Secret escrita por Rocker


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Bom, gnt, este é o último capítulo de Secret, fora o Bônus. Eu ia deixar para falar sobre a surpresa no próximo cap, mas eu sou legal demais pra deixar vcs ainda mais curiosos. Mentira, é que a maioria das pessoas simplesmente adivinharam o que era. Nem era mto segredo, eu tinha mesmo colocado lá no meu perfil. É o seguinte: vou emendar o príncipe Caspian aqui! o// Isso msm, o projeto Secret II está pronto e finalizado. Eu iria colocar como uma nova fic, mas eu sabia que nem todos os leitores se interessariam pela segunda temporada, então eu resolvi continuar aqui mesmo. Mas tem um porém. Eu resolvi escrever caps que encaixassem do tamanho de três, então a história resumiu bastante. E eu usei como texto base a minha fic Hurricane, então pode n estar mto bom, apesar de eu ter feito o meu melhor. Então não serão só mais um cap, e sim oito. A parte do Príncipe Caspian deu só uns sete caps :/ Mas foram caps grandes para compensar. A fic está toda pronta no meu computador, mas eu só vou postar quando tiver mais alguns comentários, pra me incentivar a continuar.

Conto com vcs ;)



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Capítulo 30 - Fim

Dois anos.

Já se fazia dois anos que voltaram.

E dois anos que não a via.

– Edmundo, desça daí! Ficar em cima de uma árvore não vai fazê-la vir até aqui! - gritava Lúcia, tentando de todas as maneiras ajudar o irmão.

– NÃO! - insistia o moreno.

– Edmundo, por favor... Lastimar não vai adiantar nada!

– Lu, me deixa!

E assim, suspirando derrotada, a pequena se retirou de volta à casa do Professor. Sabia que o irmão desistiria tão fácil da menina que o transformou. Durante os quinze anos que permaneceram governando em Nárnia, Lena havia sido muito eficiente em ajudar o moreno em tudo o que precisava, pois além de ter sido uma esposa, foi também amiga, irmã e conselheira dele. Sabia, mesmo que não proporcionalmente, o quanto ela fazia falta ao irmão, pois também se apegara muito à sua anja protetora. E tinha uma leve noção do quanto o coração do irmão estava despedaçado com a separação.

Assim que voltaram da grande aventura em Nárnia, passaram uma semana ainda juntos e comentando sobre tudo o que viram e viveram naquela terra. Porém assim que a guerra terminou, os quatro Pevensie precisaram retornar a Finchley. E, com muita dor no coração, Edmundo precisou se despedir de Lena, com quem ficara casado durante cerca de onze anos em Nárnia, somente com a promessa de que um dia voltariam a se ver.

Mas já haviam se passado dois longos, torturantes e cruéis anos longe de sua amada. Já tentara muitas vezes convencer a mãe a deixá-lo ir em busca de sua alma gêmea, mas era menor de idade e naquela época, não se podia simplesmente sair por aí à procura de alguém quando geralmente haviam casamentos planejados. E era isso que ele mais temia: descobrir que ela fora prometida a outro. Principalmente depois de toda a história de Ethan forçá-la a se casar com ele apenas por puro capricho. E agora que pudera finalmente retornar à casa do Professor juntamente com seus irmãos, a esperança de vê-la novamente que crescera em seu peito simplesmente se fragmentou quando não a viu ali.

Edmundo abaixou o olhar para o anel dourado que se recusava a retirar do dedo anelar da mão esquerda. Mas já não sabia o motivo, pois aparentemente ela não retornaria para ele. Viu que uma pequena gota caíra na superfície desgastada do anel e assustou-se ao perceber que era uma lágrima sua.

Ele nunca chorava.

– Por que está chorando? - perguntou uma voz calma e melodiosa ao seu lado e o moreno assustou-se ao ver que a reconhecia.

Era uma garota da sua idade, com os cabelos cacheados ainda curtos, mas exibia um corpo esbelto e definido, com mesmo brilho apaixonado nos olhos caramelo que teve que conviver durante quinze anos. Asas brancas que emanavam um brilho próprio estavam balançando levemente para sustentá-la ao nível de seu rosto.

