Secret escrita por Rocker


Capítulo 32
Secret II - Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Ok, acho que vou colocar o Ctrl C+Ctrl V do pedido de desculpas em todas as fics, mas ok....
Seguinte, povo, eu ia postar semana passada msm, mas eu viajei pra praia, e não deu. Eu até mesmo levei o meu notebook pra lá, pra postar quando estivesse na pousada, mas a net tava tão ruim que o modem nem mesmo ligava!! Mas, em compensação, eu estou postando todas as minhas fics de uma vez!!! Olha que maravilha, não é?! Bem, aproveitem!!

~~ Mudança de planos, a segunda temporada terá mais ou menos treze capítulos, mas com capítulos menores que o que eu tinha previsto... Aproveitem, espero que gostem!!

~~ Não esqueçam, texto base de Hurricane!

~~ Capítulo dedicado a Mary Jean, eu amei a recomendação, fofa ;)

~~ Novas fics minhas! Uma de A Origem dos Guardiões (A Sexta Guardiã), uma de Nárnia (Beauty Queen) e outra de Academia de Vampiros (So Far Away). Deem uma olhada, link nas finais!



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Secret II

Capítulo 1

– Anda, Lúcia, vamos, o trem está quase chegando! - Lena chamou do outro lado da rua.

Estavam já em frente à estação de trem de Londres, esperando para voltar para casa. Pretendiam voltar durante as férias para a casa do Professor Kirke, passar ao menos alguns dias com o tio.

– Espere! - gritou Lúcia, atravessando a rua, mas quase sendo atropelada.

– Cuidado, garota! - disse o motorista, que freara quase em cima.

– Desculpe. - pediu a garota, antes de terminar de atravessar e se encontrar a mais velha.

– Lúcia! - reclamou Lena. - Você não pode sumir assim! É difícil pra mim ter que vigiar você e Edmundo! Parecem duas crianças! Emma e Hailee se deram bem em ter só um protegido!

Lúcia apenas revirou os olhos, segurando-se para não rir.

– Nem reclame, Lena, eu sei que você adora o fato de ter que proteger o Ed. - a pequena disse rindo, recebendo um olhar raivoso da outra.

– Não tem a menor graça! - ela resmungou baixinho, mas Lúcia pode ouvir.

– Sabe o que não tem a menor graça?! O fato de vocês não serem realmente casados aqui na Inglaterra! - Lúcia exclamou, segurando a mão esquerda de Lena e analisando o lindo anel de ouro que Edmundo a dera no dia do casamento.

– Vai, Lu, fala mais alto! Acho que o Japão ainda não te ouviu! - Lena resmungou mal-humaradamente, revirando os olhos.

E ela tinha motivos para não estar em um dos seus melhores humores. Seu namoro com Edmundo ia até bem, mas como ela mesma dissera, ela difícil ter dois protegidos, principalmente esses sendo os mais novos. Eles tinham, sim, maturidade suficiente adquirida durante todos aqueles anos em que passaram em Nárnia, mas isso não era em nada comparado à Inglaterra do século XX. Não era fácil se sacrificar entre os dois, e isso se mostrou concreto alguns minutos depois, quando encontraram Susana e Emma e desceram até a estação.

Havia uma confusão nas escadas, estava difícil para as quatro garotas passarem. Uma multidão aglomerada e um murmurinho gritando "Briga! Briga!". Uma típica visão estudantil, principalmente quando eram dois colégios rivais que estavam juntos, esperando pelo trem que os levariam embora. Uma cena comum - se não fosse por Hailee tentando atravessar a multidão até as irmãs e aparecendo arfante e levemente descabelada.

– Hailee, o que houve?! - perguntou Emma, preocupada.

– Pedro e... - ela respirou fundo, tentando encher o pulmão de ar. - E Edmundo. Numa briga. Não consegui separar eles.

Lúcia, Susana e Emma arregalaram os olhos e se entreolharam, tendo pena de quem quer que se enfiasse em briga com os dois. Lena, diferentemente das garotas, deu os passos necessários por entre as pessoas, tendo em mente o lindo sermão que passaria a Edmundo sobre o fato de ela ter se virar para se dividir em duas para tomar conta dele e da irmã mais nova. Sentiu as outras vindo em sua cola, mas não se preocupou. Viram Pedro sendo atacado por dois valentões, e quando ele olhou para as irmãs, viu o olhar repreendedor de Susana. Edmundo, pelo menos, conseguia dar conta de um deles. Pedro foi colocado com a cabeça sobre os trilhos, mas Edmundo voou no garoto e Pedro pode se levantar.

Lena sabia que se esperasse, poderia ouvir os guardas separando a briga, mas não esperaria por eles. Edmundo era sua responsabilidade, tanto quanto Pedro era de Hailee; e se a irmã mais velha não conseguiu, era sua vez de tentar colocar juízo na cabeça deles. Ela se aproximou do garoto que batia em Edmundo e deu-lhe uma rasteira por trás. O garoto foi pego desprevenido e, segundos depois, estava de joelhos e com o rosto nos ladrilhos sujos, seus braços para trás do corpo, sendo imobilizado.

