Secret escrita por Rocker


Capítulo 41
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Odeio dizer isso, mas estamos na reta final. E me deixar triste saber que o número de comentários caiu consideravelmente, então dedico esse capítulo às fofas que ainda comentam



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Secret II

Capítulo 10

Ao pousarem em frente à fortaleza, se aproximaram dos outros reis e Lena pode ver Lúcia e Emma - que ficara para protegê-la - vindo em direção a eles, esperando-os juntamente com os outros que permaneceram ali na entrada da fortaleza.

– O que aconteceu? - perguntou a pequena.

– Pergunte a ele. - Pedro respondeu desgostosamente, indicando Caspian com um aceno.

– Pedro. - advertiu Susana.

– A mim? - perguntou Caspian, parando de frente ao loiro. Lena estava torcendo para que não discutissem ali, quando ela mesma estava em luto por aqueles que não conhecia. Claro que suas preces foram em vão. - Você podia ter cancelado. Ainda dava tempo.

– Não dava, graças a você. - retrucou Pedro, também parando. - Se tivesse seguido o plano, os soldados estariam vivos agora.

– E se tivesse ficado aqui como eu sugeri, eles com certeza estariam! - exclamou o príncipe, já cheio das ordens do loiro.

– Você nos chamou, não lembra?!

– Meu primeiro erro. - disse Caspian friamente.

– Não. - contrariou Pedro. - Seu erro foi achar que podia ser líder. - ele disse, já virando-se e seguindo em direção à entrada.

– EI! - Caspian chamou sua atenção de volta e sibilou algo que estava há muito entalado em sua garganta. - Acho que não fui eu que abandonei Nárnia.

– Você invadiu Nárnia. - acusou Pedro, apontando para o rosto do príncipe. - Não tem mais direito de livrá-la de Miraz! - Caspian, antes mesmo de terminar de ouvir, passou por Pedro, empurrando-lhe o ombro. - Você, ele, seu pai... - conseguiu retomar a atenção moreno. - Nárnia está melhor sem gente da sua laia.

Em um ato reflexo, ambos desembainharam as espadas, e apenas não se cortaram as cabeças, pois Lena gritou um "PAREM!" alto e claro nessa hora. Estava cheia de brigas assim, como se já não bastasse a guerra que enfrentavam. Edmundo, que estava ao seu lado, soltou-a imediatamente e virou-se em direção aos guerreiros narnianos. Quando Lena viu que ele ajudava NCA, que estava no colo de um minotauro, percebeu exatamente o que deveria dizer.

– Tem coisas mais importantes do que brigar por algo que já passou. - Lena disse, antes de se virar e ajudá-los a colocar NCA no chão de pedra.

Quando rei e príncipe abaixaram as espadas, Lúcia veio correndo em direção a eles, retirando um frasco de um saquinho na cintura que Lena rapidamente reconheceu. Era o elixir de cura. Lúcia se agachou ao lado de NCA e pingou uma ou duas gotas em sua boca. Lena levantou os olhos e viu que Caspian entrava na fortaleza, sendo seguido por um anãozinho que tinha uma feição tão... Obscura... Que fazia Lena se arrepiar da cabeça aos pés. NCA engasgou rapidamente, mas logo abriu os olhos.

– Por quê estão parados aqui? - ele perguntou. - Os telmarinos logo vão chegar. - Lúcia estava prestes a se levantar, quando ele segurou-lhe o pulso. - Obrigado... Minha cara amiga.

Lúcia sorriu singelamente antes de levantar.

~*~

Eles estão vindo!

Eles estão ali!

Gritos narnianos puderam ser ouvidos e Lena, ao perceber a quantidade de soldados que possivelmente enfrentariam, sentiu suas pernas bambearem. Pedro postou-se ao lado de Caspian, com uma expressão indecifrável. Lena apertou fortemente a mão de Edmundo. Edmundo, percebendo o desconforto dela diante daquela situação, apertou-lhe levemente a mão, tentando passar-lhe coragem através deste gesto.

Mas é claro que não foi o suficiente. Nunca seria, por mais acostumada que ela estivesse.

~*~

– Com meu bom anjo! - dizia NCA, no momento em que estavam todos os oficiais em volta da Mesa de Pedra para discutir os próximos passos. - Qual seu próximo grande plano? Mandar uma menina à parte mais escura da floresta? Sozinha! - insinuou, apontando para Lúcia, que estava mais afastada, ao lado de Susana.

