I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson
Notas iniciais do capítulo
Boa Leitura
‘’Já segurei nas mãos de alguém por medo. Já tive tanto medo ao ponto de nem sentir minhas mãos’’
~Johnny Depp~
Percy POV’s
Fiquei observando Annabeth de longe, durante a competição vez ou outra ela se levantava e gritava, ou virava para Thalia e fazia movimentos engraçados com a mão. Não entendo dessa coisa de skate, mas podia afirmar que todos ali eram bons no que faziam, vi Cristian, o garoto rival de Annie em São Francisco, ele ainda continuava com a mesma cara de fuinha, o que me fez rir pelo nariz.
Luke estava indo bem nas rampas e manobras, bem até demais. Estavam no último desafio, uma corrida ao redor do park. O loiro estava perdendo apenas para Cristian, faltava alguns segundos, senti a ansiedade subir pelo corpo, encarei Annabeth na arquibancada, essa que parecia nem se importar comigo parado ali.
A campainha soou, e Luke terminou pulando no ar com o skate, uma manobra que minha loira havia o ensinado. O locutor falou ao microfone que os jurados iriam deliberar, a multidão ficou inquieta, percebi que eu estava nervoso, queria que Luke ganhasse, porque ele merecia o prêmio.
Demorou um pouco até o locutor voltar, Thalia se agarrou a Annabeth, por um minuto ninguém se pronunciou, podia escutar o vento farfalhar.
– O ganhador do contrato e do cheque de cinco mil dólares é – um silêncio mortal se seguiu – Luke Castellan – seu nome ecoou.
Sorri e vi Annabeth saltar da arquibancada, empurrar os seguranças e passar pela faixa que isolava uma parte da área, tudo isso gritando. A loira se jogou em cima de Luke, seguida por Thalia, alguns seguranças tentaram tira-las.
– Suas fãs? – perguntou divertido o locutor. Luke se recompôs ainda voado devido a noticia, mas conseguiu sorrir.
– Basicamente – disse – Thalia, minha namorada e... Annabeth minha amiga e treinadora.
Eles conversaram sobre algo que eu não pude escutar pelos gritos e comemorações das pessoas ao meu redor, Cristian saindo de cabeça baixa e resmungando algo indecifrável depois que a loira debochou de sua pessoa. Dei uma última olhada para o palco e encontrei os olhos cinza que tanto me fascinavam, travei o maxilar e virei de costas, quando ouvi meu nome ecoando por cima dos gritos. Girei com o auxílio dos calcanhares e Annabeth estava com o microfone na mão olhando diretamente para mim.
– Você estava certo – falou, franzi a testa e coloquei as mãos no bolso do jeans – Eu não tenho sido a namorada que você merece. E... se eu estivesse em seu lugar já teria colocado fim nesse namoro. Você tem todo direito de estar magoado ou com raiva, sei lá, mas a questão é que... – ela pausou e respirou fundo antes de continuar – Eu te amo Cabeça de Alga, e me desculpe por fazer você pensar que era só mais um na minha vida, pois não é. Você Percy, é único pra mim.
Só percebi que estava sorrindo, quando minha bochecha começou a doer. Ao redor pessoas me incentivavam a ir até ela, outras gritavam e assoviavam. Meu coração estava disparado e fiquei no mesmo lugar ainda processando o que acaba de ouvir.
– Hã...Percy – fui desperto do transe pela voz de Luke no microfone – Acho que essa é a hora de você subir aqui e beijar sua gata.
Ouve algumas risadinhas, mas tratei logo de me recompor e fui em direção palco. Subi e fiquei de frente a Annabeth, suas bochechas estavam coradas.
– Sou único é? – perguntei segurando seu rosto delicadamente, ela revirou os olhos.
– Só me beija Cabeça de Alga – sorri e juntei nossos lábios.
Depois que Luke conversou com seu novo patrocinador, recebeu seu cheque e seu novo skate, saímos dali direto para a pizzaria. No caminho muitos o cumprimentava e parabenizava pelo excelente trabalho.
– Parece que tem alguém ficando famoso – Annabeth brincou vendo o amigo sorrir e corar.
– Vão chover gatas em cima de você cara – recebi um soco no braço vindo de Thalia – Hey, foi mal.
– Foi péssimo Jackson.
Escolhemos uma mesa mais afastada, pedimos e engatamos em um conversa banal.
– Será que no futuro ainda vai haver pizza? – perguntei.
– Se os zumbis não comerem tudo – Annabeth respondeu dando de ombros, passamos a encara-la.
