Jogo de Espiões escrita por Angel_Nessa


Capítulo 17
CAPITULO 14 – O CONVITE




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Duas semanas haviam se passado desde que eu e Naruto havíamos começado a trabalhar na fábrica, e a rotina começava a se fazer presente.


 


Durante esse tempo, Sasuke esteve bem ausente na fábrica, ele disse que teria que participar de algumas reuniões importantes, e orientou-me a ficar o maior tempo possível dentro de sua sala em sua ausência. E hoje era um dos dias que Sasuke estava fora para uma reunião.


 


Eu estava sozinha na sala de Sasuke arrumando os papéis que ele recebia em pequenas pilhas. Por um momento segurei uma das cartas e fiquei olhando aquelas letras dispostas lado a lado formando palavras que para mim eram totalmente incompreensíveis. Eu sabia que o fato de não entender nada em russo estava causando atrasos na missão; era impossível conseguir identificar qualquer coisa sem ter conhecimentos do idioma, eu nem sequer podia saber se a carta que eu segurava em minhas mãos continha a informação que eu tanto almejava.


 


Pelo menos uma coisa eu já havia deduzido: a informação sobre a bomba estava em uma das pastas que tinham uma tira vermelha na lateral. Bufei. Era frustrante pensar que a única informação concreta que eu tinha fora Sasuke quem me a dera; ele havia me dito que as tais pastas com uma tira na lateral tinham informações secretas, deduzir que as informações sobre a bomba estavam em uma dessas pastas era brincadeira de criança; eu estava mostrando ser uma espiã iniciante. Sempre que eu chegava nesse ponto de dúvidas, eu me perguntava a razão pela qual eu havia sido tão imprudente em aceitar uma missão num país que eu não conhecia o idioma local; era ingenuidade pensar que eu poderia ter sucesso nessa missão. Porém lembrei-me dos motivos que me levaram a aceita-la, e acreditei que talvez eu pudesse ter sucesso, bastava apenas estar mais atenta aos detalhes a minha volta.


 


Dirigi-me a janela, a tarde avançava rápido; logo seria hora de voltar a casa.


 


A fábrica era cercada por um enorme gramado, e alguns guardas estavam sentados na grama separados em pequenos grupos, apenas um estava isolado dos demais, e logo minha visão se focou naquela figura mais afastada.


 


Naruto estava ali sentado sozinho. Tão sozinho quanto eu nessas terras estranhas. Ele parecia estar com o pensamento bem distante de sua realidade, e eu não condenaria por isso.


 


Fiquei o observando durante um tempo. As antigas questões e curiosidades minhas a respeito de Naruto voltaram a minha mente. Eu sabia quais haviam sido os motivos que havia me levado a aceitar a missão, e quanto a Naruto? Por que será que ele aceitou a missão? Questionei-me também do que ele pensava de ser casado com alguém totalmente desconhecido para ele. Acho que nesse ponto ele não se incomodava, afinal ele me dissera quando nos conhecêssemos que não se importaria de ser casado com alguém como eu.    


 


E quanto aos motivos que levaram Naruto a aceitar a missão?


 


- Dinheiro...


 


Não havia como negar que o dinheiro que eu havia recebido para realizar a missão representava cinco vezes mais do que eu ganhava na agência de Nova Iorque, além disso, Konan ainda havia me dado uma significativa quantia em rublos para gastar enquanto estivesse na União Soviética. Será que Naruto foi tentado a entrar nessa missão por uma boa proposta financeira?


 


Ele não parecia ser do tipo de pessoa que valoriza muito o dinheiro, por outro lado quando o assunto é dinheiro, os homens são capazes de qualquer coisa, e disso eu entendia muito bem, uma vez que a maioria dos casos de assassinato que eu investigava tinha como motivo o dinheiro.


 


Sasuke abriu a porta e minha atenção voltou-se para ele.


 


- Olá Sasuke.


 


- Ainda está aqui?


