The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 56
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Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas ♥ Mil perdões pela demora, mas como eu já havia explicado tentei o Nanowimo esse ano (escrever 50 mil palavras em 1 mês .q) Só consegui 80%, mas ainda assim demorei um pouco pra conseguir retomar o ritmo das fanfics. Espero que gostem :3



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─ Bom dia.

─ Hum. Mãe? ─ Acordei num pulo com os olhos sérios da mulher sobre mim, sentindo de imediato o abafamento dentro da tenda. Levantei o cabelo por cima da minha nuca e esperei que ela continuasse.

─ Já deveria estar de pé, não é mesmo?

─ Realmente, não preciso de um sermão logo pela manhã.

─ Muito bem, pode parar de fugir de mim então?

─ Posso ajudar, Delrio?

─ Huh, sabe que só quero ajudar.

─ Não foi a melhor forma de agir.

─ Eu me esqueço que cresceu, Silbena. E que nossos caminhos se parecem, mas são diferentes. Eu vim ajudar.

─ Diga.

─ Soube que vai ajudar algumas caravanas de partida. Evite a fronteira de Uru'baen. Não gosto de pensar que você está perto daquele…

Fiquei em silêncio, terminando de calçar minhas botas e pensando no que ela acabara de dizer. Claro que a ideia fez Elrohir surtar, mas o acalmei dizendo que era apenas curiosidade e que eu não estava interessada em saná-la.

“Mas deve concordar que seria um encontro cheio de promessas.”

“Nenhuma delas boa.”

─ Peço perdão por continuar agindo feito uma criança perto da senhora. Não estou mais acostumada com pessoas que enfrentam minhas ordens ou formas de agir.

─ E eu não estou mais acostumada a ter você tomando as próprias decisões. E pensar que há poucos anos você não queria buscar os Varden.

─ Fico feliz em tê-lo feito.

─ Eu também. Quanto às caravanas, não vou demorar mais do que o estritamente necessário. Algo mais?

─ Wayn e eu estamos investigando algo que ouvimos há tempos atrás. Seu cavaleiro deve saber disso. Seria bom informar se não souber. Prometo explicar melhor se tiver maiores informações.

─ Seremos eternamente gratos.

─ Eu não tenho a eternidade minha filha. Bom, licença.

─ Mãe…

─ Não vou mais dizer nada se não quiser minha opinião. Apenas aja como fazia.

E então me deixou. Acabei de me arrumar para continuar com o dia. As caravanas não tardariam a sair, e Sano iria conosco. Meu serviço era apenas ajudá-los em parte da estrada e permitir que eles saíssem da cidade em paz. Depois disso, apenas parte dos meus homens os seguiriam.

Sano já estava pronto, com o cabelo preso e a lança ao seu lado. Notei que ele parecia um pouco assustado, sem saber como se portar. Pudera. Não era todo mundo que era escalado para uma missão logo após beijar a Capitã bêbada. Bom, eu não estava realmente fora de mim.

─ Bom dia, Sano.

─ Pronta para partir?

─ Os homens já estão prontos?

─ Acredito que sim. Orun estava checando tudo.

─ Ótimo. Assim que eles nos deixarem, vamos retornar.

─ Algum motivo específico?

─ Só não gosto de ficar onde não estou segura com certeza.

─ Muito bem. Estaremos de volta antes do pôr do sol.

Orun voltou correndo com suas pernas curtas, avisando que tudo estava preparado. Pedi para que ele avisasse Nasuada sobre nossa partida e marchei para a saída. Sano me seguia, os olhos sempre fugindo dos meus. Confesso ter achado graça.

Caminhamos por duas horas seguidas, em paz e sem pressa. As carroças eram puxadas por animais, e naquele calor...não podíasse exigir muito. Nem mesmo eu estava exatamente disposta.

Quando atravessamos a fronteira de Surda, o sol já estava alto e o passo cada vez mais arrastado. Sano sugeriu seguir até onde parte de caravanas que já haviam partido tinham parado, perto de Dras Leona. Parecia caminhar sem necessidade, mas era a melhor forma de assegurar a segurança dos nossos.

─ Vamos deixá-los agora, Sano. Os homens seguirão. Vamos.

Até então tudo parecia em ordem. Ouvi o suspiro que Sano deu quando virei minhas costas e voltamos, apenas nós dois. Já não era mais tão divertido. Parei, fazendo com que ele me imitasse.

─ Não acha que já passou dessa idade? Quer me dizer algo, diga.

─ Não, não é…

─ Também não precisa ter medo de andar perto de mim. Não mordo.

─ Talvez se eu pedir?

─ Como é?

─ Nada, só… ─ E começou a rir. Cruzei os braços e sorri. Sano mexia comigo, mesmo que não fosse da mesma forma que Elwë. Aidan tinha razão, eu tinha amores demais sem solução dentro de mim. Não era por opção.

─ Se me pedir mais tarde, que tal? Ande logo.

Eu tinha razão por querer voltar para Surda logo. Minha desconfiança começou apenas como uma sensação ruim, que eu devia ter dado mais atenção. O ataque veio por trás, atingindo primeiro Sano para em seguida me tornar o alvo. Tentei desembainhar pelo menos uma das espadas, mas me imobilizaram e me derrubaram no chão.

