O Jardim Das Cerejeiras escrita por Lisa Mellark


Capítulo 18
Capítulo 17 - Quem será ele?


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas por favor.
Oi pessoas, quero pedir desculpa pelo atraso, tive um pequeno problema chamado bloqueio criativo, eu sabaia o que eu queria só não sabia como passar em palavras, mas espero ter conseguido. Bem quero agradecer primeiro a Deus por esta sempre ao meu lado e a vocêsn que me deixam feliz com seus reviews e a linda da FL por suas belas palavras em sua recomendação, este capitulo é para você. E vistem meu perfil, enfim criei coragem e editei, vão lá me conhecer um pouco mais.
Desculpe prováveis erros e boa leitura.



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– Oras! Quem é vivo sempre aparece! – disse Havensbee entrando na sala onde Peeta encontrava-se com seu visitante.

– Eu também fiquei espantado com sua visita – disse Peeta aproximando-se do homem e dando-lhe um abraço – Katniss venha aqui quero que conheça um homem incrível – disse Peeta pegando sua esposa pela mão – Este é o reverendo Boggs, ele costuma vir á vila dos trabalhadores uma vez ao mês para ministrar a palavra para os moradores de lá.

– É um prazer conhecê-lo – disse Katniss estendo a mão para o reverendo que pegou de leve pelas pontas de seus dedos e fez uma breve reverencia.


– Muito prazer, pelo que vejo essa bela jovem deve ser sua esposa Mellark? – disse Bogs com um sorriso.

– Como você sabe? – perguntou Havensbee.

– Um dos empregados da Mags falou algo no mercado e “bum” todos estavam sabendo na vila – explicou o reverendo.

– Mas não vim aqui por causa de seu casamento, não que eu não esteja feliz por isso, seu pai ficaria radiante – disse o reverendo e uma voz saudosa se fez presente em seus lábios.

– E o que o trouxe por aqui então? – perguntou Peeta.

– Um homem foi encontrado ferido na entrada da vila e como o Aurelius veio ontem para esses lados vim a sua procura, antes que o homem morra.


Peeta, Plutarch e Katniss se entreolharam, pois sabiam exatamente quem poderia ser aquele homem e quem o havia ferido. Peeta conta rapidamente todo o incidente da noite anterior para Boggs que fica cada vez mais chocado com cada palavra que ouvia. Peeta também lhe contou tudo sobre o atentado contra Claudius e que o medico Aurelius encontrava-se na fazenda Samford.



– Bom independente de esse homem ser ou não um capanga, pago para atirar em você Havensbee, ele deve ser salvo, primeiro pelos princípios que compartilhamos e segundo por ele ter mais utilidade, para chegar ate quem anda fazendo isso vivo, do que morto – disse Boggs levantando-se do estofado.

– Vou mandar um dos meus homens acompanhar você ate lá então. – disse Peeta e quando ia saindo do ambiente a porta principal é aberta e entram Mags, Annie sua neta e Aurelius – acho que não será necessário – disse Peeta voltando nos calcanhares.




- A que devemos a honra da visita desta comitiva – disse Havensbee.


– Não é uma visita comum – disse Mags indo em direção a Katniss e dando-lhe um abraço – como você esta minha querida? – perguntou ela para Katniss.

– Eu estou bem, muito embora as coisas por aqui não estejam das melhores pelo que vejo.

– Como assim, aconteceu mais alguma coisa Peeta? – pergunta Annie com aflição na voz.

– Tentaram matar-me ontem – disse Havensbee calmamente.

– E envenenaram todos os animais domésticos da vila dos trabalhadores – disse Peeta – Mas o que importa é que agora temos uma chance de descobrir o que pode estar acontecendo.

– Podemos, como? – pergunta Mags sem entender nada.

– Boggs socorreu um homem ferido e ontem Plutarch atirou de volta quando foi emboscado – disse Katniss.