 


Eu me aproximei dele, nas mãos eu carregava um pequeno monte de cartas.


 


- Eu estava separando essas cartas.


 


Sasuke pegou em minhas mãos e eu deixei as cartas caírem a meus pés. Eu corei imediatamente.


 


- Deixe as cartas aí, amanhã você pode continuar.


 


- Eu ainda tenho um tempo antes de sair – a minha voz saia com dificuldade.


 


Não saber falar russo não era a meu único lapso nessa missão; eu também não sabia usar meu charme para seduzir meu chefe.


 


Sasuke colocou sua mão sob meu queixo e empurrou-o para cima. Meus olhos se encontraram com os dele.


 


- Você tem lindos olhos de esmeralda.


 


- Se fossem diamantes seriam mais valiosos – retruquei sem jeito.


 


- Se seus olhos fossem de diamante, eles não teriam tanta vida.


 


Eu estava lisonjeada com os elogios de Sasuke, e por um momento esqueci de quem era que tinha que ser seduzido.


 


- Agradeço seus elogios.


 


Aliás, eu era péssima nessa questão de sedução, também pudera meu treinamento nunca envolveu esse tipo de cena; na União Soviética as missões deveriam funcionar de maneira diferente do que nos Estados Unidos... o que eu estou falando? Nos Estados Unidos minhas únicas missões envolviam apenas assassinatos de ricos empresários e homens de influência, e definitivamente não há como se seduzir um defunto!


 


Sasuke retirou a mão debaixo de meu queixo, minha cabeça voltou a posição normal.


 


- Quero lhe fazer um convite – disse Sasuke ainda segurando em minhas mãos que começavam a suar.


 


- Um con-vite? – eu começava a gaguejar, mau sinal.


 


Eu não conseguia pensar em nada, minha mente estava em branco.


 


- Quero convidá-la para uma apresentação de ballet no Bolshoi.


 


Ballet no Bolshoi? Quem nunca sonhou em ver uma apresentação dessas no Bolshoi, até mesmo eu que era americana fiquei fascinada com o convite.


 


- Sim... sim, eu adoro ballet.


 


Sasuke sorriu lateralmente, e soltou minhas mãos.


 


- Em três dias. Agora pode ir para casa.


 


Sasuke deu a volta na mesa e sentando-se começou a ler alguns documentos. Eu rapidamente me abaixei e recolhi as cartas que estavam no chão.


 


- Bom, acho que nos vemos amanhã...


 


Sasuke levantou a cabeça e balançou-a suavemente.


 


- Adeus. E obrigada pelo convite.


 


Eu saí da sala de Sasuke extasiada pelo convite. Seria maravilhoso poder ver o ballet no Teatro Bolshoi.


 


Enquanto eu esperava o ônibus, a alegria que sentia pelo convite não havia sumido. Eu iria ver uma apresentação de ballet no Bolshoi, Sasuke havia me convidado...


 


- Sasuke me convidou...


 


A euforia diminuiu ao pensar em meu parceiro, e bem, meu marido. Naruto iria me matar quando soubesse do convite, além disso, como eu poderia ir ao ballet com Sasuke sendo que eu era casada!? As coisas começavam a tomar outros rumos, e isso era perigoso, pois as mentiras criadas para ocultar nossas identidades nessa missão poderiam ser descobertas.


 


Entretanto eu não podia rejeitar o convite de Sasuke, era uma apresentação de ballet!... Uma apresentação de ballet no Teatro Bolshoi!


 


Decidi não contar nada para Naruto, pelo menos por enquanto. Claro que em três dias Naruto saberia por isso eu tinha que pensar em uma maneira de contar ao Naruto sobre o convite de forma menos impactante e chocante possível. Será que havia um modo de fazê-lo?


 


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Notas finais do capítulo

Noata da autora:
Sakura recebeu um convite e tanto de Sasuke: ir assistir ao balé no Teatro Bolshoi! E agora, o que será que o Naruto vai achar disso?



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