Os Marotos - A Criação do Mapa escrita por Bianca Vivas


Capítulo 11
Frustração


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey meu lindos? Como estão? Hoje é dia de votação, então para descontrair eu decidi postar o capítulo. Dividi para ficar melhor para vocês lerem, afinal ninguém tem cabeça pra ler em domingo de eleição.
Enfim, só para fechar com o assunto eleições, para quem vota: por favor escolham com cuidado seus candidatos, porque é o nosso futuro que está em jogo, ok? E para quem não vota: fiquem de olho nas propostas e promessas desses candidatos e vejam se o vencedor as cumpriu, porque há uma grande chance de você já ter idade para votar na próxima eleição, e é importante saber o que aconteceu ou deixou de acontecer tanto durante um governo quanto nas campanhas eleitorais (afinal ninguém quer votar num candidato que promete a mesma coisa em toda eleição e, quando ganha, não cumpre nada).
É isso pessoal, boa leitura para vocês. Se divirtam :)



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Os alunos já estavam se despedindo do professor Slughorn aquela altura. Compareceram ao pequeno almoço apenas alunos do segundo e terceiro anos, entre eles Lílian Evans, Severo Snape e Marlene Mckinnon. Mas três estudantes estavam ficando para trás. Prolongavam a própria saída pelo máximo de tempo possível, empurrando alguns docinhos para o estômago.

Horácio Slughorn notou a demora dos três, mas pareceu não se importar. Também queria conversar com eles em particular. Provavelmente sobre o mesmo assunto. O boato que estava rondando em algumas tavernas do mundo bruxo. A notícia de que Dumbledore estava escondendo um lobisomem em Hogwarts!

— Então, meninos... — começou o professor, mas foi interrompido por Remo.

— Acho que já sabe porque estamos aqui, professor — ele disse, olhando o mestre no fundo dos olhos.

— O senhor era a única pessoa estranha naquela noite — Sirius completou.

— E provavelmente a única que revelaria o segredo do Sr. Lupin, estou certo? — Slughorn apontou para Remo, que ainda bebia seu suco de abóbora — Sim, eu também tenho ouvido estes boatos, meninos, e asseguro-lhes que não revelei nadinha. Confio em Dumbledore cegamente. Ele não colocaria em risco nenhum aluno. Mas eu tenho que fazer a mesma pergunta a vocês: têm ideia de quem possa ter espalhado esses boatos?

— Você é a única pessoa estranha que sabia disso, professor — disse Remo, voltando o olhar para o homem — A única pessoa de quem posso desconfiar é o senhor, obviamente.

Horácio deu uma de suas famosas risadas.

— Claro, claro. Naturalmente — então ficou sério — Mas eu sou um professor de Hogwarts, e como tal não quero prejudicar a escola. Eu nunca soltaria um boato desses — olhou para Remo mais intensamente — Tem certeza, meu caro, de que está sendo bastante cuidadoso ao se esconder na Floresta Proibida?

— Mas é claro que ele está! Quem o senhor pensa que é para acusa-lo assim?! — Tiago gritou partindo para cima do professor, mas Sirius o segurou.

— Ora, vocês três também me acusaram de revelar esse segredo, não foi mesmo? — ele deu uma piscada, então abanou as mãos para eles: — Agora vão, vão, vão. Ou vão perder o carrinho de doces.

Remo saiu de lá bastante envergonhado e constrangido. Agora que pensava sobre o assunto, percebia o quanto ele tinha sido bobo por desconfiar do professor. Tiago, ao contrário, estava com muita raiva, mas dos amigos.

Ele queria jogar indiretas para que Lílian e Severo revelassem que esse boato tinha o dedo deles, mas Remo e Sirius o impediram. Disseram que colocariam em risco toda a operação. E que as suposições dele eram absurdas. Ora, absurdo era achar que o culpado era o Professor Slughorn!

