I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 37
Agradável presença


Notas iniciais do capítulo

Ok, não me matem, meu pai meio que estragou o pc, ai já sabem né !!
hehe'
Boa leitura



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“Você finge que isso não te chateia, mas você quer explodir.”

~Metallica~

Annabeth POV’s

Troquei um olhar com Rafael, ele sabia bem o que isso significava. O pudim já estava na geladeira, agora estávamos fazendo bolo. Eu tinha uma pequena porção de farinha de trigo na mão.

– Percy – caminhei até onde o moreno se encontrava – Acho que essa farinha de trigo não está boa.

Ele franziu a testa.

– Deixe-me ver – estendi a mão, e sobrei a farinha em seu rosto. Rafael e eu disparamos a rir, enquanto o Jackson tentava, sem sucesso, limpar sua cara – Vocês dois são tão engraçados – ironizou.

– É a vida – Rafa disse dando de ombros.

– Bolo que é bom fazer, não fazem né – me apoiei no balcão.

– Talvez se você ajudasse mais – falei, Percy se vira me encarando com os olhos estreitados.

– Eu estou ajudando – pelo tom de sua voz pode perceber que ele estava começando a se irritar – Ao contrário de você que fica jogando farinha no rosto dos outros.

Soltei uma risada sarcástica.

– É, tem razão, você daria um ótimo assistente, pois só fica assistindo os outros trabalharem.

Rafael assoviou.

– Gente o bolo...

– Ah então você está dizendo que eu não ajudei a fazer nada?

Suspirei. Deuses que garoto irritante.

– A não ser, ficar ai parado somente observando – falei cruzando os braços e o fuzilando. Percy estava vermelho, e eu podia garantir que não era de vergonha. Ele caminhou até a pia e pegou dois ovos.

– Talvez seja melhor eu sair por ai, sujando o rosto dos outros – e quebrou os ovos em minha cabeça, passando as mãos sujas em meu rosto para melecar mais. Minha respiração ficou pesada. Não acredito que ele fez isso.

Abri meus olhos e Percy estava com um sorriso vitorioso no rosto. Curvei meus lábios também em um sorriso, mas o meu como dizia o pessoal era sinistro. O Jackson recuou.

– Cara ferrou – disse Rafael. Me aproximei da mesa e peguei a vasilha de massa, derrubando tudo na cabeça de Percy, logo em seguida derramei o leite.

– Agora é só colocar no forno – disse sorrindo mais ainda. O moreno fechou os olhos, tentando se controlar, eu podia vê suas narinas se abrirem e fecharem repentinamente. Pensei ter exagerado um pouco, mas ele caçou.

– Você é extremamente infantil – falou com uma calma que até estranhei – Da uma de rebelde, de durona, mas não sabe resolver coisa nenhuma. Talvez seja por isso que Dylan fez o que fez.

Quando eu vi já tinha o acertado no rosto, não com um tapa igual outras garotas provavelmente teriam feito, mas sim com um murro. Percy virou a cara com a mão no nariz que sangrava, me olhando assustado. Rafael estava parado com os olhos arregalados. As lágrimas caiam em meu rosto como uma cachoeira, eu prometi para mim mesma nunca mais tocar no nome daquele desgraçado.

– Nunca mais fale daquele vagabundo. Você não sabe nem a metade do que aconteceu.

Sai daquela casa como um furacão de tão furiosa, ouvi Rafael me chamar, mas o ignorei, precisava de um tempo sozinha. Corri para o único lugar que me veio à mente, nem me importando com que eu estava vestida e por está chorando. Abrir a porta da minha antiga casa com um chute e a fechei de forma violenta. Passei pela sala, e depois pelo corredor até chegar aos fundos, onde escalei a escadinha e cheguei a casinha na árvore. Joguei-me no colchão de solteiro que tinha ali e desabei a chorar mais.

Eu estava com raiva, com raiva de Percy e pelo fato de estar apaixonada por ele, com raiva de Rafael por contar algo que prometeu nunca tocar no assunto, e com raiva de mim por ter dado aquele soco no Jackson. Eu queria sumir, desaparecer do mapa, me sentia tão envergonhada. Pela primeira vez em anos, senti a vontade de ter um cigarro em minha boca, pois assim, pelo menos por um momento eu ia esquecer de tudo. Adormeci com as lágrimas caindo como um dia de temporal.

