I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 1
Dividir meu quarto?


Notas iniciais do capítulo

")
Boa leitura



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P.O.V. Percy

   Ah não! Já é segunda-feira o que me lembra que hoje tem aula e se não bastasse também é hoje que a noiva do meu pai vem morar com a gente. Meus pais são divorciados, eles se separam devido a minha mãe Sally ter traído meu pai Poseidon com seu melhor amigo Paul Blofis, ambos fugiram quando eu tinha apenas 2 anos de idade. Desde então meu pai sempre batalhou para sustentar nós dois, de entregador de pizza ele passou a ser dono de um clube chamado Poseidon's Clube, e sempre deu-me tudo que eu quis para tentar preencher o vazio que eu sinto pela falta da minha mãe. Bom voltando ao assunto, é hoje que sua noiva se muda de São Francisco para Nova York e vem morar aqui em casa. Não me levem a mal eu adoro Melissa nos damos super bem, o problema é sua filha a loirinha Annabeth Chase, uma garota rebelde, super irritante e que é muito chata. Como não me apresentei sou Perceu Jackson, mais conhecido como Percy, tenho 16 anos, curso o segundo ano na Good High School, sou tipo O popular do colégio, pego todas as gatinhas que quiser e ainda me elegeram capitão do time de basquete, a única coisa irritante da minha vida perfeita é minha namorada Drew, fico com ela só para satisfazer meus desejos, se é que me entendam, fora isso acho que não tem vida melhor que a minha. Acordo com meu pai me chamando, ou melhor, gritando.

   - ACORDA PERCY, VAI SE ATRASAR !!!

    - JÁ VOU - grito de volta e sonolento, me rastejo até o banheiro, tomo banho e faço minha higiene saio e coloco uma camisa azul, jeans e tênis, pego minha mochila e desço. Encontro meu pai na cozinha tomando café, me junto á ele.

    - Bom dia pai – cumprimento.

   - Bom dia filhão – disse com um sorriso colgate no rosto, começamos a comer, alias meu pai também sabia cozinhar muito bem – Então Percy, assim que você sair da escola, eu quero que venha direto para casa para ajudar Melissa e Annabeth arrumarem suas coisas – Poseidon falou com a maior empolgação, não pude evitar de sorrir, meu pai era meu orgulho vê-lo feliz era muito bom, mas logo fiquei sério com a pergunta que formou em minha cabeça.

   - Tudo bem pai, mas se Melissa vai dormir contigo em seu quarto e não temos quartos de hóspedes, onde Annabeth irá ficar? – perguntei já temendo a resposta.

   - Oras, no seu quarto – engasguei com o suco que tinha acabado de colocar na boca, eu tossia igual um louco e meu pai olhava-me preocupado e dando tapas em minhas costas – Percy tudo bem?

   Parei de tossir, mas ainda sentia minha garganta arder.

   - Claro que não está tudo bem, tipo fico feliz por você encontrar a Melissa e ela te fazer feliz assim, mas agora dividir meu quarto com aquela garota, isso já é a gota d’água – já estava quase gritando, Poseidon lançou-me um olhar de desaprovação.

   - Olha aqui Percy, nem tudo é como queremos, Annabeth é uma pessoa incrível, e sim, você vai dividir seu quarto com ela, mesmo não querendo entendeu? – meu pai tinha a voz alterada, decidi não discutir eu sabia que havia perdido essa. Mas mesmo assim é uma grande injustiça, como ele pode fazer isso comigo, colocar aquela coisa no mesmo espaço que eu, só pode ser tortura. Com raiva, bastante raiva, sai da cozinha bufando nem me despedi, peguei meu carro, ou melhor, minha máquina, meu conversível prata e fui para a escola escutando Linkin Park – Faint, eu amava rock as vezes a única maneira de me acalmar era ouvindo músicas nesse estilo e Linkin Park era minha banda preferida. Cheguei e estacionei, tranquei meu carro e fui em direção aos meus amigos, eu já estava um pouco atrasado.

   - Belo jeito de começar o ano hein Percy, já atrasado – brincou Léo, fazendo a galera a rir.

   - Não enche Valdez – eu estava com a cabeça cheia demais para aturar brincadeiras.

