The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 65
Restless


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amados. Bem, o capítulo está bem longe de estar grande, mas eu decidi postar agora para não ficar meses sem postar. As minhas provas na faculdade começam segunda que vem, e eu já estou louca estudando feito uma condenada (pq eu nunca consigo me organizar e dps surto rs) Enfim, até o meio de outubro eu devo(assim espero) voltar. Bjs.



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    Eu sabia que tinha algo de errado comigo. Galbatorix não teria entregado seu ouro tão facilmente. Ainda assim, aqueles sentimentos estavam começando a esmagar meu peito. E ver Sano não melhorou nada.

    – Capitã. – Era duro, pesado como toda a culpa que ele provavelmente tinha se atribuído.   

    – Esperava recepção mais calorosa.

    – Desculpa, é que...Eu fiquei apavorado, exatamente como um soldado não deveria.

    – Realmente não deveria. – Travei o maxilar, vendo que a represália viera em mau momento. – Mas eu não me portei melhor. Até tentei fugir e piorei tudo.

    – Eu daria um jeito de te salvar.

    – Não se engane, Sano, sua capacidade está longe de vencer um exército sozinho. Eu não te queria morto. – Empurrei-o pelo ombro, finalmente arrancando um sorrisinho pequeno dele. – O que importa é que eu estou de volta inteira.

    – Quase inteira. – Ele afagou os cabelos na parte de trás da minha cabeça antes de afastar a mão, envergonhado. Sorri.

    – Quase. Agora para com esse sofrimento desnecessário. Eu fico grata que você não tenha se arriscado inutilmente.

    – Bem vinda de volta.

    Agradeci e o deixei sozinho. Apesar do nosso pequeno momento de acerto, meu coração palpitava pesado. Elrohir encostou sua consciência na minha, notando minha inquietação.

    “O que houve?”

    “Parece que algo está faltando. Não sei.”

    “Vai se acostumar de novo. Não fique desesperada.”

    “Eu sei disso.”

    Foi um longo período de retorno. Tive que falar com muitos, responder perguntas demais, praticar novamente para recuperar meus movimentos. E nesse meio tempo, ainda tinha de ajudar Nasuada com nossa mudança. Ao fim de semanas, ela me convocou para fazer meu pronunciamento.

    – Fale apenas o que julgar necessário.

    Concordei, as pontas dos dedos gélidos e trêmulos. Aquele nervosismo que eu não sentia há tempos estava de volta. Sim, era um assunto relativamente delicado, mas eu já tinha os chamado à guerra. Um aliado daquele porte deveria ser fácil.  

    – Varden. Eu os convoquei hoje aqui, para mostrar-lhes um segredo de longa data. Eu nunca gostei de escondê-lo, mas julguei ser o melhor até que se provasse necessário. Infelizmente, o momento chegou antes do que eu planejara. Todos sabem do meu momento com Galbatorix. Agora que ele sabe, nada mais justo que saibam também. É visível em mim as marcas de um relacionamento de vida inteira. Eu, assim como Eragon, me tornei cavaleiro de dragão. E ei de morrer assim.

    “Elrohir.”

    Foi o necessário para ele abrir suas asas e voar com o grito alto sobre todos os olhares estupefatos. Pescoços viravam para vê-lo passando, inclusive o meu. Ele continuava glorioso e lindo. Majestoso. Assim como eu.

    Estremeci. Eu nunca fora tão prepotente. Não por não achar que eu merecesse elogios, mas eu não os desferia a mim mesma. Aidan reparou meu estado de inquietação e deu um empurrão em Nasuada, fazendo-a assumir meu lugar.

    – Silbena, o que foi?

    – Eu não sei, não sei. Aidan, o que há de errado comigo?

    – Eu não sei. O que lhe aflige?

    – Tudo. Eu não sei o que nomeia tudo isso, mas não sai de mim.

    – Pois se distraia dele. Elwë. – Demorei a entender que ele estava chamando o elfo que estava ali perto. – Venha cá.

    – O que foi, Aidan?

    – Acho que nossa amiga aqui está precisando dos seus cuidados. – E com aquele sorriso de quem sabia mais que o restante, nos deixou a sós. Não ergui o olhar para encontrar os olhos do elfo, eles me desestabilizavam.

    – Silbena. Olhe para mim. O que houve?

    – Eu não sei. Maldição, eu cansei de dizer que não sei. Este lugar só me traz desespero.

    – Queria ter ficado?

    Hesitei. Por um momento quase soltei um talvez, mas decidi fechar o bico. Era claro que não. Meu estado deplorável era culpa daquele lugar maldito, mas a pergunta de Elwë me pegou desprevenida. E o olhar dele não ajudou em nada. Suspirei.

    – Não. Eu também não queria estar aqui. – Quando ele segurou meus ombros eu percebi o quanto estava tremendo. Ele trouxe o rosto para perto do meu e olhou no fundo dos meus olhos.

    – Seu lugar é conosco. Comigo.

    – Não deveria dizer isso.

    Só ganhei um suspiro como resposta. E suas mãos me soltaram. Sem saber mais como lidar com aquela maldita confusão eu fiquei de pé num impulso e fui na direção pela qual meu dragão havia passado no céu. Talvez nem ele entendesse, mas pelo menos simplesmente me confortaria em silêncio. E só depois tentaria ajudar.

    Elwë deu apenas um passo na mesma direção que eu, antes de dar meia volta e me deixar em paz.  


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Notas finais do capítulo

Boa noite, queridos ♥



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