Jogo de Espiões escrita por Angel_Nessa


Capítulo 25
CAPITULO 21 – CIÚMES




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Na manhã seguinte a luz que atravessava a vidraça da porta balcão e iluminava a sala. Eu despertei nua entre os braços de Naruto, que também não vestia nada. Senti meu corpo entorpecido, eu simplesmente não podia acreditar que eu havia me entregado a ele.


Olhei-o dormir tranqüilo, ali comigo em seus braços; seu rosto est       ava sereno e em seus lábios havia uma pequena concavidade que lembrava um discreto sorriso.


Ao ver-lo ali tão próximo a mim, tão meu, eu decidi que nada lhe diria a respeito da descoberta que fizera na noite passada. Eu não diria a Naruto que Jiraya e Tsunade eram agentes da KGB. Um dos motivos que me levaram a tomar tal decisão era que eu pretendia seguir na missão até o fim, eu queria saber porque a KGB queria ter informações de uma bomba nêutrons construída por seu próprio país, e de certo Naruto me pediria para abandonar a missão. Segundo e mais importante, eu tinha medo que Naruto acabasse fazendo alguma besteira e algo acontecesse a ele; Naruto era tão cabeça-dura que eu me preocupava que ele fizesse alguma coisa e o terminassem o matando.


Além disso, ainda havia Shikamaru e Ino que estavam em Moscou...


Senti suas mãos quentes tocando meu rosto e me assustei. Olhei para cima e o vi desperto me olhando com seus lindos olhos oceânicos tão ternos.


- Estou com fome!


Eu me encolhi e comecei a rir; nós havíamos passado a noite juntos e ele me dizia simplesmente “estou com fome”. Esse era o homem que eu amava, tão único.


- Eu vou preparar alguma coisa para comermos.


Puxei o outro cobertor que Naruto no meio da noite fora buscar no meu quarto para nos cobrir, e enrolei meu nele, porém ao fazê-lo acabei deixando Naruto nu totalmente descoberto.


- Hey! – reclamou Naruto – está frio!


- Eu sei, e por isso não posso ir sem roupas até o quarto.


Naruto sorriu, seus olhos brilharam ainda mais.


 Eu comecei a andar até o quarto, parei ao sentir alguma coisa prendendo o cobertor, ao olhar para trás vi a mão de Naruto segurando uma das pontas. Fiz bico.


Naruto agarrou a ponta do cobertor e começou a puxá-lo.


- Naruto, pára – eu ria sem parar enquanto andava para trás – Naruto!


Ao chegar próximo a ele, Naruto puxou mais forte o cobertor e eu me desequilibrei e cai sobre Naruto, habilmente ele me segurou em seus braços; eu não conseguia parar de rir.


- Eu preciso ir trabalhar – disse tentando me levantar.


Naruto ficou sério.


- Fica aqui – me pediu segurando minha mão.


- Ainda estamos em missão.


Nossos olhares ficaram presos um no outro.


- Sakura, por que a contrataram para a missão?


A pergunta pegou-me de surpresa, porém eu já tinha a resposta há algum tempo. Depois de muito pensar a respeito, eu acreditava ter descoberto os motivos que levaram a minha contratação.


- Meu pai era especialista em armas.


- E por isso te contrataram? – Naruto ficou surpreso por isso.


- Devem ter acreditado que assim como ele, eu conhecia de armas, vil crença.


- E por que iam acreditar nisso?


- Um amigo de meu pai me indicou para a missão, sem dúvida ele deve ter acreditado em nas palavras elogiosas de meu sobre minha nada real habilidade com armas.


- Mas você sabe atirar muito bem...


- Eu conheço um pouco sobre armas: eu sei desativar mecanismos de trava, sei sobre ângulos de alcance e sei, como viu, a atirar com armas de pequeno porte.


- Você é muito esperta! – elogiou-me Naruto.


- Só não entendo tanto de armas como meu pai.


- O que seu pai fazia?


Eu me ajeitei sobre o cobertor.


- Meu pai era espião, assim como minha mãe. Eles foram mortos em uma missão.


- Eu sinto muito, Sakura.


- Já faz muito tempo, a única coisa que guardo daquela época é a minha promessa de prender o responsável pela morte de meus pais.


- Você está procurando essa pessoa?


Eu tinha plena consciência que eu não poderia confiar completamente em Naruto, mas eu confiava e por isso lhe contei os motivos que me levaram a aceitar essa missão.


- Eu estou nessa missão para poder conseguir cumprir essa promessa. Com o dinheiro que recebi, eu possa ir em busca do homem que mandou matar meus pais, mesmo depois de tantos anos, o nome dele e sua foto estão gravadas em minha mente.


-Por que quer fazer isso?


- Vingança...


Eu não gostava muito dessa palavra, mas ela descrevia perfeitamente meus sentimentos.


- A policia pode prende-lo – havia um tom de preocupação na voz de Naruto.


- Em 12 anos ainda não o fizeram, não sei o que poderia mudar agora.


 


- Eu posso investigar... você não precisa se envolver nisso.


Eu sorri.


- Obrigada. A verdade é que eu nem sei onde encontra-lo, mas eu sinto que um dia nossos caminhos vão se cruzar, e nesse dia – minha voz assumiu um tom de firmeza - eu vou fazê-lo pagar pelo o que fez.


