The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 53
Guard Up


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas :3 Atrasada, será? Imagina hahaha Bem, era de se esperar que eu fosse demorar um pouco mais agora na faculdade, mas não pensei que seria tão puxado. Doce ilusão. Aproveitando então as férias, venho retomar a vida dessa história. Sei que muita gente acaba desistindo pela demora, mas não me abandonem.
Ps. Muito desse capítulo foi escrito puxando a memória que eu tenho do terceiro livro. Talvez eu tenha errado a ordem cronológica de algum fato, mas me dou livre arbítrio para mudar essas pequenas coisas, se for o caso :3
Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330799/chapter/53

  A Mão Negra, nossa junta de espiões começou a me vigiar. A feiticeira era uma das principais que sempre estava por perto, mas nunca me incomodava. Meus homens estavam tomando cuidado redobrado. Eu pedi para que Elwë conseguisse reunir alguns batedores e enviá-los para checar nossas redondezas. O elfo foi com outros três homens e retornou com dois dias depois me dizendo que encontrara três assassinos dormindo numa duna. Não perguntei que fim tiveram.

  Além disso, Nasuada se preocupava com a segurança dos outros capitães e com a dela mesma. Então Elva tinha um pouco mais de contato com todos nós. Eu já não me importava tanto. Ela quem acabava ficando irritada com a quantidade de enjoos que estava tendo. Aquilo me preocupava.

  Além disso, Eragon e Roran tinham retornado ao acampamento. Nasuada estava prestes a mandar o Cavaleiro para encontrar-se com os anões, quando um inesperado ocorreu. Urgals e Kull, vieram nos encontrar.

  – Tem certeza de que é seguro?

  – Eles têm os mesmo motivos que nós, Silbena. Enquanto estiverem nessa guerra, não nos atacarão. O depois é que deve nos preocupar, mas eles não vão se rebelar.

  – Faz sentido. São bem resistentes. Criaturas fortes. – Eu afirmei, colocando os braços para trás. Já tinha tanto tempo que eu fora presa de Urgals e agora estava ali, prestes a trabalhar com eles. Não me incomodava mais. Eu sabia que eram agressivos por suas crenças, só isso. Não por crueldade. – Sua decisão me satisfaz, Senhora.

  – Espero que a questão se resolva logo. Estamos unindo tropas, não passaremos despercebidos por muito mais tempo. Logo será a hora de atacarmos.

  – Estaremos prontos. Os anões devem continuar conosco, temos o apoio de Surda, nossos próprios homens, e agora os Urgal e Kull. Além dos menino gato. Amigos de Angela.

  – Curiosos, não? E temos Eragon também. O povo de Carvahall está se dando bem nos treinos. E podemos receber mais algum auxílio, além dos Elfos.

  – Deveras. Bom, se não precisa mais de mim, ei de me retirar. Preciso tratar com Delrio.

  – Dispensada.

  Sai da tenda, respirando o ar seco de Surda. Aquele clima me cansava às vezes, mas era melhor do que não termos onde ficar. A montanha logo ficaria pequena. Fui caminhando até a tenda que minha mãe dividia com Wayn. Ela estava só, lendo um pergaminho antigo que trouxera consigo.

  – Silbena. O que há?

  – Ocupada?

  – Apenas lendo. O que foi?

  – Mãe, mais do que nunca confio na senhora, mas preciso que me garanta que nos enviarão auxílio.

  – Silbena, sabe que farei o que me estiver ao alcance. E não sou de prometer se não posso cumprir. Terão tudo que precisarem, mas não posso garantir de que me verá lutar ao seu lado.

  – Não é o que peço. Só quero que tudo acabe bem.

  – Meus homens e eu serviremos outros propósitos, meu bem. Enquanto isso, continue com a excelente liderança. E tudo dará certo. Além disso...

  – Não fale nada disso. Por todos nós, é melhor fingir que isso nem existe.

  – Eu posso fazer isso, Silbena. Você pode?

  – Eu tenho que.

  – Não se preocupe demais, meu bem. Mesmo em tempos de águas revoltas, é preciso manter a calma para saber içar as velas. Sabe disso, não sabe?

  Concordei com a cabeça. Ela ficou de pé e pegou um outro livro, dessa vez com algo escondido entre as páginas. Um cordão em forma de gota, vermelho. Dentro do cristal vermelho, uma mancha preta que me lembrava uma estrela parecia flutuar em água.

  – Consegui isso com uma senhora em uma das praias que atracamos há anos atrás. Era só uma criança. A mulher me disse que é um amuleto de boa sorte em batalha. Use-o bem.

  – Obrigada, mãe.

  – Vá, tenho certeza de que está ocupada. Não se preocupe.

  Concordei e deixei a tenda, com o pingente vermelho bem seguro em minhas mãos. Naquela situação, Nasuada tinha me deixado por conta de auxiliar os recrutas de Carvahall. Eu sempre avaliava os serviços do ferreiro, como sua mulher estava, como eles treinavam. E como Roran liderava.

  E ele virou outra pessoa agora que Katrina estava por perto. A moça parecia abalada pela perda do pai, e enfraquecida pelo cativeiro. Mas saber que os Ra’zac eram apenas uma memória me deixou quase tão feliz quanto saber da morte dos Gêmeos. Quase. Aqueles dois mereciam o destino mais infeliz que os esperasse.

  – Silbena. Como vai?

