I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 36
Hora do filme


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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‘’Mas em meu coração tenho sentimentos que nunca demonstrei’’

~Guns N' Roses~

Percy POV’s

Depois daquela conversa que tive com Rafael, minha mente ficou á mil, não consegui dormir direito, pois aquelas palavras ficaram ecoando em minha cabeça.

‘’Annabeth é capaz de tudo para proteger que ama’’

Consegui dormir ao amanhecer.

Em meu sonho eu era um bebê, ainda no berço. Eu reconheci esse quarto quase de imediato, ele ficava em minha antiga casa em San Diego. As paredes eram de um tom azul, assim como o céu em um dia claro. Em um canto perto do berço havia duas poltronas grandes e confortáveis. Nas paredes várias prateleiras cobertas de ursinhos, e um grande guarda-roupa branco. Pairando sobre mim havia dois rostos, ambos com um sorriso no rosto. Um homem balançando um chocalho, seus olhos de um verde intenso assim como os meus, sua barba perfeitamente feita, e seu cabelo negro um pouco grande, ao sorrir covinhas apareciam perto de sua boca, deduzi que era meu pai, Poseidon, mais jovem. A mulher estava fazendo caretas, arrancando gaitadas de mim. Seus olhos possuíam um brilho intenso, como se ela estivesse olhando para sua maior felicidade, seu cabelo era longo e cacheado, ela era muito bonita, e me passava uma certa tranquilidade, era como se eu estivesse sempre protegido, apenas com seu olhar, essa era minha mãe, Sally. Olha-la, mesmo que fosse em um sonho, me partia o coração.

– Percy meu bem – ela acariciou meu rosto, e pude sentir o calor que imanava de sua mão, um carinho de mãe – Você está tão bonito.

– Vai ficar igual o pai quando crescer – Poseidon brincou arrancando uma risada de Sally. Eles se olharam e nessa troca de olhares eu podia perceber o tanto que se amavam. E uma pergunta me veio à cabeça: Então por que ela se foi?

– Querido, será que poderia pegar a mamadeira, por favor? – o homem sorriu, deu um beijo demorado em Sally e deixou o quarto. Minha mãe me pegou em seu colo e se sentou em uma das poltronas, senti meu corpo relaxado e em segurança com seus braços em redor de mim. Então ela começa cantar, sua voz era delicada e suave.

O mar enrola na areia
ninguém sabe o que ele diz
bate na areia e desmaia
porque se sente feliz.

O mar também é casado
o mar também tem mulher
é casado com areia
pode vê-la quando quer

O mar também é casado
o mar também tem filhinhos
e casado com areia
e seus filhos são os peixinhos.

Uma sensação percorre meu corpo, não sei explicar muito bem, mas era como se cada espaço vazio dentro de mim se enchesse de vida, se enchesse de amor. Mas Sally para de cantar e me olha, passando sua mão em meu rosto.

– Será que vou te vê quando estiver grande meu bem? – sua voz estava repleta de tristeza – Só espero que sim.

Ela beija minha testa, e meus olhos se fecham recebendo uma dose de carinho. Poseidon chega sorridente e entrega a mamadeira para minha mãe para logo em seguida sentar-se ao seu lado.

Minha visão começa a escurecer, eu luto para tentar focaliza-la novamente, mas em vão, então apago com a cena de uma família feliz.

Agora eu estou em outro lugar, em um pátio para ser mais exato. Crianças corriam de um lado para o outro brincando. Eu me lembrava, era minha primeira escola, Academia Yancy. Eu tinha na faixa de doze anos. Logo o sinal toca e os professores nos dirigem a sala de aula. Minha carteira era a última, eu não era bom em fazer amigos, então tinha somente um Will Solace, Ele era bem magro e branco, com se nunca tivesse visto a luz do sol, tinha o cabelo grande e dourado, seu pai era Apolo, um famoso médico na cidade. Will e eu eram os excluídos, muitos tiravam sarro de nossa cara, principalmente a garota mais abominável do mundo inteiro, Nancy Bobofit, ou como eu e Will a chamava “Tocha humana’’.

