The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 29
A Secret Discovered


Notas iniciais do capítulo

Então, como vão vossas senhorias? Boa leitura :*



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Acordei cedo. Mais cedo que o habitual. Me levantei devagar, esfregando meus olhos. A conversa com Sano voltou aos poucos, junto com as dúvidas. Sacudi minha cabeça, ignorando-as, por agora.

Peguei algumas roupas no meu baú. Orun me dissera para tirar o dia de folga, era isso que eu faria. Achei uma barra de sabão e fui tomar um banho.

Estava vazio. Soltei meu cabelo e tirei as botas. Tirei as roupas e as dobrei, colocando-as num canto. Entrei na água, afundando completamente.

Emergi, passando as mãos no cabelo. Peguei o sabão, me esfregando com ele. Não tinha um cheiro muito bom, mas me limpava. Perfeito. Lavei meu cabelo, afundando e emergindo várias vezes.

Saí, buscando a toalha que eu tinha trazido. Me enrolei no exato momento em que Sano entrou.

– Oh, me desculpe, eu... – Ele se virou, evitando me olhar.

– Tudo bem, tudo importante está coberto. – Dei um sorriso tímido. – Eu já vou...

– Eu te deixo trocar de roupa aqui. É. – Ele parecia pensar por um instante e saiu. Me virei, de costas para a entrada. Peguei as roupas novas e as vesti, o mais rápido que eu pude.

– Pronto. – Sano voltou, soltando o cabelo. Ficava pouco acima do ombro. – Obrigada.

– Tudo bem. – Ele coçou o nariz. – Me empresta seu sabão? Ainda não consegui um.

– Ah, claro. – Entreguei a barra para ele. – Já vou. Até mais.

Saí antes que ele me dissesse mais alguma coisa. Fui até meu quarto e deixei minhas roupas usadas lá. Depois eu as lavaria. Caminhei até o refeitório.

Não vi Sano mais naquele dia. Aproveitei minha folga e saí da montanha, indo me encontrar com Elrohir. Não tinha muito tempo que eu o vira, mas para mim foi como uma eternidade.

“Ei, Grande.” Ele tinha acabado de pousar numa clareira, não muito longe da montanha.

“Tudo bem com você?Você sumiu dentro daquela montanha imbecil.” Ele soltou uma nuvem de calor pelo focinho, contra minha mão. Sorri.

“Ajihad me pediu um favor. E não tem nem uma semana que não te vejo, Grande.”

“Não sentiu minha falta?”

“Claro que senti.” Me sentei contra seu corpo, me aninhando. “Sempre sinto sua falta, Grande.”

Ouvi ele emitir um grunhido que mais parecia uma risada. Sorri, fechando meus olhos. Ficamos daquele jeito por algum tempo. Até que Elrohir se levantou de repente.

Cai de costas, ficando embaixo do dragão. Se ele decidisse se deitar de novo eu morreria sob seu peso. Virei meu rosto, tentando ver o que o tinha deixado tão alerta.

Arregalei meus olhos, me forçando a me sentar. Sano encarava Elrohir, completamente paralisado e...apavorado. Sua expressão quase me fez rir, se a situação não fosse séria.

Elrohir se abaixou, como se fosse dar um bote a qualquer instante. Pus a mão em seu focinho.

“Tudo bem, Grande. Não precisa matá-lo, ele é amigo.”

– Sano. – Tentei dar um sorriso, mas não pareceu funcionar. Ele engoliu em seco e me olhou de lado, como se temesse que Elrohir o mataria assim que ele desviasse o olhar. Talvez não fosse um medo tão infundado assim.

– É...um dragão. Minha nossa, você está muito próxima de um dragão. – Ele estava pálido, gaguejando. – Silbena, por que ele não te ataca?

– Sano, eu vou te explicar, ok? Só respira fundo...isso. – Ele passou a respirar fundo, contando. – Vem cá.

– Mas, ele...ela...eu não sei.

– Ele não vai te atacar, venha. – Estendi minha mão para ele. Fiquei com medo que estivesse tremendo, era como eu me sentia por dentro.

– Tudo bem. Ok. – Ele olhou mais uma vez para Elrohir e se aproximou, cauteloso. O dragão pensou em assustá-lo, mas o repreendi.

– Vivo. Bom, acho que ele realmente não vai me matar. Ainda. – Ele parou na minha frente. – Pode explicar?

– Só se prometer nunca falar nada que eu te contar para ninguém. Prometa.

– Prometo. – Ele falou sem hesitar.

– Ok. Sano, esse é Elrohir.

“Elrohir, Sano.”

“Muito prazer, garoto.” A voz do dragão soou poderosa dentro das nossas cabeças. Sano fez uma pequena reverência.

– Bem, Elrohir é meu dragão. – Sano me olhou, em choque. – Não é MEU dragão, mas...Droga.

