Para Sempre Lidinho escrita por Érica, Mariana R


Capítulo 58
Losing you


Notas iniciais do capítulo

"Aquele sou eu no canto. Aquele sou eu no centro das atenções, perdendo minha fé. Tentando me igualar a você, e não sei se consigo fazer isso. Oh, eu falei demais... Eu não disse o suficiente. Eu achei que ouvi você rindo, eu achei que ouvi você cantar... Eu acho que pensei ter visto você tentar. Mas aquilo foi apenas um sonho. Tente... Chore... Por que... Tente."... (R.E.M.)



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“Lia, olha só o que tem na revista! É o Dinho!”

Gritou Tatá entrando no quarto como um furacão. Não dei importância para o que ela dizia e continuei a fazer o meu trabalho para a faculdade.

“Lia? Tá me ouvindo?”

Ignorei novamente minha irmã caçula, tirando-a do sério com isso. Resmungando o quanto eu era estúpida, ela saiu do quarto esquecendo a tal revista sobre a cama. Sem me conter, talvez possuída por um gênio ruim, saí da mesa do computador e fui ver o que tinha sobre o meu ex-namorado.

Jovem talento brasileiro é premiado nos Estados Unidos

Era o que dizia a manchete da capa com uma belíssima foto do cafajeste. Lendo por auto, soube que Dinho havia ganhado um premio importante sobre fotografia e que agora ele era tido como uma promissora aposta no ramo.

“Grande coisa!”

Desdenhei jogando a revista no chão. Nem sei por que me interessei em ver aquela porcaria, a vida daquele idiota não me dizia mais respeito. Provavelmente, ele devia tá aproveitando toda essa exposição para se dar bem com o publico feminino. Típico de alguém como ele, um cara tão idiota, mentiroso e um monte de outras coisas que eu nem sei exemplificar. Quero mais é que ele vá para o inferno, isso sim! Sua vida não tem mais nada a ver com a minha.

“Verdade? Então, por que ainda pensa nele? Sonha com ele? MENTIROSA!”

Ironizou meu subconsciente. Não era verdade... Eu não.

“Não? Por que olha quase o dia inteiro na direção do Hostel na esperança de vê-lo voltar?”

“Quem disse que eu olho? Que por acaso eu me importo?”

Ninguém disse, mas era a verdade. Tanta que ate eu mesma sabia disso, embora negasse.

Mas por que era tão difícil esquecê-lo? Maldição, ele tinha ido embora! De novo, há um mês me deixou aqui e nem teve a dignidade de me dizer. Apenas se foi. Tudo bem que nosso ultimo encontro não foi dos mais amigáveis, mas acho que, pelo menos, isso ele me devia.

Um mês... Parecia tanto tempo. Tempo no qual minha vida mudou de cabeça para baixo e o mundo que eu tinha antes desapareceu. Eu e Ju continuamos brigadas, apesar de ela ter tentado fazer as pazes, o Gil também se afastou, melhor dizendo, eu o afastei. Assim como fiz com Fatinha, Bruno ou qualquer outra pessoa que tocasse no nome dele ou tentasse defende-lo. Dinho não tinha defesa e eu não tinha mais amigos. Se já isso não bastasse, a presença constante de Raquel estava me levando à loucura, minha paciência era quase inexistente e agredia as pessoas por besteira. De certa forma, a culpa também era minha por não saber lidar com a distância de Dinho, a volta da minha mãe e a dor que insistia em permanecer em mim.

Uma nuvem negra havia se instalado sobre mim e fincado raízes tornado todos os meus dias cinzentos e tristes. Nem guitarra eu tinha para usar a musica como escape, e tudo o que fazia era me trancar no quarto e tentar esquecer. Como se algum dia fosse acordar e não pensar mais nele ou em nós dois.

“Só depende de você...”.

Foi o que Dinho disse, mas era fácil para ele falar. Não era ele que tinha que enfrentar tudo isso, não era ele, mas também não era problema dele. Era meu.

