I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 7
Uma enorme saudade


Notas iniciais do capítulo

Leitores fofinhos, eu não demorei (palmas para mim)
kk
Espero que gostem
Boa leitura



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P.O.V. Annabeth

Assim que falei com Percy, sair puxando Luke comigo, que garoto irritante querendo mandar em mim e nas minhas companhias, paramos em frente à escada e ele me abraçou.

– Obrigada Annie, ninguém nunca me defendeu dessa forma, e desculpe por eu ter estourado e falado aquilo para ele – nos soltamos.

– Luke, a única pessoa que tem que se desculpar é o Jackson, e ninguém meche com meus amigos e sai ileso – ele acariciou meu rosto.

– Mesmo assim, obrigada, você é uma irmãzinha que nunca tive – sorri com essa fala.

– Mas vamos, ainda tenho que descobrir a sala que sou – passei meu braço ao redor do seu, e fomos para a secretaria.

***

– Em que posso ajuda-los? – perguntou uma senhora, muito simpática.

– Queria saber que sala eu sou – disse sorrindo – Sou nova aqui.

– Nome, por favor – falou a senhora que li em crachá como Lurdes, ela tinha um pequeno sorriso no rosto.

– Annabeth Chase – depois de remexer alguns papeis, se vira para mim e responde.

– Sala 14, 2º ano C.

– Obrigada – e saio.

Luke estava me esperando em um banco que tinha do lado de fora da secretaria.

– Qual sala? – perguntou esperançoso que fossemos colegas, eu também queria muito ser da mesma classe que ele.

– 2º C e o seu? – cruzei os dedos para transmitir-me sorte, mas ele negou com a cabeça meio tristonho.

– Sou do 2º A – então, tentei animá-lo.

– Ei não fique assim, ainda podemos passar o intervalo juntos – deu certo porque logo um sorriso tomou posse do seu rosto.

– Tudo bem, mas agora vou para sala que já tocou o sinal – nos despedimos com um beijo no rosto, e fomos em direção contrária. Cheguei junto com a professora Gerepina, me segurei para não cair na risada em sua frente, que diacho de nome é esse. Expliquei a ela minha situação e a Gerepina (cara, sério acho que sua mãe tinha problemas mentais) falou para me esperar que iria me apresentar a turma, revirei os olhos eu odiava esse tipo de apresentação. A professora entrou e passado alguns instantes chamou-me, assim que entrei quase sair novamente quando vi quem iria ser meu coleguinha, o pateta do Jackson, e quando eu pensava que minha manhã estava perfeita demais, esse desengonço que se diz professora me manda sentar ao seu lado, ótimo vida, obrigada. Caminhei lentamente até ele, lançando meu olhar de assassina, então me sentei.

– Bom alunos, abrir o livro na página 12 e fazer os exercícios logo a seguir – ordenou a Dona Gerepina, sem querer uma risada escapa da minha boca. Sabe, estava até legal fazendo as atividades em silêncio, até que um certo pateta começa a falar.

– O que você está fazendo aqui?

Apenas o ignoro, fingindo resolver os exercícios.

– Eu te fiz uma pergunta – insisti, coloquei a ponta da caneta na boca e ainda continuava a ignora-lo.

Ele começou a balançar a perna, sinal que estava frustrado, eu adorava provoca-lo, e adorava mais ainda quando minhas provocações o irritava, outra risada involuntária sai da minha boca.

– Do que está rindo? – perguntou, não aguentei.

– Nossa deuses, você não cansa de falar – tirei sarro de sua cara. Percy estreita os olhos.

– Talvez se você me respondesse – rolei os olhos e coloquei o fone de ouvido, sem minha autorização Percy pega uma orelha do meu fone e coloca em seu ouvido. Tocava Linkin Park – In the end, cara eu amava de paixão essa banda.

– Gosta de Linkin Park? – perguntou a mim.

– Não Percy, se estou ouvindo é porque detesto – ele bufou.

– Ai credo, eu odeio esse sarcasmo seu – rir pelo nariz.

– Já eu adoro esse meu sarcasmo.

– Mas sabe o que eu odeio mais que esse seu jeito – fiz um gesto com a mão para que ele falasse – Você – não sei o porquê, mas isso me tocou de um jeito incomum, não deixei isso transparecer, então o olhei e dei-lhe um sorriso.

– Obrigada queridinho, mas saiba que eu te odeio mais – o moreno fez uma cara ameaçadora – Cara feia para mim baby é sinal de fome.

Percy rapidamente se colocou de pé.

– Olha aqui garota, você pensa que só porque tem esse jeito rebelde pode me tratar dessa forma? – eu apenas o observava até que ele tocou na minha ferida – Acho que é por isso que sua mãe te largou.

Nesse momento, nem pensei duas vezes quando eu vi já estava de pé e metendo minha mão em sua cara.

– Nunca mais ouse a falar o nome da minha mãe em vão Percy, você não sabe nem um pouquinho da minha história – falei pausadamente, o moreno me encarava com a mão onde levou a bofetada, nossas respirações muito fora do ritmo. A atenção da sala toda sobre nós, apenas se escutava o barulho do ventilador.