 Naruto me puxou para mais junto de seu corpo.


- Quando essa missão terminar, você vai voltar comigo para os Estados Unidos comigo.


Eu não discuti. No fundo eu desejava poder ficar ao lado dele por muito tempo, no entanto eu não podia esquecer minha promessa para com meus pais, assim como eu não podia esquecer que eu estava em meio a uma missão do governo americano que havia sido interceptada pela KGB. Mesmo assim eu estava cada vez mais apaixonada por Naruto.


E talvez se eu não estivesse tão envolta e embriagada por meus sentimentos, eu tivesse percebido que aquela fora a primeiar vez que Naruto havia dito que voltaríamos para os Estados Unidos, ao invés de sua clássica insistência para que eu ficasse com ele na Europa; entretanto, tal fala passou despercebida por mim.


Contrariando as vontades de Naruto, eu fui trabalhar naquele dia, e ele também foi. Era preciso seguir a rotina.


Quando cheguei Sasuke, pela primeira vez, não estava em sua sala. Eu me sentei e fingir datilografar algo; notei que Karin me olhava desconfiada, parece que ela sabia que eu havia saído com Sasuke na noite anterior. Tentei ignorar o olhar de Karin, e foquei minha visão na folha de papel que ia sendo preenchida com letras ao acaso.


Uma hora depois Sasuke apareceu no hall de entrada trajando elegantemente seu terno preto. Karin abriu-lhe um grande sorriso, mas Sasuke o ignorou completamente, vi que ele mantinha seus olhos fixos em minha pessoa. Atravessando o hall, Sasuke se aproximou rapidamente de mim.


- Bom dia, Sakura.


Eu levantei-me, a cadeira deslizou para trás. Eu apenas acenei com a cabeça.


Sasuke sorriu-me com malicia.


- Quero que vá a minha sala – sussurrou-me.


Nenhum das outras secretárias sabia que eu não falava russo, aliás, todas pensavam que eu nem falava. Essa era parte da estratégia para manter meu disfarce dentro da fábrica.


Sasuke passou por mim e entrou. Eu esperei um tempo antes de segui-lo.


O olhar cruzado de Karin era fulminante.


Ao entrar na sala encontrei Sasuke em pé próximo a janela. Ele observava o movimento do lado de fora da fábrica.


- Como está se sentindo? – perguntou-me assim que fechei a porta.


- Bem, obrigada.


Eu estava me sentindo leve, como se eu estivesse pisando em nuvens.


Sasuke girou os calcanhares e se aproximou de mim; passando os braços pela lateral de meu corpo prendeu-me entre ele e a escrivaninha.


- Acho que podemos continuar de onde paramos na noite passada.


- Sasuke, eu...


Inesperadamente Sasuke começou a me beijar, num impulso eu coloquei minhas mãos em seus braços a fim de afastá-lo de meu corpo, porém eu não podia rejeitar suas investidas, era preciso ganhar a confiança dele.


Os lábios úmidos de Sasuke se desviaram de meus lábios e começaram a descer por meu pescoço. Eu mal suportava seguir ali tendo que fingir que o amava.


Como uma atriz, era assim que eu deveria ser. Enquanto Sasuke me beijava, em minha mente eu me perguntava o que uma atriz sentia quando beijava outra pessoa que não fosse aquela que ela amava, e me perguntava o que essa pessoa que ela amava pensava dela quando a vi beijando outro homem; no entanto, meu caso era diferente, Naruto não me veria numa enorme tela beijando o Sasuke, mesmo assim eu não podia deixar de pensar que ele me estava assistindo toda vez que Sasuke me tocava ou me beijava.


Por que aqueles olhos oceânicos me condenavam? Eu agora pertencia a eles. Não, apenas meu coração lhe pertencia, não meu corpo, somente meu coração.


Sasuke agarrou minha cintura e aproximou seus lábios dos meus; eu coloquei minhas mãos em seu peito tentando afasta-lo, mesmo não tendo coragem para beija-lo, eu sentia que deveria faze-lo; a missão continuava, o jogo de sedução tinha que seguir. Eu cedi pressão de minhas mãos e deixei-as cair lateralmente a meu corpo.


- Solte a Sakura!


Sasuke se afastou de meu corpo, e por cima de seu ombro eu vi a figura de Naruto.


- Naruto... – seu nome escapou de meus lábios como um sussurro.


Naruto tinha uma expressão furiosa no rosto. Meu coração batia forte em meu peito.


- Você de novo, saia daqui! – ordenou Sasuke.


Num movimento rápido e inesperado Naruto acertou um soco na lateral esquerda da boca de Sasuke. O local logo começou a sangrar.


- Não toque mais na minha mulher! – gritou Naruto enraivecido.


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Notas finais do capítulo

nota da autora: Finalmente Sakura revela os motivos que levaram a sua contratação para a missão... e quanto a Naruto agora ele quer levar a Sakura de volta para os Estados Unidos [mais para frente eu revelo os motivos que o levarão a mudar de opinião.]
E agora a parte final... o jogo de sedução de Sakura parece ter ido por ralo abaixo de vez, Naruto os flagra juntos novamente e dessa vez ele dá um soco em Sasuke! O que vai acontecer agora? Vou deixa-los curiosos até segunda...



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