   - Parece que a mocinha está de TPM hoje – foi a vez de Jason zoar arrancando mais gargalhadas, apenas rolei meus olhos, esses eram meus amigos, sempre fazendo de tudo para me irritar.

   - Deixa quieto gente – falou Nico entre risadas – Quando o neném acalmar a gente conversar com ele – o time riu mais um pouquinho, mas logo parou.

   - E seu encosto Percy ? – debochou Grover, o rapaz nem terminou de falar e Drew pulou em meu pescoço, com delicadeza a empurrei para trás.

   - Ixi, só falar na coisa ruim que ela aparece – disse Jason com cara de nojo, os outros concordaram, Drew fingiu que não ouviu e me deu um selinho, eu já estava cansado daquela boca.

   - Oi baby – os rapazes seguram o riso, a olhei com cara fechada.

   - Eu já te avisei para não me chamar assim – ela se agarrou novamente em mim, ai que menina ciclete.

   - Tabom, então amorzinho que tal você me levar para tomar sorvete e depois poderíamos ir ao shopping, fiquei sabendo que abriu uma nova loja de roupa e sapatos lá.

   Cocei a cabeça.

   - Olha Drew, até que seria uma boa, mas hoje eu estou ocupado – ela me olhou curiosa e desconfiada.

   - Ai Percy, o que você tem que fazer que seja mais importante que eu? – perguntou se achando, eu odiava esse joguinho.

   - Tudo – Leo disse e todos começaram a rir, fiquei apenas segurando para mim não explodir na gargalhada ali. Drew o olhou, eu sabia que se ela falasse alguma coisa com Leo, ele teria a resposta na ponta da língua, mas quem sabe se ela tomar uma patada na frente dos garotos, Drew não me deixa em paz.

   - A conversa ainda não chegou ao chiqueiro Valdez – Leo soltou uma risadinha.

   - Até porque se você quisesse conversar com um porco era só se olhar no espelho – essa doeu. A galera vaiou e Drew bateu o pé em sinal de frustação, não sabendo outra resposta ela se virou para mim.

   - Não sei como você anda com esses homens da caverna – rolei meus olhos – Mas eu queria saber o que você acha se eu me escrever naquele concurso de música que vai ter – eu pensei (sim, é novidade eu pensar, mas não impossível) se ela se inscrever, vai passar a maior parte do tempo ensaiando o que me deixaria mais livre pra curtir. Sorri, nessas situações eu era um gênio.

   - Acho uma boa, você tem potencial – Drew sorriu e deu-me outro selinho.

   - É eu já sabia, não precisa me dizer o que eu já sei obviamente tenho potencial, com certeza aqueles prêmios será todos meus, vou indo, até mais – e foi junto com o bando delas.

   - Foi tarde – Jason falou arrancando uma risadinha de todos inclusive eu, era impressionante o amor que eles tinham pela Drew. O sinal já tinha tocado, decidimos entrar, enquanto caminhávamos até a sala Nico me perguntou.

   - Percy o que você ainda faz com aquela garota? – dei tapinhas em suas costas.

   - Nem eu sei direito caro amigo.

   Como de costume sentamos no fundão. Primeira e segunda aula foi de história até que passou rápido, já que eu adoro a matéria. Agora terceiro e quarto que era física e eu não sei nada de nada, esses horários pareceram que não tinham fim. Chegou a hora do almoço, soltei um aleluia e saímos. Pegamos nossas comidas e nos sentamos na mesa do centro do refeitório com o mesmo pessoal, o time de basquete, Drew, Calipso e Rachel, como conhecidas as três vadias, mas Rachel era gente boa, ela era diferente das outras duas, ela sempre teve uma quedinha pelo Nico, mas ele nunca percebeu. Comemos, rimos e jogamos conversa fora, tirando os momentos que Drew e Calipso ficaram dando bobeira e se sentindo melhor que outros, foi um almoço legal. Depois que acabou voltamos para a sala e ficamos ouvindo a ladainha dos professores. Finalmente o bendito sinal para ir embora tocou, já estava no estacionamento quando Nico me alcança.

   - Ei percebi que você está meio estranho – paro e o olho.

   - Eu estranho, claro que não, porque você diz isso? – ele coloca uma mão em meu ombro, e com um sorriso de lado fala.

