Secret escrita por Rocker


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Não sei se esse cap de continuaçao ficou bom. Era para ser o primeiro bônus, mas algumas leitoras me convenceram a continuar a fic de uma parte diferente, que começará a partir do prox cap. Cap dedicado a Lalla Pevensie Cymon! Eu adorei sua recomendação! De vdd, foi fofa e criativa, mto obg *------*



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Capítulo 21

Assim que acabou a coroação e as trombetas tocaram em anunciação para a festa que logo se seguiria, Edmundo levantou-se de seu trono, exasperado. Precisava encontrar Lena, passar mais um tempo ao seu lado. Mas a sua anja não se encontrava em lugar nenhum. Estava ficando preocupado com o sumiço da garota, e mesmo que não pudesse deixá-la transparecer, não iria se acalmar enquanto não a encontrasse.

Perguntava a todos por quem passava se haviam visto sua anja, só que não havia um único ser vivo ali que sabia lhe informar corretamente se ela estava ao menos nas dependências do castelo. Resolveu ir em direção à praia, onde havia uma grande falésia cristalina de frente para o oceano. As águas azuis cristalinas batiam fortemente no grande paredão cinza, provocando um barulho estrondoso, mas ele não ligava; era um ótimo lugar para se isolar de tudo e todos e pensar sobre tudo e sobre todos.

E parecia que não era o único a pensar assim.

Lena estava ali há horas, desde que acabara a coroação de Edmundo. Saíra voando pela janela atrás de si, desviando-se dos braços das irmãs quando tentaram a impedir, dizendo apenas que iria tomar um ar. Ficara horas e horas ali, sentada na ponta da falésia com as pernas dependuradas na beirada e ouvindo o barulho alto do mar batendo a metros abaixo de si, pensando em tudo o que lhe acontecera e imaginando como seria seu futuro, esperando que fosse ao lado do moreno que tomara-lhe o coração. Mas ainda sentia-se insegura, pois nada lhe dava total certeza de que Edmundo a queria ao seu lado.

Conhecera garotos como ele, brincalhões, extrovertidos, delinquentes e irritantes. Sempre a menosprezavam e chegou ao ponto de ser enganada por um e depois ridicularizada publicamente a ponto de ser necessário transferir-se da escola onde suas irmãs ainda estudavam. Não queria que Edmundo fosse como eles; não queria ser enganada e esperava resolver todo esse problema antes mesmo que tivesse tempo de se decepcionar com algo mais, mesmo já sentindo seu coração apertar.

Sentiu uma mão tocar em seu ombro e deu um pulo de susto, mas rapidamente se acalmou ao ver que apenar Edmundo sentando-se ao seu lado com um olhar preocupado e aliviado. Ver o brilho que exalava de seu olhar quase a fez desistir de ter aquela conversa séria que pretendia há apenas alguns minutos, mas sabia que precisava para manter sua autoestima intacta.

- Por que sumiu?! - perguntou Edmundo, sentindo o punho que forçava seu coração ir desapertando aos poucos.

Lena engoliu o nó que estava preso em sua garganta e respirou fundo.

- O que você pretende? - perguntou diretamente, com medo de travar na hora. Ele olhou-a confuso, então foi direto ao ponto. - Com esse namoro.

Edmundo olhou-a espantado por um instante, pois não esperava que Lena fosse perguntar-lhe algo do tipo. Franziu o cenho, pensando em uma resposta boa o suficiente para lhe transmitir a confiança que podia ver se esvaindo dos olhos dela. Nunca fora do tipo pegador e esperava que em sua primeira namorada não houvesse esse tipo de problema. E no caso de Lena, ele sabia que deveria dizer algo mais do que teria que falar a qualquer garota comum.

Mas ela não era uma garota comum.

Ela era sua Lena. Sua e de mais ninguém.

Não deixaria que ninguém a machucasse e precisava simplificar tudo o que sentia em uma única palavra para que a insegurança que sentia emanar de todos os poros dela simplesmente se dissolvesse. Sabia que havia apenas uma única palavra que ela esperava ouvir de sua boca, pois ao mesmo tempo em que era totalmente imprevisível, Lena sabia ser previsível de um sutil totalmente diferente da vulgaridade exagerada das garotas de seu colégio.

Certo, ela era muitas coisas controversas que ele havia percebido ao longo do tempo. Manipuladora e sincera, gentil e vingativa, cuidadosa e compulsiva, insegura e confiante, sensível e fechada, cautelosa e determinada, anja e descuidada. Claro, não poderia esquecer-se da mistura que julgava sua favorita: insanidade e sabedoria.

Coisas completamente diferentes e ao mesmo totalmente comum à menina que amava.

Pois era apenas Lena que ele queria e sabia que ela era a única que o entendia. E de certa forma entendia o lado dela, pois ainda não conseguia formular uma resposta coerente para a pergunta que sempre se fazia: Por que uma menina incrível como ela ficaria com um menino babaca como eu?

Mas sabia que ela precisava de uma confirmação de que ele nunca a faria mal algum.

E sabia exatamente a resposta que ela desejava tanto ouvir.

- Você.

Lena olhou-o pelo canto do olho, pensando como ele poderia ter lido seu desejo mais profundo. E mesmo sabendo que seus olhos exalassem aquele mesmo brilho de confiança, carinho e amor, lançou-lhe um sorriso sarcástico, incentivando-o a se explicar.

Ah, claro, me esqueci de sádica e desconfiada também, pensou.

- Não vou fazer nada a você, porque...

Travou de repente, sem saber como dizer aquelas três palavras que sabia serem importantes para qualquer garota. Não sabia se Lena deveria ouvi-la de sua boca, mas mesmo assim precisava dizer.

Lena arqueou uma sobrancelha.

- ... Eu te amo. - continuou.

Ela sorriu de orelha a orelha e, dizendo um eu também te amo, meu Eddie?, o beijou apaixonadamente.

De repente, nenhum daqueles romances literários fez jus ao sentimento. Não havia nada daquelas bobajadas românticas que se lia dia a dia, onde a menina levantava a perna inconscientemente e todos aqueles sintomas de um beijo apaixonado e sincero, como se fosse a primeira vez que se beijavam.

Porque não era a primeira vez que se beijavam; e isso estava claro no momento em que Edmundo a puxou para seu colo, envolvendo-lhe a cintura com os braços e Lena brincava com seus fios negros, provocando-lhe.

Mas só porque sentiam que estavam mais experientes desde o primeiro beijo na cabana dela, não queria dizer que não se sentiam extasiados. Não era o primeiro beijo, mas era o mais verdadeiro e cheio de sentimentos.

Poderíamos ficar tempos e tempos aqui, descrevendo as reações que sentiam a cada toque, a cada mínima separação em busca de ar, a cada provocação.

Sintomas eram apenas sintomas, como se isso que eles sentiam fosse uma doença que tomara todo o organismo de ambos, sem cura, sem vacina e sem remediação. E por mais vulgar que fosse esse conceito, sentiam que era um dos mais verdadeiros; e nenhum dos autores já havia visto esse sentimento desse ponto de vida.

Pois nenhum deles retratava o real sentimento que impelia ambos a serem um do outro, pois não havia como colocar tudo o que sentiam em palavras.

Era um sentimento único que somente quem experimentava sabia seus efeitos e somente uma única palavra os uniam permanentemente, para atravessar o mundo juntos.

Amor.


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Notas finais do capítulo

E o q acharam da nova capa?? *---* Nao esqueçam de comentar!!! Os reviews sao mto importantes para mim >.