Secret escrita por Rocker


Capítulo 38
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Sem muita coisa pra falar, só que eu to meio desanimada pra escrever :/



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Secret II

Capítulo 7

– Então, como eles são? - perguntou o texugo para N.C.A depois de algumas horas de caminhada.

– Descontentes e resmungões. Teimosos feito mulas pela manhã.

– Então gostou deles? - perguntou outro anão de barba negra e cara feia.

– Bastante. - disse N.C.A depois de pensar um pouco.

– Mas o que aconteceu com a garota anja, que se separou de vocês? - o texugo perguntou, se referindo a Lena. - Ela só conversou sobre isso com Caspian.

– Eu não entendi muito bem. - respondeu N.C.A. - Alguma coisa que tenha a ver com a proteção que ela tem que fazer aos dois mais novos.

~*~

– Lena, espera! - Edmundo chamou, indo andar ao lado da garota.

– O que você quer, Eddie? - Lena perguntou. Sua voz não estava fria e nem irritada. Estava apenas triste e levemente indiferente, mesmo que não fosse assim que ela se sentia. Seu coração batia rápido, como sempre acontecia quando ele se aproximava, mesmo depois de quinze anos de convivência.

– Eu queria conversar sobre... - ele ia dizendo, mas Lena o interrompeu.

– Olha, Eddie, eu não estou com raiva, não mesmo. - ela disse. - Mas não quero falar sobre isso agora.

– Tudo bem. - ele disse conformadamente, mas então ele segurou-a pelo pulso e a aproximou um pouco mais de si. - Eu te amo, Angel, não esqueça.

Lena sentiu seu coração se inflar com o apelido que ele adorava dizer e sorriu quando viu o tão familiar brilho amoroso nos olhos castanhos do moreno.

– Eu também te amo, Eddie. - ela disse sorrindo. - Só quero organizar minhas ideias primeiro e deixar essa conversa pra depois, pode ser?

– Pode, sim. - ele disse, abrindo um sorriso triste, mas que logo se alargou quando ela lhe deu um selinho antes de se virar e ir caminhar ao lado de Caspian.

– E então? - perguntou o príncipe, assim que viu a menina andando ao seu lado com um sorriso no rosto.

Lena deu de ombros. - Resolvemos deixar a conversa chata pra depois, mas acho que com Eddie pelo menos está tudo bem.

– Eddie? - Caspian franziu o cenho, desacostumado com o apelido.

– O Rei Edmundo. - ela respondeu.

– O seu namorado?

– Meu marido. - ela respondeu sorrindo e quase gargalhou quando viu a expressão estupefata de Caspian. - Nos casamos no reinado dele e dos irmãos em Cair Paravel. Ficamos noivos durante uns seis anos ainda, e nos casamos quando tínhamos 24 anos.

– Uau! - ele estava ainda mais surpreso. - Mais velhos do que minha idade atual!

Lena assentiu. - Eu estava para fazer 30 quando voltamos para nosso mundo.

– E sente muita falta da antiga Nárnia? - Caspian perguntou pesarosamente e viu um brilho melancólico surgir no olhar de Lena.

– A cada segundo que passa.

~*~

O lugar era imenso. Completamente feito de rochas e pedras, em tom marrom escuro e enegrecidas por mofo e vegetação que subia pelas paredes. Edmundo sentia que algo ali era importante, pois se sentia seguro naquele lugar, por mais que, na expressão mais vulgar que existisse, "estivesse caindo aos pedaços". Sentiu uma sensação de acolhimento e paz. Pedro, porém, não parecia sentir a mesma coisa. Sua expressão era indecifrável.

– Pedro. - chamou Susasa de um canto. - É melhor ver isso.

Pedro foi atrás dela, mas foi logo seguido pelos outros irmãos e por Caspian e as anjas. Lena olhou ao redor e encontrou Susana olhando admirada e nervosa, olhando atentamente para algo gravado na parede da caverna. Lena se aproximou instintivamente, tocando os desenhos entalhados na rocha de forma tão perfeita e singela. Um lampião, uma garota e um fauno, com uma garota escondida entre as árvores próximas. Uma garoto caído e uma garota com asas, chorando sobre ele. Dois garotos e duas garotas com coroas, e três garotas de asas sobrevoando. Uma garota caída, com dois garotos lutando de espadas próximo a ela. E ela podia se reconhecer ali nos desenhos entalhados.

