The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 48
Burning Rage


Notas iniciais do capítulo

Hey, personas :) Espero que gostem e perdoem o leve atraso < 3



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Apertei os olhos tentando ver se aquilo realmente estava acontecendo. E, ao que parecia, era bem real. Desci do mastro e fui correndo avisar Roran sobre o que eu vira.

Não consegui chegar até ele. O contato dele foi muito mais marcante. Elrohir já estava comigo, e eu com ele. Tentei enxergá-lo, mas o mar me impedia, claro.

Respirei fundo. Roran. Eu tinha que avisá-lo sobre o que eu vira. Forcei meus pés a andarem mais uma vez, pensando com toda minha força na alegria que eu sentia por ter Elrohir de volta.

– Roran. Combate.

– O quê? – Ele ficou confuso por um instante, antes de tentar ver através do mar. – Como...?

– Eu estava no alto do mastro. Roran, vamos chegar no meio de uma batalha. Precisam estar prontos.

– Você é a capitã.

– É você quem eles vão seguir. – Rebati, observando a tripulação. – Roran, primeiro passo. Eles confiam em você. Mostre que confia neles também, mesmo que seja mentira.

– Eu confio.

– Melhor ainda, não precisa mentir.

– Qual o segundo passo?

– Não estrague tudo. – Respondi, empurrando-o de leve e esperando seu discurso. Estavámos perto da costa, logo os sons da luta nos alcançaria.

Roran se colocou mais alto que o resto de seus amigos e começou a falar em voz alta. E fui para a beirada do navio, soltando as espadas de sua bainha.

O navio parou. Saltei direto para a água baixa e corri na direção da luta. Seguiram pouco depois. A cena era confusa para descrever. Enquanto eu já chegava derrubando quem me atacava, Eragon voava sobre mim montado em Saphira.

Foi tanto choque em um só lugar que eu nem entendi direito. Aidan atirava bolas de fogo para todos os lados, Sano atacava freneticamente com a lança, mantendo uma certa distância nos ataques diretos. Elwë era tão rápido que eu nem entendia direito o que ele estava fazendo.

E o choque de todos que desciam do navio me vendo girar com toda minha agilidade e pular nas costas de inimigos. Meus homens notaram meu retorno, mas deduziram que minha ordem era ataque direto.

Se antes eu estava simplesmente salvando meu pescoço, tudo ficou ainda pior depois do que eu vi. O dragão vermelho cruzou o céu num borrão, parando no alto de uma elevação.

Meu problema era quem estava sobre ele. Murtagh. O Murtagh que eu achei que tinha morrido, que eu chorei a perda, que eu sentia falta. O maldito que tinha me deixado sozinha, achando que todo o sofrimento era só meu.

– Bastardo. – Ele tinha nos traído? Eu até tentei correr na direção dele, mas o combate me impediu. Pena dos meus inimigos. Aquele dragão vermelho tinha a mesma cor que minha raiva fervendo meu sangue.

Cada corte era uma execução, cada defesa virava um contra-ataque bem feito. A cada passo que eu dava eu ficava esperando ele descer de lá e me dizer que sentia muito. Só que não, ele estava esperando para lutar contra Eragon. Seu amigo.

– Filho de... – Nem terminei de falar e voltei a lutar.

Vi aqueles dois gêmeos malditos. Também queria ir até ele e socar os narizes deles para dentro de seus rostos. Aquele devia ser o pior dia da minha vida. Bom, perdia para outros, mas na hora não pensei nisso.

Não sei quando tempo se passou. Na verdade, ficou ainda mais difícil de determinar depois do que aconteceu. O rei dos anões caiu, morto. O pânico durou por segundos, antes de se transformar em ódio mortal, cinco vezes pior do que antes.

Ataquei como se não fosse sobreviver para ver o fim da luta. E foi naquele ritmo que eu simplesmente atacava e esperava o fim da guerra.

Talvez aquela parte de não ver o fim fosse verdade. Quando me virei, um daqueles imundos enterrou uma adaga por baixo do corpete. É, esqueci que eu estava sem armadura. Atravessei minha espada no pescoço dele antes de tirar a adaga e tentar ignorar a dor.

De início, o sangue escorrendo era bem incômodo, mas Elrohir berrando dentro da minha cabeça só me deixava muito distraída. Tive que mandar ele ficar parado onde estava escondido, mas foi difícil convencê-lo.

Aidan correu na minha direção. Tentei mandar ele de volta ao ataque, mas minha boca não queria emitir qualquer som. Com as pernas bambeando, eu me deixei cair no chão, sangrando e morrendo.

“NÃÃÃOO”

“Elrohir, eu vou ficar bem, Grande.”

“Eu vou destroçar todos eles, aqueles...”

“Para com as ameaças inaldíveis e...fique comigo.”

“Vai ficar bem, precisa prometer.”

“Só não me deixe sozinha...e vou ficar.”

Aidan me alcançou, caindo de joelhos ao meu lado. Fechei os olhos, apagando.


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