I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 38
Podemos conversar?


Notas iniciais do capítulo

Oiiii seus lindos !!
Nem demorei, estou evoluindo nas postagens
hehe'
E se tiver algum erro, me desculpem não tenho tempo de revisar estou saindo agora.
Boa leitura



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"Esperança. A única coisa mais forte que o medo"
~Jogos Vorazes~

Percy POV’s

Annabeth saiu pela porta chorando, no mesmo instante me senti culpado, fui longe demais tocando em sua ferida. Rafael a chamou algumas vezes, mas foi completamente ignorado.

– VIU O QUE FEZ? – gritou , seus olhos marejados. Eu não sabia o que falar, minha voz se fora junto com a loirinha – Percy, você é o cara mais imbecil da face da Terra.

Meu nariz latejava e doía, senti o gosto meio enferrujado do meu próprio sangue na boca, Annie tinha me dado um belo de um soco.

– Rafael eu não... – tentei falar, mas ele prensou-me na parede me segurando pela gola da camisa, seu ser estava repleto de ódio. Minha respiração ficou pesada, eu sabia brigar, já tinha me metido em várias confusões, mas não reagi, pois ali, eu era o culpado e tinha consciência disso.

– Eu poderia te rebentar agora Jackson, por sua culpa Annabeth abriu uma ferida que estava quase se cicatrizando, por sua bendita culpa ela está com raiva de mim por ter lhe contado sobre o Dylan, e agora eu nem sei onde ela pode ter ido – ele afrouxou mais a gola de minha camisa onde estava segurando – Mas não vou, violência nunca foi o meu estilo e também não vai mudar o que aconteceu aqui.

Rafael me soltou e se virou de costas para mim.

– Some da minha frente Jackson, antes que eu mude de ideia – sua voz estava embargada, Annabeth era a irmãzinha de Rafa, ela ter saído daquela maneira e ainda com raiva dele, estava o matando. Fui em direção ao quarto, entrei no banheiro e analisei meu nariz, o sangue estava secando, não parecia quebrado, então somente limpei.

Deitei em minha cama e levei minha cabeça ao travesseiro, onde soltei um grito de frustração. Como eu pude ser tão retardado, imbecil, inútil, animal e idiota á ponto de magoar Annie? Aquela que sempre me ajudou, aquela que fez eu senti algo que pensei que estivesse extinto de mim. Eu mereci aquele murro, merecia que Rafael tivesse me dado uma surra. Meu celular toca, e atendo sem olhar que é.

– E ai cara – era Nico, foi bom ouvir a voz do meu amigo.

– Fala Nicão – sento na cama.

– E como anda a viagem? – o tom de sua voz continha malicia.

– Estava ótima, até agora – então lhe contei tudo. Falei do pessoal ser gente boa pra caralho e completamente malucos, da cidade que era linda, do beijo que dei em Annabeth e dos momentos que passamos juntos, e contei também da briga que tivemos, mas ocultei a parte de Dylan. Nico ouvia tudo, vez ou outra ele ria, e me zuava, mas quando lhe disse da discursão ele ficou calado.

– Foi isso – finalizei, o moreno ainda permanecia em silêncio, escutava somente sua respiração fora do ritmo.

– Você sabe que foi um canalha né – disse por fim – Como alguém pode ser tão burro assim?

Me sentei na beirada da cama, e enterrei minha mão livre em meu cabelo. Um minuto estava tudo perfeito, mas de uma hora pra outra eu consigo estragar tudo.

– Não sei o que fazer cara.

Nico soltou uma risada sarcástica.

– Não sabe? – ele parecia bem irritado – Logicamente você vai se desculpar com ela, vai falar que foi um completo imbecil por trata-la dessa forma, e rezar para que Annabeth aceite seu pedido de desculpa.

Suspirei e soquei a cama, ele tinha razão. E deitei com tudo sobre o colchão fazendo meu corpo pular duas vezes antes de se estabilizar.

– Mas enfim, e vocês como estão ai?

