I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 47
Minha maluquinha


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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‘’Nós aceitamos o amor que achamos merecer’’

~As Vantagens de ser Invisível~

Percy POV’s

Estávamos no aeroporto de São Francisco, eu esperava Annabeth se despedir do pessoal, essa que chorava no ombro de Rafael. Silena me abraçou, seus olhos estavam com vestígios de lágrimas, ela fungava em minha camisa.

– Espero vê-lo novamente – disse desgrudando-se de mim – E vê se coloca juízo na cabeça de Annabeth.

– Isso vai ser uma tarefa difícil, mas vou tentar – ambos rimos do meu comentário. Na verdade eu nem sabia se iriamos nos falar depois dessa noite. As palavras de Annabeth ainda martelavam em minha mente, fazendo meu interior se destruir.

Enquanto John que também chorava foi abraçar Annie, Rafael veio falar comigo.

– Annabeth me falou de ontem – abaixei a cabeça envergonhado, esperando receber uma bronca de seu melhor amigo, mas o garoto apenas coloca a mão em meu ombro – Eu acredito em você, Sheila não presta e faria de tudo para deixar Annie zangada.

– Fala isso pra sua amiga lá – para minha surpresa Rafael rir.

– Ei, você sabe que ela é meio...cabeça dura – o cara faz uma pausa suspirando – Mas Annie gosta mesmo de você Percy, nunca a vi desse jeito com nenhum outro garoto. Ela só age pelo momento, isso é um de seus defeitos.

Observei a loira, agora grudada em Katie e Charles. Pensei tanto antes de chegar aquela conclusão, mas eu sabia que dentro de mim o sentimento que nutria por ela apenas se ampliou, não era mais uma simples paixão, era algo maior, algo que nunca senti com ninguém. Esse sentimento crescia como as chamas de um fogo que espalhava seu calor para todo meu corpo, com Annabeth eu me sentia completo, podia ser eu mesmo, me sentia feliz pelo simples fato dela sorrir, e só de pensar em perde-la sentia uma pontada bem no meu coração, eu a amava.

– Espero que vocês se resolvam – disse Rafael tirando-me dos meus pensamentos, ele me abraçou – Cuide bem da nossa maluquinha.

Sorri.

– Pode deixar.

Terminamos de nos despedir e uma voz rouca e um tanto sexy fala, que nosso voo está para decolar. Nos abraçamos coletivamente ouvindo os soluços de cada um, não restava dúvida que eu iria sentir falta desse pessoal, as pessoas mais doidas que já conheci, que me ensinou que vale a pena valorizar a amizade quando se é verdadeira.

– Última chamada para o voo 542 para Nova York.

Nos soltamos e Annabeth grudou em Rafael.

– Promete que vai me visitar – o moreno que também chorava sorriu.

– Prometo.

Eles se encaram e Rafa deposita um beijo na testa de Annie, enxugando suas lágrimas. A loira me olha balançando a cabeça de leve, avisando que já está pronta.

– Tentem não colocar fogo no avião – John fala arrancando algumas risadinhas.

Me coloco ao lado de Annabeth, uma última olhada para meus novos amigos e então entramos no corredor que levava ao avião.

(...)

Tínhamos descido do avião, o aeroporto de Nova York como sempre estava movimentado. Minhas pernas ainda estavam bambas devido ao voo, pegamos um táxi e fomos para casa em um total silêncio. Não demorou muito para chegarmos.

– Pai, Melissa – chamei-os assim que abrir a porta. Annabeth passou por mim trombando em meu ombro e subiu a escada, suspirei infeliz com sua atitude. Deixei as malas na sala, e me direcionei a cozinha, onde estava vazia. Perto do pote de bolacha estava um bilhete.

Filhão

Estamos no clube, assim que chegar me ligue, ou melhor, venha para cá.

Papai

Joguei o bilhete em cima do balcão e fui para meu quarto, lembrando-me que o dividia com a garota mais orgulhosa do mundo. Assim que abri a porta me deparo uma cena que faz eu lutar para não abrir a boca. Annabeth está somente de roupas intimas terminando de amarrar seus cachos, fico encarando seu corpo tentando ao máximo não babar.

– Será que não sabe bater? – perguntou ironicamente, me joguei na minha cama, apoiando minha cabeça nos braços.

– Acho que não há nada aqui que eu já não tenha visto – vi ela revirar sua órbitas cinzas, agora mais cristalinas que antes.

– Idiota – disse-me se encaminhando para o banheiro, me coloquei de pé e a segui entrando junto com ela que me olhava com a testa franzida.

– Então é assim? – pergunto deixando evidente sua duvida – Fomos para São Francisco nos odiando, lá descobrimos que esse ódio não era ódio e sim uma paixão, ficamos juntos, e durante esse tempo eu descobri que meus sentimentos por você somente cresceram. Ai vem uma puta e me beija, tentando acabar com nosso relacionamento e pelo visto ela conseguiu, pois aqui estamos nós novamente no inicio.

Soltei tudo em fôlego só deixando-me ofegante. Annabeth me encarava, provavelmente tentando captar o que falei.

