Annabeth's POV

Não tenho palavras para descrever a Grécia, era muito mais do que sempre sonhara. Atenas era a cidade mais linda que eu já tinha visto, a arquitetura era impressionante, eu perdi o fôlego mais vezes do que posso contar.

A paisagem, o mar, as casas, os templos... Tudo era maravilhoso. Até Percy, que não entendia nada de projetos arquitetônicos, ficava de queixo caído. Mas acho que ele se impressionou mais com as praias.

Refletia sobre tudo isso sentada na varanda do nosso quarto de hotel, o Cabeça de Alga ainda estava dormindo. Você provavelmente irá querer detalhes sobre o que aconteceu...

Quando chegamos à Atenas um homem estava a nossa espera, segurando uma placa, onde se lia: “Percy e Annabeth Jackson”.

– Olá, senhores, como foi o voo? – Perguntou.

– Foi bom. – Respondi. Alguém pagara aquele homem para nos buscar? Eu estava meio desconfiada, sou uma semideusa, eu não confio logo nas pessoas, elas podem ser monstros...

– A madame mandou entregar-lhes isso. – O moço nos entregou um bilhete. Eu o peguei e li:

“Meus caros recém-casados, aproveitem a companhia de Xavier, ele é o melhor motorista em toda a Grécia, não se preocupem com o preço de nada, está tudo incluso no meu presente de casamento. Ah, e não se espantem com o hotel, quero o melhor para os meus favoritos.

XOXO

Afrodite.”

– Amn... Para onde irá nos levar? – Percy perguntou.

– Ah, primeiro faremos um tour pela cidade, depois vamos ao hotel. Bem-vindos a Atenas, meus caros.

Nosso tour foi incrível. Afrodite tinha razão, aquele senhor era muito bom no que fazia, ele nos levou a todos os lugares que eu queria conhecer, a arquitetura era tão majestosa! Também visitamos belas paisagens, o que chamou a atenção de Percy.

– É claro que os dois voltarão nesses locais com mais calma, só estamos dando um passeio. Fiquem a vontade para me ligarem do hotel.

– Sim, Xavier, obrigada. – Eu respondi com um sorriso enorme. Aquilo era um sonho?

Queria passear mais, mas percebi que meu marido estava exausto, ele não dormira sequer uma vez durante o voo, ficara muito apreensivo.

– Pode nos levar ao hotel agora?

– Claro, senhora.

Tinha aceitado o presente de Afrodite até agora, mas, quando o motorista nos levou ao Hotel Grande Bretagne eu fiquei indignada, a deusa tinha reservado a suíte presidencial do hotel mais luxuoso de toda a Grécia só para nós.

Com uma localização privilegiada, em frente à Praça da Constituição e ao Parlamento, o Grande Bretagne dispunha de uma vista deslumbrante para a cidade. Nosso quarto possuía a mobília mais rica que eu já vira, o banheiro tinha um balcão de beleza (a cara de Afrodite, é claro) e banheira de hidromassagem.

Podíamos ver o Parthenon da sala de jantar. Eu estava doida para entrar no tão famoso templo em homenagem a minha mãe. Mas isso não seria tão cedo. Logo que entrou no quarto, Percy desabou sobre a macia e luxuosa cama. Eu ri, tadinho do meu Cabeça de Alga, estava morto de cansaço.

Abri minhas malas e procurei uma roupa limpa, era manhã, e eu não estava com sono. Deixei-me relaxar na banheira. Aquilo tudo era real? Eu ficaria mesmo 15 dias na Grécia com meu marido? É, tinha muito a agradecer a Hermes e Afrodite.

A toalha era quente e macia. Percebi que tinha esquecido a lingerie, então voltei de toalha para o quarto, a fim de pegá-la.

Percy estava acordado. Quando me viu abriu os braços e eu andei em sua direção. O Cabeça de Alga e abraçou e me colocou sentada em seu colo.

– E então, Senhora Jackson, como está se sentindo? – Ele perguntou enquanto beijava meu pescoço molhado.