   - Porque acabou de passar três garotas super gostosas na sua frente e você nem prestou atenção, geralmente O grande Percy Jackson é o primeiro a jogar uma cantada e tentar pegar – Estreitei os olhos, Nico era muito esperto e eu realmente era assim e nem tinha percebido as garotas, então suspiro e digo.

   - A noiva do meu pai vai se mudar para nossa casa hoje.

   - Mas você e Melissa não se dão bem? – assenti – Então pra que ficar assim.

   Olhei para cima e respirei fundo.

   - Não é Melissa que me incomoda, é a filha dela Annabeth, nós nunca nos demos bem – Nico começou a rir, eu o olhei confuso – Qual a graça?

   - Annabeth é a loirinha que fez aquilo com você? – Ótimo ele tinha que ter me lembrado daquela dolorosa lembrança. Dei um tapa em sua cabeça.

   - Essa mesmo, e eu vou ter que dividir meu quarto com ela – falei deprimido.

   - Mas relaxa é só você arrumar uma arma e ficar de olho nela – Dei mais um tapa em sua cabeça.

   - Ó as ideias, eu não estou com medo dela, só que a gente desde pequenos nunca se deu bem, imagina agora que estamos com os hormônios a mil – Nico deu tapinhas em meu ombro.

   - Boa sorte, eu vou indo, até amanhã, se você sobreviver – e saiu rindo, sua capacidade de animar as pessoas era tão boa quanto seu humor. Peguei meu carro e vazei para casa, claramente ouvindo Linkin Park a melhor banda já formada. Cheguei e guardei meu conversível na garagem, entrei na sala e vi que elas ainda não tinham chegado ‘’ótimo’’ pensei. Subi para meu quarto, para aproveitar enquanto ele era só meu, e lá vejo uma cama montada ao lado da minha apenas um criado mudo nos separando. Ah que maravilha, além de dividir o quarto com o inconho ainda vou dormir olhando para ela, que beleza, joguei minha mochila com todo o ódio que eu estava em cima da cama, já estava prestes a sair quebrando tudo quando ouço batidas na porta.

   - Entra – disse mega irritado.

   - Podemos conversar? – pergunta meu pai se sentando na beirada da minha cama.

   - Claro – me sento ao seu lado.

   Ele me olhou e começou.

   - Eu sei que para você é difícil dividir o quarto com Annabeth...

   - Impossível né – o interrompi e recebi um olhar de reprovação – Desculpe.

   - Mas – continuou – é só por um tempo, até construímos um para ela, eu quero dar conforto pra todos vocês porque agora somos uma família – Annabeth de jeito nenhum é família minha, aquela louca e psicopata. Mas parei e fiquei refletindo que desde que minha mãe se foi, meu pai nunca mais foi o mesmo, e Melissa está trazendo o antigo Poseidon de volta. Então pelo menos hoje é hora de parar de pensar somente em mim e aceitar os fatos, me virei para meu pai.

   - Tudo bem, eu aguento essa – mentira eu não aguentava, mas iria tentar pelo meu pai. Poseidon deu um largo sorrido e me deu um abraço sufocante.

   - Só que... pai eu... não consigo... respirar – rapidamente ele me soltou e eu pude encontrar o ar.

   - Desculpe filhão - logo nós caímos na gargalhada, era bom vê-lo assim tão feliz, ficamos rindo até ouvimos a campainha tocar, paramos na mesma hora.

   - Elas chegaram – disse meu pai, sem pensar duas vezes ele saiu me puxando, descemos as escadas. Poseidon parou em frente à porta, eu um pouco atrás dele, ele me deu uma ultima olhada e sorriu e eu claro correspondi ao sorriso, mas de mau gosto, ainda não conseguia acreditar que eu iria morar na mesma casa que a loirinha que usava óculos e tinha duas trancinhas no cabelo, fico imaginando a aparência dela agora, deve está igual ao Garibaldo de Villa Sésamo, mais feia que briga de foice no escuro. Solto uma risadinha com esse pensamento. Meu pai se endireita, passa a mão pela camisa e abre a porta, e o que eu vi, literalmente fez minha boca se abrir automaticamente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?