Jogo de Espiões escrita por Angel_Nessa


Capítulo 27
CAPITULO 23 – O SEGREDO DE NARUTO




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Assim como eu esperava Naruto estava em casa esperando por mim. Meu coração ficou leve ao vê-lo sentado no sofá, fiquei tranqüila por ver que ele havia feito o que eu lhe pedi. No entanto, eu ainda estava furiosa com ele.


 


Fechei a porta e me dirigi até ele que me olhava com medo (???) Pelo menos ele me pareceu bem assustado.


 


- Idiota. Você arruinou a missão! – gritei de cara.


 


Naruto ficou em pé.


 


- Ele estava te agarrando! – defendeu-se Naruto mudando sua expressão.


 


- Pare de se meter nos meus assuntos! Eu não sou sua mulher! – gritei em resposta.


 


Naruto arqueou as sobrancelhas e seu olhar se perdeu no vazio. Eu me arrependi de minha resposta tão pronta e impensada; eu não queria ter colocado as coisas daquela forma, ainda mais depois do que havia acontecido entre nós na noite passada.


 


- Desculpe-me Sakura.


 


Eu cedi em minha raiva.


 


- Naruto, escute, eu não quis dizer isso. Só que não podemos deixar que nossos esforços nessa missão sejam em vão.


 


- Eu não gosto de ver ele perto de você.


 


- Eu tenho que ter a confiança de Sasuke, a missão...


 


Naruto me interrompeu


 


- A missão! Eu estou cansado dessa maldita missão! – ele gritou furioso.


 


- Se está cansado é melhor ir embora! – rebati em meio a um novo acesso de raiva - Eu posso continuar a missão sozinha, e vai ser melhor sem a sua interferência!


 


Naruto ficou pasmo com minhas palavras. Eu abaixei meu tom de voz, novamente eu havia falado demais sem pensar.


 


- Eu vou concluir essa missão – tentei ajeitar minhas idéias - Eu já lhe disse que não importa o que eu tenha que fazer, eu vou concluir a missão...


 


O silêncio se fez presente entre nós. Os olhos oceânicos de Naruto me olhavam com ternura, e isso me fez sentir-me culpada por estar falando aquelas coisas para ele.


 


Naruto não tinha nada a ver com os meus desejos de terminar a missão, para ele era apenas mais uma missão, mas para mim era a chance de ganhar um bom dinheiro para poder ir atrás do assassino de meus pais, se a missão não fosse concluída eu não receberia esse dinheiro.


 


Eu sabia que estava sendo egoísta em apenas pensar em minha vingança, deixando de lado os sentimentos de Naruto por mim. No entanto, ao fazê-lo eu também renegava mais uma vez meus sentimentos; eu estava permitindo que meu dever falasse mais alto que meu coração.


 


- Agora entende porque eu dizia que era errado ter sentimentos entre nós.


 


- Você não me ama mais? – perguntou-me Naruto sério.


 


- Às vezes acho que não deveria amá-lo.


 


Eu fui para o quarto e deixei Naruto na sala. Não queria mais ter que ficar encarando aqueles olhos oceânicos que pareciam me condenar todo momento.


 


Como eu previra o meu relacionamento com Naruto começava a atrapalhar na missão. No fundo eu também havia sido culpada por dar asas a esse amor tolo. Fiquei no quarto pelo resto da tarde, Naruto não veio bater a porta para perguntar se estava tudo bem e nem tampouco para me oferecer comida; estávamos sozinhos no mesmo apartamento.


 


Num determinado momento da tarde, comecei a sentir-me incomodada pela situação entre eu e o Naruto, nem parecia que na noite passada eu estivera dormindo em seus braços, e em menos de 24 horas tudo havia mudado.


 


Por que Naruto tinha que agir tão impulsivamente? Por que ele não podia ter confiado em mim? Eu lhe havia dito que precisava ter a confiança de Sasuke para poder conseguir as informações, mas ele nem sequer pensou na missão... Ele apenas pensou em seu estúpido orgulho masculino. Se eu não tivesse dado a Sasuke a abertura sobre a missão, ele teria me demitido, e então o que eu faria para conseguir os documentos? Eu não podia mais contar com a ajuda de Tsunade e Jiraya, eles pertenciam a KGB. Agora a minha situação estava complicada perante Sasuke, ele sabia que eu estava na fábrica numa missão, e ainda que eu tivesse como estratégia contar-lhe que a missão era a busca pelos assassinos de meus pais, eu estava certa que não seria mais a mesma coisa. Sasuke pode passar a desconfiar de mim, e isso irá limitar o meu acesso a documentos secretos e importantes...


 


Eu sentei-me na cama. Eu não me sentia nada bem, estava com um enjôo terrível e a minha cabeça doía. Voltei a deitar-me esparramada na cama.


 


“Sakura, eu te amo” – foi o que Naruto disse. E foram essas palavras que me fizeram ignorar qualquer senso de auto-preservação de meu coração. Eu sabia que me apaixonar por Naruto seria um erro.


 


“Isso é um erro, Naruto. É um erro você me amar” – foi o que eu disse a ele, mas depois voltei atrás, disse que não era errado nos amarmos... Eu simplesmente ignorei tudo relacionado a missão apenas para poder ficar ao lado dele. No fundo, eu era a culpada por tudo o que estava passando; eu jamais deveria ter me deixado levar por palavras de amor assim tão facilmente. Se Naruto realmente me amasse, nós poderíamos ficar juntos quando a missão estivesse concluída... Mas quando isso acontecesse, eu iria atrás do assassino de meus pais, será que foi por inconscientemente saber que talvez não houvesse um a outra oportunidade de ficarmos juntos que eu me permiti amá-lo?