Esquecendo o trabalho na tela do computador, me joguei na cama. Busquei a revista com os olhos e novamente vi a foto dele, sorrindo, feliz. Aquilo me fez querer encontrar uma luz no fim do túnel, mas o túnel que era a minha vida não tinha fim.

Sentindo-me oprimida pelas paredes do quarto, peguei minha bolsa e saí de casa. Peguei um taxi sem rumo, e a certa altura, decidi ir ao shopping. Qual melhor lugar para se esquecer uma pessoa se não um lugar cheio de delas? Andei distraída olhando as vitrines, ate que entrei numa loja de instrumentos musicais. Fui ate as guitarras e comecei a olhar uma a uma na esperança de encontrar alguma que se parecesse com a antiga, mas que não estivesse quebrada. Uma preta com detalhes vermelhos me chamou a atenção. Peguei o instrumento, deslizando os dedos pelas cordas, arriscando algumas notas. Era perfeita, não muito melodiosa nem muito dura. Resolvi levá-la.

“Sinto muito, mas essa já foi vendida, moça.”

Falou o atendente quando perguntei o preço.

“Já? Não tem outra parecida com essa?”

“Não, é modelo único. E bastante cara também, nem deveria estar aí, mas o dono pediu para que guardássemos ate ele vir buscar amanhã... Mas temos outras se quiser olhar.”

“Não, valeu! Eu gostei daquela, mas já é de outra pessoa. Fazer o quê né?”

Sorri amarelo e o jovem rapaz sorriu de volta. Sem a guitarra que queria, saí da loja e voltei a andar e olhar vitrines. Podia ser perda de tempo, mas não tinha para onde ir ou voltar, ninguém com quem conversar. Ali, entre estranhos, não me sentia tão estranha. Voltar para casa não faria os problemas desaparecerem, ainda mais quando todos estavam concentrados demais no casamento do Dr. Lorenzo. Lembrando-me disso vi que já que estava no shopping, aproveitaria a boa oportunidade para comprar o presente de casamento para meu pai e Marcela. A cerimônia seria no fim de semana, e como hoje era quinta, tava na hora de resolver esse assunto. Sem duvidas os dois mereciam por aguentarem o meu mau humor das ultimas semanas. Eu devia isso a eles.

“Desculpe!”

Falei ao esbarrar em alguém. Perdida nos pensamentos de que presente escolher, não enxerguei quem vinha na minha direção. Abaixei-me para recolher as coisas que a pessoa derrubou e sem querer vi um livro enorme sobre fotografia com um laço o que me fez pensar em Dinho. O que não sabia é que ao olhar para a tal pessoa a lembrança dele viria com mais força a mente.

“Luana?!”

Detestei parecer tão surpresa diante dela, mas a morena não pareceu notar.

“Oi, Lia! Que surpresa te encontrar aqui...”.

“Sei... Com certeza não esperava me encontrar.”

Devolvi o livro que de repente se tornou pesado demais. Era para ele, talvez um presente pelo prêmio que ganhou. Dinho era fotografo, certo? Os dois se conheciam, eram amigos ou mais que isso, por que ela não iria querer agradá-lo? O caminho do Idiota estava livre.

“Você conseguiu... Ate te daria os parabéns se isso não fosse me revirar o estômago!”

“Oi? Do que ‘Cê’ tá falando? Parabéns pelo quê?”

“Vai fingir que não sabe? – Apontei para o livro em suas mãos – Sei que você é rápida, mas sei lá... Talvez devesse esperar antes de embarcar de cabeça numa relação. Você pode se dar mal.”.

“Que droga você usou hein? Desde quando te dei permissão para falar dos meus relacionamentos? Fique sabendo que o que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta! Muito menos é da sua conta a forma que eu levo um namoro!”

Olhei incrédula para o rosto rubro da morena. Não de vergonha é claro, ela não sabe o que é isso, mas sim de raiva. Quase gargalhei na sua cara o quão ridículas eram as suas palavras já que foi ela quem interferiu no meu relacionamento, melhor, acabou com ele. Como podia ser tão cara de pau?