Dylan apertava minhas bochechas com força, fazendo-me soltar gemidos de dor.

– Estou ficando sem grana Chase – falou, seu rosto bem perto do meu. Seu hálito cheirava a maconha com álcool, meu estômago revirava pelo cheiro. O loiro me soltou, empurrando-me contra a parede, onde bati as costas.

– E o que eu tenho haver com isso? – talvez devesse ter ficado calada. A risada de Dylan ecoou naquela imensidão do beco dando um ar mais maligno. Ele caminhou até mim e puxou meu cabelo, senti uma lágrima escorrer em meu rosto.

– Você vai lá naquele bar – disse puxando com mais força – E vai pegar alguns dólares...digamos que emprestados.

– Eu não vou roubar, se você quer tanto, porque não faz seu trabalho sujo sozinho e me deixe em paz – minha voz soava fraca, eu tinha acabado de me drogar junto com ele, na verdade meu corpo todo estava fraco. Dylan colocou a mão dentro do meu jeans e apertou minha bunda, eu odiava quando ele fazia isso.

– Por que eu tenho você vadia – ele soltou meu cabelo, e pude relaxar um pouco, mas sua mão foi para debaixo de minha blusa, apertando meu seio. Gemi, mas não era de prazer, mas sim de ódio – E porque se não seu papaizinho morre.

Era por isso que eu aguentava tudo que Dylan me fazia, eu amava meu pai e não podia deixar nada acontecer á ele. O loiro retirou minha blusa e meu sutiã. Seus lábios sugavam meu seio, enquanto sua língua rodeava meus mamilos. Com a mão esquerda ele apertava o outro. Sua atenção voltou para minha boca.

– Queria sentir seu gosto de outro jeito – Dylan se afastou, toda vez eu inventava algo diferente para não senti-lo dentro de mim, minha virgindade era tudo que me restava, mas agora eu estava sem ideias. Por um momento entrei em pânico, mas algo me ocorreu.

– Vire-se – sussurrei em seu ouvido, ele sorriu com malicia e se virou, devagar vestir meu sutiã e minha blusa, eu iria fugir dali, mas ele percebeu e agarrou meus braços com força.

– Voce não vai há lugar nenhum sem me satisfazer primeiro Annabeth – Dylan me empurrou para o chão, ele tirou sua calça e logo sua cueca, tampei meus olhos com as mãos, ele se ajoelhou na minha frente.

– Prove vadia – neguei com a cabeça, Dylan retirou minhas mãos do rosto e as segurou – Eu disse pra você provar.

– Não – falei, minhas lágrimas já escorriam, ele me deu um tapa, senti meu rosto esquentar. Dylan pegou meu cabelo, puxando minha cabeça para baixo, encostei minha boca em seu membro, mas eu lutava para não abri-la.

Quando uma viatura de policia passou e parou de frente ao beco, Dylan me largou assustado e vestiu seu jeans rapidamente.

– Da próxima você não escapa – ele me deu um beijo forçado e pulou o muro. Respirei aliviada, me encolhi perto de uma lata de lixo, alguns instantes depois a viatura foi embora.

Acordei assustada, e me sentei. Olhei para fora e vi as estrelas e uma grande lua no céu. Enterrei meu rosto entre os joelhos e adivinha, chorei, chorei e chorei. Eu queria matar aquele monstro, eu tinha nojo de mim mesma. Fiquei ali por um tempo, depois desci e entrei dentro de casa, sim aquela ainda era minha casa. Subi para o quarto de meu pai, peguei algumas roupas sua, tomei um banho e deitei em sua cama.

– Queria ter o senhor aqui papai – disse para mim mesma, acariciando seu travesseiro, mas de alguma forma, deitada em sua cama, enrolada em seu cobertor era como se ele estivesse me abraçando. Um vento frio abriu a janela, percorrendo todo o quarto me fazendo estremecer, um aroma de canela e café invadiu meu olfato, e eu pude sentir a presença de Frederick, um sorriso cruza meus lábios quando sinto um calor em minha bochecha e logo em seguida em minha testa, como seu estivesse recebendo um beijo. Então mergulho na terra dos sonhos, sabendo que vou estar protegida, pois meu pai se encontrava ali comigo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Quero reviews
Beijos
Karol Oliveira