Secret escrita por Rocker


Capítulo 35
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei que demorei muito, mas tenho meus motivos. Entre eles é o desânimo mesmo. Sabe, essa fic já está com uns 91 leitores e no último capítulo nem 15 comentaram. Sabe, isso desanima muito. Cm eu já imagino que esse capítulo talvez tenha ainda menos comentários, não sei quando posto o próximo de Secret. Em duas semanas? Um mês? Não sei, talvez dependa dos comentários ou simplesmente dependa de quanto eu tiver tempo, porque estou com outros projetos.



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Secret II

Capítulo 4

– Não me lembro desse caminho. - queixou-se Susana.

– Mulher é assim. - disse Pedro. - Nunca consegue guardar um mapa na cabeça.

– Olha como fala! - disse Hailee em tom de brincadeira.

Eles andavam por entre rochedos altos que ficavam no meio da floresta, à procura de um caminho para seguir que o levassem até a Mesa de Pedra. Porém, as coisas haviam mudado desde a última vez que estiveram ali. Lena, que ainda se sentia meio irritada com toda aquela situação, preferiu andar com Emma atrás do grupo, vigiando tudo ao redor, enquanto Hailee ia com Pedro.

– É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas. - defendeu-se Lúcia.

– Queria que tivesse ouvido NCA logo de cara. - reclamou Susana.

– NCA? - perguntou Edmundo, sua voz grossa reverberando pelos ouvidos de Lena e fazendo os pelos de sua nuca se arrepiarem.

– Nosso Caro Amiguinho. - respondeu Lúcia, trocando olhares com Susana e, mesmo que Lena achasse que a mais fosse inconsequente, não pode evitar sorrir.

Edmundo parou sobre um pedregulho, com a mão na espada e olhando divertidamente para o anão logo abaixo.

– Que apelido mais carinhoso, não é mesmo?! - ironizou o anão.

– Você ainda não viu nada. - disse Edmundo, descendo da pedra e seguindo ao lado do anão.

– Acho que terei medo de descobrir mais.

– Acredite, elas não são nada fáceis com apelidos. - ele disse, olhando diretamente para Lena, que passara à sua frente com a irmã.

– Gosta dela? - perguntou o anão.

Edmundo sorriu. - É minha namorada, e eu a amo.

– Ela que seria a anja mais nova, que quase morreu no seu lugar?! - o anão perguntou, tentando não demonstrar surpresa na voz.

– Foi um dos piores dias da minha vida. - assumiu o moreno.

Continuou em frente, atravessando um portal de pedras, mas parou. Pedro entrava parado em frente a uma grande lacuna de pedras que estava no meio do caminho.

– Eu não estou perdido. - resmungou, frustrado.

– Não. - disse o anão, descendo de uma grande pedra. - Só está indo pelo caminho errado.

– Você viu Caspian no Bosque Trêmulo e o melhor caminho é atravessar o rio Veloz. - insistiu o loiro.

– A não ser que eu esteja enganado - disse o anão, olhando em volta e depois voltando a encarar o menino - não existe passagem por aqui.

– Então está explicado. - continuou Pedro. - Você se enganou.

– Eu não me enganei. - disse o anão, mas Pedro não pareceu escutar.

– Podemos resolver isso civilizadamente? - perguntou Susana.

– Susana, não enche! - reclamou Pedro.

A menina pareceu ofendida.

– Só estou querendo ajudar...

– Vamos apenas continuar o caminho e pronto. - disse Pedro por fim, virando-se e seguindo por entre as lacunas.

– Mas, Pedro... - Lúcia tentou dizer, mas Pedro a olhou raivoso.

– Já chega, é melhor continuarmos para ver no que vai dar. - disse Emma, seguindo em frente.

Eles continuaram seguindo em frente, em silêncio. Alguns quilômetros à frente, Pedro parou, olhando surpreso para o desfiladeiro que tinha logo à frente e, metros e metros abaixo, o rio percorria seu curso.

– Viu só? - ironizou Susana. - Com o tempo, a água erode o solo da terra, escavando cada vez mais...

– Ah, cale a boca. - disse Pedro, olhando para o desfiladeiro de, pelo menos, cem metros à sua frente.

– Tem como descer? - perguntou ao anão.

– Tem, caindo. - respondeu o anão, abaixando a cabeça, enquanto todos se viravam para ele.

– Não estávamos perdidos. - disse Pedro.

– E agora? - perguntou Emma, um pouco nervosa, mas sem saber por que.

– Tem uma passagem perto de Beruna. - disse o anão. - O que acham de nadar?

– Eu prefiro nadar ao invés andar. - disse Susana, seguindo o anão e os outros pelo caminho de volta.

Lúcia ficou mais um pouco. Virou-se em direção ao outro lado do penhasco e sentiu seu coração se encher de luz ao ver a forma de um leão.

– Aslan? É o Aslan! O Aslan está ali! - virou-se para chamar a atenção dos outros, apontando para o local.

Viraram-se todos na direção em que Lúcia apontava, mas nada se via, a não ser os pedregulhos do outro lado. Lúcia paralisou, vendo que agora realmente não havia nada.

– Está vendo agora? - caçoou o anão.

– Eu não sou louca. - afirmou a menina. - Ele estava ali. Queria que o seguíssemos. - disse, olhando para o irmão mais, ao qual pensava que lhe apoiaria.

Pedro e Susana se entreolharam.

– Eu sei que existem vários leões nesse bosque. - disse Pedro. - Como aquele urso.

– Eu reconheço Aslan quando vejo ele. - disse Lúcia, convicta.

– Olha. - o anão chamou a atenção de todos. Edmundo e Lena ficaram calados, mas ela sabia que o menino ainda queria se pronunciar. - Não quero pular de um penhasco atrás de alguém que não existe.

– Na última vez que não acreditei na Lúcia... - disse Edmundo. - acabei fazendo muita burrice depois.

Pedro desviou o olhar para onde Lúcia dissera que viu Aslan, sem saber o que fazer.

– Por que eu não o vi? - perguntou à irmã mais nova.

– Talvez não estivesse olhando.

Ele balançou a cabeça negativamente.

– Desculpe, Lu.

Ele, Susana, Emma e Hailee se viraram, voltando por onde vieram para quem sabe achar um lugar seguro para passar. O anão foi atrás, mas Lúcia olhou mais uma vez para o penhasco do outro lado, com os olhos marejados. Lena queria muito lhe dizer que acreditava. E ela realmente acreditava! Mas na situação em que estava, com a autoestima já baixa e sentindo que nenhum deles precisavam dela, ela preferiu ficar calada no seu canto. Quem sabe não fosse melhor assim?! Ser apenas a sombra deles, vigiá-los sem realmente fazer parte de alguma coisa? E não era de hoje que ela se sentia assim. Desde que se reencontrara com os Pevensie e prometera retornar a Nárnia, semanas antes, as coisas não eram mais as mesmas. A Inglaterra a mudara novamente, tanto quanto Nárnia a havia mudado da primeira vez. Já não se sentia mais parte daquilo e, se tivesse a oportunidade de continuar protegendo Lúcia e Edmundo pelas sombras, assim ela o faria.


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