Possuídos - EM REVISÃO, POSTAREI MAIS EM BREVE escrita por Naiara


Capítulo 17
Chamado




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Eles fizeram silêncio a maior parte da viagem. Sophie chegou a dormir no banco de trás do carro.

Erick estava sentado no banco do carona lendo um de seus livros enquanto Ian dirigia.

– Ian, posso lhe fazer uma pergunta? – Perguntou Erick fechando o livro.

– Diga. – Disse Ian.

– O que sente pela Sophie?

Ian quase batera no carro que estava andando na frente do deles.

– Que tipo de pergunta é essa? – Perguntou Ian.

Erick esperava outra resposta ou pelo menos uma resposta.

– Bem, eu estou gostando dela. – Disse Erick.

Ian se controlou para não pisar no freio e começar a argumentar com Erick.

– Você está levando Sophie a sério? – Perguntou Ian. – Você é um anjo Erick. E olhe nossa situação.

Erick parou de olhar para o livro em seu colo e fitou Ian.

– Eu a beijei Ian. – Disse Erick. – E senti que ela era especial. E a estou levando a sério sim, não importa nossa situação ou o que somos.

Ian apertou mais forte o volante. Ele não estava gostando do rumo que aquela conversa estava levando.

– Quando nos beijamos algo mudou dentro de mim. – Continuou Erick. – Antes, eu a via como uma irmã ou uma amiga, mas agora eu a vejo de outra maneira. Estou tendo sentimentos Ian, sentimentos que não conheço muito, sentimentos humanos, talvez.

Ian se esqueceu da estrada, agora estava encarando Erick.

– Isso é absurdo Erick. – Disse Ian. – Se tudo der certo e Lúcifer realmente morrer, os anjos que viraram demônios voltarão a serem anjos e voltarão ao céu, os humanos retomarão o controle de seus corpos e os demônios voltarão ao inferno. Erick, você terá que voltar para o céu.

– Eu sei disso, se tudo der certo eu voltarei para o céu e cairei por conta própria, não por uma experiência de Deus para termos sentimentos. Me tornarei humano, por Sophie. – Disse Erick.

Ian ainda encarava Erick, mal olhava para a estrada.

– Eu também a beijei Erick. – Confessou Ian. – Eu também sinto algo por ela. Desculpe-me.

– Quando foi isso? – Perguntou Erick.

– Ontem a noite, quando você estava dormindo. Sophie parecia tão triste e atordoada, ver ela tão confusa me fez querer ampará-la, mas tudo que consegui foi deixar ela mais confusa. E acabei me confundindo também.

Erick apertava o livro que estava em seu colo com muita força. Tudo o que queria naquele momento era dar um belo soco em Ian.

– Que ótima forma de ampará-la. – Disse Erick com ironia.

– Estamos prestes a lutar com um arcanjo, eu nem consigo voar e você está tendo ataques de ciúmes Erick, por uma humana demoníaca. – Disse Ian debochando do amigo.

– Ciúmes? Que ciúmes? Está na cara que Sophie me prefere. Sou mais bonito e bem mais inteligente. – Debochou Erick.

– Mais inteligente talvez, agora mais bonito, acho que não. – Devolveu Ian.

– Falou o futuro demônio. – Disse Erick. – Ter Lúcifer como sogro deve ser ótimo.

Ian sorriu. Ambos voltaram a ficar relaxados. Sophie que estava no banco de trás acordara e ouvira boa parte da conversa. E estava sorrindo.

Depois de algumas horas, eles chegaram ao Templo da Adoração.

– Chegamos. – Avisou Ian. – É este o lugar certo?

– É o único templo por aqui. – Respondeu Erick.

Os três saíram do carro e entraram no templo, como previsto, estava vazio. Sophie olhava envolta. O templo era como uma igreja, todo decorado com imagens de Samuel. Erick não ficara impressionado pela maior parte do templo ser rosa. A chama do arcanjo Samuel era da cor rosa.

Erick pegara um livro para copiar o símbolo de Samuel no teto. Seria a armadilha perfeita. Assim que Samuel estivesse embaixo do símbolo ele jogaria o sangue e Samuel ficaria preso e sem poderes. Se a teoria dos livros estivesse correta, nada poderia falhar.

Erick desenhara rápido o símbolo no teto, pois não era difícil, o símbolo de Samuel era apenas cinco pontos, um embaixo do outro, o terceiro era desenhado mais para frente com uma linha passando por todos os pontos.

Feito isso, Erick, Ian e Sophie fizeram o circulo de oração para a convocação do arcanjo.

– Archangelus Samuel occurrat deprecationem nostram. Adiuva nos. venisses in occursum nobis. – Começou Erick em latim.

As Luzes do templo começaram a piscar. Sophie sabia o que isso queria dizer. Ele estava vindo.

– venire in nostri praesentiam. – Finalizou Erick.

O zumbido começou. Ele estava chegando. Os três fecharam os olhos e quando abriram, lá estava ele. Samuel, o arcanjo do amor.


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