– Muito... Bem. – Respondi, fechando os olhos e suspirando.

Percy me deitou e desembrulhou minha toalha. Ele passou a beijar o vale de meus seios, meu colo e voltou o trajeto até minha boca. Eu já estava sem ar, mas, quando seus lábios quentes tocaram os meus úmidos, eu perdi o controle. O beijo era quente, apaixonante, excitante. Tirei sua camisa com rapidez e inverti nossas posições. Passei a distribuir beijos por seu abdome, revezando com pequenas mordiscadas.

– Você me faz perder o juízo, sabe, Sabidinha...

Percy voltou para cima enquanto eu desabotoava sua calça e me livrava de sua cueca. Ele estava pronto para consumar nosso casamento.

Quando ele me penetrou eu me senti tão maravilhosamente completa. Eu amava tanto aquele filho de Poseidon. Ele começou a se movimentar muito devagar, acho que era para dizer que tínhamos todo o tempo do mundo, e, agora que estávamos casados, tínhamos mesmo. Não parou de me beijar, minha boca, meu pescoço, meus seios... Sua velocidade foi aumentando até que atingimos, juntos, o orgasmo.

O Cabeça de Alga caiu ao meu lado e me abraçou, ele parecia exausto mesmo, com olheiras. Eu estava banhada de suor, teria que tomar outro banho, mas isso não era importante. Tudo o que me importava era ter o meu marido ali comigo, seu cheiro de mar, sua risada deliciosa, seus olhos profundos. Virei-me procurando o verde de seu olhar, mas vi que Percy estava dormindo.

– Eu te amo, Cabeça de Alga. – Beijei a ponta de seu nariz e passei a observá-lo. Já disse que não estava com sono?

Decidi olhar a cidade, coloquei um roupão e fui até a varanda. Era tudo tão perfeito naquele lugar...

Peguei o laptop de Dédalo para ver algumas coisas relacionadas à Grécia. Não percebi que o tempo tinha passado até Percy me abraçar por trás e me entregar um copo de suco.

– Desculpe por ter apagado. – Ele disse.

– Vou cobrar. – Brinquei.

– Estou morrendo de fome, mas só achei champanhe e suco no frigobar... Acho que é melhor ligarmos para o serviço de quarto.

– Está bem – Disse levantando-me – Vamos comer.

Fui andando em direção ao quarto, mas senti um arrepio, como se alguém estivesse me observando. Deixei o copo de vidro cair.

– Annabeth – Percy me segurou, parecia preocupado – O que foi?

Demorei a responder, por isso ele me apertou levemente.

– Não foi nada. Eu só... Tive uma sensação estranha.

Meu marido estreitou os olhos, não estava convencido.

– Vamos, Cabeça de Alga, também estou com fome.

Alguns minutos depois, uma moça veio entregar o pedido. Ela era muito bonita e ficou encarando o meu marido, como se quisesse devorá-lo, Percy não percebeu. Franzi as sobrancelhas.

– Isso é tudo, obrigada. – Disse rispidamente.

Quando a moça saiu, o Cabeça de Alga me olhou confuso.

– Por que foi tão rude? – Perguntou.

– Ah, Cabeça de Alga, não viu o jeito que ela olhou para você? Quem aquela garota pensa que é...

– Ora, ora... Annabeth Ciumenta: O Retorno, não, espera... Ela nunca tinha saído! – Ele começou a rir e me abraçar.

– Não estou com ciúmes, só achei um abuso!

– Ah, claro que não estava...

– Não mesmo!

– Acredito. Agora, vamos comer, meu estômago está roncando há horas!

Aquele Jackson sabia me irritar... Algumas coisas nunca mudam. Mas havia algo mais naquela garota, o meu alerta havia disparado. Não era só ciúme (e não diga ao Percy), eu não sabia explicar... Decidi não pensar nisso, por hora.

Depois de comermos fomos tomar banho. Decidimos passear no Parthenon, eu estava muito ansiosa, acho que todos já sabem que ir àquele templo era um sonho para mim.