The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 52
Getting Started


Notas iniciais do capítulo

Hola pessoas...Então, estou postando correndo pq já passou da hora de dormir (ter horário pra levantar é isso ai .q) Espero que gostem :3



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  – Silbena.

  – Pois não, Nasuada?

  – Delrio e Wayn deverão ficar conosco, pelo que me disseram. Espero que consiga alojá-los bem. Espero que sua mãe não afete sua forma de agir.

  – Já faz tempo que ando com minhas próprias pernas, senhora. O julgamento de minha mãe pode sim me abalar, mas não a ponto de afetar o funcionamento da minha tropa.

  – Pois bem. Era só isso.

  Ah, a verdade. Realmente, eu até então não me julgava mais necessitada de minha mãe, não fosse pelo laço afetivo. Agora, no entanto, ela estava ali. E podia facilmente discordar de mim. Não parecia agradável.

  Minha mãe estava aproveitando muito bem o tempo em terra firme. Encontrei ela e Wayn assistindo ao treino de Sano e Elwë. Os dois nunca forma muito próximos, mas gostavam do desafio. Elwë era rápido demais para Sano, esse era forte demais para o elfo. E até então nunca se vira um vitorioso naquele combate.

  – Orun. – O anão se virou, parado ao lado dos meus familiares. Os dois me olharam também, pouco chocados.

  – Aye, Capitã.

  – Encontre um cômodo para eles. Consiga comida também. Ande logo.

  – Seu namorado está ganhando.

  – Orun, quer mesmo perder essa barba tão estimada assim? Anda.

  – Já vou, já vou.

  Mas a risada retumbante o acompanhava. Pisquei, avaliando a briga. Ele normalmente chamava Sano de meu namorado, mas poderia ser Elwë. Os dois me eram muito próximos. Delrio me fitava, séria e calada.

  – Era brincadeira dele. Acabei tendo que me aproximar de muitos homens, os dois inclusos.

  – Humano e elfo. É estranho. – Wayn era intelectual demais. Ele sempre via cada questão com uma perspectiva de um pesquisador. Ele acabava percebendo muitos detalhes, mas acabava se perdendo neles. – E como é que conheceu a dupla?

  – O elfo me ajudou depois que eu fugi de Uru’baen. Encontrei o outro algum tempo depois, quando fui recrutar um grupo que nos buscava. Elwë ficou sumido por um tempo.

  – Por que o cabelo dele é assim?

  – Ele é um elfo moderno?

  – Eu estava sentindo falta de suas respostas, Silbena. É um combate envolvente.

  – Sempre é. Eles parecem em perfeito equilíbrio.

  – De fato. São muito habilidosos, um mais agressivo que o outro.

  – Não se perca muito, Wayn. Não viemos assistir treinos.

  – Pretendem demorar?

  – Nós nunca pretendemos, minha querida, mas o tempo não é nosso para controlá-lo. Ainda mais nessas situações.

  – Entendo. Vai se acostumar com a estrada reta.

  – O pior dos problemas, com certeza. Não se preocupe, Capitã, não sou uma criança.

  – Peço desculpas, então.

  – Volte ao trabalho, ande. Não se incomode comigo.

  Eu estava prestes a me retirar, quando o vento em meus ouvidos uivou. Delrio mal teve tempo de se atirar ao chão, tentando, desembainhar sua cimitarra. Esperei, mas mais nada veio. Vi a feiticeira estranha me encarando, buscando o culpado.

  – Está bem, filha?

  – Sim. – Abaixei-me e apanhei a lâmina, estudando a adaga. Um arrepio desceu por minha coluna, vendo um brasão familiar estampado no botão diminuto. Era o mesmo do cordão que Delrio me dera. Galbatorix. – Maldito.

  – O que?

  – Alguém quer nos matar. Com licença, mãe.

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  Era estranho que fosse eu quem deixasse Elva desconfortável. A garota tinha previsto o atentado, por isso a tal feiticeira estava por perto. Aparentemente, ela não gostava muito da ideia. O enjoo era quase palpável, junto ao que ela já tinha vomitado. Nasuada me fitava, séria.

  – Tem certeza?

  – Como nunca, Nasuada. Eu tenho tido esses sonhos, visões...não sei do que chamá-los. Ele me chama, tenta me convencer com o luxo, a riqueza, o poder. Bastardo.

  – Que coincidência. – Elva e a risada seca. Ela sempre tentava me diminuir, por saber um suposto “segredo”. E pensar que eu quase me sentira mal por ela.

  – Agora não, Elva. Se ele queria matá-la, qual a lógica?

  – Ele não quer. Nasuada, ele me quer junto dele. Eu chego a tremer ao imaginar o quanto ele possa saber.

  – Acho difícil que ele não saiba algo. Mesmo sobre ele. Ele sabe tudo.

  – Existe uma maneira. Não existe forma de vencer Galbatorix com barreiras, mas ele não pode alcançar pensamentos que não existam. Foi como sobrevivi em Uru’baen. Não pensar no que não quer revelar.

  – Não temos como saber se funciona. Precisa ficar atenta.

  – Sei disso. Preciso também dar um jeito de tirar Delrio e Wayn do caminho.

  – Teremos cuidado com eles, segurança reforçada. Silbena...

  – Sim?

  – Tome cuidado. Precisamos de você.

  – Muito bem. Tomarei. Com licença.

  – Vá.

  O ambiente parecia querer me engolir em uma massa pesada. Aidan me esperava do lado de fora, o rosto frustrado. Parei ao seu lado, esperando a lista.

  – Está tão confusa que eu mal noto qualquer coisa. A não ser o leve temor.

  – Leve?

  – Sabe que raiva é maior que o medo. Até eu estou confuso.

  – Não posso te ajudar. Esses sonhos me atormentam tanto que o enxergo tudo ao meu redor. Por que ele me quer tanto?

  – Oh, apesar de Galbatorix reinar por séculos, a imagem de uma sucessora lhe seria...boa talvez não seja a palavra.

  – Interessante?

  – Importante, sim. É complicado. Digamos que seu povo está se cansando da tirania. E então, ele surge com uma esperança. Mesmo sendo “criada” por ele, as pessoas teriam a esperança de que você seria diferente. Dariam seu apoio. Você assumiria, mas continuaria sendo ele quem estaria no comando. Entende?

  – Mais do que eu gostaria. O que eu faço?

  – Não sei. A ideia poderia ser válida, deixá-lo achando que você poderia ser comprada para logo em seguida executar um golpe. O risco é altíssimo.

  – Aidan, pare de roer as unhas.

  – Oh? Ah, eu fico nervoso. Sinto muito. Um conselho amigo, querida. Avise seus amigos de que precisa de apoio. Seja com uma escolta, seja em mantê-la lúcida.

  – Aceito o conselho. E que comece minha batalha.

  Suspirei e, sem saber o que mais fazer, sai andando, em busca de conforto. Até mesmo Elrohir parecia tenso dentro de mim, mas não o confortei. Tinha medo de revelar-lhe a Galbatorix.


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