The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 20
The Varden


Notas iniciais do capítulo

Até que enfim a animala aqui conseguiu continuar essa estória ;s
Meu Deus, foi difícil, mas tá ai...
Boa leitura a todos ^^



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Passei mais três dias caminhando, apenas com Elrohir ao meu lado. Minha marca agora já tinha passado o cotovelo, parecendo uns monte de veias, porém com um brilho prateado. O dragão também já tinha crescido um pouco, agora alcançando o meio da minha canela.

Mas o que eu estranhava era que ele definitivamente não se parecia com os dos outros Cavaleiros. Ele era mais robustos, e com os chifres na cabeça, além dos espinhos que desciam até a cauda.

– Por que minha marca cresceu, hein? E por que você é tão diferente? – Elrohir me encarou, brilhando num tom prateado incrível sob a luz da lua.

Suspirei. Mesmo sabendo que Elrohir estava ali, ao meu lado, aquele silêncio me frustrava. Eu precisava de respostas. Eu precisava dos Varden. E precisava logo.

Mais 4 dias se passaram, e eu nunca parecia chegar aos Varden. Eu recolhi água no deserto por todo o tempo que pude, mas em certo momento eu já não me aguentava de pé.

E foi então que eu fui para a floresta. Ali era bem mais fresco, porém seria mais fácil ser encontrada. Minha marca foi um problema, até que eu consegui escondê-la com uma fruta que encontrei.

Bom, na verdade, que Elrohir encontrou. O sumo era da cor da minha pele, e misturada com seiva ficava pastosa, fácil de se espalhar pela pele. E meus cabelos já tinham voltado ao seu tamanho no dia que conheci Elwë.

Meu coração ficou pesado ao pensar em Elwë. O que tinha acontecido com ele? Talvez ele tivesse voltado para Osilon, ou até mesmo fugido de novo. Ou talvez ele estivesse...Não, era melhor nem pensar.

– Ele tem que estar bem, não é? – Elrohir se enroscou entre minhas pernas de uma forma carinhosa, mas ainda assim, quase me derrubando. – Sei que sim.

“Elrohir.”

Ouvi as palavras ecoando na minha mente, e instintivamente olhei para o dragão, agora num tom verde-amarelado. Enfim, ele dissera alguma coisa, mesmo que fosse só o próprio nome.

“Sim, Elrohir”

O dragão fez um barulhinho baixo com minha resposta e continuou caminhando.

Duas semanas. Foi esse o tempo que passei andando pela floresta, sem rumo. Fosse lá onde os Varden estavam, era muito bem escondido. Elrohir estava imenso. Ele cresceu bastante nas duas semanas, e agora já tinha que caçar sozinho.

“Não vá muito longe”. Eu sempre o pedia para tomar cuidado.

“Eu te alcanço. E não se preocupe comigo, tome cuidado”. Ele se ergueu, com as asas compridas e finas, com a luz passando pelas membranas, e a parte de baixo do corpo num tom verde escuro maravilhoso.

Era incrível como ele mudou em duas semanas. Eu o observei com um sorriso, até que ele sumiu. Continuei caminhando, com uma sensação estranha.

E então eu cai. Eu estava na água, mas não era como quando eu pulava do mastro. Dessa vez era sufocante. Alguma coisa, uma força, me empurrava para o fundo.

Eu tinha que sair dali, mas não conseguia. Sempre que eu tentava subir, aquela força me empurrava de novo. Eu estava quase desistindo, quando senti algo quente ao redor do meu braço, me puxando.

Estava escuro demais para eu conseguir ver, mas o que importava é que eu tinha saído daquele lugar. Eu estava de quatro, com os cabelos pingando água e encarando o chão.

– Obri... – Quatro lanças e uma espada se viraram para meu pescoço quando me sentei sobre meus calcanhares, olhando pra frente.

– Não se mova. Vamos levá-la até o líder se ficar quieta. – Era um homem careca, com um olhar maléfico e cara de uns 40 anos quem disse.

