The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 7
New Paths


Notas iniciais do capítulo

A música da vez é " Some Nights" do Fun.
Bjs



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As horas se passaram rápido e meu avanço foi bom, antes do amanhecer eu já podia ouvir a correnteza do rio Anora. Desmontei e deixei Thunderbolt pastar. Me sentei numa pedra e comi um pedaço de pão.

A experiência com Brom me deixou curiosa. Ele me explicara que os melhores magos poderiam gastar dias ou até semanas tentando realizar um encanto, e que a energia utilizada poderia ser tanta que o mago morreria.

Mas eu não me cansara, sequer sentira sua energia se esvair, por mínima que fosse a diferença.

Respirei fundo e me concentrei, buscando a energia que tinha encontrado mais cedo. Localizei minha própria luzinha e sorri, deixando-a num tom de amarelo claro. Voltei a me concentrar na energia logo em seguida.

A luzinha amarela sumiu, e um redemoinho brilhante surgiu a minha frente. E logo outro, e outro e outro. Uns maiores, outros menores. Então compreendi, aquilo não era minha energia, era a da natureza a meu redor. Árvores, formigas, folhas de grama, tudo.

Abri os olhos, ofegante. Eu era diferente. Será que tinha algo a ver com meu laço sanguíneo com Galbatorix? Se ele fosse como eu, explicaria porque é tão forte, mais do que o normal.

Dei um sorriso fraco. Eu podia usar magia sem me cansar, a menos que descobrisse um jeito de achar minha própria energia. Mas outra pergunta me atingiu. Eu mataria tudo ao meu redor se usasse toda aquela energia? Sim, claro.

De todo modo, teria de me limitar, descobrir os limites de cada ser. Aquilo ainda não explicava como eu tinha conseguido fazer tudo de primeira, mas não me prendi ao assunto.

Me levantei e peguei alguns galhos secos. Fiz a fogueira sem a ajuda de magia. Me sentei e fiquei olhando a claridade começar a surgir. Não dormi, mas consegui recuperar minhas forças.

Poucas horas depois voltei a montar Thunderbolt. O sol ainda não estava no ápice e o vento era suave. Thunderbolt cavalgava rápido, por vontade própria.

Queria ter perguntado a Brom algum encanto que me permitisse ver minha mãe. Eu sentia sua falta. Aliás, sentia falta de todos, me sentia sozinha.

Já se passara mais de um mês desde a última vez que a vira, no dia em que partiu. Parei quando avistei o Anora.

Não estava numa parte muito funda, mas a correnteza parecia ser muito forte para passar nadando. Eu teria de subir um pouco ou descer antes de cruzar o rio.

Cavalguei mais algumas horas antes de achar um bom ponto, mais ao norte. Thunderbolt não queria atravessar comigo, então tive de descer e ir na frente, puxando-o pelas rédeas. Depois de cruzar o rio, acampei não muito longe da margem.

Já estava quase na hora do por do sol, o vento já mais frio. Acendi uma fogueira, dessa vez apelando para a magia. Por mais desconfortável que me sentisse, deixei minha capa e as roupas secarem com os últimos raios de sol.

Não comi nada, só tomei um pouco de vinho. Quando o sol se pôs eu me vesti de novo. Dormi pouco depois, Thunderbolt ainda pastava.

Quase um mês se passou até que eu avistei Yazuac. Era um vilarejo pequeno, mas não tão confortável quanto Carvahall. Não queria passar muito tempo ali, então fui logo ao que me interessava.

Parei em uma pequena estalagem, com apenas três homens e o dono lá dentro. Me apoiei no balcão e esperei o dono acabar de limpar uma caneca.

– Não vou me virar, diga logo o que quer ou então vá embora. – O homem gorducho tinha um jeito rude e grotesco, mas sobre tudo, cansado.

– Preciso de água para uma longa viagem e comida. Para amanhã de manhã. – Ele então se virou.

– Tudo bem. Só isso?

– Um quarto.

– Tudo bem. – Ele colocou o pano sujo em algum lugar no balcão e saiu, seguindo até uma escada de aparência frágil. Segui-o, detestando cada rangido dos degraus.

O quarto era escuro e pequeno, mas não reclamei. Pedi-o para bater na porta no dia seguinte, quando estivesse tudo pronto. Ele não reclamou.

Deitei-me na cama um tanto desconfortável e fiquei encarando o teto, pensando para onde iria depois de chegar a Gil’ead. Iria para Surda ou atravessaria o deserto até as Beor e de lá vagar até esbarrar por acaso nos Varden.

As possibilidades eram poucas, e nenhuma me parecia perfeita. Dormi pensando naquilo, quando acabaria e eu veria minha mãe novamente.

Pouco depois do nascer do sol ouvi leves batidas na porta. Peguei minhas espadas e abri a porta, ainda prendendo-as nas costas. Era uma mulher mais velha, mas ainda muito bonita.

– Bom dia. Gostaria de alguma coisa antes de partir, meu bem?

– Não, obrigada. – Ela parecia desapontada, mas concordou e saiu do quarto.

Peguei minha mochila e desci as escadarias num passo rápido. Sai e fui para a parte de trás da estalagem. Thunderbolt já estava pronto, com tudo preso na sela.

Convenci o homem a baixar o preço de tudo, mas com muito esforço. Montei e me distanciei, ainda pensando por onde ir. Parei depois de sair de Yazuac, olhando para o nada.

Então decidi, eu iria por Dras Leona. Eu gastaria ainda mais tempo do que já gastei, mas eu tinha que passar por Surda. E indo por Dras Leona eu não precisaria cruzar o Hadarac. Além de ter a chance de perguntar alguém sobre os Varden, afinal, pelo que eu sabia, Surda era mancomunado com os Varden.

Esporeei Thunderbolt novamente, me virando para o sul. Comecei a cantarolar uma música que os homens do navio cantavam durante as noites muito quentes.

Well, some night, I wish that this all would end

Cause I could use some friends for a change

And some nights,

I’m scared you’ll forget me again

Some nights,I always win

Eu realmente poderia ter algum amigo comigo agora. Coloquei Thunderbolt ainda mais rápido, tentando reduzir meu tempo até os Varden.


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Notas finais do capítulo

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