Secret escrita por Rocker


Capítulo 43
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo gente, mas vou deixar pra chorar todas as lágrimas no próximo mesmo kkkk Fiquei um pouco chateada por ter recebido tão poucos comentários, em comparação com os mais de cem leitores. Mas não vou deixar os poucos que restam na mão justo no finalzinho, então está aí!! Espero que gostem, apesar de estar pequeno >.



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Secret II

Capítulo 12

Lena conseguiu chegar a tempo. Susana já não estava mais com Lúcia, e por um momento ela ficara preocupada com as possibilidades, mas então se lembrou de que Caspian não estivera por perto no início da luta entre Pedro e Miraz. Lúcia estava tendo dificuldades em permanecer sobre o cavalo, com várias flechas telmarinas zunindo ao redor. Lena aumentou o ritmo de suas asas, já desembainhando sua espada, e assim que chegou perto o suficiente, a cravou sobre as costas do telmarino mais próximo de Lúcia, antes de cortar a cabeça de outro.

– Lena! - disse Lúcia, surpresa e aliviada.

Lena sentiu uma flecha zunindo ao lado de sua cintura. Ela se voltou furiosa pra o telmarino que a havia atacado.

– Minha asa não, desgraçado! - ela rugiu, antes de enfiar a espada em seu coração.

Ela voltou a sobrevoar ao lado do cavalo de Lúcia, escoltando-a.

– Lena, me desculpe por... - Lúcia começou a dizer, mas Lena a interrompeu.

– Deixa isso pra lá. - ela disse sorrindo.

Lena olhou para trás, vendo que um dos homens já se aproximava. Ao virar-se novamente para frente, deparou-se com outro e soube que aquele talvez seria seu fim. Estavam encurraladam. Lena olhou para sua direita, de onde ouvira um barulho estranho e desconhecido. Algo dourado passara por entre as árvores, aproximando-se deles. E então o majestoso leão parou mais à frente, rosnando alto para os telmarinos. O cavalo de Lúcia assustou-se, levantando-se as patas traseiras e a fazendo cair no chão com um grito assustado. Lena voou para tentar ajudá-la, mas acabaram as duas no chão. Lena olhou para o leão e viu-o pulando por cima de si, em direção ao telmarino mais próximo e soube, pelo grito que ouvira, que ele estava sendo dilacerado. Lúcia se levantou com certa dificuldade, e observou o grande leão majestoso.

– Aslam! - ela sorriu e correu até o leão, jogando-se sobre ele.

Lena rapidamente se levantou, retraindo as asas, mas paralisou ao rever o leão à sua frente.

– Olá, querida. - Aslam disse à anja que, em um choque de realidade, abriu um imenso sorriso e correu para abraçá-lo.

– Eu senti sua falta. - ela murmurou, antes de se sentar no chão coberto de folhas ao lado de Lúcia.

– Eu também, querida.

– Eu sabia que era você! - disse a pequena. - O tempo todo, eu sabia! Mas os outros não acreditaram em mim.

– Lena acreditou. - disse Aslam. - Mesmo que ela não lhe tenha dito.

Lena abaixou a cabeça, envergonhada.

– Mas por quê isso a impediu de vir a mim? - ele perguntou à mais nova.

– Desculpa. - Lúcia disse meio envergonhada. - Eu estava com medo de vir sozinha. Mas... Por quê você não se mostrou? Por quê não chegou rugindo e nos salvou como da última vez?

– Nada acontece duas vezes da mesma maneira. - disse Aslam sabiamente.

– E se eu tivesse vindo antes? - Lúcia voltou a perguntar, ainda se sentindo culpada. - Todos que morreram... Eu teria impedido?

– Nunca saberemos o que teria acontecido, Lúcia. - o leão respondeu. - Mas o que vai acontecer é bem diferente.

– Então você vai ajudar? - Lena perguntou.

– Mas é claro. E vocês também.

– Uh, eu queria ter mais coragem. - disse Lúcia.

– Se tivesse mais coragem, você seria uma leoa. - Aslam disse, se levantando e se colocando sobre as quatro patas. - Bom, suas amigas já dormiram bastante, não acham?

Ele então rugiu, causando um farfalhar entre as árvores que Lena sabia seu significado. Era a hora de seu despertar.

~*~

Depois de alguns minutos eles finalmente chegaram ponte já pronta do rio Beruna. Lúcia pulou das costas de Aslam e Lena pousou ao seu lado, com a espada em mãos. Elas podiam ouvir os barulhos do outro lado da ponte, às margens da floresta, e Lena entendeu que os telmarinos procuravam atrair os narnianos até o Beruna, onde imaginavam que teriam certa vantagem - mesmo que ela não conseguisse enxergar qual era. Aslam parou lado deles, com perfeita postura e enorme tamanho que, se Lena não o conhecesse, sentiria-se intimidada.

Do outro lado da ponte, apareceram finalmente os telmarinos às margens do rio, mas ali pararam, olhando confusos para as garotas e o leão que estavam ali. A hesitação, porém, não permaneceu. Logo o líder, que Lena reconheceu como sendo o assessor de Miraz que insistia na recusa da proposta de luta única, gritou, chamando os telmarinos em frente. Atrás deles apareceram os exércitos narnianos que, por mais que quisessem lutar frente a frente com os telmarinos, pararam ao ver Aslam, sabendo que agora estava em suas mãos. Ou patas.

Os telmarinos avançaram, alguns pela ponte e outros pelas águas do próprio rio. Pensaram que, entre enfrentar duas crianças com um leão e todo um imenso exército, a primeira opção seria a mais sensata. É claro que, sendo o leão ninguém menos do que Aslam, estavam irrevogavelmente equivocados. Aslam rugiu fortemente, a ponto de balançar a superfície próxima da água. Logo após, o chão tremeu. E os telmarinos pararam o avanço, confusos com o que ocorrera. A água então começou a diminuir seu nível, à medida que um rugido de grande volume de água corrente parecia vir do rio acima. Ao desviarem o olhar na direção do som, uma avalanche vinha em direção à ponte.

Telmarinos desesperados tentavam retornar, mas parecia quase impossível. Era como se estivessem presos ali, com os calcanhares no fundo do rio, enquanto o elevado volume de água se aproximava. Porém, à medida que se aproximava, a aguá subia, tomando uma forma humana masculina, que se inclinava em grande velocidade em direção ao exército de Telmar. Telmarinos gritavam e pulavam no rio, em desespero. O homem olhou em direção ao leão, que deu um passo à frente e assentiu, como se tivesse dando-lhe permissão.

E então, com permissão concedida, o homem de água se inclinou sobre a ponte e se debruçou, segurando-a. Com a grande força da água, conseguiu arrancar a ponte de seu lugar, com apenas o assessor traidor sobre ela. E gritando, o telmarino foi engolido pelo deus do rio, que rapidamente se dissolveu.


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