I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 17
Protegida


Notas iniciais do capítulo

Meus lindos esse capítulo esta enorme
E VOLTOU DO JEITO QUE EU GOSTO UHU
Capítulo dedicado ao meu leitor Tamer Unicorns pelo lindo review que quase me fez chorar
E gente vcs viram o trailer de mar de monstros ahh pirei !!
Boa leitura



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‘’Posso resumir em três palavras o que aprendi sobre a vida: a vida continua. ’’

–Robert Frost–


P.O.V. Percy


Fiquei ouvindo música, até chegar em uma que fez lembrar-me de Annabeth, veio-me na cabeça sua risada melodiosa, seus cachos dourados perfeitamente modelados balançando ao mesmo ritmo que o vento, sua voz tão doce e calma, até seu temperamento esquentado, mas isso tudo se dissolveu dando lugar a imagem do tal de Rafael, que garoto ridículo, passou um flash dele abraçando Annie e de seu sorriso como nunca vi antes, com isso novamente aquela raiva me subiu, eu não entendi bem o por que disso, mas só de lembrar os dois juntos crescia um ódio nunca visto dentro de mim, levantei-me de minha cama e ergui o colchão encontrando uma Balkan, essa bebida não é aconselhável tomar pura por ser muito forte, mas sim com outros drinks. Eu estava pouco me linchando para isso, tudo que eu queria é simplesmente esquecer tudo isso. Então com uma agilidade de mestre tirei o lacre e virei tudo de uma vez, pode sentir o liquido quente descer rasgando minha garganta, sorri com aquela sensação que tanto adorava, mais um gole demorado e uma tontura subiu pelo meu corpo, dei o terceiro e a mesma sensação senti novamente, soltei uma gargalhada fora de nexo, tentei ficar equilibrado, mas nem sei como enrolei meus pés e cair sentado perto da parede, mandei mais um gole para dentro, desta vez de uma vez, o liquido sem cor passava deixando fogo no caminho, minha visão ficou turva, ao meu redor tudo começou a girar, tentei levantar-me um, duas, três vezes, mas todas as tentativas eu me acaba no chão novamente, foi indo até que desistir, mandei o resto da bebida forte para dentro de uma vez, e como sempre acontece apaguei, deixando apenas uma garrafa vazia.


P.O.V. Annabeth


O que eu vi foi um Percy apagado, caído no chão e ao seu lado uma garrafa de Balkan vazia, bati na minha própria testa, aquele garoto era um idiota mesmo, como que ele quer minha ajuda agindo dessa forma, fechei a porta, me aproximo dele, mas antes de tocá-lo ouço batidas, congelo, Melissa e Poseidon não podiam ver ele daquela forma. Então encontrei força e o peguei rapidamente o coloquei na cama e o cobri, pus sua cabeça no travesseiro assim parecia que o moreno estava em sono profundo, só esperava que isso funcionasse, então caminho até a porta e a abro dando de cara com um Poseidon de sobrancelha arqueada.

- Oi – falo, tentai disfarçar meu nervosismo.

- Bom, eu queria saber se você e Percy não queriam jantar comigo e Melissa, para bem, nos conhecer melhor – ele parecia meio sem jeito, mas lanço lhe um sorriso.

- Muito obrigada senhor Jackson...

- Poseidon, por favor – interrompe-me – Pode me chamar de Poseidon.

- Claro Poseidon – disse dando ênfase em seu nome – Agradecemos muito, mas Percy acaba de dormir e eu estou um pouco cansada e bom – abro os braços para ele poder ver minha situação, o mesmo se assusta pela sujeira que me encontro – Estou um pouco suja.

- O que aconteceu para você ficar dessa forma?

- Como o senhor sabe, recebi visita de um amigo. E melhor amigo, Nova York, e sorvete é igual a isso – Poseidon solta uma risadinha.

