eu agradeço vocês eternamente. Obrigada pela oportunidade de mostrar minha escrita, o que eu realmente gosto de fazer e o que eu realmente sou. Acho que nenhum amigo ou familiar me conheceu tão profundamente quando vocês conheceram XDD E agora estamos aqui com 42 capítulos, quase 60 mil palavras, mais de 500 comentários e 9 recomendações( não que eu reclame de receber mais, me fará muito feliz! :3). Agradeço novamente a vocês! Agradeço também às minhas amigas Marcielly e Caroline, que foram a minha inspiração para Hailee e Emma, respectivamente, mesmo que vocês não sejam exatamente assim e nem leiam a fic. Me baseei mais nos nossos momentos que a gente parecia três loucas bêbadas. Amo vocês!



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Secret II

Capítulo 13

Gritos de alegria podiam-se ouvir por toda Telmar naquele de glória e comemoração à vitória dos narnianos. Haviam telmarinos e narnianos comemorando juntos pelas ruas e pelas janelas por onde o Príncipe Caspian - agora Rei Caspian - e os Reis Antigos passavam. Edmundo forçava um sorriso a todos, mas seu coração pesava por ter que participar daquilo tudo sem Lena. Ela fora ao Castelo de Telmar antes deles, com as irmãs, NCA e Ripchip, para se preparar para a despedida de Nárnia - agora eles iam para casa.

Edmundo, assim que pode descer de seu cavalo, correu em direção ao castelo à procura da menina. Mas não procurou por cômodos, aposentos e salões. Sabia exatamente onde poderia encontrá-la, e não estava enganado. Os cabelos presos em um coque arrumado, com alguns fios soltos em volta do rosto, e um vestido simples, mas especial, de cor vinho. Ela deslumbrante entre as flores do jardim, sentada em meios a elas. O menino se aproximou aos poucos e se sentou ao lado dela.

– Estou com medo. - ela disse, apoiando a cabeça no ombro do menino.

– A guerra já acabou, não precisa ter medo. - ele disse, abraçando-a pela cintura e aconchegando-a mais perto de si.

– Não tenho medo disso. - ela disse, levantando a cabeça para encará-lo nos olhos. - Tenho medo de quando voltarmos para a Inglaterra. Não quero que isso tudo que passei se repita. Eu não aguentaria mais algo assim.

– Você fala sobre a responsabilidade de cuidar de dois inconsequentes?

Lena quase riu com a escolha de palavras de Edmundo.

– Isso também. - ela assumiu.

– Então o que te preocupa?

– Não quero que criemos essa distância que formou nos dois anos que ficamos separados. - ela disse tristemente. - Parece que não somos mais os mesmos.

– E não somos. - Edmundo disse, virando-se de frente para ela e segurando seu rosto entre as mãos. - A distância durante esses dois anos me fez ver o quanto a sua falta me fazia mal e decadente. Não quero você longe de mim nunca mais.

Lena sorriu, fechando os olhos e sentindo o hálito fresco do moreno contra sua respiração.

– Promete?

– Prometo. - ele disse sorrindo, antes de tomar seus lábios.

~*~

No dia seguinte, estavam todos prontos para a despedida dos Reis Antigos e da garota que salvara Nárnia. Reunidos no pátio do Castelo de Telmar, estava telmarinos e narnianos, juntos.

– Nárnia pertence aos narnianos tanto quanto aos homens. - dizia Caspian em uma postura nobre, para que todos ouvissem. - Qualquer telmarino que quiser ficar e viver em paz é bem-vindo, mas aquele que desejar, Aslam o levará para o lar de nossos antepassados.

– Já faz gerações que nós deixamos Telmar. - disse um homem, à frente do enorme grupo.

– Não nos referimos a Telmar. - disse Aslam. - Seus antepassados foram marinheiros errantes. Piratas arrastados para uma ilha. E nela acharam uma caverna, uma rara fenda entre este e aquele mundo. O mesmo mundo de nossos reis, rainhas e guardiãs.

– É para essa ilha que posso retorná-los. - continuou o leão. - É um bom lugar para qualquer que queira recomeçar.

A população humana telmarina se entreolhou, extremamente receosos de deixar o conforto do conhecido. Até que uma voz se fez presente entre eles.

– Eu vou. - era um antigo assessor de Miraz. Caspian olhou-o intrigado. - Eu aceito a oferta.

Enquanto o homem caminhava em direção a eles, Caspian o cumprimentou com um aceno de cabeça respeitoso, que foi retribuído.