Decidiram ir para o gabinete de Peeta onde todos sentaram em uma mesa redonda e discutiram sobre tudo o que havia acontecido nos últimos dias, desde o incêndio no milharal até o atentado contra a vida de Havensbee. Peeta estava decido ele iria ate a vila ver quem era esse homem ferido e porque ele atirou em Havensbee.



Aurelius passou para Peeta o recado que Cato lhe mandara. Katniss estava muito aflita com toda a situação, porém deixou bem claro que agora é uma Mellark e que gostaria muito de não ser excluída desses assuntos, quando Havensbee disse que ela e Annie poderiam buscar alguma distração.




– Precisamos correr se não o homem pode não resistir – disse Boggs.

– Claro, vamos sim, mandarei a Ripper ate a fazenda Samford e cuidar do Claudius, assim que puder ser removido vou trazê-lo para cá e diga ao Cato que ele pode vir junto – disse Peeta – depois do que Beetee disse que ouviu ontem não resta duvidas que aquelas terras estejam perigosas para ele no momento.

– Eu mesma já resolvi, vou mandar a Annie para o leste, ela vai ficar mais segura na fazenda Barker. Já mandei uma carta para Romulos e Waress. – disse Mags.


– Eu vou acompanhá-la. – disse Havensbee – preciso falar mesmo com Romulos.

– Katniss acho que esse seria o caso de você visitar sua mãe – sugere Peeta.

– Sem chance Mellark, já conversamos sobre isso, sem contar que ela ficaria extremamente desconfiada que algo não esta bem, acabei de vir e já estou de volta – argumentou ela.

– Eu também gostaria de ficar, mas minha avó não quer permitir – disse Annie desanimada.

– Bom já conversamos e agora é hora de irmos – disse Mags.

– Você não vai senhora Cresta – afirma Havensbee e Aurelius concorda.

– Vamos Havensbee, Aurelis e eu – disse Peeta – quando chegarmos você saberá tudo o que aconteceu prometo.


Todos tomaram seus destinos designados e Peeta falou para Ripper chamar um dos homens que ficava diretamente trabalhando com Thresh para acompanhá-la ate a fazenda Samford depois de ter-lhe dado todas as informações que deveriam ser repassada para Cato sem que ninguém visse. Mags e Annie foram escoltadas ate sua Fazenda com ordens expressas de Peeta de deixá-las dentro de sua casa. Quanto a Aurelius, Havensbee e Peeta estão de saída para a vila quando Katniss apareceu em sua frente.



– Eu vou com você! – disse Katniss enfática.




– Katniss é perigoso – tentou argumentar Peeta.

– Não! Eu não vou ficar, se você não quer que repita-se o mesmo da noite de ontem, então não me impeça de ir com você.


– Se terminar como ontem ate que vale a pena correr o risco – disse ele num sussurro que a arrepiou na nuca.

– Não tente distrair-me esta decidido eu vou com você – disse ela seriamente e embora Peeta quisesse deixá-la longe de todo o perigo que era eminente ele não conseguia ou não queria conter toda a determinação naquele olhar selvagem que ela lhe lançava para conseguir o que queria.

– Esta bem – disse ele com um tom de rendição na voz – chame Beetee, por favor, ele irá conosco.

– Seria bom levarmos uma das meninas – disse Havensbee – eu sei que é perigoso, mas se parecermos que estamos apenas fazendo uma visita á vila vai despertar menos suspeita de seja lá quem estiver por trás disso Katniss chame Rue para ir conosco e não deixe Clove ouvir é melhor que ela fique ela pode acabar sendo indiscreta com suas crises de infantilidade e nos entregar que não estamos a passeio.


Katniss concorda com a cabeça e sai á procura de Rue.




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– Rory você acha que amanhã já podemos partir? – perguntou Finnick.

– Se fosse pelo ferimento do tiro poderíamos sim ir amanhã, mas acontece que minhas costas estão em brasa devido á queda e acho que só repouso poderá ajudar-me agora e não subir novamente em um cavalo. – respondeu ele.

