I Can See Clearly Now escrita por Kaline Bogard


Capítulo 6
Capítulo 6




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I Can See Clearly Now

—CaP 06-

— Bom dia, Potter.

Harry foi recepcionado por um Malfoy muito bem humorado, aparentemente. Eles estavam reunidos no salão Comunal de Gryffindor, para tomar o café da manhã.

— Bom dia, Malfoy.

Propositadamente ignorou os cumprimentos que Mione e Ron lhe fizeram. Ao invés de responder, jogou o jornal dobrado sobre a mesa.

— Veja, Potter. Somos notícia de primeira página.

Harry sentou-se na mesa e pegou o jornal, de modo ansioso.

— Veja, Ron, Mione! É verdade!

A matéria trazia um título gritante, alardeando a primeira vitória Gryffindor em muitos anos. Exaltava a interpretação de Draco e a surpreendente escolha da música. Também tecia elogios ao desempenho de Harry, Ron e Hermione.

Draco continuou bebendo seu suco de laranja, observando as expressões felizes de seus parceiros de banda. Assim que leram a notícia (Ron leu duas vezes pra ter certeza de que não estava sonhando), serviram-se do café da manhã. O movimento já era bem animado. Quase todas as outras mesas já estavam ocupadas.

— Pensei que tomaria café em Slytherin. – Harry provocou o loiro que deu de ombros.

— Queria que vissem isso. A atenção sobre nós só vai redobrar. Enfim, as eliminatórias estão marcadas paras às nove horas. Das trinta e duas bandas, apenas dezesseis continuarão.

— As coisas vão ficar mais sérias.

— Eu não me preocuparia com as eliminatórias e com as oitavas de final. Posso dar conta delas sozinho. Mas... Me preocupo com as coisas daí pra frente...

— Como pode ser tão confiante? – Hermione perguntou.

— Pelas chapas. – o loiro respondeu naquele tom de voz arrastado, pedante. – Já avaliei nossos concorrentes nas duas primeiras rodadas. Não são fortes, são de Hufflepuff. Nas quartas de final, o resultado vai nos fazer enfrentar uma banda de Ravenclaw. Isso me preocupa.

— Qual a música que cantaremos hoje?

— Potter, aconselho a manter a linha retro. – Draco respondeu – Ainda temos o elemento surpresa, e poucas bandas notarão esse trunfo. Mais perto da final é provável que tenhamos de enfrentar bandas que recorrerão ao nosso estratagema.

— Vamos dar o nosso melhor, e venceremos o concurso! – Ron estava muito empolgado.

— Ei, Malfoy... Eu queria tirar uma dúvida...

Draco olhou meio desconfortável para Harry, mas o moreno sorriu e tomou um gole de café antes de perguntar:

— O que é esse sistema de pontos? Aquele cara, Snape, ontem a noite mencionou algo a respeito...

O loiro relaxou na cadeira e suspirou:

— É um torneio entre as casas. Cada banda acumula um tanto X de pontos, e no final, quem tiver mais pontos leva o troféu. Tudo reflete ponto, não apenas o bom comportamento, mas ações corretas e a somatória dos pontos dada pelos juizes. Nem sempre o vencedor do Concurso ganha o Torneio. Lembro que quando Red Hot Chilli Peppers competiu, ficou em quinto lugar no Hanking do Concurso, mas como tinha mais pontos, levou a Taça das Casas.

— Red Hot? Uau! – Ron parecia impressionado – E por qual casa competiram?

— Slytherin, é obvio.

Harry sorriu do jeito insolente do loiro, ia dar outro gole quando Hermione perguntou:

— E como foi a comemoração ontem a noite?

— Incrível! – respondeu com um sorrisão – Malfoy cantou em um Pub. E nós 'ficamos'.

Um silêncio caiu entre eles quando Harry afirmou de forma simplória que havia ficado com o garoto Slytherin. Draco olhou abismado para o moreno. Ron fez uma careta e Hermione sorriu, achando graça.

— Eca, Harry! – Ron não resistiu. – Qualquer dia desses, te dou os parabéns... – falou meio indeciso. Sabia que o amigo já ficara com rapazes antes, mas eram mais simpáticos que Malfoy...

