15 Contos Sobre Percabeth escrita por AnnaSun


Capítulo 12
Antes semideus a chef de cozinha


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores! Aqui mais um capítulo para vocês. Ele deu bastante trabalho, então eu realmente espero que curtam. Esse, como vocês viram, está bem maior do que os habituais, então tem bastante informação. De qualquer maneira, tenham uma boa leitura, ok? Beijos!



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– Wow, Sally, isso está perfeito! – Annabeth exclamava, com os olhos brilhantes e a mão pequena na frente da boca, para não parecer tão mal educada.

Sally Jackson riu.

– Que bom que gostou, querida – ela dizia com satisfação – não foi tão fácil preparar tudo isso. Toda essa comida, eu e Paul ficamos um bom tempo na cozinha preparando isso - ela e Paul Blofis se entreolharam - é um alívio que tenham gostado.

Annabeth assentiu. Tudo aquilo... estava realmente muito bom! Correndo os olhos pela mesa polida e bem forrada, a semideusa sentia sua gula crescer. Havia bastante tempo que não tinha uma refeição tão farta e tão gostosa, principalmente pelo fato de estar alí, em uma tarde calma de domingo com as pessoas que gostava - Sally, Paul e Percy -, sem nenhuma preocupação.

Para ela, era sensacional uma pequena folga daquelas. Ficar longe de todo aquele problema matinal de um meio-sangue era uma delícia! E agora, que estava longe do Acampamento Meio-Sangue, a única coisa que poderia aliviar a saudade que sentia dos seus irmãos era um dia como aqueles, recheado de coisas boas com pessoas do bem, e que não a faziam lembrar das preocupações quase constantes.

Ah, como queria uma folga daquela pelo menos uma vez por semana...

Calmamente, a garota engoliu a comida que estava na sua boca, levando à boca mais uma garfada do delicioso strogonoff de bacon com champignon , cozinhado impecavelmente pela mãe de seu namorado.

– E então - Sally levava o copo com suco de laranjas à boca - o que vão fazer hoje?

Obviamente, ela se referia ao seu filho e à namorada, que tinham combinado de passarem a tarde juntos. Mas... escutando aquela pergunta, ela percebeu que eles realmente não tinham combinado nada definido. Annabeth olhou para Percy e viu que ele estava um pouco acanhado com aquilo. De fato, fora algo estúpido esquecer daquele detalhe.

– É... bom, talvez a gente veja algum filme ou coisa parecida...

– Não estão falando sério, estão? - Sally Jackson pousou delicadamente os talheres em seu prato quando terminou de comer e alternou o olhar entre Percy e a namorada - Achei que vocês iriam fazer algo diferente. Não sei, porque não vão a uma praia?

– O clima não está muito agradável... - respondeu Percy, contornando o diâmetro de seu prato com o indicador. Embora ele tenha respondido rápido, Annabeth sabia que ele estava mentindo. O clima estava ótimo, a verdade é que ele não queria estar nem perto de qualquer contato com o pai. Não que estivessem brigados, mas Annabeth entendia. Nenhum dos dois gostaria de perder tempo daquele dia tão bom pensando em deuses olimpianos ou coisas parecidas. Sally também deve ter percebido, pois não questionou a resposta do filho.

– Hum, certo - ela pôs se a pensar novamente, até que voltou a olhar para a semideusa - e que tal aquela feirinha nova de antiguidades em exposição perto Empire State? Soube que está sendo um sucesso.

Os olhos de Annabeth brilharam.

– Ah, sim, acho uma ótima ideia! Também estou bastante curiosa para ver o que eles têm por lá - ela voltou-se para o namorado - e você, Percy, o que acha?

O garoto bufou, mais para rir do que por antipatia.

– Estão falando sério? - ele percorreu os olhos de Annabeth à Sally e de Sally à Annabeth - A gente vai mesmo passar a tarde em uma feirinha de antiguidades em exposição? Sério, gente?

Sua mãe suspirou, pondo os braços sobre a mesa.

– Bom, então não sei mais o que sugerir... - ela então virou-se então para o marido, Paul Blofis - tem alguma ideia, querido?

Paul ainda não havia terminado de comer, exatamente. Agora, no seu segundo prato, ele repetia a garfada da torta de frango com amêndoas.

– Bom, eu não tenho muitas ideias boas, mas - ele dizia as palavras entre dentes, pois ainda restava um pouco de comida na boca - eu realmente estou amando essa comida. Onde você conseguiu todas essas receitas divinas?

