I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 60
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Como na outra história, postei e sai correndo kkkkk
Amo vcs



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Annabeth POV’s

 10 minutos para a chegada de um ano, 10 minutos para uma nova oportunidade, apenas 10 minutos para criar um novo recomeço. Um ano de infinitas histórias, tantas despedidas, inúmeras lágrimas derramadas ao longo desses 12 meses.

Como se despedir de 365 dias que ficaram marcados dentro de mim? Como se despedir das emoções que esse ano causou? Das perdas que tive, mas também dos ganhos que esses dias me presentearam?

Fecho meus olhos diante da lua, sinto o cheiro do mar encher meus pulmões e a brisa abraçar meu corpo, permito que esse ano passe como um borrão em minha mente, deixo as lembranças me guiarem até o dia daquela festa, a maldita festa e percebo que meus olhos começam a marejar recordando a dor e a felicidade que senti naquela noite.

Flashback on

     - Acabou – foi tudo que consegui dizer diante da cena que eu presenciava. Eu não estava com os pensamentos coerentes, dizem que chorar por um garoto era a maior burrada que uma pessoa poderia fazer, mas foda-se, tudo que me restava nesse momento era chorar, e foi isso que fiz enquanto descia aquelas escadas.

Sentia que estava embriagada, as pessoas dançando não passavam de borrões diante dos meus olhos. Ouvia a música longe ecoando nos meus ouvidos, não lembro como cheguei do lado de fora, mas eu corria sem rumo em falhas tentativas de limpar as lágrimas que insistiam em cair. Não podia acreditar no que eu vi, tentava negar para meu coração que aquilo aconteceu, mas como negar algo que sua mente insiste em dizer que foi real?

Desabei no chão, chorando, sentindo-me perdida, enganada. Como pude ser tão ingenua a ponto de acreditar que Percy Jackson havia mudado, não nos damos conta do que a pessoa é até o momento em que ela quebra nossa cara dessa forma. Não distinguir quanto tempo fiquei deitada naquela rua chorando, quando consegui me acalmar me pus de pé e andei em direção a casa de Poseidon, eu nunca ia pertencer a essa cidade, nunca ia pertencer aquela casa e muito menos aquela família, mais que nunca desejei ter meu pai comigo, ele saberia exatamente o que fazer nesse momento.

Mudei a rota em que eu estava indo e em alguns minutos me vi parada em frente a um muro branco, todo pichado, os portões eram altos com pontas semelhantes a lanças, era de grade e dava para ver uma diversidade de lápides lá dentro. Sem esforço, pulei o muro e cai flexionando os joelhos, se algum defunto resolvesse vim pra cima, só digo que sou formada em matar zumbis graças a The Walking Dead, e se algum espírito vim de gracinha, Dean e Sam me ensinaram muito em Supernatural.

Caminhei entre a grama recém cortada, olhando as lápides e imaginando como teria sido as histórias vividas por todos aqueles mortos, tanta famílias que sofrem pela ausencia deles. De longe, embaixo de uma árvore estava a lápide que eu procurava, meu coração martelou mais forte ao vê-la, um nó se formou na minha garganta, fui inundada por um turbilhão de sentimentos. Sentei-me em frente a ela lendo os dizeres ‘’Frederick Chase – Bom esposo e excelente pai’’, não pude mais suportar e deixei mais lágrimas descerem.

— Você faz tanta falta papai – sussurrei, era indescritível a dor da saudade. Um vazio imenso dentro de mim, eu não conseguia preenche-lo, nada no mundo substituia meu pai – Melissa quer atacar de novo pai, ela quer o que Sally deixou para a família – contei para o nada, mas de alguma forma eu sabia que ele me ouvia – Sabe, eu me apaixonei papai, me entreguei como pensei que nunca fosse capaz, eu amei – olho para cima me forçando a parar de chorar, mas em vão, parecia uma cachoeira saindo dos meus olhos – Hoje descobri que ele não me amava da mesma forma.

Dei uma pausa, fechando os olhos e encostando a testa na lápide. Eu não sabia o que fazer.

