The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 14
All I Have


Notas iniciais do capítulo

Opa, demorei um pouco mas voltei!
É difícil, eu estava terminando uma parte da fic de PJ, escrever uma das de THG e ainda deixei uma dessas em Hiatus ¬¬ Enfim, vida voltando ao normal, cá estou eu, espero que gostem :D Vou parar de encher linguiça, podem ler!



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– Silbena, acorde. Vamos. – Abri os olhos assustada, alguém me sacudindo ligeiramente. Pisquei, tentando clarear minha visão. Apenas alguns segundos depois consegui ver quem me chamava.

– Rine? – Ela parou de me sacudir e se afastou um pouco, pra eu poder me sentar. – O que está fazendo aqui?

– Implorando para que os deuses que existirem me ajudarem. Consegui matar meu carcereiro sufocado, mas eles já estão me procurando.

– E por que veio pra cá?

– Tenho mais chances de fugir com mais alguém, e seria bom se fosse você. – Eu já conseguia ver formas no escuro da cela, e a de Rine me parecia estranha. Talvez menor do que quando a conheci.

– Quem te ajudou? Você não teria conseguido sozinha. Não sem ajuda. – Era uma acusação, sem dúvida.Um clarão repentino me cegou.

Abri os olhos devagar, já sabendo que não encontraria Rine. Era como se eu estivesse de volta ao sonho que tive com Tornac, mas tudo sombrio e morto.

– Você é esperta. Mais um motivo para me ajudar, Silbena. Pense nisso. Nunca será tão grandiosa quanto sua mãe. Ao menos não sem minha ajuda. – Galbatorix falava de algum lugar, bem perto de mim, mas eu não o via.

Pisquei com força, os pulsos cerrados tremendo contra o chão de pedra. Eu arfava pesadamente, sentindo meu peito queimando. Minha boca estava mais seca do que nunca, mas não tinha nada na cela que eu pudesse tomar.

Tentei me sentar, mas não conseguia. Era como se nenhuma parte do meu corpo tivesse forças. Continuei arfando por mais um tempo, até que um guarda me trouxe uma bandeja com água e comida.

O cheiro da sopa me deu forças para me levantar. Caminhei cambaleando até a bandeja e me sentei de novo, pegando a água e tomando um longo gole.

O maldito não atacaria diretamente, e sim por sonhos e ilusões. O maldito não me deixaria em paz nem nos meus sonhos. Me recostei na parede e fiquei contando, até dormir de novo.

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Sacudiam meu ombro, levemente, me fazendo acordar. Tornac estava agachado na minha frente, com um olhar preocupado. Pisquei, clareando minha visão.

– Ei, tudo bem? Seus pulsos devem estar doendo muito. – Baixei os olhos para meus pulsos, instintivamente. As correntes que me prendiam estavam totalmente esticadas, e as algemas prendiam meus pulsos, cortando-os.

Me arrastei um pouco para aliviar um pouco as correntes, sentindo os pulsos arderem. Tomei o resto da água antes de responder, com a voz suave, pela primeira vez em tempos.

– Estou bem, só um pouco aturdida. – O encarei por um instante, tentando perceber se aquilo era mais alguma ilusão de Galbatorix. – Ele está na minha mente, Tornac.

– Eu sei. Não consigo imaginar quão horrível seja, mas vai ficar bem. – Ele tirou meu cabelo da testa, com cuidado. Já estava uns três dedos maior do que quando deixei minha mãe.

– Eu não aguento mais, esse lugar, essas correntes, essa tortura. – Suspirei. Ele tirou outra mecha do meu cabelo da minha testa. – Essa sensação de que desapontei minha mãe.

– Vou te tirar daqui. Não sei como, mas eu vou conseguir, vou te tirar daqui. – O encarei de novo, tentando sorrir. – Prometo.

– Não precisa se matar por mim, Tornac. Mas se puder fazer alguma coisa, seria bom. – Ele sorriu de volta, bem menos preocupado.

– Prometo que vou tentar. Mas, mudando de assunto, soube que Murtagh veio até aqui.

– Soube ou perguntou? – Ele deu uma risadinha fraca, me indicando que era a segunda opção. – Sim, ele veio até aqui. Gosta muito de você e é um bom rapaz.

– Rapaz? Ele é da sua idade.

– Eu sei. Mas ainda assim, ele é muito bom. Um pouco fechado, mas tem algo de...especial nele. – Tornac me encarou, um pouco confuso. – Não sei porque, mas tenho a sensação de que ele ainda vai ser importante.

– Não duvido. Murtagh tem um potencial incrível.

– Eu sei. – Dei um sorriso leve pra ele. – Assim como você deve ter.

– Aprendi muito com ele. Talvez mais do que tenha ensinado.

– Claro, mas ainda assim, deve ter sido um bom ensino.

– Tudo bem, entendi. Sou um ótimo mestre.

Assenti, sentindo minha garganta voltando a ficar seca. Ele deu uma risada baixa.

– Apesar de ser um pouco novo para me chamar de mestre. – Ele parou de sorrir com o próprio comentário.

– Murtagh me disse. Mas você não se sente tão jovem, não? – Perguntei, parando de sorrir. Ele apenas negou, voltando a ficar com aquela expressão exausta.

– Galbatorix não permite que as pessoas se sintam jovens próximas a ele. Mas não se preocupe, vou ficar bem.

O silêncio preencheu a cela, rapidamente. Tornac ficou encarando o chão enquanto eu o observava. Comecei a me sentir sufocada com todo aquele silêncio.

– Tornac, você sabe sobre Rine? – Ele demorou um instante para parar de encarar o chão e me responder.

– Se não me engano, ela fez juramentos na Língua Antiga. Sinto muito.

– Não sinta. Se todos pudessem suportar o que Galbatorix faz, ninguém faria tais juramentos.

– Sim, assim como os que eu fiz. – O encarei. Eu sempre soube daquilo, mas fingia ser mentira. – Galbatorix apenas não me fez jurar que me afastaria de quem me importo.

– Por isso pode vir até minha cela, ajudar Murtagh e ir mais além.

– Não. Só vocês. É o que tenho. – Joguei meu cabelo para trás, tentando achar uma reação boa para o que ele tinha dito.

– No momento, também só tenho vocês. Murtagh também, acho. – Mal me ouvi, mas ele sorriu de leve com o que eu disse.

– Tenho certeza que ele também. – Ele ia dizer mais alguma coisa, mas se conteve. Ficou observando o teto da cela, talvez ouvindo algo. – Tenho que ir. Eu te tiro daqui, prometo.

Ele se levantou e saiu da cela, correndo. Talvez algo estivesse acontecendo no castelo. Ou talvez Galbatorix soubesse que ele estava ali, na cela, comigo.

A segunda opção me fez ficar arrepiada, pensando de várias formas que Galbatorix poderia puni-lo. Fechei os olhos, tentando me acalmar, quando percebi que estava puxando as correntes ao extremo e ofegando.

Me deitei, quando me convenci de que só deixaria tudo pior se continuasse tentando reagir. Acabei dormindo, percebendo quão exausta estava.

Senti alguém me sacudindo, com uma certa urgência. Fiquei com medo, de ser mais um truque de Galbatorix, mas quando abri os olhos encontrei os de Murtagh.

– O que está acontecendo?

– Tornac conseguiu liberdade. – O encarei sem entender. Tornac tinha conseguido se livrar do juramento? Baixei os olhos para as mãos dele, percebendo as chaves. Era a minha liberdade.


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Notas finais do capítulo

Reviews, por gentileza, pra eu poder ver o que está ruim ou que vcs curtiram :D



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