– Preciso sair daqui o quanto antes – disse Finnick pensando em voz alta e Rory o olhou curiosamente.



– Senhor o que esta acontecendo?

– Nada só preciso sair daqui, tenho que chegar o quanto antes a capital, minha família espera por mim já devem estar preocupados e eu sinto a falta deles. – disse ele sentado na cama.

– Senhor essa senhor é diferente!

– Como assim diferente? – perguntou Odair.

– Ela veste-se com roupas de homem, tem os cabelos curtos e atira também e nem ligou pelo fato do senhor estar sem roupas... Ela é diferente demais. – disse Rory e voltou a deitar-se.

– Ela é intrigante, mas tem uma tristeza no olhar – disse ele e balançou a cabeça como se quisesse tirar esses pensamentos de sua mente – descanse e recupere-se logo, quero sair daqui o quanto antes.


Joahanna entra na casa e vai ate o gabinete onde sempre fica quando não quer ser incomodada e depois de sentar-se atrás da escrivania feita em madeira de lei pega um pequeno estojo contendo um anel que fora de seu falecido marido. As lagrimas escorrem pelo seu rosto ao trazer à tona as lembranças de seu casamento e do quanto eles amavam-se e planejavam uma família grande. Duas batidas na porta a tiraram dos estupor de suas memórias e a trouxeram de volta a realidade.


– Pode entrar – disse Johanna com a voz ainda embargada pela lembranças.




– Oi – disse Finnick com receio de entrar no gabinete – Desculpe se fui um tanto sem limites nos meus questionamentos...




– Tudo bem – interrompeu ela – as pessoas nunca acham que eu posso dar conta ou conseguir tocar essa fazenda, mas como vê estou indo muito bem.


– Eu admiro – disse ele aproximando-se e sentando-se na cadeira em frente à escrivaninha – e desculpe mesmo se o que eu falei ofendeu a senhora em algum momento.

– Tudo bem – disse ela esboçando um leve sorriso.

– A senhora tem um sorriso lindo, deveria sorrir mais vezes.

– Por favor, pode chamar-me de Johanna – disse ela.

– Johanna... Gosto de pronunciar esse nome. – disse ele retirando novamente outro sorriso de seus lábios – Agora vou subir e ajudar meu amigo a fazer nada.

– O senhor não gostaria de conhecer a propriedade?

– Claro – disse ele abrindo um largo sorriso – e pode chamar-me de Finnick, ou melhor, Finn.



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– Ripper você tem certeza que foi isso mesmo que Peeta falou? – perguntou Cato.








– Sim, ele disse que assim que Claudius estiver em condições de enfrentar uma charrete, carruagem ou qualquer coisa que o tire daqui é para vocês dois irem para a fazenda que ele vai resolver o que fazer para proteger vocês dois.









– Então ele esta sabendo de algo! – indagou Cato entre seus olhos cansados.




– Não posso falar nada, ele vai lhe explicar tudo quando você chegar lá e eu só vou sair daqui quando ele estiver fora de perigo e em condições de ser tirado daqui.

– Obrigado Ripper – disse Cato.


Ripper começou os cuidados com Claudius, trocou as bandagens do ferimento deixando que seu unguento fossem absorvidos pela ferida ainda aberta. Cato sentiu-se mais seguro com a presença de Ripper na casa e resolveu por fim descansar um pouco.


Entrou em seu quarto e seguiu direto ate o reservado onde a água gélida dos últimos dias de inverno estava esperando em uma banheira. Cato despiu-se e nem se incomodou com a temperatura baixa que a água emanava e deixou-se relaxar ate que seu corpo protestou devido o frio em sua pele. Saiu do banho e correu pelo quarto para pegar uma peça de roupa e aquecer-se antes de deitar em sua cama. E devido a todo o cansaço existente em seu corpo ele cai no sono.