– Jason está melhorando o tornozelo, acho que até a estadual estará bom – sorrir, Jason era meu braço direito no time, nós éramos a dupla que fazia mais cestas – Os ensaios da banda cessaram até você e Annie voltarem, e...

Nico deixou a frase morrer, fazendo-me erguer uma sobrancelha.

– E? – perguntei.

– E Drew está uma fera por você ter terminado com ela.

Dei um tapa em minha testa.

– O que ela anda falando?

– Que Annabeth é uma prostituta que abriu as pernas para você na primeira oportunidade que teve. E que você só está usando a loira para fazer ciúmes nela.

Meus olhos se fecharam, minha respiração ficou tão pesada que tive falta de ar.

– Annabeth vai mata-la quando descobrir, e adivinha, eu vou ajuda-la.

Minha vontade era de espremer a cabeça de Drew igual se espreme uma espinha.

– Pois é cara, o trem está feio.

Depois disso ficamos conversando atoa mesmo, até que Nico disse que tinha que ir, nos despedimos e desligamos. Joguei o celular em cima da mesinha e foi tomar um banho. Enquanto a água entrava em contato com minha pele, senti meus músculos se relaxando, fiquei um bom tempo debaixo do chuveiro, depois vesti uma bermuda e deitei novamente.

Minha preocupação com Annabeth só aumentava, mas se eu fosse atrás dela, iria piorar a situação, Annie precisava de um tempo sozinha. Meu estômago roncou, mas não me levantei, encarar Rafael agora ou até mesmo seus pais, me faria pegar uma avião e ir direto para Nova York, então adormeci, com fome e rezando para que Annabeth esteja bem.

Annabeth POV’s

Acordei com um raio de Sol atravessando a janela e indo de encontro a meu rosto. Eu odiava acordar cedo, mas uma vez acordada não conseguia dormir novamente. Lentamente sentei na cama e espreguicei, fiquei observando cada canto do quarto, tudo na mais perfeita ordem, então uma lembrança me surgiu.

Entrei sorrateiramente com a bandeja de café da manhã em mãos, coloquei-a em cima da mesinha e fiquei observando meu pai dormindo. A expressão que desenhava seu rosto era de pura tranquilidade, era como se ele estivesse dentro do sonho mais lindo, pois seus lábios estavam curvados em um pequeno sorriso, a respiração lenta e serena. O pouco cabelo loiro que lhe restava estava bagunçado para todos os lados, uma risadinha me escapa. Eu tinha na faixa de sete anos. Aproximo-me a fim de tocar em seu rosto, mas meu pai me assusta, quando em um movimento rápido ele me pega e me deita na cama, para logo em seguida me encher cócegas. Não sabia qual gargalhava mais. Assim que ele para, recebo um demorado beijo em minha bochecha.

– É uma honra recebe-la em meus aposentos Princesa Annie – há muito tempo tínhamos essa brincadeira, eu era sua princesinha enquanto Frederick era meu rei.

– Vim lhe trazer seu café Rei Fred – esse era seu apelido – Feito por mim.

Nos sentamos na cama, ele pegou a bandeja e colocou no colo, e seus olhos brilharam.

– Oh, mas aqui tem tudo que eu mais gosto, morangos, torradas, panquecas, waffes – sorrir, o que ficava engraçado, pois faltava um dente da frente – Vossa Alteza caprichou.

– Obrigada, tudo para agradar o melhor pai de todos – Frederick me abraçou.

– Te Amo princesinha, nunca se esqueça- beijei sua bochecha.

– Não vou esquecer papai, e eu te amo bem mais.

Juntos comemos aquele delicioso café.

Limpo uma lágrima que saiu sem minha permissão, tinha tantas saudades do meu rei. Levantei-me e me direcionei ao banheiro. DEUSES !! Assim que me olhei no espelho quase enfartei. Meus olhos estavam inchados, na verdade meu rosto todo estava inchado, meu cabelo um emarado de fios loiros. Comecei a rir da imagem que refletia, rir pra valer, gargalhar. Sentei-me no chão com as mãos na barriga, tentando achar o ar que me faltou.

