Secret escrita por Rocker


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oláaa, minhas leitoraas lindaas!!
Eu sei, postei antes do meu tempo normal de postagem, que não se vcs perceberam, erh no fim de semana, geralmente na sexta!! maaaaaaaas, cm hj erh um dia MUITO especial [~meu niver de 15 aninhos *------*], resolvi adiantar mais um cap pra vcs, cm meu proprio presente de aniversário!! mas o prox será só no fim de semana q vem, pq toh em semana de prova... Enfim!! boa leitura a todos!!



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Capítulo 11

Naquela noite, Lena teve um sonho. Não daqueles comuns, onde sonham coisas que vivenciaram ou que desejavam. Foi mais como uma visão, ou uma mensagem telepática.

Lena estava em um corredor frio e escuro. As paredes eram de um azul claro quase transparente; e geladas ao toque. Não sabia ao certo como, mas tinha certeza absoluta que estava no Castelo de Gelo. Não por ter reconhecido quando espiou por uma janela lateral, no dia anterior. Mas por ter a sensação de que algo importante para ela estava por trás daquela parede que ela encarava fixamente,

Mas estava tudo escuro demais para que Lena conseguisse enxergar mais que três palmos à sua frente. Virou o rosto nas duas direções, forçando a visão para tentar achar alguma tocha. Qualquer coisa para iluminar aquele lugar.

Mas não havia a não ser ela, as paredes e a escuridão.

Fechou os olhos ao sentir um formigamento quente nos ombros e finalmente se lembrou de quem era. Segundo os castores, ela era Angelina Campbell, a anja da noite, com poderes de confiança e coragem. Mas como ela sabia de tudo isso sendo que nem metade das informações foi dita pelos castores?

Ela não sabia dizer como, apenas sabia.

Abriu as asas, que cresceram rasgando as cicatrizes com uma sensação prazerosa e libertadora. Viu suas asas de dois metros se abrirem no corredor largo e iluminar todo aquele espaço. De algum modo, não sentia mais frio. Olhou para suas asas brancas iluminadoras e as palavras que jamais foram ditas perto dela de repente inundou sua mente.

Asas brancas e iluminadas de Angelina mostram o quanto ela tem de confiança e coragem, o suficiente para iluminar qualquer um. Emma tem duas personalidades, que são espelhadas pelas asas beges e brancas. Hailee, apesar de todo o seu otimismo, não tem confiança em si mesma, o que reflete no prateado fosco.

De onde saiu essas palavras?, perguntou-se Lena, mas nenhuma resposta chegou até ela.

Ela suspirou e virou-se para a outra parede, sem saber por que. Quando se forçou a se virar para onde seu coração mandava, um menino apareceu apoiado naquela parede fria. Por mais que seus fechados aparentassem um pouco de inchaço e o rosto estivesse machucado, Lena sentiu que poderia reconhecer aquele menino em qualquer lugar.

Era Edmundo.

Ela correu até ele e o abraçou, envolvendo-o com as asas de forma protetora. Ele abriu os olhos, vendo-a abraçada a si e a envolveu pela cintura, puxando-a mais para perto de si, sentindo o coração acelerar.

– Oi, Lena.

Lena, ao ouvir a voz cansada do moreno, afastou-se um pouco e o analisou.

– O que fizeram com você? – perguntou preocupada.

Mas Edmundo não queria falar disso.

– Não vai nem perguntar por que fugi?! – perguntou, arqueando a sobrancelha.

– Não, eu já sei por que.

E ela sabia. Toda a verdade invadira seu coração no momento em que o vira. Sorriu ao se lembrar da parte em que Edmundo queria fazê-la sua rainha.

Ele sentiu as bochechas queimarem e tentou disfarçar.

– O que é isso?! – ele perguntou, ainda a abraçando e olhando nos olhos dela. Não vira as asas dela ainda e Lena tinha receio de que isso acontecesse. – Lembro-me muito bem de que estava dormindo do outro lado da parede.