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Horas após sair da fazenda Mellark Peeta e os que o acompanhava chegaram a uma das vilas Grayshor. As vilas Grayshor foram formadas através de uma família cujos filhos ao longo de anos tomaram posse das primeiras terras dando assim início para que outras o fizessem e com o decorrer de mais de cem anos, ninguém nunca incomodou-se em dar-lhes outros nomes. Na verdade era uma pequena cidadela cercada por pequenos vilarejos sendo assim Peeta e os outros seguiram para a vila aonde iriam diretamente ate a casa do reverendo Bogss onde o homem ferido estava escondido.











– Esperem não podemos ir em caravana ate a casa do reverendo. Não agora. – disse Peeta – Vamos entrar separados. Reverendo o senhor leve Aurelius junto consigo e ajudem esse homem a se manter vivo, enquanto nos vamos dar uma caminhada pela vila, afinal como bom marido devo apresentar a vila a minha digníssima esposa – disse Peeta e todos concordaram – daqui à uma hora no máximo chegarei a sua casa.


Dividiram-se e seguiram seus caminhos distintos.








– Bastante pitoresca não acha minha querida Katniss – disse Havensbee em um tom casual.





– Tem um comercio ate que razoável, com lojas bem distribuídas entre as casas. – disse ela – Peeta já que temos que ficar um tempo por aqui, será que posso ir á igreja? Quer dizer se tiver uma por aqui!

– Vamos levarei você ate lá – disse ele.


– Será que Beetee pode vir comigo ate a pequena loja de aviamentos, quero comprar algo para Clove – perguntou Havensbee.

– Claro Plutarch, pode ir é o tempo que levo Kat ate a igreja – disse Peeta entrelaçando seu braço ao de Katniss e ambos seguiram ate a igreja com Rue ao seu lado.

– Senhor Mellark tem alguma cidade maior por aqui, ou são apenas vilas? – perguntou Rue.

– Tem sim, fica a quase duas horas daqui de carruagem é a cidade de Limerik, faz divisa com outras fazendas. – respondeu ele.

– Quantas fazendas tem na região? – perguntou Rue.

– São muitas, muitos eu não conheço, são fazendas, sítios e pequenas propriedades, na verdade conheço um numero pequeno de fazendas em cada região – disse Peeta apontando com a mão livre para mostrar a Katniss a igreja.


Eles estão diante da pequena igreja de portas duplas, onde apenas uma encontra-se aberta.



– Katniss, o padre desta igreja é um pouco fora dos padrões daqueles quais você esta habituada a ver na capital – disse Peeta antes de entrarem.




– Peeta pra falar a verdade desde que eu cheguei e cada coisa que vem acontecendo desde então, acho que nada mais pode surpreender-me.




– Espero – falou Peeta baixinho.



Entraram na igreja e encontraram logo no primeiro banco de joelhos com um véu cobrindo-lhe a cabeça a carola da vila a senhorita Effie Trincket, seus dias eram preenchidos por seus bordados e suas idas a igreja que nos últimos anos tem tornado-se sua única distração.



– Senhorita Trinket? – Effie não levanta a cabeça e continua sua meditação, oração, prece tudo que pudesse usar para ficar mais tempo naquele local. – Senhorita Trinket esta tudo bem? – pergunta Peeta.




– Claro senhor Mellark – respondeu-lhe levantando lentamente a cabeça e retirando seu véu revelando seus sedosos cabelos loiros presos em um coque – só estava compenetrada em minhas preces.




– O padre Abernathy encontra-se por aqui?


– Ele esta um pouco indisposto, eu digo que o senhor este...

– Eu não estou nada sua carola intrometida – interrompeu Haymitch saindo da sacristia com os cabelos em um emaranhado e a batina toda amassada – Oh senhor Mellark que ventos o trazem aqui, achei que fosse do grupo do Boggs um daqueles... Protestantes.


Peeta aproxima-se de Haymitch, mas logo arrepende-se, pois tanto sua pele quanto o seu hálito exalavam o, mas puro e barato vinho misturado ao mofo que deve imperar em seu pequeno quarto nos fundos da sacristia.