- Que pena então, bom posso falar com Percy para irem depois – ele ia passando quando me coloco em sua frente.

- Sabe o que é... – não vinha nenhuma desculpa na minha mente, estava nervosa. Poseidon me olhava confuso esperando que eu falasse – É... bom...sabe... – eu fazia gesto com as mãos, aliás, muito sem sentido – Percy também teve um dia cansado e precisamos descansar para amanhã, sabe, estudamos cedo e é isso – okay isso é sem noção, mas qual é, eu fico sem ideias quando estou nesse estado.

Poseidon ergue uma sobrancelha, e um sorriso um tanto malicioso brota em seus lábios, reviro meus olhos.

- Bom, então acho que vocês têm coisas melhores para fazer – hesitante concordo com a cabeça – Tenha uma boa noite então.

Tá legal, esse ‘’boa noite’’ saiu com dois sentidos, suspirei e também lhe desejei boa noite. Poseidon desceu a escada e assim que escutei a porta sendo fechada voltei para o quarto. Parei de frente para Percy e o observei, minha vontade era de estrangulá-lo ali mesmo, mas como eu sou uma pessoa boa, com muito esforço o carreguei para dentro do banheiro. Encostei o moreno na parede debaixo do chuveiro, Percy abre os olhos e se assusta um pouco.

- Annie... – mas não termina a frase, pois vomitou tudo em cima de mim, fechei os olhos procurando paciência para não enfiar sua cabeça na privada, se não fosse pelo seu estado eu juro que o teria decepado aquele cabeça de alga.

- Desculpe – pediu, seu hálito tinha cheiro de álcool, e ainda se misturou com o vômito, liguei rapidamente o chuveiro, se não era eu quem iria vomitar. A água estava completamente gelada o que fez ele espertar um pouco, tirei sua blusa, Percy olhou com uma certa malicia, dei um murro em seu braço – Ai.

- Nem pense nisso cabeça de alga – o moreno soltou uma risadinha e vi que ele já estava voltando ao normal. Peguei o shampoo e despejei um pouco na minha mão, depois comecei a massagear o cabelo dele, assim que terminei o coloquei novamente debaixo do chuveiro para enxaguar o shampoo, passei o condicionador, a essa altura eu estava completamente molhada, tirei o condicionador de seu cabelo. Peguei o sabonete e comecei a passar pelo seu tórax, respirei fundo, acho que eu estava mais vermelha que as vacas sagradas de Apollo, sim eu amo mitologia grega. Bom continuando, passei o sabonete pelo seu corpo que era bem definido, assim que ele se limpou, fui lavar seu rosto, delicadamente levo minha mão á sua bochecha, Percy fecha os olhos com o meu toque, quando vou retirar ele a segura ainda em seu rosto, e abre os olhos, tentei desviar meu olhar, mas parecia que tinha um imã atraindo-me para ele, ficamos nos encaramos, cinza no verde, verde no cinza, era como se o mundo parasse, a água que caia sobre nós parecia estar vindo em câmera lenta, seu rosto tão próximo do meu, senti algo desconhecido para mim, um frio na barriga que parecia que eu tinha comido neve, forcei-me a voltar para o mundo real. Desliguei o chuveiro e saímos do banheiro, repeti o mesmo procedimento da primeira vez que cuidei dele. Então o coloquei sentado encostado na cabeceira de sua cama.

- Espere aqui – falei e fui tomar um banho, sai vestida com meu pijama e claro minha pantufas de panda. Percy se encontrava dormindo. Me aproximei dele e sentei ao seu lado. Dormindo ele parecia um anjo, não aquele chato de galocha que só sabia me atormentar, involuntariamente minha mão foi para seu cabelo acariciando-o, e parece que a cada toque eu me arrepiava, eu precisava ajudá-lo igual preciso de ar para respirar, apenas queria preencher esse vazio que ele sente, pois eu também me sentia assim, sozinha, principalmente depois eu meu pai se foi, eu mais que ninguém entendia o cabeça de alga. Nem sei quanto tempo fiquei mexendo em seu cabelo negro, até que ouço sussurrar meu nome.

