The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 24
After A While


Notas iniciais do capítulo

Meio curto, achei que tinha ficado maior, mas enfim...
Espero que gostem ^^
E desculpem minha demora, tava tendo prova na escola, a semana toda -q



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Ouvi alguém batendo na porta.Orun, como todos os outros dias. Me forcei a me levantar da cama e abri a porta para ele. Seu sorriso me fez sorrir também.

– Pronta para seu último dia? – Ele se sentou no meu catre enquanto eu me sentei no chão e calçava minhas botas. Franzi o cenho.

– Já se passaram três meses? – Apoiei a mão em meu joelho.

– Ora, minha companhia te fez perder a noção de tempo? – Ele sorria brincalhão.

– Claro. – Sorri, continuando a brincadeira. Orun tinha se tornado meu melhor amigo.

Já se passaram três meses. Depois de atacá-lo na biblioteca, o Gêmeo não me irritou mais. Aliás, nenhum deles. Ajihad percebeu a hostilidade com a qual passei a tratar os dois, mas ele pareceu aprovar.

Os Gêmeos pararam de me importunar e alguns outros soldados e capitães se aproximaram. Orun me acompanhava sempre que podia. Ele também sabia de Elrohir.

Depois que Ajihad descobriu da existência de Elrohir ele ordenou que eu treinasse todos os dias, por três meses. Elrohir passou a aprender alguns ataques com a ajuda dos livros da biblioteca que eu lia para ele. Nossa vida estava indo bem.

Orun me acordava todo dia para os treinos e me acompanhava até a área de treinamento. Eu treinava mais de quatro horas por dia com Cedric. Depois de dois meses treinando eu já conseguia desarmá-lo, mas ainda perdia constantemente. Orun treinava conosco alguns dias.

– Vamos logo garota. Seu adorado mestre não tem o dia todo. – Ele continuava com aquele sorriso brincalhão.

– Adorado mestre? – Arqueei uma sobrancelha, sem entender muito.

– Vai me dizer que não fica toda sorridente quando está perto de Cedric? – Ele me olhava, provocante.

– Orun, só porque gosto da companhia dele não quer dizer que ele é meu adorado. – Apertei meus olhos um pouco, sorrindo ironicamente. – Já você com aquela anã dos andares de baixo...

– Já entendi. Não teve graça a brincadeira. – Ele começou a corar sob a barba.

– Vamos logo. – Me levantei e passei pela porta, ouvindo-o me seguir.

– Demoraram. – Cedric estava com uma mão na cintura e a outra apoiada na espada presa ao cinto. – Não acabou ainda, Sil. Se faltasse hoje teríamos que recomeçar.

– Não será necessário, Cedric. – Parei com os braços cruzados sobre o peito, de frente para ele.

– Será uma pena. Vamos logo. – Ele desembainhou a espada e se afastou de mim.

Desembainhei as minhas e me afastei também. Eu realmente tinha ficado próxima de Cedric, mas quando treinávamos éramos oponentes. Ele atacava sempre que podia, e eu tinha que me defender e procurar uma abertura.

Aquele último dia não seria diferente. Ele assumiu a postura de combate, os olhos verdes me avaliando e o ambiente ao redor, perdendo aquele brilho amigável. O cabelo loiro, sem corte dor últimos meses, estava preso num curto rabo de cavalo.

Ele investiu. Me defendi e revidei. Ficamos daquele jeito por alguns instantes, até recuarmos juntos.O avaliei. Ele olhava de soslaio algumas vezes para meu lado esquerdo. Meu lado mais fraco.

Como eu imaginei, atacou o lado esquerdo. Me desviei e ataquei o lado direito. No último segundo ele desviou meu golpe. Atacou de novo, e eu me defendi. Minha lâmina parou na empunhadura de sua espada. Virei minha lâmina e joguei a dele longe.

– Quem diria que eu só venceria no último dia. – Ergui a lâmina até seu pescoço, sorrindo.

– O que te faz achar que já venceu? – Ele sorria também, encarando a lâmina vermelha em sua garganta.

– O que te faz achar que pode vencer?

– Você é esperta. – Ele empurrou a lâmina da minha espada com um dedo e se abaixou para pegar a própria arma.

– Obrigada. – Embainhei as espadas. – Preciso continuar treinando hoje?

– Já se cansou? – Ele sorria.

– Claro que não. Estou com preguiça. – Dei de ombros.

– Tudo bem, você merece. Até me venceu hoje. – Ele riu. – E de qualquer forma, Ajihad quer falar com vocês.

– Obrigada, Cedric. – Sorri para ele. – E não se preocupe, ainda vou treinar com você.

– Conto com isso. – Ele sorriu e bagunçou meus cabelos.

– Vamos, Orun. – O anão me seguiu pelos corredores, apenas acenando com a cabeça para Cedric.

Ajihad nos recebeu sozinhos. Orun se sentou, mas eu fiquei de pé, ereta. Por mais que Ajihad insistisse que não era preciso agir daquela forma, eu fazia exatamente como os soldados dos Varden.

– Silbena, Orun. Como vão?

– Muito bem, senhor. – Orun sorria felizmente.

– Muito bom. – Ajihad se sentou com as mãos sobre a escrivaninha. – Silbena, preciso de você e...bem, de Elrohir.

– Pois não, senhor?

– Preciso que vocês saiam numa expedição para encontrar alguns soldados vindos de Surda. Eles estão a uma semana daqui de cavalo, no entanto...

– Elrohir e eu podemos cobrir essa distância em até dois dias. – Concordei com a cabeça. – Quantos são?

– Cerca de trinta homens. Claro que terá que acompanhá-los a pé para que não vejam Elrohir, mas não será um problema. Só preciso que alguém os vigie.

– E se eu encontrar alguém suspeito?

– Mate-o. – Ele não parecia gostar da ideia, mas na hesitou ao responder. – Espero que não tenha problemas, no entanto.

– Quando devo partir?

– Amanhã de manhã. – Ele se virou para Orun. – Orun, providencie o que ela precisar para a viagem.

– Muito bem. – Ele se levantou. – Vou tomar conta da garota.

– Boa viagem. – Ajihad falou me encarando. Repassei a mensagem para Elrohir.

“O que acha?”

“Que vou te seguir de qualquer jeito.”

“Então vamos logo, grande.”

Deixei a sala e fui até meu quarto. Orun foi atrás do que eu pudesse precisar. Parei de frente para o espelho atrás da porta.

– É isso ai, Silbena. Sua primeira grande missão. – O reflexo sorriu comigo. Me deitei no catre, satisfeita com meu progresso entre eles.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Bjs



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