O Jardim Das Cerejeiras escrita por Lisa Mellark
Notas iniciais do capítulo
Oi lindos e lindas muito obrigada pelos reviews e espero que gostem desse capitulo. Boa leitura.
Katniss estava em total desespero, de um lado o futuro de sua família e servos e do outro seu próprio futuro sendo tirado e dado nas mãos de um homem que quer comprar seu amor, seu amor não, sua liberdade ela agora se sentia como um dos escravos que tantas vezes viu sendo levado e vendido nas ruas da cidade. “Eu não posso aceitar, meu pai vai ter que entender”, este era o pensamento de Katniss até que alguém bate na porta de seu quarto.
– Minha querida – era sua mãe – abra, por favor, vamos conversar.
– Eu quero ficar sozinha.
– Katniss, por favor.
Com um pouco de relutância Katniss abre a porta e deixa que sua mãe entre, por algum tempo as duas ficam a se olhar como se fossem completas estranhas, ate que Katniss quebra o silêncio.
– O que a senhora quer?- diz Katniss com raiva na voz – Já sabe do disparate que meu pai falou a mim e ao senhor Mellark.
– Sim ele já me contou – diz ela com satisfação – E não é disparate é o mais sensato a se fazer por nossa família.
– E por que eu tenho que me sacrificar? Sou eu algum de seus escravos?
– Não! – diz sua mãe secamente – Porém se não for feito nada nem os escravos de nossa casa teremos mais, você viu o que aconteceu hoje cedo – diz ela se aproximando da filha – Katniss o dote que o senhor Mellark propôs é nossa última alternativa.
– Podemos viver uma vida mais simples – diz Katniss tentando argumentar.
– Você não compreende.
– Quem não compreende é a senhora – diz Katniss e vira-se para a varanda.
– Você não me deu outra escolha – diz ela e vai em direção a porta – Vou mandar buscar Primrose.
– O que? Pra que? O que ela tem haver com isso?
– Quero que o senhor Mellark a conheça – diz a senhora Everdeen enquanto bate a porta atrás de si.
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Peeta esta sentado à mesa com Havensbee e Seneca Crane num lugar que nem é uma estalagem e nem é uma taberna tem uma aparecia rústica, porém frequentado por alguns homens de nível da cidade, era o lugar onde todos poderiam falar de tudo sem preocupar-se com convenções ou olhares da sociedade.
– Qual a proposta que o senhor têm para me oferecer em troca da divida do velho Mellark? - diz Crane.
– Quero saber de quanto estamos falando? – Mellark diz e estende papel e lápis na direção do Crane que prontamente escreve o valor no papel.
– Tenho tudo aqui – diz Peeta e coloca um alforje com moedas de ouro em cima da mesa – Se preferir pode conferir agora, tem um pouco ha mais do que ele lhe deve.
– Digamos que é uma compensação pelo transtorno de hoje cedo – diz Havensbee.
– Realmente foi um prazer tratar de negócios com os senhores – diz Crane levantando-se depois de pegar o alforje.
– E agora Peeta o que você pretende fazer? – pergunta Havensbee.
– Casar-me com Katniss Everdeen.
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Agora o estado emocional de Katniss era pior que o ficou depois da conversa com seu pai, sua mãe disse que iria apresentar Prim ao Mellark, será que sua mãe pretende casa-la em seu lugar? Katniss não poderia permitir sua irmã é tão jovem só tem quatorze anos, o que fazer agora se não aceitar esse casamento, sim era o que Katniss iria fazer aceitar o casamento até pensar em alguma solução para tudo aquilo, mesmo que para isso precisasse fugir, porém teria que garantir que Prim não se casaria em seu lugar.
Respirou fundo e desceu ate para o jantar teria que ser se não amável, um pouco mais acessível, acessível depois de ontem à noite e o beijo na varanda ela já o estava sendo.
– Boa noite querida – diz sua mãe – sente-se para o jantar.
Katniss ponderou e sem dizer uma única palavra sentou-se ao lado do Mellark.
– Vocês formam um belo casal – diz Havensbee.
– Verdade – fala a senhora Everdeen – Meu marido contou-me sobre seu pedido, já decidiram?
– Acho que eu e a senhorita Katniss precisamos de um pouco mais de tempo para decidirmos...
– Eu aceito – Katniss interrompe – Eu vou me casar – diz ela com cabeça baixa – Isso se o senhor Mellark fizer o pedido.