– Nunca mais mexa com meu namorado. - Lena se abaixou e rosnou próximo ao ouvido do garoto, que gemeu pela dor nos braços sendo puxados fortemente.

Lena soltou o garoto e, ao se virar para os outros, viu que seu impulso levou Emma e Hailee a conseguirem despachar os outros dois, liberando Pedro. A multidão se dissipou, e eles foram se sentar no banco que havia ali perto. As irmãs Campbell não se sentaram, dando espaço aos outros, mas ficaram alguns passos distantes, assistindo o silêncio desconfortável entre os outros.

– Isso cansa. - Lena soltou baixinho para suas irmãs.

– Isso o quê? - Emma perguntou, no mesmo tom de voz.

– Esse lance de ter que cuidar dos dois. - ela desabafou. - Todos somos inconsequentes, mas é difícil ter que dividir a atenção entre eles.

– Pensei que gostasse de passar o tempo com Eddie. - disse Hailee, fazendo sua irmã mais nova revirar os olhos mais uma vez.

– Lúcia disse a mesma coisa. - respondeu Lena. - E eu gosto, só é mais difícil cuidar deles aqui na Inglaterra do que em Nárnia.

– Talvez porque lá você podia usar suas asas. - disse Emma.

– É, talvez. - concordou Lena, dando de ombros.

– Nem agradece! - ouviram Edmundo dizendo, depois de algum tempo em silêncio.

– Eu estava ganhando. - disse Pedro ao irmão, mesmo sabendo que quem os ajudou foram as anjas. Ele se levantou e se virou para os irmãos e as amigas, que já se aproximaram.

– O que foi dessa vez? - perguntou Susana.

– Um encontrão. - disse Pedro, como se fosse motivo suficiente para bater em alguém.

– E você bateu nele? - perguntou Lúcia.

– Não. Depois do encontrão, me mandaram pedir desculpa. Então bati nele.

– Sério? - perguntou Susana ironicamente. - É tão difícil só se afastar?

– Não ia me desculpar. - disse Pedro. - Não se cansa de ser tratada feito criança?

– Mas somos crianças. - disse Edmundo, como se fosse óbvio.

– Deveriam saber que aqui na Inglaterra ainda são. - disse Hailee.

– Eu nem sempre fui. Já faz dois anos. - disse Pedro, se aproximando e se sentando. - Quanto tempo ele quer que a gente espere?

– Acho que é hora de aceitarmos que vivemos aqui. - disse Susana. - Não adianta fingir que é diferente. Ai, não.

– Finjam que estão falando comigo. - Susana pediu.

– Estamos falando com você. - disse Edmundo.

De repente, Lúcia levantou-se gritando “Ai!”.

– Quieta, Lúcia. - pediu Susana.

– Alguém me beliscou. - disse Lúcia, apontando para o banco.

– Parem de empurrar! - disse Pedro, se levantando.

As anjas se entreolharam confusas. Não estavam sentadas e não entendiam o que se passava, mas de repente uma ideia de passou pela mente de Lena. Agora o trem passava com uma grande velocidade, empurrando papéis em todas as direções.

– Eu nem toquei em você! – exclamou Edmundo, também se levantando.

– O quê que foi isso? - perguntou Susana, levantando-se.

– Eu tenho uma boa ideia. - disse Lena, se colocando ao lado de Edmundo

– Tem cheiro de magia. - ouviu Lúcia dizer.

– Rápido deem as mãos. - Susana falou.

Todos os sete logo que se deram e viram, diante dos seus olhos, todo o cenário da estação de trem se desfazendo à sua frente e a melhor e familiar visão se abrindo diante dos seus olhos. Uma praia de águas límpidas e claras que só poderia significar uma coisa.

Estavam de volta à sua verdadeira casa.

Eles estavam em uma caverna, de frente para praia. Um grande rochedo na areia branca, que de tempos em tempos era engolida pela maré alta. E Lena sabia que aquilo só poderia significar uma única coisa.

Eles estavam finalmente de volta a Nárnia.

Soltaram as mãos e caminharam para fora da caverna, apreciando tudo ali. Lúcia deu um passo à frente e olhou sugestivamente para Susana. As duas riram e correram até a água, tirando mochilas, casacos, sapatos e meias. Foram rapidamente seguidos pelos irmãos.

– Nós vamos? - perguntou Hailee, com um brilho brincalhão no olhar.

– Não, obrigada, não quero estragar minha roupa. - respondeu Emma, fazendo uma careta.

Hailee olhou apavorada para Lena, mesmo sabendo que aquele era o jeito de Emma. Lena, porém, apenas revirou os olhos e correu até os outros na água, sendo logo seguida por Hailee.

– Corre, Hailee! - gritou Lena, à irmã, rindo.

– Pena que você não é rápido como eu, Edmundo! - caçoou Pedro, enquanto tirava o casaco e o jogava ao chão.