— Queria o senhor aqui, queria saber o que houve com a mamãe – falei abraçando meu corpo. Apesar de nunca admitir, eu sempre senti falta da minha mãe, mesmo que nunca havia a conhecido, eu sentia falta, quem não quer um colo de mãe quando leva seu primeiro fora? Ou quando você simplesmente não se sente amada por ninguém, sua mãe vai estar lá provando a cada dia, a cada minuto que a ama incondicionalmente, provando que o amor que ela sente por você é incomum e único, que esse amor te preenche de todas as formas possíveis, ele te abraça quando você mais precisa e te acolhe quando ninguém mais faz isso. Era só isso que eu pediria: uma família.

Demoro algumas horas ali, em silêncio, sentindo o vento tocar meu rosto secando minhas lágrimas e fazendo meus cabelos esvoaçarem, permitindo-me recordar tudo que havia acontecido, faltava poucas semanas para o final do ano. Em meio ao silêncio, escuto passos de saltos ao longe, olho para o céu, faltava poucas horas para o amanhecer. Me coloco de pé, ajeitando minha roupa e prendendo meus cabelos em um coque alto e desarrumado, não queria ver a situação do meu rosto com aquela sombra preta que eu havia passado. Toco a lápide de Frederick pela última vez.

— Eu te amo meu rei – sussurro com um fio de voz, e quando viro para correr pra ir embora, esbarro em uma mulher. Analiso seus saltos, um belo salto alto preto com a frente fechado, sigo meus olhos para sua roupa, uma calça social, também preta marcando bem na fina cintura da mulher, uma camisa branca estava por dentro da calça e um terninho por cima. Era elegante e fina, segurava um buquê de margaridas, as flores favoritas do meu pai. Seu perfume era doce e suave, levanto os meus olhos para o rosto da mulher e rapidamente sinto minha pressão caindo, perco o equilíbrio e a fala por uns instantes.

Seu cabelo caia em uma cascata de cachos até os ombros, eram castanhos. E seus olhos, seus olhos pensei, eram cinzas iguais aos meus. Era dificil saber o que se passava neles, dor, tristeza, medo, tudo junto talvez, sua boca fazia um perfeito O com a mão por cima, o buquê de margaridas já se encontrava no chão.

Quase como se o universo tivesse escutado minhas preces, ou todos os deuses que existiam tivesse lido meu pensamento, ali parada na minha frente estava ela, estava a pessoa quem eu sempre sonhava em conhecer, tão assustada quanto eu estava, tão confusa quanto eu. Parada na minha frente estava a mulher que me abandonou e que por algum motivo eu não conseguia odiá-la, não conseguia sentir raiva de seu ato infantil, não conseguia despreza-la por uma atitude tão covarde e cruel. Parada a minha frente, estava Atena, minha mãe.


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Notas finais do capítulo

Oiii meus queridos, tenho muito o que explicar pra vcs. Vou tentar resumir
Primeiramente: Quem faz faculdade, sabe que não sobra tempo pra nada mesmo e foi isso que aconteceu. Quando eu via uma brecha pra postar, acontecia algo que me impedia.
Segundo: Eu perdi meu caderno onde escrevo os cap pra depois postar aqui, e não lembrava pra nada do enredo da historia, mas eu achei amoreeees e li tudoooooo e já lembrei.
Terceiro: Eu não conseguia acessar minha conta aqui no Nyah, tem umas duas semanas que to tentando redefinir a senha e só hoje que deu, então de pé igreja kkkk
Agora vou tentar postar frequentemente aqui e nas minhas outras fic's
Mil desculpas amores
AHHHH, antes que eu esqueça, meu número e minhas redes sociais ainda são os mesmos, me chamem quem quiser entrar em um grupo que vou criar. Pq fica mais fácil de vcs me ameaçarem ahusuhuahuahuhazuhauh
Obrigada por todos os meus leitores que me puxavam a orelha todo dia. Seja bem vindos leitores novos.
EU AMO TODOS VCS
Desculpe se tiver algum erro
Comentem, deixem MP's e muitas recomendações s2