“Você tem razão! Não é da minha conta, não é mesmo? Mas eu como parte lesada nessa história digo que, de coração, espero que alguém faça com você o mesmo que vocês fizeram comigo. Quero ver quando você estiver do outro lado se vai se sentir tão feliz quanto aparenta. E para minha sorte, não duvido que logo, logo isso aconteça. Afinal, o histórico dele não é dos melhores e eu bem sei disso!”

Cuspia ressentimento a cada palavra. Nunca imaginei que desceria a esse ponto, mas era magoa demais para carregar sozinha.

“Tá, nós duas sabemos que você não é doida, pelo que eu vejo você não está bêbada nem sob efeito de substâncias tóxicas. O que deixam as explicações para esse ataque gratuito, praticamente, inexistentes. Se for TPM, eu ate desculpo, mas, sinceramente, esse papel que você está se prestando aqui é patético. Sempre soube que você era uma mal amada, mas começar a agir como uma em publico é um pouco demais!”

Luana riu da minha cara e só pude constatar que ela se tratava da pessoa mais dissimulada, hipócrita e sem caráter desse mundo. Tudo não passava de um jogo para ela, apenas um passa tempo. Talvez ela nem ame o Dinho, e seu intento tenha sido apenas provar que era capaz de roubá-lo, digo, tirá-lo de mim.

“Você não ama o Dinho...”.

Falei debilmente sentindo-me nauseada pela presença daquela garota.

“Lógico que não! Tá maluca?!”

“SUA FALSA! Como diz isso, assim, depois de tudo o que me fez? Você nem o ama!”

Gritei ignorando as outras pessoas ao redor. Luana me olhou confusa e se não soubesse do seu alto nível de dissimulação, ate acreditaria que não fazia ideia do que eu falava.

“Peraí, muita calma nessa hora! O que importa o fato de eu não amar o Adriano? Por que eu tenho que amá-lo?”

“Vocês estão juntos, me traíram e você nem tem amor por ele! Por que Luana? Foi por causa do Vitor? Foi por que ele me escolheu? Responde!”

“Juntos? Vitor? Olha, eu não sei do que você tá falando, nem do seu namorado e ex, mas para mim já chega dessa loucura. Eu não vou ficar aqui servindo de alvo para as suas bobagens! Procura um psicólogo e vai se tratar, garota!”

Luana me deu as costas e começou a caminhar. A segui, cegamente, segurei seu braço com força. Ela me olhou furiosa, mas não a deixaria escapar assim. Tenho vivido um tormento por causa dela e por mais idiota ou ridículo que seja, iria despejar sobre ela minha dor. Ela não era vitima, eu sim.

“Você pode achar divertido toda essa situação, mas eu não vejo a mínima graça. Eu sei de tudo, por isso pode parar de fingir estar ofendida. Você não tem esse direito! Mas se for pra refrescar a sua memória, eu posso te lembrar da ligação durante a noite para o meu namorado, o encontro na lanchonete... Eu vi tudo! O vi segurar a sua mão e Deus, eu nem sei por que to fazendo isso! Vocês se merecem! Você e ele!”

“Vocês terminaram? Você me viu com o Adriano e pensou que ele tava te traindo?”

“E pelo quê mais seria? Acha pouco? Sinto muito, mas não tenho vocação pra corna!”

“Por isso que ele tava tão triste... Era por sua causa.”

Falou Luana mais para si mesma do que para mim. Era como se tivesse chegado à conclusão para uma questão que eu desconhecia.

“Cara, como alguém pode ser tão estúpida?! Tão imbecil? Você viu seu namorado com uma amiga e concluiu logo que ele tava te traindo. E pelo que eu sei de você, nem deve ter deixado o Adriano se defender, explicar o que aconteceu de verdade.”

“Explicar o que? Eu não preciso nem quero explicações sobre nada, tudo ficou bastante claro. A ligação, o encontro... Ele disse que não se sentia bem enganando uma pessoa. Eu vi a forma como ele segurou sua mão.”

“Que estava torcida! Sua imbecil, ele tava olhando a torção que eu tive no pulso! Deus, eu não acredito no que tá rolando, simplesmente, é surreal demais para ser verdade!”

Luana riu um pouco histérica.