– Eu já falei o que sinto por você, já pedi desculpas, tentei explicar que aquele beijo não significou nada, mas quem disse que você escuta. Você não acha que talvez seja hora de deixar esse orgulho idiota de lado?

Ela permanecia calada, virei às costas e sai dali. Fui para a varanda, já anoitecia e pude vê a primeira estrela no céu, logo em seguida as outras apareceram, enfeitando a escuridão, sentei-me no chão cruzando minhas pernas. Será possível que Annabeth era tão seca a esse ponto? Uma coisa eu tinha certeza, ela é a garota mais complicada que já conheci. Fiquei observando o céu enquanto a brisa tocava meu rosto.

Sinto mãos agarrando meu pescoço por trás e um beijo é depositado em minha bochecha.

– Me desculpa – Annabeth sussurrou em meu ouvido, fazendo os pelos de meus braços se levantarem – Fui uma idiota não acreditando em você.

Me virei para encarar seu rosto, e percebi em seus olhos que ela falava a verdade, olhando aquela tempestade cinza eu não pude deixar de sorrir. Coloquei-a sentada em meu colo a deixando alguns centímetros mais alta que eu.

– É foi mesmo – falei. Annabeth desviou seu olhar e franziu os lábios.

– É que....sabe eu fiquei.... fiquei com medo – coloquei sua franja atrás da orelha, me divertindo com seu nervosismo, uma coisa que era rara acontecer.

– Medo de que? – mais uma vez seus olhos se fecham, eu via que ela tentava decidir se falava ou não, mas por fim Annabeth disse.

– De perder você – abri a boca pra falar, mas delicadamente a loira coloca seu dedo em meus lábios – Shiu, me deixa terminar. Sabe, você foi a melhor coisa que já me aconteceu, me apaixonei por essa sua lerdeza que não é normal, me apaixonei por esse sorriso que me mata toda vez que o vejo, por seus olhos me convidando para nadar, Percy me apaixonei por você de jeito incomum, de um jeito que você virou minha dependência. Eu não consigo imaginar acordar e não poder vê você babando, não poder te tocar, te beijar, te sentir. Isso é novo pra mim e... ARGH !! É muito mel também.

Rir de seu último comentário, mas dentro de mim alguma coisa se agitou, eu podia sentir meu coração bater tão rápido que era impossível acompanhar suas batidas. Um sorriso invade minha boca.

– Me beija – falei, Annabeth nem hesitou encostando sua boca na minha. Era incrível a leveza de seus lábios, sua língua deliciando com a minha, ambas brigando por espaço. Annabeth puxou meu cabelo mordendo meu pescoço, minhas mãos dançavam em sua cintura.

– Eu te amo – sussurrou ao meu ouvido, minha pele se arrepiou e eu a apertei mais contra mim.

– Diz novamente – falei no mesmo tom que o seu beijando seus ombros, eu queria saber se aquilo era mesmo real.

– Eu amo você Jackson – ataquei sua boca em um beijo mais intenso, me levantei com ela no colo e entrei no quarto prensando-a na parede. Sorri entre o beijo mordendo seu lábio inferior.

– Eu te amo Chase – disse mordendo seu pescoço arrancando mais um suspiro de sua boca. Annabeth desceu do meu colo, me empurrando para cama, seu rosto estava com a expressão travessa.

– Estou com fome – falou se aproximando da porta. Me levantei e abracei sua cintura por trás beijando seu rosto.

– Que tal comer seu prato preferido: Percy ao molho – brinquei, Annabeth se virou rindo, dando-me vários murros no braço.

– Você é mesmo um idiota Cabeça de Alga – fiz uma careta aumentando suas risadas.

– Você não esquece mesmo hein.

– Claro que não, aquele dia foi inesquecível – disse-me descendo a escada e sentando-se no sofá, deitei em seu colo onde ela começou a mexer no meu cabelo, eu adorava isso – Quero só vê a reação das suas adoradoras amanhã na escola.

– Elas não têm que achar nada – estiquei minha mão e acariciei seu rosto.

– Mesmo assim não passam de um bando de quengas – comecei a rir pelo jeito que ela falou.

– Você adora falar quengas né – a loira aperta meu nariz.

– Não, eu gosto de chamar aquelas que dão em cima de você de quenga. Especialmente a quenga da Drew.

Uma gargalhada escapa de minha boca, fazendo minha loirinha sorrir.

– Você não existe.

– É, mas levanta que quero tomar sorvete – disse me jogando literalmente no chão, soltei um gemido de dor, mas ela pareceu não se incomodar.

– Você está de pijama Annie – Annabeth deu de ombros se encaminhando para a porta, estava vestida com uma calça de moletom do piu-piu, e uma regata rosa, que me lembrava um pouco Silena, seus pés estavam cobertos pela sua pantufa de panda.

– Nem ligo – e saiu, tratei de segui-la, não iria deixa-la sair sozinha a essa hora, principalmente com os marmanjos que andam por ai. Agarrei sua mão, dando-lhe um beijo na bochecha.

– Minha maluquinha.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Se tiver erros me desculpem !!
Me mandem reviews !! E GENTE A CASA DE HADES QUE LIVRO PERFECT
Beijos
Karol Oliveira