- Annabeth – rapidamente desvencilho minha mão de sue cabelo, ele olha para cima desapontado – Por que parou?

- Você precisa dormir, são quase duas da manhã.

Ele continuou me olhando, então não resistir.

- Por que você bebeu de novo Percy? – o moreno suspirou e se sentou encostado na cabeceira da cama ao meu lado, de cabeça baixa ele responde.

- Não sei – vi pela sua voz que estava mentindo. Levantei-me da cama e o encarei.

- Percy se você não quiser me contar o motivo, tudo bem eu entendo, mas só peço para não mentir para mim, já fui muito decepcionado por causa de mentiras e já sofri as consequências okay. Boa noite – dei as costas pronta para deitar, mas ele chamou-me.

- Annabeth – virei para poder olhá-lo – Me desculpe, eu...eu não consegui me controlar.

Voltei para perto de sua cama.

- Eu lhe entendo Percy, mas...

- NÃO ANNABETH, NÃO ENTENDE – começou a gritar – Ninguém me entende, eu estou sozinho nesse mundo – uma lágrima escorreu pelo seu rosto – Perdi minha mãe para o canalha do Paul, perdi meu pai para os negócios, perdi meu melhor amigo, perdi todos que eu amava. Agora me responda Annabeth, o que eu ganhei?

O que eu ouvi me partiu o coração, eu via a mágoa na sua voz, a dor da saudade, então falei a primeira coisa que veio na minha cabeça.

- Eu – Percy me encara confuso – Sei que não nos damos muito bem, sei que não sou a melhor pessoa do mundo, sei que te irrito pra caralho, mas comigo você não vai estar mais sozinha, pode parecer mentira Percy, mas eu melhor que ninguém te entendo, eu sei como é se sentir abandonado, sozinho no mundo, mas não precisa ser assim mais, porque eu estou aqui.

Dito isso deite-me em minha cama, percebi seus olhos sobre mim observando cada movimento meu, mas permaneci calada, apenas fechei meus olhos. Acho que não passou vinte minutos quando sinto meu coberto sendo levantado e alguém se arrastando para perto de mim, viro-me deparo com um par de esmeraldas me avaliando, fiquei quieta apenas observando aquele rosto com traços perfeitos.

- Me desculpe – sussurrou, não contive e lhe dei um abraço forte, as lágrimas que tanto segurei saíram encharcando a camisa de Percy, talvez era eu quem estava precisando daquele abraço, nos soltamos e o moreno acaricia meu rosto indo para meu cabelo, aquilo estava tão bom.

- Quer conversar? – repete a pergunta que eu lhe havia feito. Não sabia se deveria contar, a única pessoa que sabia sobre meu passado era Rafael, mas deixei o orgulho de lado, Percy tinha confiado sua vida á mim, chegou a minha vez de confiar nele.

- Éramos uma família feliz, com direito a passeio todo fim de semana e filmes caseiros. Eu, Melissa e Frederick. Um certo dia quando cheguei da escola ouvi uma discursão entre os dois e foi ai que minha vida mudou.


Flashback #on


- É TUDO CULPA SUA FREDERICK, POR ISSO QUE ELA LHE ABANDONOU – gritava Melissa para meu pai.

- CALE A BOCA, VOCE NÃO SABE DE NADA MELISSA, NÃO SABE POR ELA FOI EMBORA – eu apenas escutava não entendendo nada.

- AH NÃO SEI? VAMOS VER, ELA DESCOBRIU QUE SEU MARIDO A TRAÍA, ACHOU ALGUÉM MELHOR E SE MANDOU. AH E AINDA DESCOBRIU QUE ESTAVA GRÁVIDA DAQUELE PROJETO DE GAROTA QUE PARECE MAIS MACHO – meu pai seguro os pulsos de Melissa com força a fazendo soltar um gemido de dor.