Sally revirou os olhos e soltou um risinho envergonhado, embora já estivesse acostumada com pessoas elogiando sua incrível culinária. Annabeth também sorriu, e para todos aquele comentário pareceu inocente e leve. Menos, claro, para Percy. Aquilo o atingiu de surpresa, e então um sorriso levado surgiu em seu rosto.

– Tive uma ideia - ele falou, com a voz um tanto aguda.

Annabeth e todos se viraram para o garoto, sem saber direito do que esperar, ou melhor, sem esperar, já que o assunto tinha mudado completamente.

– Eu irei fazer o jantar.

Aquilo pegou a todos de surpresa. What?

– Como... do que está falando, querido? - Sally perguntou, atordoada. Provavelmente, não era todo dia que um filho semideus de 16 anos se oferecia para preparar um jantar.

– Quero dizer, nós, eu e Annabeth iremos cozinhar o jantar hoje. Sério, é uma boa ideia, não? A gente pode produzir tudo, desde a comida até a mesa. É uma boa coisa para se fazer. O que me diz?

Annabeth? - ele se virou para a namorada. Aqueles profundos olhos verdes a encarando, desafiando-na a aceitar o convite. Uma proposta deliciosa de causar o maior furacão na cozinha.

Annabeth franziu o cenho, confusa.

– Bom, eu não sei... Quero dizer, por mim tudo bem, mas eu não sou lá muita coisa na cozinha, então... Percy, não podemos pensar em outra coisa?

Sally bateu a mão na mesa, dando o assunto por encerrado.

– Então, está certo, nada de fazer o jantar hoje. Annabeth tem razão. Querido, quando foi a última vez que você fez algo assim na cozinha? Eu nem me lembro mais.

Mas o garoto não estava muito à fim de desistir da ideia.

– Ah, vamos lá, não deve ser tão difícil. Não vou fazer bagunça nem destruir o fogão, por favor. Só quero que vocês possam deixar a casa para que eu e Annabeth façamos algo legal e surpresa. É uma ideia genial, vamos lá, compreendam.

Percy correu seu olhar pidão pela família: Annie, Paul e Sally. Um por um.

– Bom, deem essa chance para Percy. Quem sabe não estão dizendo "não" a um verdadeiro talento das panelas? Quero dizer, tal mãe, tal filho.

Sally olhou para Annabeth, e em uma troca de olhares que durou apenas segundos, elas chegaram a um acordo. A sra. Jackson suspirou.

– Tudo bem, tudo bem, você venceu - ela olhava para o filho, que liberou um sorrisinho - mas olhe bem o que vai aprontar, rapazinho, não quero bagunças aqui, certo?

Annabeth olhou enquanto Percy assentia para a mãe, obediente. Sally não conseguiu reprimir um sorriso. Aquela situação era completamente engraçada. Quem diria! Percy Jackson, filho do deus do mar, que lutou e venceu o rei dos titãs, implorando para poder fazer o jantar. Annabeth também não evitou uma risadinha.

– Então, de que horas quer que deixemos a casa? Pode ser um bom motivo para que eu e sua mãe façamos um passeio, também - Paul Blofis interviu, agora limpando os cantos da boca com um guardanapo.

– Não sei. Quem sabe às três da tarde? - Percy respondeu.

Sally o observou por alguns segundos, antes de dar voz a uma nova pergunta.

– Percy, é realmente necessário que eu e seu padrasto deixemos a casa? Quero dizer, não seria melhor se ficássemos aqui para dar algum auxílio caso precisem e...

– Mãe, não vamos lutar contra monstros. Vamos apenas cozinhar alguma coisa.

– Eu sei, querido, mas é que...

– Pode ser que Percy tenha razão, Sally. Não precisam se preocupar, cuidaremos da casa. E de qualquer maneira, também vai ser bom para vocês dois sairem um pouco. Não é justo que passem o dia inteiro aprontando comidas maravilhosas sem direito a pelo menos uma folga.

A mãe de Percy transferiu seu olhar do filho à Annabeth, exprimindo um completo desconforto nos olhos. Preocupação também tinha seu espaço naquele brilho triste. Mas ninguém a culpava. Não era muito fácil para aquela mulher deixar dois adolescentes que praticamente chamam o perigo sozinhos. Era compreensível que mesmo depois de tantos anos, ela ainda não tivesse se acostumado com aqui. E provavelmente nunca se acostumaria. Mas de qualquer modo, ela cedeu. Sabia que aqueles dois já haviam enfrentado coisas muito piores do que ficarem sozinhos em um apartamento em Manhattan.