– Eu não sei. – ela deu de ombros. – Mas me lembro de que os castores disseram que eu e minhas irmãs somos anjas. Acho que você não pegou essa parte.

Ele arregalou os olhos e olhou em volta, vendo as asas brancas em volta dele. Sorriu ao ver a beleza e glória que irradiavam.

– Anjo da guarda? – perguntou ele, zombando.

– Na verdade, é exatamente isso. – Lena riu. – Você e Lúcia são meus protegidos, mas acho que não fiz um bom trabalho. – ela acrescentou, um pouco melancólica.

– Ei, não fale isso. – disse Edmundo, segurando o rosto angelical dela entre suas mãos. – A culpa não é sua se fui egoísta.

– Mas...

– Não adiantará nada discutir se eu ainda estou preso aqui!

Ela permitiu que seu rosto transparecesse toda a tristeza que essa frase lhe causou.

– Tem razão. – disse. – Mas Aslam dará um jeito... Sei que vai.

Edmundo deu um sorriso triste e perguntou.

– Adiantará alguma coisa se eu disser que sinto sua falta?!

Lena sorriu abertamente.

– Sim. E muita.

Ela abriu as asas brancas e luminosas em êxtase, inclinando-se para frente para beijar os lábios do menino. Mas assim que os tocou, sentiu escuridão em volta e ficou inconsciente.

~*~

Edmundo acordou irritado. Por que mesmo que não deu tempo de eu beijá-la?!, perguntou-se. Ah, me lembrei... Por que sou um idiota sem sorte!

Lembra-se de cada detalhe do sonho que tivera, mas além dos lábios de Lena, vindo de encontro aos seus, outra coisa maior e mais iluminadora também tomava seus pensamentos.

As asas da menina.

Exalavam charme, confiança e glória. Mas ainda assim era difícil de Edmundo acreditar que ela era um anjo sem ver as asas de verdade. Sim, de verdade. Para ele aquilo era apenas um sonho, não uma visão que Lena disse que conectava anjos a protegidos.

Sentia sua cabeça rodar, mas de uma coisa tinha certeza: a última frase que dissera, sendo sonho ou não, continuava sendo verdadeira em seu coração. Sentia falta dela. E muita.

Olhou em volta e viu as paredes e o chão de gelo exatamente como se lembrava de antes de ter pegado no sono. As correntes que envolviam seus tornozelos até um pilar e a comida de prisão ao seu confirmavam que ainda estava nas masmorras do Castelo de Gelo.

Pegou o pão duro que estava na bandeja e deu uma mordida. Ele se esfarelou sobre sua boca, mas era melhor do que nada. Estava com muita fome. Engasgou-se com o pão e começou a tossir. Pegou a caneca da bandeja e viu que o líquido ali estava congelado.

Não havia nada nem para matar a sede.

– Se... – ele ouviu um barulho ao seu lado. Vinha da cela ao lado da sua. Olhou e se deparou com um fauno cansado e machucado. – Se não vai comer mais...

Edmundo então pegou o pão que deixara de lado e foi se arrastando até o buraco que havia entre as celas.

– Eu levantaria, mas... – disse o fauno, também se arrastando pela cela para se aproximar. – Minhas pernas...

O fauno chegou mais perto e pegou o pão.

– Sr... Tumnus? – perguntou Edmundo.

– O que sobrou dele. – respondeu o fauno, saboreando o pão, na medida do possível.

Após algum tempo, o fauno o analisou bem e viu algumas semelhanças físicas com alguém que conhecia.

– Você é irmão de Lúcia Pevensie. – afirmou.

– Meu nome é Edmundo.

– Sim... – disse o fauno. – Vocês têm o mesmo nariz. Sua irmã está bem?

Edmundo não sabia como responder a isso. Principalmente depois do que fizera. Não sabia como estava a sua família, as amigas e Lena. Andara pensando tanto em Lena que quase se esquecera da família.

Quase.

– Eu não sei. – respondeu Edmundo por fim, arrependido.

– Sua irmã é muito gentil e corajosa. – disse o fauno.