– E ai perereca de laboratório – disse ela, batendo na mesa de Will, uma coisa que sempre detestei era mexer com meus amigos.

– Deixe-o em paz Nancy – exaltei-me, a ruiva solta uma risada escandalosa.

– Quem vai me obrigar hein Fruto do Mar – fruto do mar era meu adorável apelido, os garotos que estavam a nossa volta começaram a rir. Como sempre acontecia a raiva me subiu e cerrei os punhos, levantei da cadeira em um pulo.

– Percy, deixa pra lá – falou Will se colocando entre a gente – Está tudo bem.

Nancy o empurrou de volta para a cadeira e avançou, estávamos prestes a brigar quando a professora chega.

– Senhorita Bobofit e Senhor Jackson – repreendeu-nos. Nancy deu língua para mim e se sentou em seu lugar do outro lado da sala.

– Obrigada Percy, mas não precisava se meter em mais um briga – disse Will que sentava em minha frente.

– Eu só não aguento mais essa garota, sempre foi assim desde 3º série – Solace sorriu e deu tapinhas em meu ombro.

– Algum dia isso muda.

A aula tinha passado rápido, no último horário, a escola ia fazer uma surpresa para as mães já que hoje era o dia delas, então quem não iria participar estava liberado, eu como acontece todo ano fui embora mais cedo, quando estava passando o portão para ir para casa, ouço Nancy gritar.

– O único otário sem mãe – ela e seu grupinho riam com desdém. Apertei a alça da mochila e fui embora, quando me certifiquei que estava longe o bastante da escola, as lágrimas que eu tanto segurava escaparam. O caminho todo eu fui chorando, chorando pelo fato de nunca ter conhecido minha mãe. Cheguei em casa e meu pai estava fazendo pipoca.

– Filhão, adivinha hoje é sexta e... – mas Poseidon não terminou de falar, quando viu meu estado ele correu e me abraçou – O que aconteceu Percy?

Separei-me dele e corri para meu quarto, batendo com força a porta. Afundei minha cabeça no travesseiro e ali chorei pelo simples fato de eu odiar aquela que eu deveria amar.

Acordei assustado com meu celular tocando, sentei na cama e vi que já tinha amanhecido, meus olhos ainda estavam com vestígios de lágrimas, coloquei as mão em meu rosto, eu odiava essas lembranças, odiava tudo que envolvia Sally Jackson, eu odiava ela em pessoa. Atendi meu celular sem nem olhar quem era.

– PERCYY – gritou uma voz esganiçada do outro lado da linha: Drew. Pressionei minhas têmporas.

– O que? – eu não estava em um dos melhores dias para falar com ela, principalmente depois dessas lembranças.

– O que? – repetiu o que eu disse – Você desaparece, tento te ligar só da na caixa postal, não me deu noticias e na hora que consigo falar com você, tudo que ganho é um O QUE?

Reviro meus olhos diante do drama.

– Sabe como eu fiquei quando soube que você estava em SÃO FRANCISCO. E ainda mais com aquela desmiola da Chase.

– Ei, você não tem o direito de falar assim dela – briguei – Diferente de você, Annabeth não é uma vadia.

Drew deu um grito tão alto que tive que afastar o celular de meu ouvido, pude ouvir algo se quebrando.

– O que você disse? – perguntou, forçando a ficar calma, mas sua voz tremia, e pelo jeito de raiva. Eu já tinha cansando daquilo.

– O que você ouviu – falei – Você é uma vadia que serve só para atrapalhar minha vida, vai rodar bolsinha na esquina e me esquece.

A garota chorava e seus soluços pareciam barulho de porcos.

– Você... você está terminando comigo? – soltei uma risada.