– Zumbis? – Thalia e Luke riram, eu apenas abrir minha latinha de refrigerante e tomei um gole, já acostumado com as ideias absurdas da Chase.
– Qual é, vão me dizer que não acreditam em apocalipse zumbi.
– Isso é loucura Annie, de onde você tirou essa ideia? – a morena quis saber, passei meu braço pelo seu ombro.
– A mente de Annabeth ainda é mistério para a sociedade – disse rindo e sendo acompanhado. Nossas pizzas chegaram, e nem hesitamos em ataca-las. Prolongamos por mais algumas horas ali, quando do nada Annabeth se levanta derrubando a cadeira e atraindo olhares.
– O que foi Annie? – ela me encarou com os olhos levemente arregalados e vi o que a preocupava – Uh! Meu pai e Melissa vão te degolar.
– Jura? – disse sarcástica – Foi bom passar um tempo com vocês, mas vou indo. Lukito parabéns, Thalia cuide dele – ela abraçou cada um, depois jogou alguns dólares em cima da mesa e saiu me puxando, nem me despedi direito.
– Agora você sai toda apressadinha né – Annabeth subiu no skate, mas segurei seu pulso – Vai me deixar sozinho? De novo?
Ela bufou e entrelaçou seus dedos nos meus diminuindo o passo.
– Já to ferrada mesmo – demos alguns passos me silêncio, até eu quebra-lo.
– Aquilo que você disse, sabe, é...
– Sim Percy, é pura verdade – Annabeth parou de andar, colocou seu skate no chão e abraçou minha cintura – Você é único pra mim, a pessoa por qual me apaixonei e aprendi a amar.
Sorri lhe roubei um selinho.
– Eu amo você sua doida – sussurrei ouvindo sua melodiosa risada.
– Mas não se acostume, vamos deixar essa melação pra outros casais – concordei e beijei seus lábios me perdendo completamente no doce gosto que era sua boca.
Depois que chegamos em casa, Melissa e Poseidon deram uma bronca em Annabeth tirando seu celular, computador e proibindo-a de tocar, tentei ajuda-la, mas acabei ficando de castigo também.
– Quando eu tento fazer uma boa ação, acabo me ferrando – reclamei ao sair do banho e me jogando em cima da loira.
– Não pedi ajuda, então o problema é seu – girei, colocando-a em cima da minha barriga.
– Mal agradecida hein.
Annabeth bufou, e brincou com as gotinhas de água que estavam em meu peito, sua expressão mudou, ela estava preocupada.
– O que houve?
– Nada – houve hesitação no tom de sua voz, percebi ela forçar um sorriso – Faltam poucos meses para o festival de bandas, e nós nem temos o nome ainda.
– Amanhã a gente se reúne e decide isso – Annie assentiu, porém sua preocupação ainda estava estampada em seu olhar – E Melissa, ela parou de implicar contigo?
Annabeth engoliu em seco e desviou seus olhos dos meus.
– Parou sim – fiquei desconfiado, mas deixei quieto, apenas a abracei aspirando seu cheiro. Ficamos um tempo calados, até a loira levantar sua cabeça encontrando meus olhos.
– Percy, sabe... – observei seu nervosismo e estranhei – Eu queria saber...sobre sua...mãe.
Aquilo me pegou de surpresa, sem eu perceber fechei a cara.
– Eu não tenho mãe – disse ríspido. Annabeth se sentou, ainda na minha barriga.
– Ah! Então somente Poseidon te gerou – ironizou – Me esqueci disso.
– Não seja besta Annabeth, você sabe muito bem o que aconteceu, e sabe também que não gosto de falar sobre ela.
– E prefere guardar tudo ai dentro de você? – já estava começando a me irritar.
– Sim prefiro. E acho que estamos iguais, porque pelo o que eu me lembre você também não me contou tudo que passava com o Dylan.
Sua expressão endureceu e ela se levantou.
– Dylan é um caso diferente – sua voz tremia, me coloquei de pé – E já é passado.
– Sally também é passado.
– Okay – ela se encaminhou até a porta e saiu. Me joguei na cama, pensando o porque dela ser tão difícil. Acabei adormecendo.
Era San Diego, reconheci as árvores e as casas da minha rua. Eu estava sentado no último degrau da minha casa chorando, deitado no colo do meu pai. Tinha acabado de receber a notícia que minha mãe havia ido embora.
– Ela vai voltar papai? – sua expressão se tornou triste, pude vê uma lágrima desenhando seu rosto.
