The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 57
The Princess


Notas iniciais do capítulo

Hellos, meus povos.
O último capítulo postado do ano, com certeza. Assim sendo...Boas festas, feliz ano novo para todos :3 E boa leitura ^~^



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Aquela noite, Murtagh ficou comigo no quarto, conversando. Ele me contou tudo que acontecera desde que nos separamos na montanha, até ao ovo de Thorn eclodir e Galbatorix o prender ali por seu nome. Ele olhou a marca prateada em sua mão, em silêncio por um segundo. Aquilo só reforçou o vazio que eu sentia dentro de mim mesma. Elrohir devia estar surtando.

─ Eu senti sua falta por tanto tempo, eu tinha a esperança de ser tudo uma grande farsa, mas quando eu realmente te vi naquela batalha...não foi o que eu quis.

─ Confesso ter ficado alarmado quando te vi cair. Fico satisfeito de ver que precisa de mais para nos deixar.

Murtagh estava muito mais travado, sua língua era bem mais controlada. Ainda assim, a parte dele que me confortou com sua companhia há anos atrás quando eu estava presa numa cela fria estava lá. E novamente, mesmo que involutariamente, ele estava ali, confortando a parte de mim desesperada para fugir.

Passamos a noite recordando as conversas esquecidas durante muitos anos e Tornac. Aidan sempre estava certo quando dizia que as vezes eu ficava pensativa, lembrando dele. Tornac tinha sido o primeiro que me acolheu depois que deixei Delrio. Eu sentia sua falta.

Quando as estrelas já estavam há muito tempo no firmamento, Murtagh dediciu que eu precisaria descansar e me deixou sozinha. Antes de fechar a porta, ele me assegurou de que Galbatorix não usaria abordagens agressivas. Aquilo me deixou tranquila o suficiente para dormir por poucas horas.

É, eu estava bem enrolada. Quando, na manhã seguinte, a serva me levou para tomar banho numa banheira imensa, eu finalmente entendi a gravidade da minha situação. Sozinha, nua de frente para o espelho, consegui encontrar o selo. Ele tinha o colocado na parte de baixo das minhas costas, um círculo preto com escritos que eu não compreendia.

Feitiços me machucavam, logo eu não conseguiria me comunicar com o exterior do castelo. E andando pelos corredores, notei os olhares de vários guardas sobre mim. Fuga também estava fora da lista. Eu só tinha a sorte para me ajudar naquele momento.

Galbatorix veio ao quarto me ver. A tarde estava quente e eu usava um vestido leve que encontrara no guarda roupa. Ele parou na porta, esperando até que eu notasse sua presença. Não demorou, mas eu tive a esperança de que ele me deixaria em paz se não me movesse. Não funcionou.

— Posso ajudar, senhor?

─ Não precisamos das formalidades, Eleanor. O que está fazendo?

─ Escrevendo. Preciso praticar. ─ Eu continuava correndo a pena pelo papel, tentando parecer o mais indiferente possível. Era difícil quando se tinha um ditador cruel perto de você.

─ É algo interessante para se ocupar o tempo. Como se sente?

─ Muito bem, obrigada. Posso perguntar quando ganhei o selo de presente?

─ Ora, é para sua segurança, evidentemente. Pessoas podem tentar lhe atacar através da magia, precisamos nos precaver.

─ Então isto me protege?

─ Evidentemente.

─ Hum. Obrigada, então.

─ Não podemos deixar a segurança da princesa em risco. Lhe deixarei com suas ideias, Eleanor. Com licença.

Ele fechou a porta e só então olhei na direção de onde ele tinha falado. Um arrepio subiu correndo pela minha espinha e eu olhei meu braço. Eu tomara o cuidado e não molhá-lo e continuar com minha marca escondida, mas não duraria muito. Suspirei.

“Oh, Elrohir, eu queria tanto que estivesse aqui.”

Peguei novamente a pena, ouvindo as últimas palavras de Galbatorix. Princesa. Então ele realmente tinha a intenção de me usar como forma de garantir seu poder. Cretino.

Com um pedaço em branco de pergaminho, rabisquei um bilhete para Sano. Era simples, logo se fosse interceptado não recairia nem sobre mim, nem nele. Dobrei a folha e a guardei por baixo do corpete do vestido, apenas esperando o meu momento. Soltei o ar e olhei pela janela. Eu precisaria de realmente muita sorte.

 

Naquela noite, depois do jantar, Murtagh voltou. Eu estava sentada na cama, aguardando-o, com as mãos suando. Ele se aproximou depois de fechar a porta devagar.

─ Murtagh, posso lhe pedir um favor?

─ O que foi?

─ Sai daqui com frequência?

─ Relativamente. No entanto, já imagino qual seja seu pedido e lhe asseguro de que não sou o melhor candidato.

─ E por que não?

─ Ele me pergunta de você todos os dias antes do jantar. Quer saber se está planejando sua fuga ou algo parecido. E sabendo meu nome, eu não consigo mais mentir. Se eu não souber, no entanto…

─ Então fique com ela para você. Acredite o máximo que puder que é você quem está a enviando. Por favor. Pela parte de você que ainda tem consciência.

Ele apanhou a carta, apesar de hesitante e concordou, tristonho. Eu entendia agora que tudo aquilo era tão terrível quanto poderia ser. Ele fazia o mal, mas não por vontade própria. Para alguém que sempre se agarrou tanto à privacidade do seu ser, aquilo era como um arrombamento em seu lar.

─ Farei o meu possível.

─ Obrigada, Murtagh. Tornac estaria feliz.

Falar do homem parecia ainda mexer com Murtagh, e por um lado aquilo era ótimo. Se algo do garoto que eu admirei antes ainda estava lá, meu coração se enchia de esperança. Sorri para ele, agradecida.

─ Agora, deveria aproveitar para descansar. Durma um pouco. Soube que ele veio te ver hoje. Ele não deve parar mais.

─ É, estou preparada.

─ Boa noite, E… ─ Ele parou antes de completar o nome, suspirando. Sorri para ele, indo fechar a porta.

─ Boa noite, Murtagh.

E quando ele sumiu pelo corredor, eu suspirei e desejei que aquilo tudo fosse acabar logo, para nós dois.


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Notas finais do capítulo

:3



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