“Eu não devia, mas quer saber? Eu não sou tua amiga, não te devo nada, mas alguém precisa te dizer umas boas verdades! Chega de todos passarem a mão na tua cabeça e perdoarem as burradas que você faz! E que saber? Vou ter imenso prazer em jogar na tua cara o quanto você é idiota, Lia! Porque é isso o que você é: IDIOTA! Não o Adriano, é você. Não nego nada do que você disse, a ligação, o tal ‘encontro’... Mas deixe que eu te esclareça certas coisas: Eu e o Adriano somos amigos, e amigos ligam um para o outro. O motivo para eu ter ligado para ele foi por causa da decisão dele de se demitir, sabia disso? Ele queria pedir demissão do emprego!”

“Pedir demissão?”

Perguntei insegura. Dinho nunca me falou que queria deixar o emprego, mas o que aquilo tinha a ver com ela?

“Sim, por minha causa! Mas antes que comece a imaginar coisas... Não, não era porque ele e eu estávamos envolvidos. E sim porque ele não queria atrapalhar a minha vida... Por ironia do destino, eu, bem, eu conheci o patrão dele, John. Nós nos tornamos amigos, e depois de um tempo, a gente resolveu namorar. O namoro ainda tava no inicio quando eu e o Dinho fomos apresentados um ao outro por ele, na hora rolou um clima estranho, mas eu logo desencanei. O Adriano é quem ficou desconfortável com a situação, por algum senso de decência muito ultrapassado ele achou que não era certo que meu namorado não soubesse sobre o nosso rolo de São Paulo.”

“Não me sinto bem enganando outra pessoa.”

“Ele se sentiu mal em enganar o patrão...”.

Sussurrei. Luana prosseguiu.

“Exatamente, ele acreditou que o melhor seria se afastar. Adriano viu o quanto eu tava feliz e não quis atrapalhar isso, porque ele é um grande amigo. O melhor amigo que eu já conheci e por isso não podia permitir que ele abrisse mão do trabalho e da amizade de John também. Como você bem deve saber, a gente se encontrou na lanchonete e mais uma vez tentei convencê-lo, mas ele não me deu ouvidos. Então, eu mesma abri o jogo com o John. Falei sobre tudo, São Paulo, os meus sentimentos... E ele se mostrou o cara mais compreensivo do mundo! E pensando bem, não tínhamos do que nos envergonhar, não enganamos ninguém. Quando aconteceu não tínhamos relacionamentos, e o passado a Deus pertence. O próprio John convenceu ele a permanecer.”

“Eu não sabia...”.

Deus, o que eu fiz? Acusei Dinho, o mandei embora e tudo não passou de um grande mal entendido. Mas por que ele não se explicou? Por quê?

“Pra quê? Essa não vai ser a ultima vez, vai?”

Foi a resposta que obtive. E aquela noite voltou à mente, a raiva, a decepção no seu olhar... Mas havia mais, eu não identifiquei, mas agora eu vejo. Havia tristeza. E fui eu que a coloquei ali.

“Não, você não sabia, mas também não se interessou em descobrir! Preferiu terminar com um cara tão bacana como o Adriano sem levar em conta os sentimentos dele. O amor que ele sente por você, amor esse que você nunca mereceu. – Luana soltou-se de supetão – Você nem faz ideia do que ele tem feito por você, Lia! Como pode ser tão cega? Ele te protege e você o maltrata!”

“Me protege? De quê?”

Luana me olhou desconfiada, mas não revelou nada.

“Nada, é só modo de dizer... – A morena balançou a cabeça em negação – Não sei se sinto pena ou raiva de você! Raiva pela sua estupidez ou pena pelo seu destino. Você posa de Marrenta, de garota forte e decidida, mas é uma menina mimada e insegura que adora julgar as pessoas, condenar quem te machuca. Mas não admite que façam isso com você, não suporta que te joguem na cara o quanto é mesquinha! Você pode ferrar com todo mundo, mas quem te ferra, às vezes nem isso, você manda pro inferno! Vergonha te mandou lembranças!”

“Você, eu sei que não tinha o direito, mas você...”.