– Ora, ora, ora – diz Havensbee – Então este pode ser um jantar de noivado.
– Não! – fala Peeta secamente – Primeiro preciso conversar com a senhorita a sós.
– Pode ser agora – diz Katniss friamente.
– Jantaremos e depois falamos sobre isso.
O jantar transcorreu tranquilamente todos conversavam, com exceção de Katniss que não pronunciou nenhuma palavra a não ser quando lhe perguntavam algo. Terminado o jantar foram todos para a sala e Peeta chamou Katniss para passear um pouco pelo jardim e ela aceitou.
Chegando ao jardim Peeta a olhava naquele vestido amarelo claro bem ajustado a seu corpo e caindo em uma longa saia amarela com rendas laranja a mesma renda que se encontra na altura do busto levemente decotado.
– Como esta o livro já terminou? – perguntou Peeta.
– Ainda não.
– Pensei que o tivesse afinal desde que estou aqui a senhorita mal saiu dos seus aposentos a não ser para se alimentar – diz ele olhando as rosas.
– Mas não terminei – diz Katniss ponderando se deve falar o que a muito lhe perturba – Porque você fez aquilo ontem à noite?
– Aquilo o que? – diz Peeta sem entender ate que o rubor no rosto de sua bela Katniss o faz lembrar – Ah o beijo, eu lhe disse ontem o porquê, você não me deu escolha.
– E se eu disser que aceito sua corte você promete não o fazer mais? – Katniss esta a ponto de sair correndo, porém agora não tinha mais volta o assunto já estava em discussão.
– Tudo que eu quero é que você me dê uma chance, pois pelo que você viu seus pais já me deram sua mão.
– Eu aceitei, não! – Ele nesse exato momento apega pela cintura e antes que ela possa fazer algo ele a beija e ela sentiu tudo que sentiu na noite passada em sua varanda e isso a deixou apavorada e ele percebeu isso através do beijo e se afastou.
– Tudo bem teremos bastante tempo – diz Peeta com um sorriso.
– O senhor deve conter seu ímpeto, pois sou...
– Eu já sei quem você é Katniss Everdeen, muito embora você não faça a menor ideia de quem eu seja – ele diz lhe oferecendo o braço para que o acompanhe de volta ao casarão.
Katniss aceitou e passou seu braço pelo de Mellark e sentiu seu sangue subir para seu rosto enquanto sentia o seu cheiro, afinal ela nunca esteve tão próxima assim de um homem que não fosse os de sua casa.
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Chegaram à sala e encontraram um clima de muita animação entre a senhora Everdeen e o senhor Havensbee que conversavam entre sorrisos e Katniss não deixou de notar, pois ha muito tempo não se ouvia naquela casa um sorrio espontâneo de sua mãe.
– Querida o senhor Havensbee sugeriu que o noivado fosso feito aqui mesmo – diz sua mãe radiante.
– Aqui seria perfeito, afinal Peeta tem poucos parentes e estão todos distantes – diz Havensbee – Muitos talvez Peeta nem lembre mais ou simplesmente não conheceu.
– O que você acha Kat – ele fala e ela o olha com espanto de como ele lhe chamou.
– Ahh, eu não sei, façam o que quiserem – ela deu de ombro, afinal não era sua intenção ter como noivo o senhor Mellark, mas o jovem oficial Gave que lutava para manter em sua mente no lugar dos beijos que recebeu nas últimas vinte e quatro horas.
– Semana que vem está bom para vocês? – perguntou Havensbee.
– Esta desde que o senhor Everdeen esteja recuperado para participar – responde Peeta.
– Mas já semana que vem – questiona Katniss tenteando esconder a surpresa.
– Sim querida – diz sua mãe – Assim tem tempo de sua irmã chegar e conhecer o seu futuro cunhado antes do noivado – Katniss sabia o porquê de sua mãe querer Prim por perto nesse momento.
– Estou com sede – diz Peeta – Espere aqui com sua mãe que já volto.
Katniss sentou-se em uma cadeira e sua mãe e o senhor Havensbee continuaram com sua animadíssima conversa sobre noivados e casamentos, porém Katniss já estava ficando intrigada com a demora do Mellark até que ele desce as escadas às presas e ela acha estranho afinal ele tinha ido para a cozinha.
– Como você...
– Precisava pegar algo – diz Peeta interrompendo-a.