─ Capitã!

─ Foge.

Não sei se ele acatou a ordem, mas logo não soube mais nada. Com a pancada forte na cabeça, eu apaguei e não consegui mais ouvir. Nem mesmo se Sano conseguiu se safar.

 

Antes de desmaiar, vi as cores do Império nos braços de quem me atacava. Logo, imaginava que acordaria novamente naquela cela escura, acorrentada e deitada no chão frio e duro. Imagine a surpresa quando minha cabeça estava na verdade sobre um travesseiro macio e meu corpo coberto com um cobertor.

Abri meus olhos, sentindo uma dor nas costas da minha cabeça devido à pancada. Forcei-me a sentar, só então percebendo sua presença. Um grito curto escapou da minha garganta enquanto ele sorriu.

─ Murtagh. ─ Notei que tinha sido livrada de minhas roupas habituais e voltei a me esconder debaixo do cobertor, por instinto.

─ É muito bom revê-la. Mesmo que nessas situações. ─ Ele murmurou, ficando de pé e ajeitando os cabelos. Resmunguei em resposta. ─ O jantar não vai demorar, Eleanor.

─ Como é?

─ Ele me forçou a só te chamar assim. Desculpa.

─ Não era sonho. Claro que não. Olha, sem querer parecer rude, onde é a saída?

─ Não posso dizer. E também não posso te deixar sair.

─ Isso vai ser difícil.

─ Suas roupas estão guardadas numa das gavetas, no entanto. Use um dos vestidos. Sugiro o verde.

─ Ele sabe?

─ O que? Que está aqui?

─ Não. Ele sabe? ─ Acho que ele entendeu do que se tratava. Para Galbatorix me querer aqui depois de todos esses anos, boa coisa não era. Murtagh apenas deu de ombros e negou com a cabeça.

─ Pelo menos, acho que não.

─ Obrigada. ─ Ele deu o que seria um sorriso anos atrás e fez menção de sair. Murmurei em um tom que eu tinha certeza que ele ouviria. ─ Senti sua falta.

Ele me deixou sozinha. Suspirei, finalmente levantando da cama. No sonho eu não ia embora, mas na realidade precisava. Se Sano tivesse conseguido fugir, minha esperança morava nele. Bom, nele e nos magos. Quando tentei usar o espelho para comunicar Nasuada, senti como se um raio tivesse saído do espelho e me atacado.

─ Que selo é esse?

Levei a mão ao peito e fui procurar o tal vestido verde. Joguei a roupa sobre a cama e fiquei olhando, esperando que alguma instrução de como vestí-lo fosse brilhar no ar. Eles realmente esperavam que eu conseguisse fazer isso sozinha?

Notei o sino sobre a escrivaninha. Toquei três vezes, firme. Se eu precisava viver aquele teatro até conseguir escapar, que fosse. Antes que qualquer pessoa entrasse no quarto, fiz questão de reviver meu metódo de esquecer das coisas importantes e me concentrar apenas no tecido fino sob meu olhar. Lindo.

─ Senhora.

─ Ajude-me com isso, por favor.

Com dedos agéis e uma paciência assombrosa, a criada me ajudou com uma expressão séria. Antes que eu dissesse ou pedisse qualquer outra coisa, porém, ela saiu do quarto e me deixou. Procurei sapatos mas não encontrei nenhum. Então calcei as velhas botas e sai do cômodo.

Olhei para cima e fui me guiando pelos mosaicos dos tetos. Era como se eu já tivesse estado ali, o que era impossível. Minha mãe me encontrou ainda muito bebê para ter aqueles detalhes gravados. Logo, imagino que Galbatorix deixara aquilo em mim para que eu soubesse como encontrar nosso palco.

─ Senhora. ─ Abriram as portas duplas e esperaram que eu cruzasse, encarando a longa mesa com apenas três ocupações. E mal iluminado. Apenas velas davam luz ao ambiente, sombrio e quieto. Murtagh já estava sentado, enquanto o homem estava de costas para mim, observando uma janela comprida.

─ Eleanor, minha querida. Enfim decidiu unir-se a nós?

Quis corrigí-lo, enfrentá-lo, dar-lhe o amargor de ouvir o nome que me foi dado pelos mares, mas o olhar de Murtagh me impediu. Era como o olhar de alguém preso há anos que vê sua chance de continuar vivo por mais um dia. Cedi, sorrindo de leve, mais para ele que para o Imperador.

─ Avisaram-me que tínhamos comida. Estou faminta. ─ E tomei meu assento. Acho que deixei Galbatorix desprevinido, mas apenas esperei que ele me dissesse algo sobre o jantar servido.

Troquei um olhar com Murtagh. Ele ainda estava lá. Aquele velho Murtagh, que me visitava em masmorras e for privado de suas memórias por anos, daquele que lutara conosco na montanha…

“Por favor, não demorem.”


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Notas finais do capítulo

Pesquisa de opinião, qual o boy preferido de vocês? Vale até o Tornac, o Elrohir, sei lá hauhauha Bjs



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