  – Muito bem, Roran. A situação parece estar se resolvendo. Seu primo foi tratar com os anões, devemos ter notícias logo.

  – Sim. Eragon estava preocupado com isso. Saphira quem não gostou de vê-lo longe.

  – Sim, mas não deve demorar muito. Ele não parecia muito bem depois de enfrentar...

  – Murtagh. Ele me disse que os dois se encontraram a caminho dos Varden. Ele os traiu quando todos achavam que ele estava morto, sim?

  – É, bem isso.

  – Fora que...achei que a notícia tivesse se espalhado.

  – Não tem obrigação de me contar, Roran.

  – Murtagh lhe disse que são irmãos.

  – Eragon? Filho de...Não, não faz sentido.

  – Bom, ao que parece faz sim. Enfim, no que posso ajudar?

  – Só estava checando a situação por aqui, Roran, mas vejo que o povo simples de Carvahall tem nervos de aço.

  – Hum, estamos nos virando bem.

  – Continue assim. É um bom líder.

  – Obrigado.

  Deixei Roran para trás, coçando o rosto. O calor deixava a pele da minha face seca, as bochechas claras sempre com um tom rosado agora. Exatamente como Galbatorix me chamava em meus sonhos.

  Eleanor. Ela tinha a beleza que eu nunca teria. Pele macia, bochechas rosadas, cabelos sedosos e brilhantes, os lábios impecáveis bem diferentes dos meus sempre machucados. Sacudi a cabeça, olhando o pingente mais uma vez.

  “Quer conversar?”
“Achei que tínhamos um acordo, Grande.”

  “Você não consegue não pensar em mim, Silbena. Eu sou você.”

  “Hum. Posso tentar sempre. Estou bem.”

  Ele entendeu o recado e se retirou. Percebi a verdade em suas palavras. Sua mente não estava na minha, mas ainda estávamos unidos. Galbatorix poderia encontrá-lo se quisesse.

  Suspirei, parando de andar. Prendi o cordão ao pescoço, sentindo um par de mãos frias me ajudar. Elwë. Olhei para ele por cima do ombro, calada. Ele parecia tão mais sério atualmente. Quando o questionei, disse apenas que se preocupava com minha segurança. Não parecia ser tudo.

  – O que é isso? – Ele perguntou, passando a mão pelo cabelo curto. Olhando daquele ângulo, ele continuava sendo o elfo estranho e maravilhoso que eu conheci.

  – Um presente de minha mãe.

  – Parece preocupada.

  – E você não? – Ele deu aquela risada de quando eu via através dos olhos verdes eletrizantes.

  – Acontece que estou. Provavelmente por motivos parecidos.

  – São pesadelos, Elwë. Só isso.

  – Muito bem.

  – Suas mãos estão frias.

  Ele franziu o cenho, colando os dedos ao meu pescoço. Tentei fugir, mas ele me segurou, rindo. Ri também, arrepiada. Quando estávamos fugindo pelo deserto, eu mal me lembrava das diferenças entre Elwë e eu. E nem nesses pequenos momentos.

  – Agora não estão mais.

  – Graças a mim.

  – Obrigado.

  Sorri, mais tranquila. Elwë passou um braço sobre meus ombros e me fez encarar as nuvens no céu, concentrado.

  – Sabe o que isso significa?

  – Não.

  – A noite de hoje será fria.

  E me deixou. Concordei, indo treinar com Orun. Se a noite seria fria eu não sabia, mas a tarde com certeza não.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

  Elwë tinha razão. A noite estava bem mais fresca. Depois de tomar um banho, eu cuidadosamente refiz a cobertura sobre minha marca, tão grande que já cobria meus dois braços e começava a descer pelas costas. Ela parecia crescer junto de Elrohir.

  E ele não sabia porque não me marcou só na mão, como os outros cavaleiros tinham. Provavelmente por ser de outra espécie, mas não tínhamos certeza.

  Assim que terminei, deitei-me para dormir. E como eu já devia esperar, o sonho veio.

  Dessa vez, eu descia um corredor parcialmente iluminado por candelabros altos suspensos. Entrei no que eu reconheci como meu quarto. Ou pelo menos o que era para ser.

  Logo acima da cama havia uma caixinha. Grande conhecida minha. Era onde ele guardava aquela fita amaldiçoada dele. A que encheu meu corpo de cicatrizes minúsculas. Hesitante, peguei a caixa e a deixei por cima da escrivaninha. Meu coração quase parou quando o par de mãos quentes segurou meus braços.

  – Sempre assustada assim? – Murtagh. Encontrei o rosto dele. Apesar do sorriso ali estampado, eu sentia algo claramente errado. Eu tinha consciência de estar sonhando, mas parecia muito real dessa vez. Ainda mais do que em todos os outros sonhos.

  – O que está acontecendo, Murtagh?

  – Galbatorix achou que não se incomodaria com alguma compainha. O que é isso?

  – Nada.

  As mãos quentes ainda em meus braços, causando pequenos arrepios. O aperto ficou um pouco mais forte, mas por um breve instante. Quando seus dedos iam escorregando na direção do laço do vestido, o toque começou a ser frio, quase gelado. A caixinha por cima da escrivaninha sacudiu-se.

  “Esse toque pode lhe servir muito melhor. Sabe o que precisa fazer.”

  E a tampa se abriu num estrondo com uma fita branca que se jogava na direção do meu rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me deixe só plox .q



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Secret Weapon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.