The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 61
Dangerous Game


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas, voltei. Alguns palpites ai me deram uma ideia e vim executá-la. Próximo capítulo não demora muito, prometo.



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Saí no dia seguinte, o mais cedo que pude. Todas as promessas de Galbatorix tinham se cumprido até ali. Ainda com meu selo e proibida de portar qualquer objeto que pudesse ferir alguém, os trinta soldados me guiavam.

─ Vossa alteza gostaria de uma pausa?

─ Como é? ─ Estranhei o tom com o que ele falou. ─ Oh, não, eu estou bem. Só não me chame assim. Senhorita serve.

─ Sim, senhorita. ─ Pedí-lo para me chamar de você seria intimidade demais. E duvido que não fossem fazer um relatório sobre aquela pequena caminhada.

O caminho para Surda denunciava o clima do lugar. A cada passo o sol parecia ficar mais quente, e a sede maior. E minha ansiedade ficava ainda maior. Eu lembrava do ponto nas minhas costas onde aquele maldito selo estava. Desarmada e sem magia, não dava para tentar enfrentar 30 homens.

Foram dois dias. Eles não quiseram seguir caminho durante a noite, alegando que minha segurança estaria defasada. Aceitei, comendo queijo sentada perto da fogueira.

Á luz do terceiro dia, finalmente as construções surgiram no nosso campo de visão. Suspirei. Como é que eu ia entrar ali sem criar um pandemônio? Eu precisava encontrar alguém que pudesse me ajudar. Não demorou muito. Tínhamos entrado numa estalagem, eles me protegendo com uma capa imensa, quando senti o toque suave na minha mente. Quis ver de onde vinha, mas a voz familiar me interrompeu.

“Fique quieta. O que está fazendo aqui?”

“Como foi que me achou?”

“Sua mente é perceptível, minha querida. Agora, qual são os seus planos?”

“É difícil de explicar. Estou provando minha lealdade.”

“Como é?”

“Elwë, preciso que avise Nasuada e Delrio. Encenem comigo.”

“Como pretende se livrar?”

“Primeiro, tirando esse selo infeliz.”

A conexão com o elfo sumiu. Logo em seguida, vi o corpo delgado coberto pela capa se afastando, saindo pela porta da taverna. Decidi esperar que aquilo fosse um bom sinal.

Depois de pagarmos a estada e subirmos para o quartos, o guarda responsável pela minha segurança pessoal me questionou.

─ Como agiremos pela manhã senhorita?

─ Simples. Você vai entrar comigo, vamos ter uma conversa civilizada, e vamos embora.

─ Só eu?

─ Algum problema? Eu os conheço. ─ Abaixei o olhar, interpretando a personagem amarga e arrependida. ─ Sei lidar com eles.

─ Isso foi antes de…

─ Apenas descanse, que tal? Te garanto que saberei agir. Saíremos cedo.

Ele hesitou mais um minuto, mas acabou por acatar a ordem e se deitar na esteira no chão. Entrei debaixo da minha coberta, na cama, e suspirei. Por incrível que pareça, não dormir na cama fofa e confortável me fez bem. Me deu um pouco mais de confiança para a manhã seguinte.

O mensageiro tomou um susto em me ver com o homem vestido para o Império, mas ainda assim transmitiu a mensagem sem delongas. Minutos depois, Nasuada e Delrio vieram até nós, sempre acompanhadas. E, pela primeira vez me causando alívio, Elva estava com elas.

─ Então nos traiu?

─ Elva. Nasuada, Delrio. Como podem ver, estou bem.

“Silbena?”

“Grande?” Tive que controlar o ímpeto de me virar na sua reta. Ele voava não muito longe dali. “Você não pode descer, entendeu?”

“Como não? Eu estou indo agora mesmo.”

“Elrohir, não. Por favor.”

A insatisfação quase me afogava, mas junto dela tinha a alegria em me ver. E em me ver viva. Sorri por um segundo, voltando minha atenção à discussão presente.

─ Não lhe criei para isso, Silbena.

─ É senhorita Eleanor. ─ Meu guarda corrigiu, avaliando o acampamento imenso atrás das duas mulheres. Algo brilhou em seus olhos, mas ignorei.

─ Eleanor, huh? Um dos nomes da nobreza. Não me surpreende. O que quer?

─ Deixe comigo, Delrio. Ela foi sua cria, mas era minha subordinada. Infelizmente, não imaginei que chegaríamos a esse ponto.

“Não chegamos” Eu esperava que ela tivesse a percepção para cada movimento meu, por mais singelo que fosse. Parecia funcionar até então.

─ Eu vim apenas para acertar as contas, Delrio. Prometi que lhe levaria comigo, viva.

─ E o que lhe faz pensar que eu aceitaria? Umas palavras gentis?

─ Claro que não. ─ Senti o movimento calculado do guarda. Droga. É claro que ele não me obedeceria se Galbatorix tivesse dito qualquer coisa anteriormente. E ele claramente disse, não andem sem os outros 29 soldados. Eles estavam escondidos, todos prontos. ─ Também não espero por um luta, no entanto.

─ Eu jamais derramaria seu sangue.

─ Nem eu. Sequer estou armada. Não há nada que eu possa fazer. ─ Pisquei, olhando ao redor. Como eu ia guiar aquela situação, agora com 29 inimigos comigo? ─ Ainda assim, preciso conversar. Delrio, infelizmente, sua prisão significa minha futura riqueza e poder. O Império lhe segue a anos.

Aidan. Encontrei-o, ouvindo atento, olhando direto para mim. Espero que ele tenha sentido o pedido desesperado por ajuda. Eu devia ter sido mais cautelosa. Infelizmente, fui mais emocional que racional, e o plano não tinha nada de realmente concreto e funcional.

─ Está cercada, Delrio. Eu lhe declaro prisioneira da coroa. Lamento.

─ Está claramente em menor número. Não deveria arriscar vidas à toa.

─ Não é.

E finalmente ela entendeu onde eu queria chegar. Nasuada parecia já ter chegado à conclusão antes, mas também não poderia dizer nada. Num movimento rápido, ela puxou sua lâmina e atacou meu guarda. Errou, mas o feriu.

Os outros 29 saíram de seus esconderijos, ainda sem entender direito que eu os traíra. Bom, nunca fora leal de qualquer forma. Aidan veio nos auxiliar, explodindo cinco deles em chamas coloridas, mas principalmente verdes.

O meu guarda, já não mais tão cortês, ignorou a luta e me agarrou pelos braços, prendendo-os para trás. E a tragédia aumentou mais ainda. Elrohir, já incapaz de se controlar, rugiu ainda do céu e desceu impiedoso sobre os guardas.

─ Outro? Existe outro? ─ Ele perguntou. Achei que ia conseguir me soltar e correr para meu grande companheiro. Aidan já corria para me ajudar, invocando alguma coisa com palavras estranhas, mas não houve tempo.

─ Vamos, senhor. ─ Outro guarda nos segurou e, num murmúrio baixo, nos tirou daquele caos. Ouvi um grito dolorido de Elrohir, mas não consegui me mover. Tudo doía. ─ Ele não ficará satisfeito, senhorita. Deveria ter pensado mais.

Não conseguia reagir ou responder. Era como se meus ossos tivessem sumido. Ainda assim, o barulho tinha nos deixado. Já não estávamos mais no acampamento dos Varden. E eu estava numa situação ainda mais complicada.

Maldição.


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Notas finais do capítulo

Previsível? Óbvio. Mas todo mundo precisa de um momento de burrada na vida.



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