— Potter... – Draco rosnou. – Que eu me lembre nós não ficamos, você me atac...

— Depois conversamos melhor. Ainda temos que acertar sobre a apresentação de hoje. – o moreno olhou no relógio de pulso – Temos uma hora antes das eliminatórias. É melhor ir pro palco principal.

Draco acenou com a cabeça, apesar de ainda irritado com as revelações do moreno. Era melhor conversar sobre aquilo depois, a sós, e não na frente dos dois amiguinhos do outro.

— Não seria melhor treinarmos um pouco? – Ron perguntou.

O Slytherin rolou os olhos e respirou exageradamente, dando ênfase ao quanto achara a pergunta inútil e desnecessária.

— Não, Weasel. E eu vou te explicar lentamente o porquê. Venha comigo.

Levantou-se sem esperar que os outros respondessem sua provocação. Harry sorriu meio de lado, gostando cada vez mais da personalidade tão singular, Hermione olhou para o moreno. Conhecia bem aquele olhar de Harry. Era daquele jeito que ele ficava, quando se deparava com um desafio. Fazia tempo que não o via assim...

Os três amigos levantaram-se da mesa, sem terminar o café da manhã e foram atrás de Malfoy.

Draco caminhou até sair do Salão Comunal Gryffindor. Foi para um dos terminais de computador localizados no pátio descoberto. Esperou que Harry, Ron e Mione chegassem até ele, para só então passar o crachá no leitor óptico e tocar na tela fazendo as opções de menu surgirem.

— Vocês podem consultar as opções no momento em que quiserem. Não esperem que eu faça sempre por vocês. – aconselhou com enfado.

— O que vai mostrar? – Harry perguntou de bom humor.

— As chaves. Já estão disponíveis. – foi tocando na tela opção após opção até exibir um emaranhado de linhas azuis – Essas são as eliminatórias. Estamos aqui. – apontou a tela sem tocar dessa vez – Vamos enfrentar uma banda que foi a ultima escolhida por Hufflepuff.

— Oh. – Hermione acompanhava rápido – Já ouvi falar deles. São especializados em Celine Dion...

— Hn. – Draco torceu os lábios – Venceram com My heart will go on, e; ouso afirmar, só estão aí porque as outras eram realmente muito piores.

— Acha que não serão problema? – Ron parecia preocupado.

— Acho, não. Tenho certeza. A guitar foi escalada em última hora, e não está no nível dos outros. Escolheram músicas cuja atuação da vocal é fundamental, pois encobrirá eventuais erros na guitarra.

— Como sabe tanto? – Hermione admirava o empenho do loiro na participação do Concurso Musical de Hogwarts.

— Tsc. Cada banda tem seu histórico postado aqui. As informações são atualizadas duas vezes ao dia. Qualquer novidade é acrescentada. Não precisa ser gênio para acessar esses painéis. – parou um segundo para sorrir torto – Só precisa ter o crachá.

Os Gryffindors se entreolharam.

— Certo. Então das eliminatórias nós passamos... – a frase reticente de Potter veio seguida de um suspiro.

— E das oitavas de final. – Malfoy afirmou petulante tocando novamente na tela – Nossos rivais para as oitavas virão destes dois. – mostrou as chaves – Essa banda compete pela segunda vez. Perdeu antes, e vai perder de novo. São incompetentes. A outra parece ser mais capaz, porém garanto que o vocal não é páreo pra mim.

Os amigos se entreolharam outra vez. Surpreendente como Malfoy se achava. Mas Harry vira na noite anterior que ele tinha motivos para tal. Se desse tudo de si, faria o estádio vir abaixo. Se desse tudo de si, coisa que não fazia.

— Mas e a partir das quartas de final?

Draco fuzilou Ron com o olhar:

— Vocês têm que fazer algo, não? Ou acha que vencerei esse concurso sozinho? As quartas de final são por conta de vocês. Mas não se preocupem, estou procurando uma música que mantenha a linha retro, mas que valorize a bateria...

Deu uma olhadinha furtiva para Harry que abriu um sorrisão. Na bateria ele se garantia!