– Oras Haymitch recomponha-se não vê que o senhor Mellark tem duas senhoritas com ele – repreendeu Effie.




– Na verdade apenas uma senhorita – Effie e Haymitch olharam confuso para Peeta – Esta é minha esposa Katniss, casamos á poucos dias.




– Ow!, senhora desculpe minha indiscrição, mas porque vocês vieram aqui? – perguntou Haymitch.


– Eu pedi – responde Katniss com um sorriso gentil e a mente transbordando em duvidas.

– Ela é da capital e frenquentava a arquidiorceze de lá.

– Oh! Boa mistura o protestante e seu amor acima de qualquer coisa, junto com a católica não mexa comigo que eu não mexo com você – disse ele secamente.

– Não ligue para o que ele esta dizendo – interferiu Effie – tem sido dias difíceis para ele.


Tanto Peeta quanto Katniss fingiram que não foram atingidos por aquelas palavras, mas esse não era o momento nem o local para conflitos de idéias. Principalmente com um homem de batina visivelmente alterado pela bebida.



– Entendemos senhorita Trinket, voltamos uma outra hora – disse Peeta indo embora.




– Esperem – disse o padre – desculpem esse sacerdote de meia pataca é que o vinho estava começando a ficar velho para eucaristia – Peeta sorri com a desculpa sem nexo do padre e Katniss o olha firmemente – sua esposa já foi apresentada a beleza do sul do país?




– Ela terá bastante tempo para isso!


– Será que eu posso esperar lá fora, gostaria de olhar um pouco o movimento do lugar – pergunta Rue.

– Claro se Katniss não se importar – diz Peeta.

– Nem um pouco – disse Katniss e Rue seguiu em direção a frente da igreja.

– Bom sentem-se um pouco, pois eu não consigo ficar em pé por muito mais tempo – disse o padre.

– Claro – concordou Peeta e todos seguiram para a sacristia.



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Rue olha o pouco movimento nas ruas onde homens passavam a cavalo e escravas seguindo suas senhoras, segurando suas sombrinhas para que não queimem ao sol da tarde. Algumas crianças corem de um lado para outro com suas pipas, enquanto empregados da estação carregam coisas numa charrete e em seu intimo agradeceu por ser agora uma garota como todas as outras, livre.

Um dos garotos que esta brincando com a pipa no ar esta tão distraído com sua habilidade de mantê-la ali no céu que não percebe uma pedaço de madeira grossa atrás de si quando tropeça e cai. Rue em um movimento que era de puro instinto corre para ajudá-lo a levantar. O menino retira a poeira de sua roupa de marinheiro com sua ajuda, ele agradece e volta sua atenção para a pipa novamente. Rue sorri e vira-se para voltar para onde estava na porta da igreja quando um cavalo relincha próximo a ela assustando-a.


– Desculpe-me senhorita – a voz de um jovem ecoa atraindo a atenção de Rue que vira o rosto fazendo seus olhos encontrarem-se com duas iris verdes.





– Es... Esta... Esta tudo bem senhor, a culpa foi minha – disse ela com voz baixa, pois apesar se sua condição livre ainda cultivava velhos hábitos que os escravos tem de nunca olhar as pessoas que não são iguais a eles nos olhos.



– Não. Não foi sua culpa a minha falta de atenção fez... – Rue não esperou que o jovem terminasse de falar e correu de volta a igreja.



O jovem continuava a olhá-la, porém um frio percorreu todo seu corpo ao ver os olhos daquele rapaz de encontro ao seu e como para fugir daquela sensação ela entrou novamente na igreja e constatando que os que ali estavam durante sua saída não estavam mais. Ela sentou-se em um dos bancos para esperar a volta de Katniss e Peeta.