Voltaram frustrados à cabine. Sirius chutava o ar e andava de um lado para o outro. Tiago se amuou em um canto e Remo se retirou em seus pensamentos, para descobrir quem era o verdadeiro fofoqueiro. Pedro tentava tirá-los daquele estado para que contassem o que ocorrera na cabine de Horácio. Quando já estava finalmente anoitecendo, ele conseguiu.

— Então perderam tempo lá, não foi? — ele disse, depois de ouvir toda a história da boca de Remo.

Lupin suspirou antes de responder.

— Sabemos que o Prof. Slughorn é de confiança. Esse é um bom começo. Prova que nem tudo foi em vão — suspirou de novo e puxou o malão, olhando para a janela — Acho melhor nos trocarmos, estamos chegando.

A plataforma da Estação de Hogsmeade não mudara nada no tempo em que passaram fora. Como no ano anterior, os alunos do primeiro ano eram conduzidos por Hagrid até os barcos que os levariam ao castelo. Já os alunos dos anos superiores iriam nas carruagens que eram guiadas sozinhas.

Como alunos do segundo ano, Sirius, Pedro, Tiago e Remo, iriam passear nelas pela primeira vez.

— Sabiam que elas não andam sozinhas de verdade? — disse Remo, subindo na carruagem.

— Ah, é? E por que eu não vejo nada puxando-as, hein sabichão? — desdenhou Pedro.

— Porque só quem pode ver os Testrálios é quem já viu a morte — disse Sirius, irritado — Agora faz o favor de calar a boca.

O clima tenso instaurou-se na carruagem. Sirius ainda estava aborrecido por não terem descoberto o mistério e Tiago, ficava cada vez mais amuado. Não falara nada desde que chegara da cabine de Slughorn.

A conversa do quarteto não recomeçou nem quando entraram no Grande Salão novamente. Mas Sirius pareceu animar-se um pouco ao reencontrar Marlene. Ela sentou-se entre ele e sua amiga Alice. Logo, Pedro e Remo também estavam no meio da conversa. Apenas Tiago ficou de fora. Ele não queria papo com ninguém.

Assim como na mesa da Grifinória, o clima nas mesas das outras casas era o de reencontro. Todos conversavam animadamente, revendo velhos amigos e colegas. Porém, quando a Professora Minerva McGonagall entrou, seguida de vários alunos do primeiro ano, todos se calaram. Iria começar a Cerimônia de Seleção.

Todo ano, no banquete, o Chapéu Seletor selecionava os alunos do primeiro ano para uma das quatro casas de Hogwarts: Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina. E, todo ano, antes de começar a seleção ele cantava o hino das casas comunais. Por isso, Sirius nem estava prestando atenção — afinal, quem já viu a cerimônia uma vez, viu todas — quando ouviu a Prof.ª Minerva chamar:

— Régulo Black — ele quase caiu para trás. Tinha se esquecido completamente que o irmão iria para Hogwarts este ano.

As mesas da Sonserina e da Grifinória ficaram num silêncio repentino. Nenhuma delas fazia qualquer barulho. Os alunos apenas observavam o garotinho de cabelos negros que era muito parecido com Sirius, subir até o banquinho e colocar o Chapéu na sua cabeça. Estavam todos ansiosos para saber se Régulo era, de fato, um segundo Sirius.

— SONSERINA! — o Chapéu Seletor anunciou depois de um tempo, e a mesa da Grifinória murchou um pouquinho. Régulo, porém, ficou aliviado. Não seria outro “Sirius” na família.

A mesa da Sonserina irrompeu em aplausos e vivas. Sirius viu Narcisa bagunçar o cabelo do primo mais novo, e Severo Snape apertar-lhe a mão num cumprimento.

— Nós também temos um Black! — gritou um aluno da Grifinória para um garoto da Sonserina.

— Relaxa, Six. Seu irmão não é como você — Marlene disse, alisando o ombro do amigo.

— Como se ele quisesse mesmo o Régulo na mesma casa que ele — Tiago desdenhou — Até parece que não conhece o Sirius, Marley.