E por mais diferente que ela estivesse, ele já a vira passando por essa fase e jamais a confundiria.

Lena.

Edmundo sorriu de orelha a orelha e esticou os braços, envolvendo a cintura fina da menina e a puxando contra seu peito. Sentiu os braços da menina envolvendo seu pescoço e a apertou mais contra si, envolvendo seu corpo.

– Eddie, está me apertando... - alertou Lena, sentindo a voz sair falha não pelo aperto do garoto, mas pela emoção do reencontro que sentia naquele momento.

Edmundo a afastou alguns míseros centímetros e colou sua testa a dela, sem querer se separar da menina que esperou durante dois longos e lastimáveis anos. Lena entrelaçou os próprios dedos nos fios negros do moreno, brincando levemente com eles.

– Senti sua falta... - ele conseguiu finalmente se pronunciar e lastimou que sua voz parecesse tão roucamente instável.

– Eu também... - disse Lena, fechando os olhos e sentindo-se completa ali perto dele. Mas ainda precisava perguntar-lhe algo. - Por favor, me diz que a aliança que está no seu dedo é a mesma de dois anos atrás e a mesma que eu carrego. pediu.

Edmundo soltou uma risada gostosa e percebeu que não ria assim desde que fora embora daquela casa.

– É claro que é!

– Ótimo. - retrucou Lena, ainda de olhos fechados e com a boca a centímetros de tocar a dele. - Porque não divido meu marido com ninguém!

Edmundo afastou-se dela com essas palavras, pois não queria sofrer muito com a distância que ainda os separaria daqui algumas semanas. Olhou-a apreensivo e cuidadoso, analisando sua expressão e as mudanças evidentes nas feições dela. Lábios levemente mais carnudos, nariz mais arrebitado...

– O que te preocupa? - perguntou ela, acordando-o do transe enquanto sentia suas asas levarem-na para se sentar no galho ao lado dele. Elas se recolheram e Lena pode olhar lateralmente para o rosto sereno de Edmundo.

– Distância que enfrentaremos daqui a...

– Nos mudamos para Finchley há três dias. - ela anunciou finalmente ao ver o olhar de dor que passou pelos olhos negros, mesmo esperando para dizer a novidade quando todos os reis e anjas estivessem reunidos à mesa do jantar.

Mas nada disso importou quando Edmundo abriu um maravilhoso sorriso e a puxou para um beijo alucinante.

"De repente, nenhum daqueles romances literários fez jus ao sentimento. Não havia nada daquelas bobajadas românticas que se lia dia a dia, onde a menina levantava a perna inconscientemente e todos aqueles sintomas de um beijo apaixonado e sincero, como se fosse a primeira vez que se beijavam.

Porque não era a primeira vez que se beijavam; e isso estava claro no momento em que Edmundo a puxou para seu colo, envolvendo-lhe a cintura com os braços e Lena brincava com seus fios negros, provocando-lhe.

Mas só porque sentiam que estavam mais experientes desde o primeiro beijo na cabana dela, não queria dizer que não se sentiam extasiados. Não era o primeiro beijo, mas era o mais verdadeiro e cheio de sentimentos.

Poderíamos ficar tempos e tempos aqui, descrevendo as reações que sentiam a cada toque, a cada mínima separação em busca de ar, a cada provocação.

Sintomas eram apenas sintomas, como se isso que eles sentiam fosse uma doença que tomara todo o organismo de ambos, sem cura, sem vacina e sem remediação. E por mais vulgar que fosse esse conceito, sentiam que era um dos mais verdadeiros; e nenhum dos autores já havia visto esse sentimento desse ponto de vida.

Pois nenhum deles retratava o real sentimento que impelia ambos a serem um do outro, pois não havia como colocar tudo o que sentiam em palavras.

Era um sentimento único que somente quem experimentava sabia seus efeitos e somente uma única palavra os uniam permanentemente, para atravessar o mundo juntos.

Amor." (Capítulo 21).

FIM de Secret I


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Notas finais do capítulo

Leiam as notas inicais!!

http://fanfiction.com.br/historia/340057/Hurricane/

http://fanfiction.com.br/historia/446436/Inesperado/