- Nunca mais fale isso de Annabeth, ela é uma garota incrível e nunca pode desconfiar que sua mãe não é você.

Nesse exato momento as lágrimas invadiram meu rosto, deixei minha mochila cair fazendo um barulho e também cair de joelhos, meu pai percebeu e arregalou seus olhos, rapidamente veio em minha direção.

- Annie querida – ele tentou me levantar, mas eu não deixei que tocasse em mim.

- Eu ouvir direito? Quer dizer que minha mãe não é Melissa? – eu chorava sem parar, durante quatorze anos então eu fui enganada, estava com raiva, com ódio de todos.

- Ela ia saber cedo ou tarde – Melissa tinha um brilho estranho nos olhos, algo maligno.

- Annie, venha vamos lhe contar a verdade minha princesa.


Flashback #off


- Papai contou-me a verdade, minha verdadeira mãe era Atena, ela fugiu assim que nasci, disse que não estava pronta para ter uma responsabilidade tão grande assim. Falou-me também que assim que Atena se foi deixando-me sobre sua guarda, ele batalhou para sustentar nós dois, sabe, não tínhamos muitas condições financeiras, mas mesmo diante das dificuldades, o principal ele nunca deixava faltar, que era o carinho e o amor. E apesar de tudo ainda éramos felizes, lembro-me dele me ensinando a jogar basquete – fechei meus olhos e deixei que as lágrimas viessem junto com as lembranças, Percy as enxugou carinhosamente.

- Depois de um tempo ele conheceu Melissa, onde fez-me acreditar que era minha mãe, nunca gostei dela, Melissa tinha um tipo de maldade no sangue, principalmente depois que descobrir a verdade sobre minha mãe, ela me tratava diferente. Depois da discursão eu fui para meu quarto, se passou um tempinho e ela entra e se senta na beirada de minha cama.


Flashback #on


- Ora, ora – fala com um sorriso sinistro no rosto, me encolho na cama e puxo a coberta para cobrir-me – Agora a princesinha do papai já sabe de toda a verdade.

- O que você quer aqui Melissa? – perguntei entre dentes, ela brinca com um cacho meu que está fora do lugar.

- Ah que pena que parou de me chamar de mamãe – sua voz era de debocho – Mas só vim conversar. Sabe Annabeth, eu andei conversando com seu pai e bem ele não está andando com a saúde boa.

Arregalei os olhos preocupada, mas não disse nada.

- E sabe é uma doença grave de risco.

- O que ele tem? – perguntei.

- Bom, Frederick não pode passar raiva e nem se estressar, e bem, eu não queria dizer, mas – ela começou a puxar meu cacho que brincava, senti uma pontada de dor, mas não reclamei, tinha a impressão que se reclamasse seria pior – Acho que é você que está o deixando a beira da morte.

Abri a boca espantada, não estava acreditando nisso, meus olhos se encheram de lágrimas.

- Mas eu?

- É Annabeth, você querida.

- E o que eu posso fazer para ajuda-lo? – nesse momento meu rosto já estava molhado, Melissa sorrir e um arrepio passa pelo meu corpo.

- Sumir da vida dele – disse com a voz delicada.

- O que? – estou perplexa com o que acabei de ouvir.

- É isso, se você quiser salvá-lo, suma da vida dele, desapareça e nunca mais volte.

- Eu não posso... – minha voz vacilou, Melissa segura meu rosto com força apertando-o, as lágrimas agora que desciam eram de dor.

- Você pode sim, ou melhor deve minha querida – ela me soltou com um empurrão, bati minhas costas na cabeceira da cama, soltei um gemido de dor, ela se levanta e sai do meu quarto e naquela hora eu tomo uma decisão.