– Assim vou achar que alem de um completa desatento, também devo ter uma aparência que deve ser horrível, quase um Quasimodo. - ecoou em sua nuca uma voz que ela apouco havia ouvido fazendo-a saltar do banco – realmente estou preocupado, estou fedendo, pareço um bandido ou algo assim.

– Oh, não senhor é que eu estava distraída, desculpe-me...




– Novamente a senhorita pedindo desculpas por algo que eu fiz – disse ele – Olha eu estava distraído e não vi que guiava o cavalo em sua direção.


– Esta tudo bem senhor.

– Não, não esta creio que o mínimo que posso fazer é saber se posso acompanhá-la ate sua casa e evitar um novo acidente.

– Eu estou só de passagem não precisa preocupar-se – disse Rue com a voz um pouco mais estável.

– Será que ao menos posso saber seu nome? – Rue o olha com uma certa relutância – Meu nome é Marvel, agora que já sabe o meu nome nada mais justo que eu saber o seu não acha? – questionou Marvel revelando seu melhor sorriso, fazendo algumas das barreiras de Rue começar a ceder.

– Rue – disse ela.

– Rue, só isso, Rue? – e ela confirma com a cabeça.

– Sempre que quiser estaremos com as portas abertas Sr. e Sra Mellark – disse Abernathy saindo da sacristia seguido por Katniss, Peeta e Effie. Rue prontamente afasta-se do rapaz indo em direção ao casal.

– Marvel meu querido – disse Effie – pensei que estivesse a caminho de Limerik uma hora dessas.

– Eu estava indo quando aconteceu algo incrível – disse ele olhando para Rue atraindo para si a atenção de Peeta – tão incrível que resolvi ficar mais uns dias.

– Oh! Então depois quando voltarmos você terá que contar-me que coisa incrível foi essa que o fez desistir de ir para Limerik. – disse Effie.

– Só espero que esse algo incrível não lhe seja por dor de cabeça depois – falou Peeta seriamente olhando fixo para o jovem.

– Sou bem intencionado em tudo que faço senhor! – indagou Marvel – Caso estejam a passeio pela vila eu poderia acompanhá-los e mostrar-lhes as novidades da vila.

– Que novidades? – questiona o padre – o novo ponto cruz que sua tia conseguiu fazer! – todos seguraram o riso.

– Creio que não será necessário, estamos indo visitar o reverendo – disse Peeta encarando-o – vamos já esta ficando tarde e ainda temos que encontrar Plutarch.


Peeta e as duas mulheres saíram da igreja enquanto o jovem ficou a olhá-los indo embora segurando um esboço de sorriso nos lábios.

Os três haviam acabado de sair da igreja quando encontraram Havensbee e Beete discutindo na rua.






– Deixa de ser mal agradecido – disse Havensbee.







– Não sou mal agradecido – rebatia Beetee de forma apática – só não estou acostumado com esse tipo de roupa.





– Oras meu caro, você agora é um homem livre, o mínimo que pode fazer agora é tirar essas roupas de escrevo e colocar um bom sapato nos pés.



Peeta chega e eles interrompem a conversa, logo ambos decidem que esta na hora de ir para a casa do revendo Boggs e finalmente ver o rosto do homem que tentou matar Havensbee.


Seguiram sem demora nem interrupção para a casa de Boggs onde Aurelius já havia dado os primeiros atendimentos para o homem que estava bem mais grave do que ele imaginava.




– Venham, ele esta aqui no quarto dos fundos – disse Boggs.



– Ele esta em estado gravíssimo – disse Aurelius – eu estava ate agora com ele sai para beber um pouco de água, espero que ele resista.


Eles haviam entrado no quarto, mas já era tarde não havia ninguém no quarto além de retalhos de tecidos e medicamentos usados para limpar seu ferimento.




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Notas finais do capítulo

E ai o capitulo ficou um pouco grande espero que tenham gostado, acho a tendência é que eles fiquem cada vez maiores. Deixem seus reviews e suas recomendções, please. Autora totalmente carente essa semana.

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