— E que música tocaremos agora?

— Algo de Bee Gees. – Draco informou, sem dar chance de réplicas. Mas a revelação animou os outros integrantes da Wiz.

— Ótimo! – Hermione vibrou – Conheço o repertório todo.

— Eu comecei a gostar de música ouvindo meus pais cantar Bee Gees. – Draco fez uma careta ao ouvir a informação.

Harry riu da expressão desgostosa e apontou as pessoas ao redor:

— É melhor irmos logo. As eliminatórias já vão começar.

O movimento aumentava no sentido do palco principal. As bandas classificadas já se encaminhavam naquela direção. Os quatro deixaram de perder tempo e se juntaram aos outros.

O palco principal de Hogwarts era impressionante, incrível. Harry, Ron e Hermione já haviam visto pela televisão, mas ao vivo era outra coisa. Não tinham palavras para descrever.

Um palco assombroso fora armado no meio do gramado verdinho, do que parecia um gigantesco campo de futebol. A arquibancada ovalada não estava lotada, e sim preenchida em um terço de sua capacidade total. Mas ainda assim era de tirar o fôlego.

Bandeiras de todas as casas enfeitavam todo o perímetro, ondulando coloridamente os brasões das quatro portarias de Hogwarts: Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff.

— É lindo!

— Sim, Granger. É. – Draco já estava acostumado com a visão. Vivera sua vida toda naqueles gramados, acompanhando não apenas os concursos, mas a evolução da musica no contexto além do londrino, mundial, desenhado nas arquibancadas de Hogwarts.

Estavam nos bastidores, observando de longe. Só imaginavam o momento de pisar naquele palco, e mostrar do que eram capazes.

— To começando a ficar nervoso... – Ron estava meio pálido.

— Tsc. Vai ver isso na final. Lotação máxima... Aí sim vai ficar nervoso. – Draco desdenhou. Mas Harry não deixou a oportunidade passar batida:

— Final? Vamos chegar à final, Malfoy?

— Claro, Potter. – afirmou sem olhar o moreno – Eu te disse: entrei nessa pra vencer... Vão atrás do staff e peguem os instrumentos. Não somos os primeiros, mas atrasos são imperdoáveis.

Os três concordaram e foram atrás de Katie Bell, para acertar os instrumentos. Logo Ron voltava com uma guitarra e Hermione com um contra-baixo. Harry teria que usar a bateria que estava no palco, mas que era checada a cada apresentação. Não permitiriam que ninguém fosse prejudicado.

As apresentações foram acontecendo banda após banda, com revelações surpreendentes. Os integrantes da Wiz tentavam não ficar nervosos, mas apenas um deles estava realmente calmo.

Finalmente a banda rival foi chamada. Harry, Ron e Hermione ficaram atentos, prestando atenção. Como Draco deduzira, eles se apresentaram com uma das músicas de Celine Dion. E, realmente, a garota que tocava uma das guitarras errou duas notas. Foi quase imperceptível, pois a outra guitar conseguiu camuflar bem.

O Slytherin lançou um olhar convencido para Harry, que deu de ombros. Não era mesmo lá grande coisa. As primeiras rodadas do Concurso pareciam fáceis. De acordo com Malfoy apenas a partir das quartas de final as coisas se complicariam.

— Ei vocês! – Katie Bell veio correndo com uma prancha na mão – Wiz. São os próximos!

Harry concordou com um aceno de cabeça e seguiu em direção as escadas que levavam dos bastidores ao palco. Draco apressou o passo e aproximou-se dele:

— Lá em cima tem cinco juizes, – explicou – um para cada portaria e o Juiz principal. São MacGonagall de Gryffindor, Snape de Slytherin, Flitwick de Ravenclaw, Sprout de Hufflepuff e Dumbledore que representa Hogwarts.

Os três acenaram. Conheciam pelo menos MacGonagall.

— Qual será a musica, Malfoy?

O loiro olhou para Hermione e deu de ombros:

— Escolha, Potter. Já que vocês manjam tanto de flashbacks...