Sally levantou as mãos em rendição.

– Ok, ok, vocês estão certos. Merecem credibilidade. Mas estou preocupada com outra coisa...

Percy e Annabeth se entreolharam, nervosos.

– Com o que? - Annabeth arriscou perguntar.

Foi quando Sally sorriu, cruelmente. Poucas as vezes que fazia isso.

– Será que essa comida não vai nos envenenar?

***

Até a hora em que Paul Blofis e Sally deixaram a casa, não faltaram assuntos e coisas para se fazer naquele pequeno apartamento. Depois do almoço, todos ajudaram a retirar a mesa e em seguida montaram-na novamente com um tabuleiro retangular, dois blocos grossos de cartas e vá-rias pecinhas de um jogo de compra de propriedade. Depois de quase uma hora de muitas negociações, trocas, vendas e discussões entre os jogadores, Annabeth (obviamente) ganhou, comprando o último terreno livre e levando Paul à falência. Como ele seria o outro possível vencedor, sua falência trouxe consequência para todos, o que de fato fez com a sabidinha levasse a melhor.

"Isso não foi justo", dizia Paul, boquiaberto "Aquela carta de ajuda disse que eu teria direito ao terreno"

Annabeth levantou a mão, pronta para se defender.

"Não exatamente. O cartão dizia que o terreno seria seu se você também possuísse os três daquela avenida"

"Mas eu tinha! Todos os três. Acho que você roubou, senhorita Annabeth Chase."

Annabeth sorriu, para Paul. Aquilo era sério?

"Mas não eram oficializados no cartório do jogo, senhor Paul Blofis"

Paul ainda estava de boca aberta, buscando algo que pudesse provar que a vitória da semideusa fora injusta. Se fosse realmente injusta, pelo menos Annabeth cuidara muito bem de apagar todas as provas.

Percy espreguiçou-se na sua cadeira à mesa. Depois de um curto bocejo, estendeu os braços sobre a mesa, rendido ao final do jogo, sem nada para discutir. Sim, ele já conhecia bem a namorada.

– Não adianta. Ela ganhou, e ainda que não o tivesse feito, convenceria você de que sim - Percy piscou - por que ainda fazemos isso?

Annabeth e Sally riram, a semideusa revirando os olhos.

Por volta das 3:12, Sally e Paul sairam do apartamento, deixando para os garotos uma série de recomendações, que pareceriam completamente úteis, para jovens que nunca venceram o senhor dos titãs. Para eles, dicas de como evitar deixar a comida queimar era uma coisa um pouco estúpida, mas ainda assim, ouviram sem pressa para que não deixassem ocorrer incidentes. Annabeth mantia na cabeça a frase de Sally: "com espadas vocês são ótimos, mas com panelas são bem leigos, então tomem cuidado."

Assim que a porta de entrada se fechou, o apartamento foi tomado por um silêncio repentino, talvez até um pouco tenso. Ok, eles tinham conseguido ficar sozinhos, iriam fazer o jantar... certo, mas e agora?

Percy virou-se para Annabeth e ela bateu as palmas uma na outra, um gesto que dizia: "colocar a mão na massa agora?"

– Então...? - perguntou.

Percy piscou.

– Então?

Annabeth revirou os olhos.

– Então, cabeça-de-algas, o que fazemos agora? – ela perguntou, andando até ele – você que sugeriu, então creio que tenha alguma ideia para o jantar. Se quer fazer algo tão incrível quanto disse, temos que começar logo.

Percy a olhou, incomodado com a pressão, visivelmente.

– Está bricando? De que horas pretende jantar hoje? Quatro horas da tarde?

A garota riu.

– Não acha que está se garantindo demais?

Percy se inclinou.

– Deveria? – Ele deu um sorriso e em seguida beijou a namorada, envolvendo-a.

Foi um carinho demorado e calmo, sem pressa, sem alvoroço. Apenas um momento pessoal dos dois, um momento pessoal e gostoso.

– Só acho que deveríamos começar isso cedo. Você sabe, para evitarmos algum problema – Annabeth recomeçou o assunto, quando se afastaram um do outro.

Percy sentou-se no sofá,

– Tudo bem, tudo bem. Você tem razão – ele respondeu, levantando as mãos e olhando para a namorada – bandeira branca para você, Annabeth. Por onde começamos?