 


As dúvidas e os remorsos seguiram por toda a tarde. Por várias vezes eu tentei reorganizar a missão, pensei em muita coisa, porém pouco consegui de fato ver como possibilidade real.


 


Quando a noite caiu, escutei quando a porta da sala bateu, eu levantei-me da cama e saí do quarto. Ao chegar a sala vi que Naruto não estava mais lá.


 


Fui até a porta balcão e o vi caminhar em direção a uma mulher de longos cabelos negros que trajava um elegante sobretudo azul-claro. Naruto se aproximou da mulher e os dois saíram caminhando lado a lado.


 


- Quem é essa mulher? – a pergunta saiu como um sussurro.


 


Em seguida ao questionamento veio a resposta que eu havia criado em meu coração; uma resposta que por parecer-me tão lógica que eu não aceitava qualquer outra.


 


Finalmente eu entendia porque Naruto vinha chegando tarde da noite em casa; ele havia encontrado um rabo de saia soviético para se divertir.


 


Não pude deixar que os ciúmes e raiva afloracem em meu peito.


 


Eu sei que eu não tinha o direito de sentir ciúmes, mas eu justifiquei minha atitude pela missão; enquanto que Naruto estava saindo para se divertir eu tinha que me esforçar para completar a missão!


 


Decidi investigar essa história mais a fundo. Errada ou certa, eu o segui. Eu peguei meu sobretudo no quarto e sai correndo atrás deles; não demorou a que eu os alcançasse, sorte a minha eles estarem caminhando sem pressa.


 


Como uma sombra, eu me infiltrei nos lugares mais escuros e por entre os transeuntes eu me ocultei. Naruto era um espião, eu não podia deixar que ele percebesse que estava sendo seguido; e nisso mais uma vez a sorte se mostrou estar do meu lado: eu era especialista na arte de ocultar e perseguir... Não tão especialista assim, mas garanto que era melhor do que com armas.


 


Naruto e sua compania entraram em uma pequena rua e pararam em frente a uma pequena porta de madeira iluminada por uma única luz vermelha. Um homem alto de barba e cabelos escuros vigiava a entrada. Eu fiquei ao longe os observando.


 


- Que tipo de lugar é esse? – perguntei a mim mesma


 


Naruto falou algo para o guarda que o permitiu passar pela pequena porta.


 


Teorias sobre o que seria o lugar começaram a ser formuldas por mim... uma casa de prostituição, foi a primeira coisa que pensei.


 


- O que esse idiota está fazendo num lugar desses?!


 


Eu balancei a cabeça tentando afastar a resposta da minha própria pergunta. Doeu pensar, mesmo que por um momento, que Naruto estava freqüentando uma casa de prostituição soviética...


 


Um momento, soviética? Como Naruto poderia freqüentar um lugar desses se ele não falav russo? Pelo menos assim eu acreditava que ele não fizesse. Um flash de memória veio a minha mente, e lembrei-me do dia que o vi com um jornal soviético em mãos, ele disse que apenas via as fotos, mas e se ele o estivesse lendo?


 


Não... Num prostíbulo não importava a língua que você falava, apenas importava o dinheiro que você trazia no bolso. Eu senti-me mal por descobrir essas coisas; ainda que eu permitisse que Sasuke me tocasse, eu nunca havia passado uma noite em sua cama, e eu o havia feito porque eu me dera conta que eu amava a outro, eu amava o Naruto; porém ele estava passando suas noites na cama de outras mulheres, mulheres que não pertenciam a ninguém, mulheres que vendiam seus corpos.


 


Vi um homem alto, não tão alto quanto o segurança, trajando um sobretudo preto e um chapéu que cobria-lhe parte do rosto parado em frente a pequena porta de madeira, ele estava acompanhado de uma mulher tão alta como ele de longos cabelos ruivos cacheados que lhe caiam na altura da cintura; ela tinha um porte de modelo e estava bem vestida com um vestido de veludo longo azul marinho bem decotado, por sobre o vestido havia um casaco de pele branco.


 


O segurança abriu um largo sorriso e os deixou entrar.


 


- Que lugar é esse?


 


Vendo aquela cena não duvidei que o lugar fosse uma casa de prostituição, e pelos trajes da mulher que acabara de entrar a casa de prostituição era de luxo.


 


Eu olhei para minhas próprias roupas. Um sobretudo preto cobrindo uma saia de corte reto e uma blusa de tecido branco com bordados na gola não era nada elegante, porém eu tinha tempo para voltar a casa e trocar de roupa, e tampouco eu queria desistir de entrar ali naquela noite.


 


Sim, eu estava decidida a entrar naquele prostíbulo... Quais as mais razões para isso? Não considerei nenhuma, eu apenas quis continuar seguindo o Naruto.


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Notas finais do capítulo

nota da autora: Sakura vai atrás de Naruto... como será que ela fará para entrar?

A partir de agora eu começo a abrir para vocês o JOGO DE ESPIÕES... finalmente vocês vão poder entender como tudo vem sendo organizado e funcionando dentro da história da fic.



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