– Ohh, até que você não foi tão burra para entender.

– Percy, você...você não pode, nós fomos feitos um para o outro, eu te completo e você me completa, não pode acabar assim, e o amor que sinto por você?

– Amor? – perguntei perplexo – Só se for amor sexual né, porque amor de verdade você nunca sentiu por mim. Eu fui besta o bastante para não enxergar antes.

– JÁ SEI – ela gritou – Foi ela não foi? Foi àquela desgraçada da Chase que te roubou de mim...

– EU JÁ DISSE PARA NÃO FALAR NADA DELA DREW – gritei, ela se calou por um momento – A única desgraçada aqui é você, que vive infernizando a vida de todos. Eu me apaixonei pela Annabeth, com ela eu sinto algo que nunca sentir contigo. Então, vê se deixa a gente em paz e vai abrir as pernas para outro.

Nem dei tempo dela responder, apenas desliguei o celular e me joguei na cama. Fechei meus olhos, tive a sensação de tirar um peso de cima de mim, eu estava leve e feliz. Entrei no banheiro sorrindo, tomei um banho e coloquei apenas uma bermuda. Alguém bate na porta.

– Entra – falei, a cabeça de Rafael aparece também sorrindo.

– Hora de Annabeth acordar – ambos temos um sorriso sapeca, então me levanto e vamos acordar a loirinha.

Estávamos em frente à cama de Annie, ela dormia toda esparramada. Seu cobertor e sua almofada estavam no chão perto da porta, o lençol que forrava sua cama estava aos seus pés. Rafael a observava com uma cara engraçada.

– Eu queria saber com quem ela luta de madrugada – falou com a mão no queixo.

– Para ela lançar sua almofada para a porta, eu diria que ela sonha com ETs.

Ele assentiu.

– Pode ser, Annabeth tem uma certa obsessão por seres de outro mundo – rir pelo nariz – É por isso que ela gosta de você.

Comecei a rir, mas logo entendi o que Rafael queria dizer e parei.

– Ei, não sou de outro mundo – foi à vez dele gargalhar.

– Não né – fiz uma careta – No três pulamos em cima dela.

Assenti.

– Você sabe que depois somos caras mortos né.

– Sei – disse como se aquilo não importasse – Um, dois, três.

Ambos pulamos em cima da loirinha, gritando. Annabeth quica na cama e acorda assustada.

– EU VOU MATAR VOCES – gritou, Rafael e eu rimos e saímos da cama, correndo pelo quarto com uma louca atrás de nós.

– Não me pega – cantarolou Rafa, como se fosse uma criancinha, isso só fez a raiva de Annie aumentar, ela o alcançou e por um momento o rosto de Rafael se transformou em medo, quase rir da situação. Annabeth pulou em cima dele, dando-lhe um golpe, o mesmo caiu no chão, e ainda teve a ousadia de rir.

Annabeth virou para mim, sua expressão fez os cabelos de minha nuca se enriçarem.

– Foi só uma brincadeira – eu disse, quase gaguejando, ela sorriu divertida e veio correndo em minha direção.

– AHHH- gritei e também corri, mas Annabeth era rápida, ela pegou meu braço e me jogou na cama, depois sentou em cima do meu abdômen e imobilizou meus braços.

– Nunca mais me acorde – falou, Rafael do outro lado do quarto estava quase enfartando de tanto rir.

– Belo pijama – eu disse tentando segurar para não rir. Estava vestida com um micro short preto, e sua blusa folgada tinha o desenho dos ‘’bananas de pijamas’’ com os dizeres em preto ‘’Eu amo os Bananas’’. Aproveitei sua distração e girei ficando por cima, percebi sua respiração pesada e sorrir. Beijei seu pescoço, e subi para seu ouvido – Sexy do mesmo jeito – sussurrei, antes de beija-la.