Alguns minutos depois eles começaram a trabalhar. Annabeth abriu seu laptop e fez a coisa mais comum que se podia fazer num laptop extremamente avançado e mágico: pesquisar receitas. Ela buscou em diversos sites e blogs sobre o assunto, pesquisando desde ideias para inovar um simples omelete até receitas geniosas inspiradas em banquetes franceses. Ela colocou o aparelho sobre a mesa e junto com Percy, passou mais de vinte minutos tentando achar a receita perfeita. Não haviam muitos problemas que resultassem em toda essa exigência. O armário e geladeira de Sally estavam repletos de potes, ingredientes e tempeiros, a abundância de receitas também era presente e o tempo de preparo delas também não estava dificultando muito as coisas. A verdade é que Annabeth procurava receitas que tivessem muitos requisitos. Que fossem fáceis, mas não sem graça. Que levassem tempo, mas não dessem muito trabalho. Na verdade, se a receita fosse complexa, não haveria problema nenhum, desde que Percy não desistisse fácil.

“Essa está boa”, dizia Percy, apontando o dedo para uma receita de arroz.

“Claro que não, os temperos são muito fracos”, Annabeth retrucou.

Percy revirou os olhos verdes.

– Ah vamos lá, você está muito exigente. Quantas eu já indiquei?

– Aí que está, cabeça de algas. Você indica todas.

– Você que está muito perfeccionista.

A garota deu de ombros, ignorando o último comentário.

Dalí há uns cinco minutos, ela conseguiu encontrar o que procurava. Seus olhos brilharam quando Annabeth terminou de ler a receita de torta de carne com cobertura de amoras e ervas. Parecia uma delícia. Depois de aguentar um certo “blábláblá” de Percy sobre como aquela comida parecia sujeira de gato, Annabeth procurou por mais algumas ideias que pudesse complementar o jantar. Logo após encontrar uma receita de arroz à grega, outra de purê de batatas e por último um tipo de molho italiano, ela deu fim às pesquisas, que duraram pouco mais de meia-hora. A tarde ia ser longa. Percy não esperava ter que fazer toda aquela comida. Ele levantou-se da cadeira cambaleando e reclamando bastante de todas aquelas escolhas complicadas, mas depois de um certo tempo, se rendeu. E eles foram para a cozinha.

Annabeth encontrou em uma gaveta do armário da cozinha um grande avental rosa, que depois de muito insistir dizendo (e rindo!) para o namorado que era bobagem negar usar algo apenas porque tinha essa cor, conseguiu fazer Percy vestir. Obviamente, aproveitou a oportunidade para fazer uma foto.

Felizmente, tudo que precisavam para fazer a refeição já tinham em casa, então ninguém precisou perder tempo indo a um supermercado. De olho no computador, Annabeth começou a ler a receita da torta de carne.

– Hã, leve a carne já cozida para o liquidificador e deixe-a até que seja completamente moída.

Annabeth voltou-se para Percy. Ele a olhava, piscando.

– O que foi? – perguntou a garota.

Percy olhou ao redor e depois se virou para ela novamente.

– É... não temos uma carne já cozida

Silêncio.

– Então cozinhe, cabeça-de-algas – a semideusa respondeu, mas Percy continuou em silêncio. Annabeth se inclinou para a frente, os olhos questionando-o – Alô-ou, semideus em casa?

Percy pigarreou.

– É que... tem um pequeno problema.

– Qual?

– Ok, ok, tem vários problemas.

Percebendo o silêncio da namorada, Percy começou:

– Certo, eu não sei qual carne usar, não sei quais são os procedimentos, não faço a menor ideia de como eu posso cozinha-la.

Annabeth o olhou em silêncio por alguns segundos, e então franziu o cenho.

– Percy, eu realmente vou ter que pesquisar para você no Google “como cozinhar bife de carne”?

Ele revirou os olhos.

– Ah, vamos lá, Annabeth. Não deve ser tão complicado. Só preciso que me dê alguns toques e me ajude a mexer nisso.

Francamente, que ideia genial, aceitar fazer o jantar com a ajuda de um namorado que não sabe nem cozinhar um pedaço de carne, pensou Annabeth. Por que ela havia topado fazer isso? O primeiro passo, a primeira parte da refeição nem havia sido começada e já estava dando trabalho. Certo, o que ela deveria fazer agora? Opção 1) Dar uma bronca no namorado; Opção 2) Dar um cascudo no namorado; Opção 3) Dar uma bronca E um cascudo no namorado.