– E nós também. - disse a tia de Caspian, esposa de Miraz.

Ela avançou com um bebê no colo, juntamente com outro homem de cabelos grisalhos.

– Porque foram os primeiros a decidir, vocês serão felizes nesse outro mundo. - disse Aslam, para logo em seguida soprar sobre suas cabeças, como uma bênção ou feitiço.

A única árvore que havia ali - atrás de todos, aos pés de um desfiladeiro - se abriu, repartindo em duas e causando murmúrios de espanto. Aslam indicou a árvore com a cabeça e os três passaram pelo vão da árvore, desaparecendo em seguida. Mais murmúrios.

– Como saberemos que não está nos levando para a morte?! - gritou um telmarino.

– Senhor. - Ripchip chamou por Aslam. - Se meu exemplo pode servir de alguma coisa, passarei com onze ratos sem demora.

Pedro e Susana se entreolharam, antes do loiro ir à frente.

– Nós iremos. - ele disse.

– Iremos? - perguntou Lúcia.

– Vamos embora. Chegou nossa hora. - disse Pedro, logo depois ele foi até Caspian, tirando a bainha de sua espada do cinto e entregando-lhe a ele. - Afinal, não precisam mais de nós aqui.

Caspian pegou a espada do Grande Rei Pedro. - Vou cuidar de tudo até que voltem.

– Esse é o problema. - disse Susana. - Não vamos voltar.

– Não vamos? - perguntou Lúcia, pesarosa.

– Vocês vão. - disse Pedro. - Pelo menos, foi o que ele disse. - ele indicou Aslam.

– Por quê? - Lúcia perguntou ao leão. - Eles fizeram alguma besteira?

– Pelo contrário, minha cara. - disse Aslam. - Mas tudo tem o seu tempo. Seu irmão e sua irmã aprenderam o que podiam neste mundo. É hora de eles viverem por conta própria.

– Tudo bem, Lu. - disse Pedro, aproximando-se da irmã. - É tudo muito diferente do que eu pensava, mas estou conformado. Um dia você compreenderá. Vamos.

Ele puxou a pequena para se despedirem dos amigos. Susana foi até Caspian.

– Gostei de ter voltado. - ela disse.

– Queria passar mais tempo com você.

– Nunca teria dado certo mesmo. - Susana disse.

– Por quê?

– Eu sou mil e trezentos anos mais velha do que você. - ela disse, fazendo abrir um sorriso em Caspian.

Ela se virou para continuar, mas voltou rapidamente e deu-lhe um beijo suave sobre os lábios. Lena foi rapidamente até Caspian e o abraçou fortemente. Ele se tornara seu amigo e quase se recusava a abandoná-lo.

– Obrigada, Caspian.

Caspian apertou seus braços ao redor da menina. - Obrigado você, Lena.

E então os sete passaram pela árvore, deixando Nárnia para trás. Lena se viu novamente na estação de trem, com o mesmo trem que passara quando foram a Nárnia. Sentiu seu coração apertando, pensando que talvez houvesse mais uma distância para separá-la de Edmundo, como ocorrera anos antes. Mas então ela sentiu alguém segurando sua mão delicadamente. Ao virar-se, deparou-se com Edmundo olhando-a preocupado. E então soube que não tinha mais catorze anos e que não haveria nada para impedí-los. Era tudo o que poderia pedir.

– Você não vem, Phyllis? - um garoto perguntou, já de dentro do trem que parara.

Os sete se apressaram em pegar as malas e entrar no vagão. Edmundo remexeu em sua mala.

– Será que tem um jeito de nós voltarmos? - ele perguntou, chamando a atenção dos irmãos e das anjas. - Eu deixei minha lanterna nova em Nárnia. - ele disse, causando risos entre eles, enquanto as portas do trem se fechando representava as portas de uma aventura que se finalizava.

Após virar uma curva do trem, Lena sentiu seu corpo caindo, mas foi rapidamente amparado por Edmundo. Ela estava quase se afastando envergonhada - quase se esquecera de que tudo o que passaram era real -, quando o moreno permaneceu com os braços ao redor de sua cintura.

– Eu te amo, Lena. - ele disse, depois que ela apoiou a cabeça no ombro dele.

Angelina sorriu, antes de responder-lhe sem medo. - Eu te amo, Eddie.

"Seu coração batia rápido, como sempre acontecia quando ele se aproximava, mesmo depois de quinze anos de convivência." (Capítulo 37)


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS INICIAIS, É IMPORTANTE PARA MIM! :3