– Você é Cavaleira? Mas, você não tem uma Gedwey Ignasia, eu vi. Sei que não.

– Bem, é um pouco complicado.

– Explique do jeito mais simples. – Sano cruzou os braços, olhando as garras de Elrohir.

– Ok, ok. Eu não sei muito como, ou porquê, mas Elrohir se conectou comigo. Eu encontrei o ovo no deserto Hadarac, enquanto fugia.

– Fugia de que?

– Alguns elfos, mas isso não vem ao caso. – Não queria falar de Elwë com Sano, não me parecia confortável. – Depois disso, ele me marcou, mesmo sendo de uma raça que não se associa aos humanos.

– Então por que...?

– Como eu disse, eu não sei. – Olhei ao redor. Há poucos metros havia um riacho. Lavei meu braço, esfregando com força. A marca prateada, agora quase até meu ombro brilhou de leve.

– Minha nossa. Isso não faz sentido. Nenhum. Você lavou seu braço hoje, e a marca não apareceu.

– Bem, é. Não costumo esfregar muito esse braço, exatamente por isso. Caso alguém me veja no banho, não veja a marca. Como você fez.

“Como é? Ele te espia tomando banho?” Elrohir quase rosnou, mas não deixei.

“Não, Grande, foi um acidente. E ele não viu nada.”

“Bom mesmo.”

– E por que o esconde?

– Bem, com você, só 3 pessoas sabem disso. Ajihad e Orun também. É difícil explicar, mas não estamos prontos para aparecer. Ou ao menos, ainda não.

– Por isso o segredo? Poderia salvar dezenas de vidas, mas não quer por simples insegurança?

– Do que adianta ter um dragão se você não sabe lutar direito? Se ele não é treinado? Sano, não é insegurança, é a certeza de que vou falhar.

– Esse é um dos ovos de Galbatorix?

– Não, e é exatamente por isso que eu não sou obrigada a treinar com os elfos. Isso faria com que eu me destacasse, mostrando Elrohir também.

– E por quê não?

– Não é hora para uma guerra, Sano. Ainda não. – Respondi. – Claro, um dragão agora deixaria todos mais esperançosos, no entanto poderia provocar um chacina. Galbatorix ainda é muito superior.

“Os Varden têm planos, Sano, e se tudo der certo, logo outro Cavaleiro surgirá e teremos forças suficientes. Enquanto isso, quanto mais mantivermos Elrohir em segredo, melhor. Podemos treinar e aprender por nossa própria conta, até que alguém possa nos ensinar, sem temermos.”

– Quer que alguém surja antes de se entregar aos elfos.

– Mais que isso, quero que os Varden tenham uma arma secreta. – O segurei pelos ombros. – É por isso que ninguém pode saber de Elrohir, Sano. Ninguém.

– Eu prometi que não diria, e ainda prometo. – Ele me encarou, com uma expressão estranha. – É bom que seu plano funcione.

“Elrohir? Você ainda quer assustar Sano?” A ideia era um pouco maldosa, mas seria divertido. A sela de Elrohir ficava numa caverna, perto da montanha, para que ninguém me visse pegando-a quando precisasse.

“Qual seu plano?”

“Levá-lo às alturas.”

Elrohir se deitou, assumindo um tom verde azulado, por causa das plantas e do céu. Sano sorriu, maravilhado.

– Elrohir quer fazer uma coisa. E é uma honra, Sano. Aceita?

– Claro.

– Espera aqui. – Saí correndo, indo até a caverna. Peguei a sela e voltei, ainda correndo.

O dragão estava pronto, apenas esperando a montaria. Sano me olhou, como se quisesse confirmar a autorização antes de montar Elrohir.

– Venha logo, não é como se ele fosse te comer. – Me inclinei um pouco, oferecendo uma mão para ajudá-lo. Eu já tinha me acomodado na sela. – Ande.

Ele pegou minha mão e se içou para cima, passando uma perna por cima do dragão. Se acomodou.

– Muito bem. Não importa o que aconteça, não se solte. – Falei para ele.

“Vai com tudo, Grande.”

Antes que Sano conseguisse dizer qualquer coisa, o dragão estendeu as asas, num tom azul celeste e se jogou para o alto, com a força de suas pernas.

Os braços de Sano passaram ao meu redor, ao mesmo tempo que um grito se formou ao meu redor. Elrohir bateu suas asas, já no alto, aumentando nossa velocidade.

“Devo?”

“Vá em frente.” Respondi, sorrindo.

O dragão fechou as asas e se jogou para baixo, descendo à toda sua velocidade. Abri meus braços, sentindo o vento contra o rosto e o chão se aproximando.

Não sei como Sano não desmaiou.


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Notas finais do capítulo

Sano sofrendo altos bullying, hue ;P Me deixem reviews com suas opiniões, preciosas para meus olhos e meu coração u.u Um beijo :*



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