O moreno sorriu da oferta e lançou sem pensar duas vezes:

— How Deep Is Your Love... – piscou para Draco que ficou sem reação por uns dois segundos, apenas vendo os três amigos subirem no palco.

— Maldito Cicatriz! – resmungou com um meio sorriso, seguindo a banda.

Foram recebidos com mais aplausos que as outras bandas. Eles representariam Gryffindor, e isso era um feito histórico! As expectativas a respeito da apresentação da Wiz eram as mais altas possíveis.

Harry notou de relance os cinco juizes posicionados numa bancada a esquerda do palco, mas não se mostrou ansioso demais em observá-los. Assim como Mione e Ron. Cada um foi se posicionar respirando fundo para a apresentação.

Draco parou em frente ao microfone e engoliu saliva. "Não se empolgue ainda. Lembre-se do que prometeu..." Tinha que vencer aquela rodada sem usar tudo o que era capaz. E sabia que conseguiria.

Sua real preocupação era a partir das quartas de final. Os pensamentos calculistas foram cortados quando Ron, Hermione e Harry iniciaram a melodia. Draco fechou os olhos e começou a canção no momento exato:

I know your eyes in the morning sun
Eu conheço seus olhos na manhã ensolarada

I feel you touch me in the pouring rain
Eu sinto você me tocando ao derramar da chuva

And the moment that you wander far from me
E no momento que você vaga longe de mim

I wanna feel you in my arms again
Eu quero te sentir em meus braços de novo

Draco não pôde segurar o sorriso. Estaria mentindo se dissesse não gostar daquela melodia. Claro que Potter não precisava saber daquilo... Concentrou-se antes de continuar:

And you come to me on a summer breeze
E você vem pra mim numa brisa de verão

Keep me warm in your love then you softly leave
Me mantém aquecido com o seu amor então você vai embora de repente

And it's me you need to show
E é pra mim que você deve mostrar

How deep is your love
Quão profundo é o seu amor

Nesse tempo Draco diminuiu um pouco o ritmo. O compasso imposto por Harry e seguido por Granger e Weasley era mais lento. Interessante. A mudança nas notas compensava a diferença no timbre de voz de Draco, que era mais macia e um tanto mais baixo que dos vocalistas do Bee Gees. Esperto, Potter. Muito esperto.

How deep is your love?
Quão profundo é seu amor?

I really need to learn
Eu realmente quero saber!

Cause we're living in a world of fools
Por que nós vivemos num mundo de tolos

Breaking us down
Nos deixando pra baixo

when they all should let us be
Quando todos eles deviam deixar nós sermos

We belong to you and me
Nós pertencermos a você e a mim

Draco terminou o refrão e respirou fundo. Ronald Weasley assumiu a melodia, dedilhando a guitarra de um jeito que quase impressionou Malfoy. Granger acompanhou, tirando notas boas do contra-baixo, mas sem atropelar. Harry apenas marcou o compasso, porque a deixa era da guitarra.

Assim que a ótima apresentação de Ron terminou, Draco voltou a cantar, pegando a deixa:

I believe in you
Eu acredito em você

You know the door to my very soul
Você conhece a porta pra minha alma

You're the light in my deepest darkest hour
Você é minha luz em minhas horas de profunda escurião

You're my saviour when I fall.
Você é minha salvação quando eu caio

O loiro rolou os olhos. Música melada... Na verdade, qual não era? Apesar disso tinham ainda a surpresa como trunfo. Mas flashbacks não podiam salvá-los sempre. A próxima música não podia ser tão retro. Sua mente já calculava o que fazer o que cantar...

Notou a mudança na escala musical, e concentrou-se no que cantava:

And you may not think I care for you
E você não deve pensar que eu me importo contigo

When you know down inside that I really do
Quando você sabe que lá dentro eu realmente me importo

And it's me you need to show How deep is your love
E é pra mim que você deve mostrar o quanto é profundo o seu amor

Ele achou melhor não prolongar muito. Respirou fundo e cortou o refrão, pulando direto para a última parte. Harry e os outros perceberam, e acompanharam sem problema algum.