Flashback #off


A essa altura da história eu chorava no ombro de Percy, e ele afagava meu cabelo.

- Naquela noite eu fugi de casa, apenas com a roupa do corpo, tudo que me importava era o bem de meu pai, a pessoa que eu mais amava na vida – nos afastamos, Percy continua acariciando meu rosto fazendo-me arrepiar toda.

- Morei algumas semanas na rua, vivendo de esmolas, todas as noites eu chorava com saudade do homem que sempre cuidou de mim. Então conheci Rafael, contei-lhe tudo que eu havia passado, ele levou-me para sua casa, onde me deu comida e uma roupa nova, sua mãe chegou, também falei com ela ocultando algumas partes. Marta, decidiu me levar a policia, e depois de alguns dias eu já estava novamente em casa, meu pai faltou me estrangular em um super abração, ele não parecia zangado com minha fuga, ao contrário de Melissa que parecia furiosa por eu ter voltado.

Parei por um momento, Percy era um bom ouvinte, ele parou de acariciar meu rosto e entrelaçou nossas mãos, sorri ao ver aquilo.

- Na manhã seguinte meu pai foi trabalhar, encontrei Melissa chorando na sala, assim que me viu ela começou a gritar falando que era tudo culpa minha, eu não estava entendendo nada. Ela foi se aproximando e pegou meu cabelo o puxando, ainda gritando comigo e eu sem saber, bom ai sentir meu rosto esquentar e vi que tinha levado um tapa dela, Melissa me empurrou para chão e eu bati minha nuca na quina da mesinha que tinha ali.

Sentei-me na cama e levantei meu cabelo, ficando a mostra uma cicatriz não muito grande em minha nuca. Percy a tocou e os pelo de meu braço se levantaram.

- Ela é louca – sussurrou.

- Isso foi só o começo, depois as brigas ficaram cada mais recentes, ela sempre descontando em mim. Até que um dia depois que ela me agrediu novamente, eu sai correndo de casa, andei pelas ruas de São Francisco desorientada toda machucada, avistei um grupinho de garotas e garotos, e fui até lá, e cometi o pior erro da minha vida, me envolvi com drogas.

Percy arregalou os olhos e abriu a boca, olhei para baixo envergonhada, mas logo senti um par de braços envolvendo-me, relaxei meu corpo e continuei.

- Chegava em casa somente de manhã, drogada e bêbada, meu pai com toda a paciência cuidava de mim, quando eu estava sóbria me arrependia de ter feito isso com ele, eu o desapontei e para mim não tinha coisa pior que desapontar meu pai, então para amenizar essa dor eu passei a me cortar.

Mostrei meus pulsos para ele, que olhou para mim assustado.

- Annabeth... – mas não terminou a frase, pois eu pulei em sei pescoço o abraçando, eu chorava igual uma criancinha, eu me sentia envergonhada disso tudo, Percy se separou de mim e deu-me um beijo na testa, isso me deu forças para continuar.

- Em uma noite meu pai me deixou de castigo, mas eu necessitava de mais drogas, então pulei a janela do meu quarto e peguei seu carro e fui a uma boate que tinha ali perto, me droguei a noite toda e quando estava amanhecendo, eu já ia saindo quando uma multidão se aglomera do lado de fora, saio correndo para ver o que aconteceu e meu mundo desaba quando encontro no chão todo ensanguentado meu pai, me ajoelho ao seu lado e pego sua mão, aquelas palavras nunca mais saíram da minha cabeça.


Flashback #on

- Annabeth – fala com dificuldade, eu chorava sem parar.

- Papai não se esforce, a ambulância já está a caminho – ele limpa minhas lágrimas.

- Acho que não vou conseguir minha princesa – meu coração dá um nó, na qual se parte em mil pedaços, eu preferia ser atropelada por trinta mil caminhões do que está presenciando aquela cena.

- Papai me perdoe, me perdoe por ser assim, me perdoe por te dar tanto desgosto.