Apertei sua cintura, enquanto ela puxava meu cabelo. Seu beijo era muito bom, era algo doce com algo apimentado, era indescritível. Me senti de volta ao meu primeiro beijo, aquela sensação de prazer percorrendo meu corpo. Nossas línguas se mesclando, brigando por espaço.

– Ei, ei, ei – Rafael me separou de Annie – Aqui não né.

– Liga para Katie – brinquei, ele fez uma careta.

– Ela está na casa da avó, John foi com primo comprar um carro, Silena e Charles estão ajudando Afrodite á fazer não sei o que lá. Então sobramos só nós.

– A gente podia vê um filme – Annabeth sugeriu, se levantando – E fazer pudim.

Rafa sorriu.

– Boa ideia. Os pudins da Annie são os melhores.

Ela o abraçou, agora eu sabia que o carinho de ambos pelo outro era um carinho de irmãos, isso me deixou alegre. Deitei na cama.

– Por que você nunca fez pudins pra mim? – falei.

– Porque você é um Cabeça de Alga – e com isso ela se foi para o banheiro. Rafael riu.

– Cabeça de Alga é – estreitei meus olhos e joguei uma almofada que tinha ali nele.

– Nem vem – ele riu.

– RAFA – gritou Annie de dentro do banheiro.

– QUE?

– QUERO UMA CAMISETA SUA – Rafael revirou os olhos, como se já estivesse acostumado á isso.

– VOU PEGAR – fiquei sem entender, algum tempo depois ele aparece com uma de suas camisetas e a entrega. Era preta e gola V.

– Vou vê se tem as coisas para fazer o pudim. Estou de olho em vocês viu.

E saiu, alguns minutos depois Annabeth aparece com a camiseta de Rafael, que estava mais para um vestido. O decote da camisa descia até seus seios e uma parte do sutiã vermelho estava á mostra. Corei e desviei o olhar. Ela caminhou em minha direção, senti minha respiração acelerar e meu coração aumentar o ritmo. Annabeth se sentou em meu colo, de modo que suas pernas ficou cada uma de um lado.

– Terminei com a Drew – falei, Annie colocou uma mexa loira atrás da orelha e vi um sorriso brincar em seus lábios.

– E como foi...você sabe...a reação dela.

– Não foi das melhores – disse sorrindo – Mas isso não importa.

Então a beijei novamente. O beijo começou suave e delicado de forma que estávamos apenas saboreando os lábios um do outro, eu mantinha minhas mãos em seu rosto. Mas logo o ritmo aumentou, tornando o beijo quase desesperado, Annabeth entrelaçou os dedos em meu cabelo, uma de suas mãos estava arranhando meu abdômen, de forma que fazia eu suspirar vez ou outra. Minhas mãos deixam seu rosto e voltam para sua cintura.

Annabeth pousou seus lábios em meu pescoço, suas pernas se apertaram mais em volta de mim. Novamente ela encontra minha boca e iniciamos um beijo voraz. Talvez por impulso aperto sua coxa e escuto um suspiro vindo dela, com a outra mão aliso suas costas por debaixo da blusa. Annie passa a unha de leve vinda da minha barriga até a minha nuca, eu nunca fiquei tão louco com uma garota. Desço meus beijos para seu pescoço indo até seu colo perto do sutiã e volto para sua boca que tinha um gosto viciante. Começo a levantar sua camiseta, mas algo nos interrompe.

– ANNABETH – chama Rafael da cozinha, eu e Annie nos afastamos, ela levanta da cama, estava mais vermelha que tomate.

– É melhor a gente ir – fala sem me olhar, solto uma risada, era raro vê-la com vergonha. Levanto-me também, a puxo pela cintura e lhe dou um selinho demorado.

– Hora do filme.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???Quanto mais reviews, mais rápido sai o capítulohehe'Se tiver erros me desculpem, vou responder os reviews anteriores amanhã, porque agora estou com preguiçaBeijos seus lindosKarol Oliveira