Secret escrita por Rocker


Capítulo 40
Capítulo 39




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Secret II

Capítulo 9

Lena observava o céu de Telmar à noite. Era perfeito e ela percebia isso enquanto sobrevoava em suas próprias asas brancas o castelo de Miraz, algumas noites depois, ao lado de uma fênix gigante que carregava Edmundo nas garras. Ela voou um pouco mais à frente e, de surpresa, conseguiu nocautear o telmarino vigia da torre mais alta assim que reprimiu suas asas. A fênix logo deixou Edmundo ao seu lado e levou o guarda para longe, pelas garras. Edmundo se aproximara do parapeito da torre e ligou a lanterna, fazendo o sinal combinado. Lena pôde ver, então, outras aves iguais a que trouxera Edmundo sobrevoando o castelo o mais silenciosamente possível, trazendo os que seriam os principais guerreiros para esse combate.

– Fique perto de mim. - ordenou Edmundo, voltando-se para a menina com uma voz severa, mas um olhar profundo.

– Tudo bem. - Lena concordou plenamente, vendo Edmundo retornando aos sinais que deveria fazer aos soldados narnianos. - Mas não sou eu que preciso de proteção.

~*~

– Pare de brincar com a lanterna. - insistiu Lena, sentada ao muro próximo à parede da torre, pela vigésima vez.

– Quer que eu faça o que?!

– Qualquer coisa menos brincar com a lanterna!

– Uma pena que o que eu quero não pode ser feito aqui. - Edmundo comentou com um sorriso malicioso nos lábios, e riu quando viu a menina corando.

– Não me obrigue a tomar da sua mão. - disse Lena seriamente, já sentindo-se completamente irritada de ficar parada.

– Venha então! - desafiou Edmundo, já preparando-se para o que viria.

Poderia ser um beijo, poderia ser um soco, poderia ser um chute, poderia ser um tapa.

Mas não foi.

Foi um grito.

Um grito distante de chiar a audição. E que fez ambos assustarem, resultando em uma lanterna voando direto das mãos de Edmundo em direção a um patamar mais baixo da torre.

– Viu?! Sabia que isso ia acabar acontecendo! - caçoou Lena, segurando-se para não rir.

– Culpa sua! - culpou Edmundo.

– Minha?! Não fui eu que estava brincando com a lanterna, para começo de conversa!

Edmundo bufou, tentando pensar rapidamente. - Espere aqui que eu vou buscar. - disse, já se preparando para descer as escadas.

– Nem pensar, eu vou junto! - Lena agarrou-se às sombra dele, seguindo-o até um portal que dava direto para a o local onde a lanterna caíra.

E havia um soldado ali, mexendo na lanterna e a acendendo.

Merda!– sussurrou Lena, sabendo que aquilo iria confundir os narnianos que esperavam por mais sinais.

Agora você espera.– sussurrou o moreno para ela, que apenas assentiu em concordância.

Um alarme foi tocado no momento em que Edmundo caíra sobre as costas do soldado. Lena sabia que aquilo não seria nada bom. Provavelmente era o aviso de que estavam sendo atacados. Após Edmundo tê-lo nocauteado, virou-se para Lena com um sorriso presunçoso. Preparava-se para dizer que ela podia pular, quando percebeu que Lena já pousava delicadamente ao seu lado, já com as asas sendo retraídas novamente. E com um equilíbrio perfeito. Abriu um sorriso irônico e Edmundo revirou os olhos.

– Convencida. - ele resmungou.

– Olha quem fala. - ela retrucou.

E então uma outra porta se abriu, com a chegada de outros dois soldados. Edmundo e Lena se entreolharam, chegando a um acordo silencioso e foram logo em direção aos telmarinos. Edmundo conseguia desviar muito bem dos ataques de seu adversário, mas Lena estava tendo certa dificuldade, pois o soldado telmarino que ela enfrentava era tão alto que a garota tinha a impressão de que dava duas dela. Lena desviou de uma arco feito com a espada dele e deu um passo à frente, cortando superficialmente o peito do soldado.

– Agora, Edmundo! Chame as tropas! - eles ouviram a voz de Pedro gritando do pátio principal, logo abaixo deles.

– Estou ocupado, Pedro! - gritou o moreno de volta, descruzando as espadas dele e do soldado.

Lena, depois de levar um corte no braço esquerdo, conseguiu matar seu oponente com uma estaca no peito. Virou-se para Edmundo e viu que quase foi acertado. Foi o suficiente para atiçar sua ira e ela correr por trás do soldado, enfiando sua espada direto no coração do homem. Assim que ele caiu aos seus pés, Lena levantou seus olhos para Edmundo e percebeu o quanto ele estava estupefato.

– Não me olhe assim, estou só fazendo meu trabalho! - ela brincou.

Edmundo riu, mas então correu até onde estava sua lanterna e tentou ligá-la, mas não conseguiu. Estava apenas chiando e por um minuto, ele achou que já estivesse quebrada. Até que Lena veio ao seu lado e bateu-a levemente em sua própria palma, causando uma pequena fagulha. E logo ela se acendeu. Lena logo devolveu a lanterna a Edmundo, mas não sem antes abrir um sorriso vitorioso. Edmundo correu até o parapeito da torre e usou o sinal esperado para chamar as tropas. Quando Lena pode ouvir o barulho da batalha que ocorria lá embaixo, virou-se para ele. - Vamos descer, precisamos ajudar!

– Eu desço e você fica. - ordenou ele.

– Como se não me conhecesse! Isso está fora de cogitação! - ela disse, seguindo ele pelas telhas, enxergando a carnificina que acontecia nos pátios do castelo. Rapidamente os arqueiros telmarinos se agruparam em um patamar abaixo deles. Inconcientemente, Edmundo e Lena escorregaram pelas telhas em direção a eles, derrubando dois arqueiros direto para a pátio.

– Ed! Lena! - ouviram a voz de Pedro alertando-os de algo.

Ao olharem para o lado perceberam que os outros arqueiros logo os viram e já preparavam seus arcos em direção a eles. Edmundo, o mais rapidamente que conseguia, colocou Lena atrás de si e eles correram de costas para uma portinha lateral, que a garota abriu com um chute. Lena correu para dentro e Edmundo acabou escorregando e se jogando no chão, logo fechando a porta com o pé.

– Você está bem? - Lena perguntou, se aproximando de Edmundo e o ajudando a se levantar.

– Estou sim. - ele garantiu.

– Vamos, venha!

Lena o puxou em direção a uma portinha do outro lado da salinha, enquanto ainda ouviam os arqueiros tentando abrir a porta por onde passaram. Ao passarem pela portinha, Edmundo logo tratou de fechá-la por fora, usando a lanterna. Lena se virou na outra direção e viu que estavam encurralados.

– Oh, droga! - ela xingou.

Edmundo se aproximou do parapeito, vendo um desfiladeiro logo abaixo da torre. Mas abriu um leve sorriso ao ver uma chance de fugirem.

– Plano B? - ele perguntou a Lena.

– Plano B. - ela concordou.

Viraram-se ao mesmo tempo para a porta que era arrombada e quatro soldados apareciam, desembainhando as espadas. Edmundo e Lena recuaram para o parapeito e deram as mãos, antes de se jogarem para trás e ela segurá-lo pelos braços enquanto suas asas eram libertas.


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