– Sim. – concordou Edmundo tristemente. – Mas acho que não foi a mais gentil e corajosa que já conheci...

– E quem poderia ser?

– Lena. – ele sorriu tristemente. Estava arrependido do que fizera e não tinha como negar que gostava da menina. – Uma amiga nossa.

– Não me parece ser apenas uma amiga. – disse o fauno, sorrindo.

– Não é. – respondeu o menino, com o olhar vago enquanto se lembrava do sonho que tivera. – Gosto muito dela.

– Dá pra notar...

Ouviram um barulho do lado de fora das celas, como alguém descendo para as masmorras.

Viram a Feiticeira abrindo as portas da cela de Edmundo e o fauno se virou de costas, enquanto Edmundo se arrastava novamente para perto da bandeja.

– Então... – disse a Feiticeira. – Minha polícia estraçalhou o dique, sabia?! Sua familiazinha não foi encontrada.

Edmundo sentiu-se feliz com isso, mas não podia deixar transparecer. A Feiticeira então o pegou pela gola da blusa, levantando-o sobre os pés; Edmundo não imaginara que ela tinha toda essa força.

– Pra onde foram? – perguntou ela.

– Eu... Eu não sei. – disse Edmundo, com dificuldade de respirar.

– Então você não serve mais. – grunhiu a Feiticeira, jogando-o novamente ao chão.

Ela levantou seu cajado.

– Espera! – disse Edmundo, tentando salvar sua vida. Naquele rápido segundo, ele se decidiu que não morreria antes de dizer o que precisava a Lena. Durante aquele sonho, ele percebera que a amava sem nem mesmo conhecê-la devidamente, mas amava. Porém não percebera que o diria a seguir seria uma das maiores burrices que faria na vida. – O castor disse alguma coisa sobre Aslam!

A Feiticeira abaixou o cajado, boquiaberta.

– Aslam? – perguntou. – Onde?

– Eu...

– Ele não é daqui, Majestade. – intrometeu-se o fauno rapidamente. – Ele não pode saber de nada.

Levou um pontapé do anão que acompanha a Feiticeira.

– Eu perguntei... – disse a Feiticeira, virando-se para Edmundo novamente. – Onde está Aslam?

O fauno olhou suplicante para o menino e este finalmente se deu conta se deu conta de que não poderia dar a informação que tinha. Seria o fim de Nárnia, o fim de Aslam e pior: o fim de sua família e de Lena.

– Eu não sei. – respondeu por fim, preferindo mentir. – Saí antes que dissessem.

A Feiticeira olhou para o fauno, que abaixou a cabeça, agradecido.

– Queria muito ver você! – disse Edmundo, tentando limpar a sua barra e a do fauno.

– Guarda! – gritou a Feiticeira.

– Sim, Majestade. – disse uma voz rouca e grave. Logo depois, Edmundo pode ver um orc horrendo entrando na cela.

– Liberte o fauno! – ordenou a Feiticeira.

O orc arrebentou as correntes que prendiam os cascos do Sr. Tumnus com um machado, enquanto este se lamentava e era arrastado para os pés da Feiticeira.

Ela virou-se para ele.

– Sabe por que está aqui, fauno?

– Porque eu acredito numa Nárnia livre. – respondeu ele com dificuldade, pois as bochechas inchadas eram um problema.

– Está aqui... – disse e apontou o cajado para Edmundo – porque ele entregou você. Por docinhos e uma coroa para si e sua amada.

O fauno olhou espantado para Edmundo, que abaixou a cabeça, envergonhado. A Feiticeira abaixou o cajado e ordenou ao orc.

– Levem-no para cima. – enquanto o fauno era arrastado para fora, virou-se para o anão. – Prepare minhas renas. Edmundo sente fauna da família e sua queridinha.

Virou-se e saiu da cela, deixando-o ali trancado e sozinho, apenas com seus pensamentos e arrependimentos o rondando.


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Notas finais do capítulo

não se esqueçam de comentar, quem sabe eu nao resolva postar ainda antes se isso acontecer?!