– O que é isso? - ela perguntou a Pedro, que estava o mais próximo de si.

Ele não respondeu, estava tão atônito quanto os outros.

– Somos nós... - disse Susana.

Estavam atônitos. Não imaginavam que após tanto tempo, após 1.300 anos, sua história ainda iria permanecer viva de alguma forma para ser lembrada. Mesmo que fosse esculpida drasticamente nas paredes de um corredor úmido e escuro.

– Que lugar é esse? - perguntou por fim Lúcia.

– Vocês não sabem? - perguntou o príncipe surpreso.

Pegou a tocha que estava pendurada ao seu lado e foi à frente de todos, ao lado do Rei Pedro.

– Lena. - ouviu a voz dele chamando-a mais à frente, e nem percebera que ficara paralisada enquanto os outros seguiam. - Vamos?

Não conseguia vê-lo no fim do túnel úmido, mas sabia que ele a chamava e esperava. Jamais se confundiria à voz dele. Seguiu adiante e sentiu o braço do moreno envolvendo seus ombros. Quando chegaram, ela parou na entrada de um corpo circular, enquanto o moreno seguia à frente. Não sabia bem o que esperar, mas com certeza não era aquilo. Linhas de fogo circundavam toda a sala, onde uma mesa, quebrada pela metade, repousava no centro de tudo. Atrás, na parede de fundo, havia uma grande gravura de um leão. E então, reconhecendo a Mesa de Pedra, ela sentiu a fraqueza em seus joelhos e afundou no chão, mesmo com a tentativa falha de Edmundo de tentar segurá-la. E enquanto ele lhe perguntava preocupado se estava tudo bem, sua mente estava longe, em lembranças do que ocorrera há mil e trezentos anos antes, naquele mesmo local.

– Por que ele não reage? – perguntou Lúcia às meninas.

– Eu não sei... – Lena engoliu em seco ao perceber que sua voz saía com dificuldade.

Susana nada disse, apenas voltou a observar aquela cena deprimente à sua frente.

– Amarrem o animal! – exclamou a Feiticeira. Muitas criaturas se aproximaram e o amarraram fortemente. – Esperem! Tirem todo o pelo dele.

Um anão aproximou-se e arrancou um maço de pelos da juba dele com uma faca e o exibiu aos outros, que rugiram e aplaudiram, extasiados. Vários outros então se aproximaram e seguiram seu exemplo, deixando as três meninas que observavam de longe, tontas e enojadas.

– Podem trazê-lo a mim. – disse a Feiticeira.

Quando então Aslam já estava deitado sobre a Mesa de Pedra, a Feiticeira levantou o braço direito e todos se calaram, fazendo um silêncio assombroso. Os que estavam com a tocha, começaram a bater com a base no chão, fazendo um barulho de suspense no chão de pedra.

A Feiticeira se agachou e estendeu o braço sobre o leão.

– Sabe, Aslam... – disse ela. – Estou meio decepcionada com você. Achou mesmo que com tudo isso poderia salvar o traidor humano?

Lena finalmente sentiu que chorava. Sua garganta se apertou, quase ao ponto de não conseguir respirar e ela deu um forte soluço, que por sorte não foi ouvido pelos inimigos.

Susana, que estava ao seu lado, passou o braço por seu ombro e a apertou, tentando acalmá-la – ela já sabia sobre o irmão e a anja; não deixaria que nada atrapalhasse isso.

– Você vai me dar a sua vida... – continuou a Feiticeira. – Mas ninguém será salvo. – ela deu uma risada nasalada e sarcástica. – É nisso que dá o amor.

Ela se levantou e gritou para todos.

– Esta noite... Será satisfeita a Magia Profunda! – os barulhos tornaram-se mais fortes e rápidos. – Mas amanhã... Nós tomaremos Nárnia... Para sempre! Consciente disso... – disse para o leão indefeso aos seus pés. – Desespere-se... – levantou a adaga, a ponta apontada para o leão. – E MORRA!

Ela enfiou a adaga no flanco do animal, que deu seu último suspiro enquanto as três meninas se abraçavam, chorando e soluçando. A Feiticeira sentou-se ao lado de Aslam e, abrindo os braços, anunciou.

– O Grande Gato... Está morto! – virou-se para o minotauro que machucara Aslam anteriormente. – General. Prepare suas tropas para a batalha... – ele rugiu em resposta. – Por mais curta que ela possa ser.


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