– Senhorita Chase e Senhor Jackson, para a sala do diretor agora – ordenou a professora que nessa hora seu nome não soava mais engraçado. Saímos da sala, e seguimos o caminho sem mesmo olhar para cara do outro. Percy não sabia do meu passado, ele é que não era ninguém para falar de mim dessa forma. Batemos na porta onde estava escrito “Diretor – Não perturbe”.

– Entra – gritou do outro lado, lentamente o moreno abriu a porta e entrou, eu fui logo atrás dele, nos sentamos em duas cadeiras que tinha logo a frente a mesa. O nome do diretor estava escrito em uma plaquinha em cima dessa mesa enorme, Senhor D. – O que vocês pirralhos aprontaram agora.

– Essa maníaca deu-me um tapa na cara – acusou-me o Jackson, fiquei calada na minha, ótimo meu primeiro dia de aula e já estou na diretoria, eu pensei que esse ano pelo menos até o meio do ano eu não iria visitar essa ala do colégio, mas vejo que estava super enganada. O homem com roupa de leopardo me avaliou.

– Briga de casal é – eu e Percy nos encaramos e rapidamente falamos.

– NÃO – saiu como um grito.

– Nunca na minha vida eu teria a coragem de namorar essa psicopata – ergui uma sobrancelha.

– E você acha que eu seria doida o suficiente para ficar com um caboco burro igual ele? – Percy bufou.

– Qual o seu problema garota – soltei uma gargalhada.

– A pergunta deveria ser, qual o SEU problema – dei ênfase no na palavra seu

– Eu vou te falar qual o meu problema – disse levanto a voz.

– Ah é, então me fale, porque você tem tantos que é até difícil escolher o pior – ele ia se levantando de sua cadeira, mas o diretor o impediu.

– SILENCIO – gritou, nos encolhemos – Não quero saber o problema de nenhum dos dois. Já pela desordem na sala de aula, terei que castiga-los...

– Mas a culpa foi dela – interrompeu Percy, me acusando.

– A culpa foi sua de vim falar merda da minha mãe.

– PAREM ALUNOS – gritou novamente – Vocês são os alunos mais difíceis que já recebi aqui, então se comportem. Como eu ia dizendo, terei que castiga-los. Três dias lavando as louças aqui da escola.

– O QUE?? – perguntamos ao mesmo tempo.

– Isso mesmo, agora saiam daqui antes que eu aumente esse castigo – comecei a reclamar, mas Percy me puxou para fora da sala. Já do lado de fora.

– Tira a mão de mim – falo me desvencilhando de suas mãos que me apertava.

– Você queria que ele aumentasse nosso castigo – o moreno olhava-me incrédulo.

– Eu só achei injusto esse castigo – Percy colocou as mãos no cabelo e gritou.

– A VIDA NÃO É JUSTA ANNABETH – arregalei os olhos, eu sei que não era, eu era a prova viva disso, então também explodir.

– ATÉ PORQUE SE FOSSE JUSTA, EU NÃO ESTARIA MORANDO CONTIGO, NÃO DEIXARIA MEUS AMIGOS, NÃO DEIXARIA MINHA HISTÓRIA PARA TRÁS, POR UMA PESSOA QUE NÃO SE IMPORTA COMIGO – as lágrimas que tanto segurei escaparam, Percy me olhava assustado, ele se aproximou, mas recuei e fiz a única coisa que estava em minha cabeça, corri. Sai daquela escola e continue correndo, não queria saber para onde estava indo, apenas queria sair dali, nem quis saber se eu estava matando aula, que aquilo poderia me dar até uma expulsão, só queria está longe daquele lugar. Adentrei-me na floresta e encostei-me a uma árvore, e ali chorei, chorei até não poder mais, pensando em como um momento poderíamos ser tão felizes e em outros a vida nos levar aquilo que nos é de mais valioso. Peguei o boné que meu pai havia me dado e o abracei lembrando-se daquele terrível dia que o havia ganhado.

Flashback on

Lá estava eu com 10 anos em um hospital, com meu pai em uma cama, ligado em aparelhos, eu e minha madrasta chorávamos muito, então o médico chegou.

– Doutor, por favor, fale que meu marido vai se recuperar – implorou Melissa entre o choro.

O médico abaixou a cabeça, minha madrasta se desesperou e chorou mais ainda.

– Lamente minha senhora, mas o senhor Frederick não passa dessa noite.

Caí de joelhos, praticamente gritando de tanto chorar, então ouço uma voz, era meu pai me chamando, sem pensar corri em sua direção.

– Annie minha princesa – ele pegou minha mão – Não chore minha querida, saiba que eu nunca vou te deixar meu anjo, sempre vou estar contigo aqui – meu pai colocou a mão sobre meu coração – Tome – ele pegou o boné que estava em cima da mesinha e entregou-me, ele era preto e tinha uma pequena coruja desenhada – Isso é pra você sempre me ter mais perto – disse acariciando meu rosto – Eu te amo filha, minha princesa.

Passei a mão pelo seu cabelo.

– Eu te amo mais papai, meu rei – ele me deu seu último sorriso e se foi, me deixando o boné e uma enorme saudade.

Flashback off


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Notas finais do capítulo

Me falem se gostaram
Beijos
Será que existe um meio de fazer esses fantasminhas aparecerem??
kk
Até semana que vem