And you come to me on a summer breeze
E você vem pra mim numa brisa de verão

Keep me warm in your love then you softly leave
Me mantém aquecido com o seu amor então você vai embora de repente

And it's me you need to show
E é pra mim que você deve mostrar

How deep is your love
Quão profundo é o seu amor

Deixou a voz morrer aos poucos, sendo suprimida pelos acordes animados da guitarra. Pouco a pouco a bateria e o contra-baixo também silenciavam, e Ron terminava a apresentação com um solado leve da guitarra. E estava feito. Haviam feito sua parte.

Os aplausos foram calorosos. A platéia gostara do que ouvira. Enquanto saia do palco, Harry pôde ver todos os juizes, exceto Snape, aplaudindo. Viu também os envelopes com as notas sendo recolhidos por um dos staffs.

Logo Katie surgiu quase do nada e recolheu a guitarra e o contra-baixo. Voltou para o palco apressada.

— Acho que fomos bem! – Ron comemorou enquanto se afastavam do palco principal, se embrenhando nos bastidores. Seguiam em direção ao Salão Comunal.

— Você foi muito bem, Ronald! – Hermione elogiou.

— Foi mesmo, amigão! – Harry acertou um tapinha nas costas do ruivo – Ei, Malfoy, que horas saberemos o resultado?

— Depois que todas as bandas se apresentarem, é óbvio. Anunciarão no Grande Salão.

— Podemos sair pra comemorar, caso vençamos... – Harry sorriu para o loiro, que ficou levemente sem jeito. Gryffindors eram realmente ousados. Ia responder quando ouviram um gritinho agudo. Segundos depois uma garota baixinha de cabelos curtos e negros jogou-se sobre Malfoy.

— Draquinho! – dizia com a voz esganiçada – Draquinho...

Harry piscou surpreso, com vontade de puxar aquela garota e desgrudá-la do vocalista da sua banda. Mas o próprio Malfoy fez isso, separando-se da garota.

— O que houve Pansy? Você perdeu? Foi desclassificada?

— Não. Não. Tenho certeza que não. – afirmou agudamente. Na face de bochechas salientes uma expressão estranha, quase assustada.

— O que foi então? – Draco amuou. Não cogitava o que podia ocasionar tal escândalo. Pansy pegou-lhe as duas mãos e apertou receosa.

— Draco... As Imperdoáveis. – quase gritou – As Imperdoáveis recomeçaram aqui em Hogwarts. Sabe o que isso significa? Oh, Draquinho... Eu... Eu...

Malfoy ficou tão pálido que Harry temeu por ele. Parecia sofrer uma vertigem, mas manteve-se firme. Começou a se afastar puxando Pansy pela mão com certa violência.

— Ei, Malfoy, aonde vai?

Por um instante Harry achou que não teria resposta. Mas Draco voltou-se e encarou o moreno direto nos olhos esverdeados:

— Siga para Gryffindor e fique lá, Potter. Assista a divulgação dos resultados de lá. Não fale com ninguém até eu chegar. Gryffindor é segura, mas não sei a que ponto. Estive fora por tempo demais.

— O que está acontecendo?

Draco olhou de Harry para Hermione, que lhe fizera a última pergunta. Apesar disso voltou a olhar pro moreno, a quem respondeu:

— Não se pode fugir dos problemas pra sempre, não é? – com a pergunta misteriosa continuou a se afastar, puxando a moreninha pela mão. Os três Gryffindors viram ainda quando pegou o celular e discou para alguém. Não devia ser pra Snape, pois o padrinho do loiro estava no palco julgando as apresentações.

— O que foi isso, Harry? – Ron perguntou.

O moreno ajeitou os óculos no nariz e seguiu andando na outra direção, pro lado das acomodações Gryffindor:

— Não sei, Ron. Mas acho que podemos confiar nele.

Hermione concordou silenciosamente com o amigo. Na mente de Potter, um pensamento ecoava como um mantra: das coisas surpreendentes que descobriam em Hogwarts, as tais Imperdoáveis não pareciam algo bom...

 


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Notas finais do capítulo

NOTA: A todos que acompanham essa fic: sinceras desculpas pelo atraso fenomenal. Mas não posso prometer que não acontecerá de novo. A única coisa que prometo, é: isso vai ter um fim.