Ele sorrir e passa a mãos em meu rosto.

- Filha eu lhe perdoo minha princesa, e lembre-se que sempre vou lhe amar – choro mais.

- Papai meu rei eu também sempre foi te amar – ele sorrir e uma lágrima escorre pelo seu rosto. A ambulância chega e o coloca na maca o levando para o hospital.


Flashback #off


- Depois disso meu pai morreu, me deixando o boné que sempre uso. Então decidir internar-me, fiquei seis meses na clinica de reabilitação, sai e agora estou aqui.

Percy se levantou da cama, eu o fitei, mas ele apenas estendeu a mão.

- Quero lhe mostrar um lugar – hesitei, mas acabei cedendo, ele me guiou até um canto do quarto, onde retirou a... parede? Dava para uma escada que levava para cima, ele acendeu a luz e pegou minha mão, nos arrastando para cima.

O que vi fez minha boca se abrir em um perfeito ‘’O’’, aquele lugar era surpreendente, era um lindo jardim, onde tinha uma vista de toda a iluminada Nova York, continha arranjos de flores de todos os tipos, o chão era madeira desenhada, no canto esquerdo uma pequena casinha feita de folhas onde tinha um banco, no outro canto uma balanço e no centro do jardim uma fonte linda que jorrava água, fiquei maravilhada com o lugar.

- Gostou? – perguntou Percy com um sorriso no rosto.

Assenti, estava sem palavras diante de tamanha beleza, o moreno solta uma risada, e me conduz até o parapeito, ele se senta deixando as pernas livres, fico com medo, mas Percy estende a mãos e me ajuda a sentar, o vento roça em meu rosto balançando meu cabelo, olho para Percy a brisa leve bagunçando seu negro cabelo o tornando mais charmoso, seus olhos ficavam mais verdes á luz do luar, a nossa frente a movimentada NY, linda como sempre.

- Por que me trouxe aqui? – ele olhou-me, e nesse momento tudo parou.

- Você é uma guerreira Annabeth, todos esses anos lutando contra o monstro da Melissa, ainda conseguiu vencer as drogas. Isso sim é um exemplo de verdade.

Senti meu rosto pegar fogo, corei dos pés a cabeça, não estava acostumada a ouvir elogios e principalmente vindo do Jackson.

- Obrigada cabeça de alga, e você também me surpreendeu é mais maduro do eu pensava.

Ambos rimos, ficamos ali apreciando a vista, até ele se levantar e me puxar para um abraço, pude sentir seu coração em ritmo descompassado, Percy tinha um cheiro gostoso de maresia e verão. Nem sei quando tempo ficamos ali, sentados a beira da fonte.

- Annie – chamou-me – Sobre hoje, me desculpe eu realmente não – mas o interrompi colocando meu dedo indicador em seus lábios.

- Tudo bem Percy – sorrimos – Vamos só aproveitar o momento.

Percy se aproxima e me da um beijo na bochecha, ele se afasta corado. Ficamos um bom tempo lá, até que ambos deram sono, descemos Percy colocou novamente a parede falsa e se deitou, eu ia deitando em minha cama quando o mesmo me chama.

- Deita comigo – o fitei desconfiada, ele rola os olhos – Não vou fazer nada.

Hesito no começo, mas acabo cedendo e vou para ao lado dele, assim que deito o moreno se ajeita, passa um dos braços por debaixo da minha cabeça para servir como travesseiro, pega minha mão e a deixa em cima de seu tórax, eu não reclamo apenas me aconchego mais nele e pela primeira vez em anos, durmo com a sensação de estar sempre protegida.



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Notas finais do capítulo

Gostaram ??
Tenho quase 100 leitores e menos da metade me deixam review, qual é gente eu não mordo, me deixem feliz e comentem
Gente desculpem pelos erros não tive tempo de revisá-lo
Beijos
Karol Oliveira *-*