– O último é o ovo podre! - gritou Lúcia, sendo a primeira a entrar com os pés naquela água azul límpida.

– Cuidado! - gritou Pedro a Susana, que quase tropeçou ao jogar os sapatos na areia.

Entraram na água e começaram com uma pequena guerra, jogando água uns nos outros e desviando dos jatos que eram jogados para si. Estavam rindo o tempo inteiro, felizes por estarem de volta naquele mundo que sempre foram deles.

– O que foi? - perguntou Pedro a Edmundo, que havia parado de repente e olhava para um ponto longe dali.

– Onde é que nós estamos? - perguntou Edmundo.

– Onde acha que estamos? - perguntou Pedro.

– É que... Não me lembro de ruínas em Nárnia.

Eles seguiram o olhar do moreno e viram sobre o que ele falava. Pareciam rochedos, mas não eram. Eram paredes semidestruídas no meio de árvores na encosta dos morros. Via-se claramente que o local era uma ruína de algo que foi majestoso.

– Melhor irmos dar uma olhada, não acha? - sugeriu Susana.

– Vamos então! - concordou Pedro.

Edmundo ajudou Lena a sair da água e eles foram com os outros até Emma, para pegar seus pertences. Foram caminhar pelo que parecia ser um morro. Mas não parecia ser apenas um morro. Parecia mais mármore do que grama, o que os deixou um pouco confusos.

– Mármore? - perguntou Lena, olhando para o chão onde pisava.

– É o que parece. - disse Edmundo, andando um pouco atrás dela.

Lúcia soltou um grito baixo e Lena virou-se a tempo de vê-la escorregando no piso cheio de grama e capim, e conseguiu segurá-la a tempo.

– Mais cuidado, Lu. - perdiu ela.

Lúcia, porém, bufou irritada. - Eu sei me cuidar, não sou criança.

Lúcia cruzou os braços e foi bufante à dianteira do grupo. Lena suspirou derrotadamente e quando levantou o olhar, encontrou Emma e Hailee esperando por ela, olhando-a compreensivelmente. Sabiam o quanto era difícil ter um protegido, e ver o quanto a irmã mais nova lutando para cuidar de dois, ainda mais sendo uma tarefa imposta por uma profecia, as entristecia. Mas Lena apenas se juntou às irmãs, sem dizer uma palavra sequer, e continuaram a andar um pouco mais afastadas do grupo. Parou em um tipo de salão destruído, com as árvores em volta quase o tomando, mas ainda estava ali. O mármore bege pela sujeira de anos desabitada.

Não disseram nada, apenas andaram por entre as árvores e a relva que tomavam o local. As pilastras de mármores cobertas por musgos e mofo, a maioria desfeita. Escadas que provavelmente levavam a um segundo andar estavam suspensas pela metade. Andaram por tudo aquilo à procura de uma pista sobre quem viveu ali. Lúcia então parou onde parecia ter sido uma varanda, olhando para o mar ali embaixo. Parecia que ele engolia o que anos trás parecia ter sido uma grande faixa de areia branca.

– Quem será que vivia aqui? - perguntou, virando-se para os irmãos e as anjas.

Lena se aproximava dela, mas pisou em algo que retilintou sobre seu toque. Abaixou-se e pegou uma peça de xadrez em ouro.

– Éramos nós. - murmurou.

– Ei, é meu. - disse Edmundo, se aproximando e analisando a peça na mão da garota. - Do jogo de xadrez.

– Que jogo de xadrez? - perguntou Emma.

– Em Finchley eu não tinha um jogo de xadrez de ouro puro, mas isso é meu. - disse, tomando a peça da mão de Lena e virando-a nos dedos, analisando cada detalhe e se lembrando da época que passara em Nárnia.

Lúcia olhou por sobre o ombro de Susana e ficou estática.

– Não acredito. - murmurou, passando por ela e sendo seguida pelos outros.

Os Pevensie foram atrás, mas Lena tivera uma ideia. Cutucou as irmãs e abriu suas asas, sendo logo seguida pelas mais velhas. As três levantaram voo e sobrevoaram um pouco atrás de onde os quatro irmãos estavam.

– Não estão vendo? - perguntou Lúcia, puxando Pedro pela mão e o posicionando em frente a um amplo chão de mármore, onde Lena tinha certeza já ter sido um salão.

– O quê? - perguntou o loiro.

– Imaginem muros. - disse Lúcia, puxando Susana até o lado de Pedro e pedindo que Edmundo ficasse do outro lado dele. - E colunas ali. - apontou. - E um telhado de vidro. E altas janelas, onde Emma, Hailee e Lena sempre ficavam sobrevoando.

Estavam os quatro, parados em cima de um patamar mais alto, com degraus de mármore à sua frente. E então, com a força do pensamento e da lembrança, Lena conseguiu vizualizar o salão que Lúcia se referia.

– Cair Paravel. - disse Pedro, olhando para tudo ali em frente e sabendo que ali era seu antigo lar.


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Notas finais do capítulo

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