Annabeth respirou fundo e resolveu não realizar nenhuma das opções que pensou.

– Tudo bem, cabeça-de-algas, vou te ajudar com isso, afaste-se.

Annabeth foi até onde Percy estava e começou a fazer o que era preciso. Lavou as mãos, tirou a carne do congelador, fez o que era necessário e cozinhou, vez ou outra procurando ajuda na internet, mas ainda assim, estava se saindo bem. Depois de algum tempo realizando apenas a Introdução do Passo 1 da Receita 1, Annabeth enxugou as mãos e começou a reler o primeiro passo da torta de carne. Ainda com um pouco de confusão, Percy fez as coisas da maneira correta: jogou o bife da carne dentro do aparelho e esperou ser moído. Dentro de alguns segundos, o liquidificador fez o seu trabalho com perfeição.

“Passo 2: Misture a carne moída com os ingredientes extras e derrame azeite”.

Eles uniram à carne coisas como azeitonas, bacon, tomate picado em cubos e depois colocaram um pouco de azeite específico. Tudo certo.

“Passo 3: Hora da massa! Siga o procedimento desse outro link, clicando aqui”

Annabeth abriu a outra página da internet e começou a executar o que tinha alí. Calmamente, uniu a farinha de trigo aos tempeiros e despejou uma quantia certa de leite alí dentro.

– Pode, por favor, quebrar dois ovos aqui dentro? – ela empurrou com o cotovelo um pote de vidro, e Percy assentiu.

Ele buscou os ovos na geladeira e começou a examiná-los. Annabeth o observava.

– Sabe fazer isso, não sabe? – ela riu, embora tivesse uma pontada de descrença alí. Seria possível que Percy não soubesse quebrar um ovo?

Mas ele inclinou a cabeça para o lado e a olhou. Ok, ok, ele sabe, pensou a garota.

Mas quando Percy bateu o primeiro ovo no recipiente, o quebrou com tanta voracidade que o alimento explodiu, espalhando sujeira por todo o corpo do semideus, que estava sujo de clara até no emaranhado cabelo preto.

– Mas que diabos... – Percy praguejava boquiaberto com o estrago que havia feito – como é que...

Annabeth caiu na gargalhada. Definitivamente era possível!

Ele a olhou, sem acreditar.

– Você está rindo?! – Ele dizia, com os olhos esbugalhados – Ah, tudo bem, é divertido quando alguém se suja de ovo!

E então Percy pegou o outro ovo e o explodiu nas mãos, bem na frente da namorada, que não acreditou quando olhou para si e viu no que havia se transformado. Annabeth arregalou os olhos e mirou no namorado.

– Percy Jackson eu vou matar você! – Annabeth explodiu em gargalhadas e atirou um ovo no namorado, que pegou mais um e quebrou na cabeça da semideusa. E a bagunça estava instalada. Eles iniciaram uma guerra de comida que misturou tudo que fosse possível: fermento em pó, ovos, água, maçãs e tudo que vissem pela frente. Annabeth não aguentava mais de tanto rir, a barriga doía. Foi quando Percy a puxou para perto e a beijou. Um beijo sujo, melado e sem charme nenhum, mas que havia tanta paixão e diversão, que ficaria marcado para os dois. Quando se afastou, Annabeth olhou ao seu redor.

– Percy.

O garoto a observou, nenhuma reação além do sorriso causado por aquele momento.

– Sim?

Ela o olhou.

– O que acha de pedirmos uma pizza?

***

Quando Sally Jackson e Paul Blofis chegaram em casa, por volta das seis horas, encontraram os semideuses sentados no sofá, vendo TV. Percy vestindo uma outra roupa, e Annabeth usando uma camiseta que Percy garantira que Sally não usava mais, os cabelos molhados. A casa estava com um cheiro quase absurdo de perfume. Quanto à cozinha? Eles tinham tratado de lavar.

Sally foi até a sala e quando percebeu as duas caixas de pizza e a garrafa de refrigerante sobre a mesa, abriu um sorriso.

Percy, para evitar as perguntas, resolveu se adiantar.

– Então... – disse ele abrindo as caixas de comida, esboçando um sorriso nervoso - estão com fome?


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Notas finais do capítulo

E então, Percy e Annie merecem reviews? Haha, espero que tenham gostado bastante! Adoro vocês! ♥



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