— Ah, cala a boca Tiago! — Lílian Evans saiu de algum lugar e deu um empurrão em Tiago, indo abraçar Sirius. Tiago deu-lhe a língua e ficou emburrado novamente.

Por mais que não admitisse, Sirius, bem lá no fundo, queria que Régulo fosse para a Grifinória também. Ainda mais depois do que ocorrera no verão. Por um momento, achou que poderiam ser amigos. Mas Régulo era igualzinho a todos os seus outros parentes: um preconceituoso e ambicioso e hipócrita.

A cerimônia acabou e ele nem percebeu. Havia se perdido nesses pensamentos e no abraço de Lílian. Só percebeu onde estava quando a ruivinha largou-lhe e sentou ao seu lado.

Alvo Dumbledore havia levantado para discursar. O Grande Salão ficou silencioso novamente. Nenhum aluno ousava — e nem tinha vontade — de dizer algo enquanto Dumbledore discursava.

— Bem vindos à Hogwarts — disse o diretor, com sua voz rouca — Mais um ano se inicia, e com ele a nossa vontade de aprender mais e mais. Aos alunos novatos: que as aulas sejam instigantes e que vocês apreciem o saber que nossos queridos professores têm a oferecer-lhes. Aos antigos: que recebam bem nossos novos colegas e possam ajudá-los em qualquer dificuldade que tenham. — fez uma pausa, mas logo continuou: — E, como é de praxe, tenho alguns avisos de última hora para vocês.

“Está terminantemente proibida a entrada na Floresta Proibida, a menos que queiram ter uma morte muito dolorosa. E o Sr. Filch também me pediu para lembra-los que é proibido fazer feitiços nos corredores do castelo e portar bombas de bosta. Quem for pego infringindo qualquer uma dessas regras ficará terminantemente proibido de assistir aos jogos de quadribol desta temporada”

Os alunos suspiraram em desagrado e alguns, mais corajosos, gritaram que aquilo era um ultraje.

Dumbledore levantou as mãos pedindo silêncio e tornou a falar:

— Eu sei que as notícias são ruins, mas sempre há um ângulo bom em cada situação. Por isso, anuncio agora que está aberto o Clube de Duelos de Hogwarts. Aos interessados, procurem o Prof. Flitwick para se inscreverem. Isso é tudo. — abrindo os braços, sorriu por cima dos óculos de meia-lua — Vamos aproveitar o banquete.

Todos aplaudiram e, de repente, as mesas se encheram de comida. Os alunos atacaram-na. Até Tiago se permitiu sair de seu emburramento para comer um pouco. Até que um aluno do quarto ano apareceu, com uma coxa de frango na boca e disse:

— Ouvi dizer que tem um lobisomem na Floresta, e é por isso que o Dumbledore disse que quem se atrever a ir até lá vai ter uma morte dolorosa.

Tiago empalideceu. Nem Sirius, nem Remo, nem Pedro ouviram o que fora dito. Os três estavam envolvidos demais nas piadas de Marlene para prestar atenção. Mas ele ouvira e ficara furioso. Chega! Aonde aquilo ia dar? Olhou para Lílian, que estava as duas cadeiras de distância e sussurrou entre dentes:

— Pra sala comunal. Agora.

A menina, assustada, decidiu obedecer. E saiu do Grande salão, seguindo-o.

Tiago decidira. Iria tirar a história a limpo naquele exato momento.


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Notas finais do capítulo

Bem, esse capítulo foi bem curtinho, certo? Bem, aqui fica a promessa: o próximo vai ser bem maior. A partir dele as coisas vão começar a acontecer. Sim, eu estou falando dos estudos sobre animagia e DA CRIAÇÃO DO MAPA DO MAROTO! Não estou dizendo que eles vão criar o mapa no próximo capítulo ou nessa fic, só estou falando que voltaremos a falar sobre esse assunto a partir do próximo capítulo.
Ah, o que vocês acham que vai acontecer nesse encontro entre a Lílian e o Tiago? Muita briga?
Comentem seus lindos