– É a nossa única chance. - disse Pedro.

– E ela não estará sozinha. - disse Susana a NCA.

NCA aproximou-se das duas irmãs e, olhando implorante para Lúcia, disse.

– Mas já não morreram muitos de nós?

– Nikabrik era meu amigo também. - disse o texugo, chamando a atenção dos demais. - Mas ele perdeu a esperança. A Rainha Lúcia não. E muito menos eu.

Ouviu-se então o som de uma pequena espada sendo desembainhada, e Lena virou-se instantaneamente para Ripchip.

– Por Aslam. - o ratinho disse, empunhando a espada em frente ao corpo pequeno.

– Por Aslam. - concordou o urso.

– Então eu vou com você. - disse NCA a Lúcia.

– Não. Precisamos de você aqui. - disse Lúcia, colocando a mão em seu ombro de maneira amigável.

– Temos que segurá-los até as três voltarem. - disse Pedro a NCA.

– Com licença... - disse Caspian timidamente, sentando em um canto ao lado do professor que resgataram no ataque ao palácio. Quando a atenção de todos foi dirigida a ele, continuou. - Miraz pode ser um tirano assassino, mas como rei, está sujeito às tradições e expectativas de seus súditos. - ele dizia, aproximando se Pedro. Mas ao anunciar sua próxima frase, olhou diretamente para as três garotas que iriam enfrentar em pouco tempo a floresta. - Existe uma em particular que pode nos dar algum tempo.

– O que sugere que façamos? - perguntou Edmundo, levantando-se de onde estava.

– Enquanto Susana e Lúcia vão pela floresta atrás de Aslam, você, Edmundo, vai até o acampamento de Miraz. - disse Caspian.

– E o que eu faria lá? - ele perguntou novamente, ainda mais confuso.

– Pedro iria escrever um pergaminho, com um pedido a Miraz, e você o anunciaria. Acho que poderia dar tempo o suficiente para elas, caso eles aceitem. O que acha, Pedro?

– Se for para arranjar tempo para elas, eu aceito. - o loiro disse firmemente, acompanhando o príncipe para arranjarem um pergaminho.

Quando todos saíram, Lena se aproximou de Edmundo, que permanecera sentado no chão, encostado em uma lacuna.

– O que foi, Eddie? - ela perguntou, se sentando de costas à sua frente, entre suas suas pernas.

Edmundo a abraçou forte pela cintura, puxando-a contra seu peito e apoiou seu queixo sobre o ombro dela.

– Eu não sei. - ele respondeu sinceramente. - Acho que depois do que aconteceu, quando Lúcia disse ter visto Aslam...

– O que tem? - perguntou Lena, insistindo.

– Eu não sei. - Edmundo repetiu, sem saber como expressar sua preocupação. - Acho que depois de eu finalmente ter percebido o quanto você fica sobrecarregada... Acho que comecei a me preocupar sobre isso...

– O que quer dizer, Eddie? - Lena virou seu rosto levemente, procurando olhar dentro dos olhos castanhos do garoto.

– Fiquei preocupado no momento em que Caspian sugeriu que enquanto Lúcia e Susana fossem para a floresta, eu fosse falar com Miraz. - ele assumiu.

– Mas por quê?! - ela perguntou, confusa.

– Porque assim você ficará divida entre ir comigo e ir com a Lúcia.

– Emma poderia ir junto com Lúcia e Susana. - disse Lena.

– É, poderia. - o moreno concordou, mas então arranjou argumentos que Lena não poderia contestar. - Mas Emma nunca foi do tipo de cavalgar pela floresta.

– Tem razão. - disse Lena. - Mas Susana saberá cuidar de Lúcia, então eu vou com você.

– Tem certeza? - perguntou Edmundo, estupefato, mas sorrindo.

– É claro! - Lena sorriu. - Quem iria salvar o garotão de ser quase morto novamente?!

– Anjo, você não existe! - ele disse, beijando sua bochecha.

– Se eu não existisse, quem teria dado um jeito nesse seu jeito imbecil? - ela brincou, vendo o sorriso nos lábios dele se alargar.

– Tem razão. - ele disse, antes de passar algumas curtas mechas para trás de uma orelha e inclinar a cabeça, trazendo seus lábios até os dela.


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