Alguém me ajudou a levantar, uma lança ainda apontada para mim. Eu podia ouvir os gritos de Elrohir em minha mente.

“É melhor eles te deixarem ir, ou vou destruir essa montanha sobre eles!”

“Fique quieto, Elrohir. É melhor se eles não souberem de você. Vou ficar bem, prometo”.

”Bom mesmo, senão mato cada um deles.”

Olhei meu braço, a marca ainda estava escondida, mesmo eu tivesse ficado muito tempo na água. Outro homem careca, idêntico ao que liderava o grupo surgiu, dando uma risada baixa.

Fui os seguindo, percebendo lanternas estranhas em suas mãos, mas ainda me sentindo no escuro, com o frio me fazendo tremer. Passamos por vários corredores escuros e portas ornamentadas, até chegarmos a uma sala diferente.

Não era muito grande, mas era bem mais confortável que os corredores. Eu mal consegui prestar atenção ao meu redor enquanto caminhava atrás dos gêmeos, pelo frio e pelo medo.

Um homem se aproximou de mim, me avaliando. Ele tinha a pele muito escura, surpreendente. Até mais escura do que a de alguns dos nossos marujos.

– Soltem-na. – As mãos que me prendiam se soltaram, imediatamente. – Sou Ajihad. Gostaria que você nos contasse quem é.

– Silbena. – Não hesitei. Se eles descobrissem que eu estava mentindo eu morreria no mesmo instante. Ou no mínimo, torturada.

– Silbena, sei que isso é uma grande invasão de privacidade, mas por questões de segurança, preciso pedir que você nos deixe entrar em sua mente.

– Sou obrigada? – Não queria soar suspeita, mas se eles eram os Varden, eu poderia confiar neles. Porém eu não queria me expor assim.

– Pode decidir não nos deixar entrar, mas então teremos que prendê-la. – Ele dizia com calma, de forma simpática.

“Elrohir, o que acha?”

“Acho que seria melhor se eu estivesse ai, mas enfim. Deixe-os, mas não revele tudo. Posso te ajudar a esconder sobre seu pai e a prisão, mas nada mais. O resto você tem que ser forte.”

Respirei fundo, a resposta de Elrohir ainda fraca na minha mente. Ele não devia estar longe, mas ainda era um pouco difícil ouvi-lo.

– Muito bem, mas se eu sentir que estou sendo atacada, não vou hesitar em revidar.

– Tem esse direito. – Ele olhou para os gêmeos, que observavam a situação por trás de mim.

Senti uma fisgada na parte de trás da cabeça e um deles derrubando minhas barreiras. O outro entrou feito uma serpente na minha mente, deslizando entre as memórias.

Minha cabeça começava a doer. Tenho certeza de que aqueles dois estavam sendo agressivos, só por diversão. Coloquei um muro cercando minhas memórias, fazendo o gêmeo recuar. Só então o deixei voltar, o fincando com ataques ocasionais.

E então eu senti aquela pressão me soltando. Tinha conseguido. Os gêmeos fizeram uma cara de decepcionados e apenas se viraram para Ajihad, negando com as cabeças.

– Muito bem, Silbena. Filha de Delrio, certo? Somos os Varden, e agora você também é uma de nós. E sua primeira tarefa, depois de se acomodar em um dos cômodos, se alimentar e se banhar, será se encaminhar para nosso mestre de estratégias.

– Estratégia? – Ajihad pegou minhas espadas, que estavam com um dos guardas.

– Tenho boas sensações sobre você. – Ele sorriu e me entregou as espadas. – Tenho certeza de que não se importarão com uma mulher no exército.

Peguei as espadas, sorrindo de volta, sentindo o alívio de Elrohir. Eu finalmente cumprira minha promessa com minha mãe. Estava sã e salva. E faria algo que eu provavelmente gostaria. Por enquanto, eu estava em paz.


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Notas finais do capítulo

Então, foi malsão ai ter demorado tanto, mas não me matem, please :T
Deixem reviews me xingando por isso >



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