– Deuses, como estou linda – ironizei para mim mesma. Depois de algum tempo consigo me controlar e ir para o banho. Ótimo pensei Terei que vestir a mesma calcinha e sutiã, que lindeza essa minha.

Depois de um demorado banho, visto minhas peças intimas e pego uma camiseta e uma bermuda do meu pai. A bermuda cabia umas cinco Annabeths, a camiseta em mim parecia um balão de ar quente. Novamente cair na risada.

– Como eu disse linda – peguei um cinto e o amarrei na bermuda, sim eu amarrei já que mesmo com o pininho no último buraco ainda ficava caindo. Desci a escada, não estava com vontade de ir embora, mas quanto mais cedo enfrentar essa situação, melhor será, e também eu tinha que escovar os dentes, já que aqui foram deixados somente shampoo e condicionador. Percebi que tinha vindo descalço, então agora você imagina. Uma garota andando com roupas que são o triplo de seu tamanho, descalço e com o cabelo molhado, super normal aqui em São Francisco (sentiram o naipe da ironia né). Bom, mas como eu não estava nem ai, fechei a porta e fui embora.

Algumas pessoas riram, outras murmuravam coisa entres elas, já a maioria se afastavam com medo de serem roubados. Eu não estava mais aguentando de tanto rir. Momentos depois eu chego á casa de Rafael, a porta estava aberta, sinal que seus pais já foram trabalhar, será que Tia Marta e Tio Sebastian sabiam que eu tinha dormido fora? Vou rezar para que não saibam.

Abri a porta e encontro Rafael se descabelando, Percy estava sentado á mesa encolhido, seus olhos estavam tão inchados quanto meus.

– ANNABETH PATHERNOS CHASE – que beleza Rafael me chamou pelo meu nome completo, sinal que estou bastante encrencada.

Ele vem e me sufoca em um abraço. É, Rafael estava mesmo preocupado.

– Onde você estava garota? – fala assim que nos afastamos, seus olhos marejados, ele então me olha de cima á baixo – E que roupas são essas?

Dou-lhe um beijo na bochecha.

– Vou escovar os dentes – falo e me direciono ao meu quarto, não antes de olhar para Percy que se mantinha muito quieto. Seus olhos brilharam como se tivesse feliz em me vê bem, mas logo ele abaixou o olhar, envergonhado.

(...)

Me jogo na cama assim que faço minha escovação. Rafa se junta á mim, me abraçando, mas me desvencilho de seus braços, eu ainda estava chateada por ele ter contado sobre Dylan para Percy.

– Por que contou? – perguntei sem olha-lo nos olhos, minha voz fraca.

– Pensei que ele sabendo, evitava te machucar – o conhecia bastante para saber que ele estava mentindo.

– Rafael Collins Rodriguez não minta para mim, você mais que ninguém sabe o tanto que eu odeio mentiras.

Rafa ficou inquieto com a citação de seu nome inteiro. Por fim ele disse.

– Talvez Percy percebesse o que Melissa quer? – estremeci só de lembrar seu plano.

– Mas o que isso tem haver com Dylan?

– Nada, mas no final da história falei uma coisa para vê se o Jackson se toca.

Olhei para seu rosto, eu odiava o fato de não conseguir ficar zangada com ele por muito tempo. O abracei, bem forte.

– Você sabe que o plano de Melissa é um problema meu né.

– Sei, mas talvez ele pudesse te proteger, já que eu não estou lá perto de você – o apertei no abraço. Rafael sendo sempre tão fofo.

– Eu sei me cuidar Rafa, mas obrigada. Você é o irmão que nunca quis ter.

Ambos soltamos uma gargalhada. Ouço batidinhas na porta, Percy coloca a cabeça para dentro.

– Será que podemos conversar?


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Notas finais do capítulo

Quero reviews
Beijos de uma filha de Hades
Karol Oliveira