– Não sei Percy, é complicado lhe dizer agora – meu rosto ainda era molhado pelas incontroladas lágrimas - Mas olhe, ainda temos um ao outro. Sei que vai ser difícil de superar filho, mas temos que ser fortes – Poseidon encarou-me – Promete que vai tentar?
– Só se o senhor também prometer – vi seu sorriso se formar e juntos selamos a promessa com nosso toque.
Acordei assustado com o barulho de um baque e uma risada escandalosa, balancei a cabeça me livrando do sonho e me levantei. Annabeth estava caída perto da porta, rindo igual uma retardada.
– Você está bem Annie? – perguntei me ajoelhando ao seu lado. Ela jogou as mãos para cima, e vi que segurava uma garrafa de vodka – Puxa! Annabeth.
– Eu estou ótima – gritou mandando mais um gole pra dentro, ajudei-a ficar de pé, mas ela se desequilibrava rápido.
– Mas que porra é essa? – eu estava furioso. A loira me encarou e recomeçou seu ataque de risos.
– Você bebe, porque eu também não posso beber? – disse tropeçando nas palavras, a sentei na cama e enterrei minhas mãos no cabelo.
– Você me ajudou a parar lembra?
– Não sei porque ouviu, beber é muiiito bom – Annabeth parou de rir e ficou séria, seus olhos começaram a marejar – Eu me lembro que quando o Galhinho morreu.
– De quem? – que merda era Galhinho? A loira começou a chorar.
– Era meu cachorro Percy, ele não tinha culpa de nada, o bichano saiu correndo pelas ruas de São Francisco, eu fui atrás dele e quando vi o carro fez BUM.
Annabeth estava soluçando.
– Ele era um bom cachorro. Teve a vez que eu pensei ter visto um disco voador e....
– Annabeth, para okay – segurei seus ombros, mas sua cara se fechou e ela esmurrou meu nariz – Você ficou louca? – gritei segurando meu nariz que por sorte não sangrou.
– Você é uma mula Percy – a olhei espantado – Um bode que pensa que é o gostosão do mundo.
– Você está bêbada Annabeth – disse, soltando meu nariz e me aproximando com cautela – Vou lhe dar outro banho e te colocar pra dormir, amanhã você me conta o porque que bebeu.
– Eu não quero – falou dando uma cambalhota na cama e correndo pra janela – Quero fazer uma tatuagem.
– O que? – espantei-me – Não vai fazer nada disso.
Annabeth ameaçou pular.
– Annie amor, não faça isso, por favor – ela colocou o dedo do meio e pulou a janela, xinguei todos os nomes que me vieram a mente. Caminhei até o criado mudo e movido pela raiva, virei a metade que sobrava da bebida, secando a garrafa. No mesmo instante senti o líquido descer rasgando pela minha garganta e bombear no meu sangue, cambaleei, pisquei para manter o foco e me joguei na janela indo atrás daquela doida.
Na manhã seguinte, acordei todo quebrado. Olhei ao redor e comecei a ficar assustado, não estava em meu quarto. Senti meu mundo rodar e cai.
– Ai – uma voz sonolenta e irritada reclamou, olhei para o corpo estirado ao meu lado e ofeguei, era Annabeth.
– Ei, acorda, não estávamos em casa – ela reclamou algo que não consegui decifrar e voltou a dormir, peguei sua cintura e a coloquei de pé, chacoalhando-a – Acorda peste, estamos em um bar, dormindo no chão.
Isso foi tudo para seus olhos se abrirem de uma vez, ela piscou várias vezes e levou as mãos á cabeça.
– Cacete! Minha cabeça vai explodir – resmungou e começou a xingar, observei seu pulso, algo estava escrito.
– Oh não! – olhei para o meu e arregalei os olhos.
– O que foi? – levantei meu pulso na altura de sua visão, e sua boca abriu em um perfeito ‘’O’’ – Você escreveu meu nome no seu pulso?
– Olha o seu bonitinha – no pulso direito de Annabeth com uma escrita perfeita estava meu nome ‘’Percy’’ e no meu estava ‘’Annabeth’’.
– Estamos fudidos.
– Completamente.
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Se tiverem erros me desculpem, não tive tempo de revisar !! Quanto a Segunda Temporada, de 100%, 97% concordaram. Mas ainda vou ver se escrevo !! Se tenho ideias pra outra temporada? Ixii isso é o que não me falta, mas como eu disse vou ver depois, porque comecei a escrever outra fic Percabeth com uma amiga minha e to pensando em postar assim que essa terminar !!
Espero que tenham gostado, então recomendem e me deixe reviews !!
Beijos
Karol Oliveira