– O que? – pergunta Havensbee.
– Isso – ele balança em sua mão unas folhas enroladas e presas por uma fita vermelha enquanto senta-se na cadeira ao lado de sua bela Katniss.
– O que é isso? – pergunta à senhora Everdeen.
– É para você – ele diz estendendo as folhas em direção a Katniss – É meu presente de noivado para você Kat.
– Para mim.
– Sim, para você.
Katniss sem entender pega às folhas e desfaz o laço e quando abre seus olhos imediatamente ficam marejados de lágrimas em quanto ela tenta entender o que está escrito.
– Eu não acredito – diz ela – É isso mesmo que está escrito aqui?
– Sim Kat.
– O que fala logo – diz Havensbee curioso.
– Cartas de alforria – ela agora não contém mais as lagrimas – As cartas de alforria de Beetee e Rue – Obrigada – ela diz olhando para Mellark com admiração.
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Katniss entra em seu quarto muito intrigada com a atitude do Mellark, pois não sabia se ele tinha dado a alforria de Beetee e Rue para poder conquista-la ou por realmente achar que homem nenhum deve ser submetido à escravidão. Caminhou ate sua cama e o que achou lhe fez sobressaltar de inicio ate que a curiosidade falou mais alto e ela se aproximou daquele espécime em sua cama: uma margarida e um bilhete.
“ Querida Katniss recebi seu bilhete e estou tão preocupado quanto você, porém farei como me pediu ficarei afastado, mas quero que saibas que será por um breve tempo, pois meu coração não sobreviverá sem o seu."
“Com amor Gale.”
Ela sentiu uma mistura de sentimentos percorre-lhe as entranhas, pois ficou feliz ao ver palavras tão lindas que Gale lhe enviara, mas também se sentiu decepcionada por não ter sido Mellark o autor deste gesto.
Katniss trocou sua roupa e pôs uma camisola sentou-se na cama e ficou imaginando se Mellark adentraria seu quarto como na noite anterior então pegou seu livro e retomou sua leitura de Romeu e Julieta quando algo transpassou a grade da sacada e caiu em sua varanda. Ela se aproxima um pouco relutante e vê, uma pequena caixa aveludada de cor carmim e cuidadosamente depositado em seu interior encontrava-se uma joia belíssima um broche camafeu e uma tira de papel escrito: “Pertenceu a minha mãe, agora pertencerá a minha mulher”.
Estas simples palavras causaram um turbilhão de sentimentos dentro do coração e cabeça daquela jovem. Katniss nem raciocinou quando se viu estava no jardim a procurar por Mellark.
– Mellark – Katniss estava furiosa e nem sabia direito o porquê – Mellark aparece eu sei que você esta ai – o silêncio e nada mais, sem pensar nas consequências Katniss quando viu já estava na porta do quarto de Mellark a bater freneticamente.
– O que houve? – diz Peeta enquanto abre a porta.
– O senhor pode comprar minha família, mas a mim não – ela diz com fúria nos olhos e joga a caixa com a joia em seu peito nu.
– Tem certeza que você não é dada a atitudes impetuosas porque não é isso que eu estou vendo – diz ele com um sorriso nos lábios e segurando a caixinha.
– O senhor pode enganar a quem quiser menos a mim, acha que eu vou acreditar que o senhor anda por ai com uma joia dessas só esperando aparecer à futura senhora Mellark.
Ele a olha com um sorriso feliz por vê-la daquela forma selvagem e assim tendo certeza da natureza livre daquela mulher e que ate então estava presa e sem conseguir conter mais aquela chama que vinha daquela bela jovem ele a puxou pelo braço e fechou a porta do quarto.
– O que é isso? O que você esta fazendo? Eu vou gritar – e antes que ela emitisse mais algum som ele a beijou levando seu corpo ate a porta fechada e comprimindo o seu corpo contra o dela e antes que pudesse imaginar ela se entregou ao beijo mais com a mesma rapidez que se entregou ela conseguiu se desvencilhar abrir a porta e sair correndo.
Peeta ficou em pé com a testa encostada na porta tentando assimilar o que acabou de acontecer em seu quarto. Enquanto Katniss entra em seu quarto com um misto de raiva e desejo tomando conta de sua razão.
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E ai gostaram? Não gostaram? mandem reviews e se julgarem que mereço fação uma recomendação por favor.