Secret escrita por Rocker


Capítulo 39
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Heey, povo!! Acho que aqui eu ainda não tinha comentado que eu fiz uma programação pras postagens de fanfics. Serão dois blocos, com apenas uma ou duas postadas diariamente: A Herdeira de Hécate, e estou pensando em colocar Alinhamento Astral também. Secret está no segundo bloco. São dois blocos, cada um postado a cada suas semanas. Farei o possível para conseguir dar conta desses horários, mas espero que vocês ajudem também, com os comentários - que diminuíram bem de uns tempos pra cá. Ainda mais que a fic tá pra acabar, e não quero acabá-la meio que forçada, sem animação alguma.



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Secret II

Capítulo 8

– Lena! Lena, você está bem?! - a voz de Edmundo trouxe-a novamente à sua realidade.

Encontrou os olhos castanhos dele, mas não conseguiu encontrar sua própria voz, então simplesmente balançou a cabeça. Ela olhou em volta e reconheceu que já não estava mais na câmara onde ficava a Mesa de Pedra.

– Demorou, mas acordou. - Edmundo disse, deixando-a ainda mais confusa.

Lena se sentou, e se recostou na parede atrás de si. Estavam sozinhos em uma câmara pequena.

– O que aconteceu? - ela perguntou roucamente.

– Caspian disse que você não dormira a noite inteira e Susana disse que seu desmaio podia ser fadiga emocional, já que fora uma lembrança muito forte. Presenciar a morte dele não deve ter sido fácil. - ele completou, acariciando a bochecha de Lena.

– E eu dormi por quanto tempo? - ela perguntou, meio envergonhada.

– Quase sete horas. - Edmundo segurou a risada ao ver a careta que Lena fizera. Mas então sua expressão ficou séria. - Será que agora podemos conversar?

Lena suspirou, se ajeitando mais no lugar. - Olha, Eddie...

– Eu sinto muito, Lena. - ele a interrompeu. - Eu não sabia que você tinha que segurar essa barra toda. De agora em diante farei o possível para te ajudar e tentarei não me meter em muitas encrencas.

Lena sorriu e, sem dizer mais nada, voou para os braços de Edmundo e o abraçou fortemente. Ele logo a ajeitou confortavelmente em seus braços e aproveitou a proximidade que eles tinham. Mas ele então se separou dela e segurou seu rosto entre as mãos.

– E eu conversei com Lúcia também. - ele disse.

Lena sorriu e uniu seus lábios aos dele em um beijo doce e carinhoso.

– Agora precisamos ir pra reunião. - disse Edmundo quando se separam.

– Que reunião?! - ela perguntou, enquanto se levantavam.

– Sobre o que faremos em seguida.

~*~

Entraram na câmara onde havia a Mesa de Pedra. Viu todos os principais comandantes ali reunidos e se perguntou se já havia começado a muito tempo. Emma a chamava do canto perto do desenho em escultura de Aslam, junto com Hailee. Ela se despediu de Edmundo com um beijo na bochecha antes de se juntar às irmãs.

– Se resolveram, é?! - sussurrou Emma, de modo brincalhão, e gemeu baixinho quando recebeu uma cotovelada de Lena.

– Não tem graça. - Lena resmungou baixinho, mas não pode deixar de sorrir quando viu uma piscadela que Edmundo a mandara.

– É só uma questão de tempo. - dizia Pedro, decidido no centro da reunião. - Os homens e as armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja esses mesmos homens não protegem o castelo.

– O sugere que façamos, Majestade? - perguntou o rato Ripchip, aproximando-se dos reis e do príncipe.

– Atacar o castelo. - disse Pedro.

– Começar a planejar... - disse Caspian ao mesmo tempo que o loiro. Ao perceber que Pedro lançara-lhe um olhar frio, simplesmente abaixou a cabeça e se afastou um pouco.

– A única esperança é atacá-los antes que eles nos ataquem. - continuou Pedro, ignorando o fato de Caspian tê-lo desafiado.

Lena analisou sobre as chances do plano de Pedro dar certo e tinha que admitir que até que eram boas. Pedro sempre foi o melhor nas estratégias, talvez perdesse apenas por Edmundo.

– Mas isso é loucura. Ninguém jamais tomou o castelo. - intrometeu-se Caspian severamente e Lena imaginou que talvez ele estivesse certo.

– Sempre há uma primeira vez. - Pedro contrariou o príncipe.

– Teremos o elemento surpresa. - concordou NCA.

– Mas temos a vantagem aqui! - insistiu Caspian.

– Se nos prepararmos podemos contê-los pra sempre. - Susana levantou-se e se pronunciou, colocando sua posição em relação ao ataque surpresa.

– Eu me sinto bem melhor aqui embaixo. - comentou Caça-Trufas, chamando a atenção de todos.

– Olha... - Pedro chamou a atenção novamente para si, claramente mais compreensível. - Agradeço o que fizeram aqui, mas isso não é uma fortaleza. É uma tumba.

– É. - Edmundo comentou, pela primeira vez. - Se os telmarinos forem inteligentes só vão esperar a gente morrer de fome.

E ele tinha razão. Aquele forte era um bom esconderijo e grande o bastante para alojar todo o exército narniano, mas era difícil de se arranjar alimentos.

– Nós podemos colher nozes! - prontificou-se rapidamente um esquilo que permanecia fielmente ao lado de Ripchip. Lena segurou o sorriso, já que por mais que ele fosse um animalzinho fofo, a situação era séria.

– É! E jogar nos telmarinos! - disse Ripchip sarcasticamente. - Cala a boca. - disse mais severamente e depois voltou-se para Pedro. - Conhece minha opinião, senhor.

Pedro levantou-se e aproximou-se do que Lena deduziu ser o chefe dos centauros. - Se eu entrar com suas tropas, pode lutar com os guardas?

Lena olhou em volta e percebeu o olhar de Caspian quase implorante para que o centauro recuasse e permanecesse ao seu lado.

– Vou morrer tentando, Soberano. - o centauro respondeu, fazendo um meneio com a cabeça em sinal de respeito ao rei.

– É isso que me preocupa. - Lúcia fez-se ouvir pela primeira para todos, chamando a atenção para onde ela e Lena se encontravam.

– O que disse? - disse Pedro, perguntando-se se havia realmente entendido direito.

– Estão agindo como se houvesse apenas duas opções. Morrer aqui ou morrer lá. - explicou-se Lúcia.

– Acho que não ouviu direito, Lu. - Pedro tentou argumentar, mas foi logo interrompido.

– Não, é você que não ouve! - insistiu a pequena. - Ou já se esqueceu quem derrotou a Feiticeira, Pedro?

– Acho que já esperamos tempo demais por Aslam. - disse o loiro.

Assim que ele saiu, Lena se aproximou de Edmundo.

– Você vai no ataque, não é? - ela perguntou indiferentemente.

– Acho que sabe a resposta. - ele respondeu, envolvendo a cintura de Lena e puxando-a para mais perto.

– Então deve saber que eu vou junto. - ela sorriu quando viu a expressão de Edmundo endurecer.

– É, parece que isso envolve o contrato de proteção angelical. - ele resmungou, conseguindo arrancar uma risada da garota.

– Parece que estudou as cláusulas do contrato direitinho!


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