“Mas você o que? – Raiva chispou dos olhos verdes – Você pode me considerar uma vadia ladra de namorados, mas não deixa que eu diga o que penso? AH, faça-me o favor! Você me envolveu numa história que poderia ter atrapalhado a minha vida e namoro. Pra você é tudo muito simples, fácil, não tem que arcar com seus atos, todo mundo te desculpa. Mas eu não, Lia! Eu tenho todo o direito de dizer: Te enxerga, garota! Você não é melhor do que eu, não!”

“Eu nunca disse que era melhor que você!”

Tentei conter Luana, mas a verdade estava incrustada em cada palavra que ela dizia. Imediatamente, me recordei de todas as vezes que magoei meu pai, minha vó, a Tatá... Meus amigos. E apesar de tudo, eles sempre me perdoavam. Mas quando era a minha vez, eu mantinha distância.

“E precisou? Olha a forma como você age comigo! Mas de uma coisa eu posso me orgulhar, eu não sou igual a você. E embora eu tenha muitos defeitos, não sou idiota de machucar quem me ama. Muito menos, sou capaz de menosprezar o amor do cara que sempre esteve ao meu lado. Demorou muito, mas eu encontrei o cara por quem sou completamente apaixonada, e posso dizer que nunca o deixaria ir apenas por causa de suspeitas... Por medo! Oh, mas você foi abandonada, né? Coitadinha dela que foi largada pela mamãe! Cresce, Lia! Existem pessoas com problemas maiores que o seu, mas que não jogam suas frustrações nos outros.”

“Você não sabe do que tá falando...”.

Lágrimas queimaram nos meus olhos. Ninguém nunca falou daquela forma comigo, tão cruelmente, mas eu também fui cruel com Dinho e não podia igonar. Luana respirou fundo e abrandou a voz, mas ainda era letal no que dizia.

“Sei que o motivo de você ser assim é a tua mãe e o que ela te fez, mas se acha que eu me solidarizo, está enganada. Todo mundo sofre nessa vida, não é só você! Então, para de se fazer de vitima e começa a enfrentar os problemas de frente! Para de se lamentar pelo o que perdeu e agradece o que tem... Antes que seja tarde demais.”

Com essas ultimas palavras, Luana foi embora enquanto eu permaneci parada, arrasada, com tudo o que descobri.

“Você que me afasta, você que nos fere.”

A voz de Dinho ecoava na cabeça durante todo o tempo que levei ate chegar em casa. De alguma forma, encontrei forças para pegar um táxi e chegar ao meu prédio, mas já na rua não sabia o que fazer. O mundo parecia pesar sobre meus ombros, todos os enganos, meus erros, todas as vezes que preferi me esconder ao invés de enfrentar meus traumas. Passei tanto tempo culpando Raquel pelos meus problemas que acabei esquecendo que também tinha culpa. Era mais fácil ser vitima, mais suportável, mas agora isso não funcionava. Eu que machuquei, eu que decepcionei e eu não sabia o que fazer para consertar o que estava quebrado.

Segui ate o apartamento de Fatinha. Há algumas semanas que não falava com a Loira, mas precisava de alguém para desabafar. Pensei em procurar Ju, mas ela devia tá com ódio de mim, e não tirava sua razão.

“Lia?”

Exclamou Fatinha surpresa ao atender a porta. Ao seu lado estava Juliana, e pareciam rir de alguma coisa. Me senti uma completa egoísta naquele momento depois das minhas ultimas atitudes, ir lá pedir ajuda era , no mínimo, hipocrisia da minha parte.

“Desculpa, eu volto outra hora...”.

Me virei pronta para ir embora.

“Fica, Lia.”

Disse Ju segurando minha mão. Foi o que faltava para me fazer chorar.


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Notas finais do capítulo

Capítulo by: Érica!

Lia, sua jumenta: TOMA! Não era nada do que você pensava e agora o Idiota tá longe. AFF, vai ser impulsiva assim lá em malhação! Isso é tudo por hoje, tô morta com farofa. Sério, meus dedos tão gemendo! Ate semana que vem! Beijos!



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