Possuídos - EM REVISÃO, POSTAREI MAIS EM BREVE escrita por Naiara


Capítulo 18
Preso




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Sophie olhou para o arcanjo, com toda a certeza ele não se parecia nem um pouco com o que ela havia imaginado. Assim como Lúcifer e Miguel, Sophie achou que Samuel teria possuído um hospedeiro belo, porém aquele arcanjo em sua frente não tinha nada de belo. Não era feio, mas também não era belo. Diferente, foi a palavra que Sophie encontrou para descrevê-lo.

Samuel era alto de olhos violetas, até ai tudo bem, mas logo Sophie reparou em seu cabelo. Rosa. Sim, era um cabelo cumprido até o ombro e da cor rosa. Seu rosto tinha um formato aristocrata e seu corpo era magro, quase esquelético.

Sophie desviou o olhar para a mão direita de Samuel e encontrara o anel feito com a pedra Ematida. A pedra do amor. O selo.

– Por que me chamou jovem anjo? – Samuel perguntou olhando para Erick.

Sophie e Ian seguraram a risada. A voz do arcanjo era um tanto afeminada e um pouco esganiçada.

– Precisamos de sua ajuda com algo. – Respondeu Erick.

O arcanjo caminhou para mais perto de Erick.

– Eu conheço vocês. – Disse Samuel. – Você. – Ele apontou para Sophie. – É a humana filha de Lúcifer. Eu odeio Lúcifer. Ele sempre fazia piada com minha voz. – Samuel apontou para Ian. – Você é um anjo caído que está se transformando em demônio. Ian, correto?

Ian fez que sim com a cabeça.

– As noticias correm rápido. Metade do mundo sabe quem vocês são. – Disse Samuel. – E você, jovem anjo. É Erick, ouvi muito de você. Tem grande conhecimento sobre as coisas. O que querem?

– Precisamos do seu selo. – Disse Erick direto ao ponto. Samuel estava quase embaixo da armadilha agora, porque enquanto falava caminhava na direção deles que estavam em cima do altar.

– Precisam do meu selo. Creio que não poderei ajudá-los quanto a isso. – Disse Samuel. – Um arcanjo não pode entregar seu selo a qualquer um.

– Precisamos do selo. – Disse Sophie. – Precisamos dele para deter Lúcifer. Você não quer que a terra seja salva? Não disse que odeia Lúcifer?

Samuel deu de ombros.

– Pouco me importa o que Lúcifer fará com a terra. Não me importo com os humanos. – Falou ele virando-se de costas. – Se isso é tudo, preciso voltar.

– Não, isso não é tudo. – Disse Ian. Ele se moveu rápido e empurrou o arcanjo para debaixo da armadilha.

– O que pensa que está fazendo? – Perguntou Samuel começando a caminhar na direção de Ian, mas fora detido pela armadilha desenhada no teto do altar. – O que é isso?

Ian apontou para o teto.

– Muito engenhoso. – Disse Samuel. – A armadilha do símbolo do arcanjo. – Ele se virou para Erick. – Você é muito esperto.

– Já me disseram isso. – Respondeu Erick sorrindo torto para Ian e Sophie.

– Mas não tão esperto assim, eu continuo com meus poderes, apenas não posso sair desse maldito lugar. – Disse Samuel. – Ainda posso incinerar vocês se tentarem roubar meu anel.

– Não com isso. – Disse Ian despejando o sangue de arcanjo que Sophie retirou da mochila de Erick. – Reconhece?

Samuel sorriu e olhou para Erick.

– Você pensou em tudo não é mesmo? – Disse Samuel.

Erick e Ian seguraram Samuel enquanto Sophie retirava o anel do dedo dele.

Sophie pegou o anel. Ele era mesmo constituído com uma bela pedra.

– Tome cuidado com isso filha de Lúcifer, caso contrário a matarei assim que conseguir sair dessa maldita armadilha.

Ian pegou o anel da mão de Sophie e guardou-o na mochila.

– Vai me pagar por isso jovem anjo. – Disse Samuel.

– Tire uma boa soneca Samuca. Afinal, não tem muito o que se fazer. – Disse Erick.

– Que tal praticar canto? Sua voz deve ser ótima de se ouvir – Debochou Ian. Ele não podia sair daquele templo sem fazer uma piada da voz do arcanjo.

Os três saíram do templo e entraram no carro. Um já foi, faltam seis.

– Bom trabalho Erick. – Disse Sophie sorrindo.

– Acho que entrar para a lista negra de um arcanjo não é muito vantajoso Sophie. – Respondeu Erick.

– Sim, o “Samuca” está muito irritado com você jovem anjo. – Disse Ian.

Os três começaram a rir e seguiram viagem.

– Para onde agora? – Perguntou Ian.

– Templo da Esperança. – Respondeu Erick. – Califórnia.

– Qual arcanjo vamos chamar? – perguntou Sophie do banco de trás do carro.

– Arcanjo Gabriel, o mensageiro de Deus. – Disse Erick.

Sophie pegara o livro de Erick na mochila para dar uma olhada no desenho do arcanjo Gabriel, mas ele não segurava nada, nenhuma arma ou objeto. Nenhum anel em suas mãos.

– O que é o selo? – Perguntou Sophie.

Erick se virou de modo que ficara de frente para Sophie.

– A cruz pendurada no pescoço. É um símbolo de comunicação com Deus. – Explicou Erick. – Esse é o selo.


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